quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Tentativa de Golpe no Equador

Rede Brasil Atual

São Paulo – A comunidade internacional, a sociedade equatoriana e as instituições democráticas do país mobilizaram-se rapidamente para afastar o risco de um golpe de Estado na nação sul-americana.

A movimentação, em distintos níveis e lugares, foi necessária depois que um grupo de militares da Polícia Nacional tomou o Aeroporto Mariscal Sucre, da capital Quito, e forçou o fechamento de estradas e de ruas. O grupo se manifesta contra a redução de benefícios graças à implementação da Lei de Serviços Públicos.
O governo alerta que há uma campanha de desinformação por parte da mídia comercial, que tenta superdimensionar os efeitos da lei. Foi decretado estado de exceção de cinco dias em todo o país. Pela manhã, o presidente Rafael Correa foi pessoalmente negociar com os grupos, mas acabou afetado por bombas de gás lacrimogêneo. "É inadmissível que os convocados a cuidar da ordem pública sejam os que lançam bombas lacrimogêneas a seu presidente e a seus próprios cidadãos", expressou. “Senhores, se querem matar o presidente, aqui estou. Matem-me se é da vontade de vocês. Matem-me se têm coragem, em vez de estar no meio da multidão, covardemente escondidos.”

Internado no Hospital da Polícia de Quito, Correa estaria impedido de sair. O chefe de gabinete, Vinicio Alvarado, indicou que Correa está em um hospital ao lado do quartel que concentra o ato rebelde. "(Correa) tem mantido diálogo com as pessoas que, de alguma forma, o estão mantendo como refém...mas os acordos são de não negociar sob pressão."

De acordo com a TeleSur, o chanceler Ricardo Patiño convocou a sociedade a proteger o presidente. "Quero convidar nosso povo em todos os rincões do país a ir às ruas principais de cada uma das cidades para expressar o apoio à democracia e a rechaçar o golpe de Estado". Outra parte da multidão se deslocou ao Palácio Carondelet, a residência oficial.

O ministro da Segurança, Miguel Carvajal, afirmou ter obtido o compromisso das Forças Armadas de que será garantida a normalidade constitucional. "As Forças Armadas têm a ordem de sair às ruas manter a ordem constitucional. São profissionais, são leais à Constituição, expressaram isso com seus atos e esta não será a exceção." O chefe do comando das Forças Armadas, Ernesto González, somou que os militares estão subordinados à autoridade do presidente. "Estamos em um Estado de Direito. Estamos subordinados à máxima autoridade que é o senhor presidente da República", afirmou o chefe militar a jornalistas.

O vice-presidente deu um importante respaldo à ordem legal ao afirmar que não assumirá o cargo de Correa, eleito democraticamente. Lenín Moreno ponderou que tentam fazer morrer o processo de transformação levado a cabo no Equador. “Isso é o que realmente devemos temer. No entanto, não significa que não devamos cuidar de nossas vidas.”

As instituições estatais se somaram aos esforços para evitar o golpe. O Conselho Nacional Eleitoral, a Corte Nacional de Justiça, a Assembleia Nacional, a Controladoria e a Procuradoria rechaçaram os movimentos antidemocráticos. O presidente do Conselho Nacional Eleitoral, Omar Simon, manifestou total respaldo a Correa. “É preciso apelar ao diálogo para defender os grandes interesses nacionais.”

Comunidade internacional

A comunidade internacional também teve rápida mobilização para evitar que se repetissem os fatos vistos em junho do ano passado em Honduras. Em horas, Organização dos Estados Americanos (OEA), Unasul, Mercosul e diversos presidentes da região e de outras partes do mundo já haviam se manifestado contra a insubordinação dos militares.

O Conselho Permanente da OEA reuniu-se em regime de urgência e definiu pela emissão de um comunicado em que se repudia “qualquer tentativa de alterar a institucionalidade democrática do Equador.” A OEA manifestou seu respaldo ao governo constitucional de Rafael Correa e solicitou que o governo daquela nação continue informando o desdobramento dos fatos. A organização fez ainda “um enérgico chamado à força pública do Equador e aos setores políticos e sociais a evitar todo ato de violência que possa exacerbar uma situação de instabilidade política.”

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, expressou em comunicado que conversou com o chanceler equatoriano, Ricardo Patiño, expressando apoio e solidariedade às instituições democráticas do país sul-americano. Amorim, em viagem oficial ao Haiti, informou que coordena com os demais países uma resposta firme “a fim de repudiar qualquer desrespeito à ordem constitucional naquele país irmão.”

A União de Nações Sul-americanas (Unasur) expressou que não se pode tolerar que governos democráticos se vejam ameaçados “por setores que não querem perder privilégios”. O secretário-geral da instituição, o argentino Néstor Kirchner, expressou que tem um compromisso com Rafael Correa frente à tentativa de sublevar a ordem constitucional. “Seria um gravíssimo retrocesso para a região que voltássemos àquelas épocas em que as minorias impunham suas decisões por uso da força. O voto popular é o único caminho para a tomada de decisões em nossas sociedades”, expressou em nota.

Na sequência, o Mercosul exigiu o "imediato retorno da normalidade constitucional."Os Estados Partes do Mercosul condenam energicamente todo e qualquer tipo de ataque ao poder civil legitimamente constituído e à ordem constitucional e democrática do Equador."

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, comparou o episódio com o golpe contra ele em 2002, afirmou que há "bestas fascistas" em ação e concluiu que o centro do problema está em Washington. “Essa é uma operação que se vem preparando. São as forças do obscurantismo, da extrema-direita. Como foi aqui. Arrumaram uma desculpa e pronto.”

Alan García, do Peru, defende que todos os chanceleres da região se encontrem em Quito. Caso não se possa realizar a reunião em solo equatoriano, García ofereceu a cidade peruana de Piura, "que pode servir como base para defender a democracia e a estabilidade do regime democrático."

O boliviano Evo Morales enfatizou que o episódio do Equador está ligado ao golpe de Honduras, na medida em que se trata de uma nova tentativa de parar, por meio da força, "o crescimento da mudança revolucionário em toda a América Latina." "A vergonhosa conspiração alentada por políticos que não gozam do apoio popular tem a clara intenção de culminar em um golpe de Estado", assinala Morales em comunicado.

O francês Nicolás Sarkozy expressou que é preciso respeitar o governo eleito democraticamente. O ministro das Relações Exteriores, Bernard Kouchner, condenou “essas violências com a maior firmeza.”


Quem Diria!!!

Observatório da Imprensa

Parece ironia, mas o último grande escândalo da atual campanha eleitoral não vai atingir a candidata do governo, mas seu principal adversário. Segundo a Folha de S.Paulo, foi após um telefonema do ex-governador José Serra que o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes decidiu pedir vistas do processo e interromper a votação da Ação Direta de Inconstitucionalidade impetrada pelo Partido dos Trabalhadores contra a obrigatoriedade de o eleitor apresentar dois documentos na hora de votar.

Tanto o ministro como o ex-governador negam ter conversado por telefone, mas um repórter da Folha testemunhou a ligação, e foi capaz até mesmo de reproduzir a introdução da conversa.

Segundo o jornal paulista, José Serra ligou para Gilmar Mendes pouco antes das 14 horas de quarta-feira (29/9). Algumas horas mais tarde, Mendes pediu vistas do processo, interrompendo o julgamento, quando o pedido de suspensão da nova norma já tinha sete votos favoráveis à eliminação da exigência e nenhum contra.

Relações impróprias
O que está em julgamento é a determinação, criada por lei do ano passado, de que o cidadão tenha que apresentar, na hora da votação, além do seu título eleitoral, outro documento com fotografia.

A direção da campanha da ex-ministra Dilma Rousseff concluiu, recentemente, que essa norma pode prejudicá-la, pois as pesquisas mostram que ela conta com os votos da maioria da população mais pobre e menos escolarizada, que tem mais dificuldade para obter documentos. Além disso, segundo o partido governista, muitos cidadãos de cidades do Nordeste atingidas por inundações e deslizamentos perderam seus documentos, o que os impediria de exercer o direito de voto.

Até ser interrompido pelo pedido de vistas do ministro Gilmar Mendes, o julgamento estava 7 a 0 em favor da extinção dessa exigência. Mendes alegou que o caso não era de urgência, uma vez que os interessados tiveram um ano para contestar a lei.

Teoricamente, sua alegação poderia ser justificada, mas a reportagem da Folha sugere que a decisão do ministro foi tomada sob influência de um dos candidatos.

A suspeita de relações impróprias entre um ministro do Supremo Tribunal Federal, ex-presidente da corte, e um candidato em disputa eleitoral, é o escândalo da hora.

O jornal por testemunha
Os jornais O Estado de S.Paulo e O Globo também noticiaram a suspensão do julgamento, e o Estadão chega a citar especulações sobre um eventual telefonema de José Serra ao ministro Gilmar Mendes, mas acaba optando por valorizar a declaração dos dois personagens, negando a ocorrência do telefonema.

Sabe-se, agora, que houve realmente a conversa telefônica antes da decisão do ministro porque os repórteres da Folha de S.Paulo puderam testemunhá-la. Além disso, se a polêmica se estender, a qualquer momento pode-se confirmar a ocorrência dessa conversação, por decisão judicial, consultando-se a empresa de telefonia celular utilizada.

Esse é o valor crítico do jornalismo presencial, no qual o repórter se coloca junto ao local dos acontecimentos, em vez de fazer a cobertura por telefone ou pela internet.

A informação bancada pela Folha equivale a uma denúncia de tráfico de influência e pode afetar a imagem do Supremo Tribunal Federal, que vem sendo criticado por não haver tomado uma decisão clara no caso da Lei da Ficha Limpa.

O Estadão publica na edição de quinta-feira (30/9) um comentário sobre a politização do Supremo, afirmando que a corte "há muito perdeu sua característica essencialmente constitucional".

O ministro Gilmar Mendes não tem certamente uma imagem pública favorável desde que mandou soltar o banqueiro Daniel Dantas. A suspeita de que toma decisões sob influência de um candidato configura escândalo de proporções republicanas, agravado pelo fato de que o ministro usou como justificativa para interromper o julgamento um argumento utilizado por José Serra na segunda-feira (27) – a de que o PT pretende mudar a regra do jogo na última hora.

Um presente
Diante dos números contraditórios das últimas pesquisas eleitorais, os analistas de campanha vêm afirmando que apenas um fato novo poderia alterar o equilíbrio de forças nas eleições de domingo, 3 de outubro.

Apesar de toda a imprensa estar forçando, nos últimos dias, para que esse fato seja a discussão em torno da legalização do aborto, que em tese prejudicaria a candidata governista, o acontecimento envolvendo o candidato da oposição e um ministro do Supremo Tribunal Federal pode ser o elemento que faltava para definir se teremos ou não segundo turno.

Para os marqueteiros da candidata governista, a reportagem da Folha é um presente dos deuses.

Carta Capital

1. O ministro Gilmar Mendes, –que ontem havia apresentado surpreendente pedido de “vista” sobre pretensão cautelar referente ao exercício do direito de cidadania–, iniciou seu voto, na sessão Plenária de hoje, a ensinar, com exemplos, sobre no que consiste um “pedido de vista”.

Em tom professoral, Mendes frisou que nunca, em função jurisdicional, decidiu por motivação política partidária. Invocou o testemunho do ministro Dias Tófoli, que prontamente confirmou o afirmado por  Mendes.

Depois dessa justificativa, passou a dar o seu voto sobre a liminar.

Nenhuma palavra sobre o telefonema que, segundo a Folha de S.Paulo, teria recebido do candidato Serra e para arrumar um meio para evitar que o Supremo Tribunal Federal concedesse liminar para admitir votação sem título eleitoral, apresentado, no lugar, um documento de identidade oficial com fotografia.

Ao ingressar no exame sobre a concessão da liminar, Mendes, logo no início, deixou claro que é contrario. Como é loquaz, resolveu entrar no exame do mérito da ação. Fora do momento oportuno, ressalte-se.

Sua loquacidade, no entanto, não o levou a negar, diante dos colegas ministros, o telefonema.

2. A Procuradoria da República ainda não se manifestou sobre abertura de procedimento apuratória sobre a veracidade da matéria do jornal Folha de S.Paulo, ou seja, a conversa telefônica de Serra a Mendes.

A propósito, Mendes e Serra negam o telefonema. Nada mais simples do que abrirem o segredo telefônico.

Como ambos negaram e não tocam mais no assunto, espera-se que a Procuradoria Eleitoral, onde a vice-procuradora Cureau admite até denúncia anônima sem apoio em prova, inicie procedimento apuratório e obtenha autorização judicial para quebra de sigilo telefônico.

DO BLOGUEIRO> Ontem afirmei aqui ter sido muito estranho a conduta do sr Gilmar no final da votação da ação impetrada pelo PT. Agora, hoje, estoura essa notícia, como uma bomba para todos nós. Na verdade a única coisa que me surpreende é o fato de a folhona ter publicado. Vamos acompanhar os desdobramentos disso. À tarde, alguns juristas importantes pediam apuração do caso por uso e abuso do poder do tal ministro do STF. Mesmo com tudo isso, a ação do PT venceu por 8 x 2 votos. Portanto, no dia da eleição só será necessário um documento com foto. 

Repúdio à Boataria

Brasília Confidencial No 349

Líderes de 11 entidades religiosas repudiaram ontem, em carta aberta, o que classificaram como “boataria cruel e mentirosa” disseminada na internet contra a presidenciável do PT, Dilma Rousseff. A carta foi  divulgada ao fim de reunião de duas horas com a candidata, a quem declararam apoio para a eleição deste  domingo.
 
Em entrevista posterior ao encontro, Dilma repetiu seu compromisso com a vida e sua posição contrária ao aborto. Ela rejeitou a hipótese de, se for eleita, convocar plebiscito sobre o assunto.
 
“Não sou a favor de um plebiscito porque ele dividiria a nação entre aqueles que defendem e aqueles que são contra. A legislação existente hoje pacifica todas as posições. Eu sou contra mudar a lei”.
 
A candidata do PT também condenou as informações falsas que estão circulando pela internet e que lhe atribuem referência a Deus ou a Jesus Cristo para dizer que não seria derrotada.
 
"Eu lamento isso profundamente, porque nunca saíram da minha boca palavras nesse sentido”.
 
A crescente disseminação online de boatos contra Dilma levou também o presidente Lula a aproveitar os  espaços de propaganda eleitoral do PT para dirigir um alerta aos eleitores. Segundo Lula, repete-se contra a candidata um comportamento de que ele foi vítima em eleições anteriores, quando pessoas saíram “do submundo da política” para dizer que ele, se eleito, “ia fechar as igrejas e mudar a cor da bandeira”. 


quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Vídeo - LULA Alerta Relembrando

Do Tijolaço

Lula deu o tiro de misericórdia nos boatos que a direita raivosa espalha contra Dilma por onde pode. Gravou um comercial para a TV, no qual lembrou que quando foi candidato, fizeram a mesma coisa contra ele, dizendo que iria até mudar a cor da bandeira do Brasil. E o que veio depois da sua eleição foi o aumento das liberdades e o progresso. Como acontecerá com Dilma.

VEJA O VÍDEO AQUI!!!

Espero Que Não Seja Verdade

Amigos do Presidente Lula

Indivíduos da Capital e da região de Sorocaba, com diversas passagens pela polícia (roubos, receptação, assaltos à mão armada, sequestros etc.) foram contatados por políticos ligados ao PSDB local através de um elemento intermediário com trânsito mútuo;

Foram informados de que “prestariam serviços” e levados até um shopping da cidade de São José do Rio Preto;

Lá mantiveram encontro com outras três pessoas, descritas como “muito importantes”, e receberam um adiantamento em dinheiro vivo;

Não se tratava de qualquer encomenda de morte, assalto ou ato criminoso tão comum para os marginais recrutados;

Imediatamente, tais bandidos foram levados até o Rio de Janeiro, a um bairro identificado como Jardim Botânico, onde ficaram confinados por dois dias;

Uma equipe de TV, num estúdio particular, gravou longa entrevista com os bandidos. O script era o seguinte: “somos do PCC, sempre apoiamos o governo Lula e estamos com Dilma”. Não fugiu disso, com variações e montagens em torno de uma relação PCC/Lula/PT/Dilma;

Os bandidos recrutados também foram instruídos a fazer ligações telefônicas para diversos comparsas que cumprem penas em penitenciárias do Estado de São Paulo. A ordem era clara: simular conversas que “comprovassem” a ligações entre o PCC e a campanha de Dilma;

Tudo foi gravado em áudio e vídeo;

A farsa começou a ser desmontada quando o pagamento final pelo serviço veio aquém do combinado;

Ao voltarem para São Paulo, alguns dos que gravaram a farsa decidiram, então, denunciar o esquema, relatando toda a incrível história acima com riqueza de detalhes;

As autoridades já estão no encalço da bandidagem. De toda a bandidagem;

A simulação seria veiculada por uma grande emissora de TV e por uma revista depois do término do horário eleitoral, causando imenso tumulto e comoção, sem que a candidata Dilma Rousseff, os partidos que a apóiam e o próprio governo Lula tivessem o tempo de denunciar a criminosa armação;

Essa é a “bala de prata”. Já se sabe seu conteúdo, os farsantes e o custo, além dos detalhes. Faltam duas peças: quem mandou e quem veicularia (ou ainda terá o desplante de veicular?) a maior fraude da história política brasileira;

Com a palavra, as autoridades policiais.

A propósito, o amigo navegante enviou essa “nota” extraída da imprensa de Brasilia:
29/09/2010 | 00:00 – www.claudiohumberto.com.br
Almoço global

A Rede Globo oferece em São Paulo almoço vip, nesta quinta, data do último debate presidencial, a Leandro Daiello, superintendente local da Polícia Federal – que anda atarefada com inquéritos de Erenice & cia.Do site de Paulo Henrique Amorim

STF Poderá Garantir Voto Sem Dois Documentos

Do Tijolaço

Nenhuma lei pode se sobrepor à soberania popular e esta se exerce pelo voto livre e universal de cada cidadão e cidadã. Se a lei, por defeito do processo legislativo – do qual eu não me excluo como congressista- criou um obstáculo que pode inviabilizar esse exercício essencial deste poder do eleitor, o remédio correto e constitucional é a sua anulação ou adequação pela corte suprema do país.
Parabéns à maioria dos ministros do STF que, independente de qualquer outra questão, afastaram o perigo de que um cidadão ou cidadã brasileira ser impedido de votar simplesmente, creiam, porque perdeu ou esqueceu o título de eleitor ou um documento de identidade.

Os mesários, a grande maioria de funcionários públicos experientes, tem todos os recursos necessários para cotejar nome, filiação, inscrição eleitoral e a própria assinatura – que vem impressa nas folhas de votação – e estabelecer a identidade correta do eleitor. Em caso de dúvida fundada, ele tem o poder de pedir a verificação deste documento.

Já disse aqui que algum “espertinho” fraudador pode até, por hipótese, votar duas vezes, uma por si e outra no lugar de alguém que saiba estar impedido de comparecer por morte, doença ou viagem. É verdade, mas o que representarão 10, 20 ou até 100 destes tipos em um universo de milhões de eleitores, pois se tratam de eleições estaduais e de um pleito nacional.

Grave, mesmo, seria vermos dezenas ou até centenas de milhares de brasileiros que, por não portarem o título naquele momento, fossem impedidos de votar.

Venceu a interpretação de que o voto é sagrado e universal e não pode ser ameaçado por uma exigência burocrática exagerada.

PS: O placar no STF já estava 7 a 0 a favor do fim da exigência de dois documentos para votar, quando o ministro Gilmar Mendes pediu vistas e adiou a decisão que já está numericamente assegurada. O ministro prometeu levar o processo novamente ao plenário amanhã.

DO BLOGUEIRO> O que não dá para entender é porque depois de sete juizes votarem pela mudança, o Sr. Gilmar Dantas, ops... Mendes, pedir vistas e adiar a decisão. Ou dá para entender???

Datafalha Tenta Confundir nos Últimos Dias

Ontem o datafalha saiu com uma pesquisa onde, pelos seus números, já era possível dizer que teríamos segundo turno nas eleições presidenciais. Isso foi suficiente para todos os meios de comunicação impressos de hoje e televisivos de ontem e manhã de hoje ficassem agitadíssimos com a grande novidade, espalhando-a como se espalham as chamas em capim seco.

Mas logo pela manhã e durante o dia os demais institutos (inclusive o IBOPE) desmontaram novamente o datafalha. Vejam algumas notas do dia abaixo.

Enquanto militantes, o que precisamos fazer é continuar conquistando eleitores para DILMA, MERCADANTE, nossos senadores e deputados, sem parar, até o domingo.

Ibope e Sensus confrontam Datafolha e mostram vitória de Dilma no 1º turno

Pesquisas CNI/Ibope e CNT/Sensus divulgadas nesta quarta-feira (29) mostram vitória da candidata do PT, Dilma Rousseff, no primeiro turno das eleições deste domingo (3). Os índices apresentados nas duas pesquisas entram em confronto com os dados do Datafolha divulgados ontem (28) e que mostravam Dilma com 46% das intenções de voto e apenas 51% dos votos válidos (excluídos os nulos e os brancos).

Já a pesquisa Ibope divulgada nesta quarta-feira (29) aponta Dilma Rousseff com 50% das intenções de voto e o candidato do PSDB, José Serra, com 27% na corrida eleitoral pela Presidência da República. Marina Silva (PV) tem 13%, segundo o levantamento, encomendado ao instituto pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Considerando os votos válidos, o Ibope mostra que Dilma tem 55% dos votos e venceria já no primeiro turno.

Já na pesquisa espontânea, quando os entrevistados respondem sem a ajuda da relação de candidatos, Dilma tem 44%, Serra 21% e Marina, 10%. Votos brancos ou nulos somam 5% e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que não disputa a eleição ainda aparece com 1% das intenções de voto.

Sensus
Também a pesquisa CNT/Sensus divulgada hoje confronta os dados do Datafolha e mostra a vitória da candidata Dilma Rousseff (PT) no primeiro turno das eleições deste domingo.

Pela Sensus, Dilma recebeu 54,7% dos votos válidos, enquanto José Serra (PSDB) somou 29,5% e Marina Silva (PV), 13,3%. Como a petista tem mais de 50% dos votos válidos, a pesquisa mostra sua vitória em primeiro turno.

No levantamento do Sensus, Dilma recebeu 47,5% das intenções de votos, contra 25,6% para Serra e 11,6% para Marina. Os demais candidatos não atingiram 1% dos votos. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos. Os indecisos e votos nulos/brancos somam 13,1%.

Na pesquisa espontânea, Dilma aparece em primeiro lugar com 42,9% dos votos, seguida por Serra, com 23,2%. Marina aparece em terceiro lugar com 10,5% das intenções de votos. Os demais candidatos não chegaram a 1% na pesquisa espontânea.

Nenhuma pesquisa apontou as tendências do Datafolha, diz diretor do Vox Populi

Texto postado no Blog do Nassif

Marcos Coimbra, do Vox Populi, não conseguiu identificar as tendências que o Instituto Datafolha diz ter percebido no eleitorado. O Vox Populi tem uma enorme quantidade de tracking (pesquisas rápidas diárias) e pesquisas em diversos estados.

Para o iG/Band, sua pesquisa buscar 500 novos pesquisados diariamente. Para partidos políticos, 3 mil. Faz tracking em Minas, São Paulo, Paraná, Santa Catarina.

Nenhuma de suas pesquisas apontou as tendências divulgadas pelo Datafolha.

Nele, há uma queda discreta de Dilma, Serra se estabilizando no patamar de 28% e Marina subindo.

Nas pesquisas do Vox, não se observou nenhuma tendência de queda de Dilma – que nunca fica abaixo de 49%. Em geral, oscila entre 49 e 51%. Serra permanece na faixa de 20 a 25% - no momento está em 22%.

Se descontar os 12 a 14% de Marina, sobram de 10 a 12 pontos para Dilma vencer no primeiro turno.

A única tendência nova detectada é de um leve crescimento da Marina, mas restrito aos grandes centros do sudeste.

Coimbra explica que uma pesquisa apenas não pode se pretender identificar o todo. As análises precisam ser feitas em cima do conjunto de pesquisas de todos os institutos. Mas o Datafolha continua considerando seus dados os únicos capazes de refletir a realidade.

Coimbra lembra que nessas eleições, durante todo o tempo o Datafolha correu atrás dos demais institutos. Jamais conseguiu antecipar uma tendência sequer. Seria surpresa se conseguisse agora.


terça-feira, 28 de setembro de 2010

Imprensa Internacional e o Brasil

PT Nacional

"Os rostos do novo Brasil" é o título de um suplemento especial que chega às bancas nesta terça-feira (28) no jornal francês Liberation, que ilustra sua primeira página com uma foto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a cinco dias das eleições gerais brasileiras. "Lula, o Brasil reiventado", afirma a manchete do diário francês, que na margem superior traz as cores da bandeira brasileira.

O suplemento de 16 páginas apresenta "os rostos do novo Brasil", um país que Lula "transformou profundamente". O primeiro artigo fala sobre a vida e a trajetória sindical e política de Lula, ex-operário metalúrgico que no dia 1º de janeiro de 2003 se tornou o primeiro presidente de esquerda do Brasil - que, impedido constitucionalmente de disputar um terceiro mandato, tenta eleger sua sucessora, Dilma Rousseff.

"O Brasil foi promovido ao status de grande potência emergente atacando a miséria, mas o caminho ainda é longo na direção de um país igualitário", afirma um dos artigos, antes de fazer um resumo da atual situação em várias esferas.

Além do "Liberation", o jornal francês Le Monde e a revista Los Inrockuptibles também dedicaram números especiais ao Brasil.

As informações são da France Press

Marcha Fúnebre

Do Tijolaço

O Datafolha se empenha para fazer Serra crescer no seu esforço pela realização de um segundo turno, mas é difícil imaginar o tucano conquistando meio ponto percentual sequer diante da “empolgação” que toma conta da sua campanha.

Além de abandonado pelos correligionários, Serra não entusiasma ninguém e nem as manifestações armadas, e possivelmente pagas, funcionam. Um bom exemplo foi o que aconteceu aqui no Rio, no último fim de semana, quando cabos eleitorais ensaiaram uma marcha na praia do Leblon. Se você tiver paciência, assista e veja a “animação” tucana.

O grupo, todo vestido com roupas iguais e portando bandeiras que pareciam ter saído da confecção. Será que existe quem acredite que alguém possa ter bandeira do PSDB em casa?

Os “manifestantes” caminham pela orla fechada ao trânsito nos fins de semana em silêncio, sem nenhuma adesão, no que parece mais uma marcha fúnebre do que uma manifestação política. Algum integrante tenta animar o grupo dizendo “aperte o 4, aperte o 5″, mas não consegue resposta.

A imagem é deprimente, mas ilustrativa do apoio que Serra tem. Aqui no Rio, não tem Datafolha que dê jeito. Dilma vai ganhar de lavada.

DO BLOGUEIRO> veja o vídeo no link do Tijolaço, acima.

Virus Tendencioso

Rede Brasil Atual

Um e-mail enviado pela Secretaria Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência na tarde de segunda-feira (28) continha o Manifesto em Defesa da Democracia, documento assinado por juristas e personalidades. O texto aponta sinais de autoritarismo no governo atual e o acusa de querer cercear a liberdade de imprensa e de ameaçar o processo democrático. Trata-se de uma manifestação clara contra a candidatura de Dilma Rousseff (PT) à Presidência. O material foi enviado como informe a imprensa de ação da Secretaria, o que pode ser considerado uso da máquina pública para campanha eleitoral.

A situação fica ainda menos clara diante das explicações sobre o que aconteceu.

A assessoria de imprensa da secretaria explicou para a Rede Brasil Atual que o site e os servidores estavam com vírus e que não tinham controle sobre os mails. O endereço de mail, em questão, normalmente é usado para o envio de boletins com notícias e informações sobre o órgão. Nesta terça-feira esse "engano" foi comentado na coluna Painel da Folha de S. Paulo com uma alegação distinta. A secrataria afirmou que uma investigação havia sido feita e que o mail na realidade havia sido remetido "indevidamente" por um funcionário.

Folhona Tentando se Recompor

Do Tijolaço

Meu avô(*) dizia sempre que quando você tem que ficar se explicando muito, a sua situação está esquisita.
É o que estyá acontecendo com a  Folha de S.Paulo , que  já tinha se proclamado isenta em editorial no fim de semana, e hoje fez um texto, com direito à chamada de primeira página, para dizer que também foi crítica em relação aos presidentes que antecederam Lula no período pós-ditadura (ué, não era ditabranda?) militar.

A Folha se esforça para dizer que fez reportagens contrárias a Fernando Henrique Cardoso, citando o grampo no BNDES na época das privatizações e o dossiê Cayman, e que o tucano deixou o governo se considerando perseguido pelo jornal.

Mas como a Folha tem o rabo preso, ela acaba se entregando mesmo quando faz a sua defesa. O texto publicado ontem conta que o jornal teve acesso, após a reeleição de FHC, ao material posteriormente conhecido como “dossiê Caribe”, e que não o divulgou imediatamente porque ainda apurava a sua autenticidade.

Aliás, só o fez quando o próprio Planalto vazou alguns trechos. A prudência, que seria louvável jornalisticamente, não se viu com Lula e, muito menos, com Dilma nessa campanha eleitoral. A Folha divulgou, por exemplo, a ficha falsa de Dilma, com manchete na primeira página, mesmo sabendo que ela provinha de um site de ultradireita e que não havia nenhuma confirmação de sua veracidade. O cuidado de apuração com o dossiê que envolvia FHC não se viu agora.

Cautela semelhante por parte da Folha nessa eleição só se viu com a apuração que diz estar fazendo da denúncia da Carta Capital de que uma empresa da filha de Serra quebrou o sigilo bancários de 60 milhões de brasileiros ao deixar os dados expostos na internet. Cobrada por seus leitores sobre o desprezo ao fato, respondeu que os dados estão sendo verificados. Faz tempo…

Mas a Folha não colocou nenhuma dúvida e nem gastou tempo na apuração da veracidade quando um escroque, condenado por receptação de carga roubada e com passagem pela cadeia, denunciou tráfico de influência na Casa Civil.

A Folha não engana ninguém. O rigor jornalístico que apregoa funciona de acordo com os seus interesses. Não tem editorial ou texto que limpe a sua ficha pregressa. Que começou fornecendo seus carros de distribuição para os agentes da repressão da ditadura militar, passou pela atitude desrespeitosa e preconceituosa do filho do dono ao então candidato Lula à presidência, em 2002, e foi coroada agora com a prática de um dos jornalismos mais sórdidos de que se tem notícia em uma campanha eleitoral.

(*) O avô em questão é Leonel Brizola (nota do blogueiro)

Mulher é Executada Sem Alardes

No último dia 23 de setembro, uma mulher foi executada sob a acusação de ter matado seu marido, apesar dos apelos da Anistia Internacional da União Européia.

Onde? Não. Não foi no Irã. Se fosse lá você já teria visto, lido, assistido inúmeras vezes.

Esta foi no estado da Virgínia, EUA.

Teresa Lewis segundo seus defensores, com um QI de 72, foi manipulada por seus dois cúmplices - um dos quais puxou o gatilho - em uma conspiração para receber o seguro de vida do marido e do enteado, em 2002. Deveria receber prisão perpétua, como seus cúmplices e não injeção letal.

É a 629a pessoa e a oitava mulher a receber execução nos EUA, desde o ano 2000. Como o Irã, os EUA não se preocupa em adotar um direito penal mais humanitário. Mas deles ninguém fala.

Informações colhidas e lidas na CARTA CAPITAL

Grande Comício no Sambódromo de SP

Brasília Confidencial No 347

A presidenciável do PT, Dilma Rousseff, recebeu ontem à noite o apoio do candidato do PP ao governo de São Paulo, Celso Russomanno. "Declaro meu apoio à candidatura de Dilma porque ela tem o melhor programa entre os candidatos", afirmou Russomanno durante entrevista coletiva posterior ao comício de encerramento da campanha do PT que, apesar da chuva forte, reuniu mais de 30.000 pessoas no Sambódromo paulistano.

"Eu recebo o apoio com muita satisfação. O arco de forças que apoia minha candidatura está completo", destacou Dilma.

As mais recentes pesquisas dos institutos Vox Populi e Datafolha apontam 7% das intenções de voto para Celso Russomano, índice equivalente a 2,1 milhões de votos.

No comício, abreviado por causa do temporal, Dilma voltou a dizer que sua vitória corresponderá à derrota do medo e do ódio que formaram o discurso da campanha oposicionista.

"Nós vencemos o medo em 2002. Vamos vencer o medo novamente, mas agora não oferecemos só esperança: oferecemos o amor, que vai derrotar o medo e o ódio".

A petista encerrou seu pronunciamento pedindo "serenidade" e "determinação" nos últimos dias de campanha "para assegurar, no dia 3, a vitória da paz, da democracia e da unidade do povo brasileiro".

No último discurso do comício, o presidente Lula dedicou-se especialmente a pedir votos para o candidato do PT ao governo paulista, Aloízio Mercadante.

"É preciso a gente acabar com essa história de tucano governando São Paulo. Acho que já governaram, já tiveram a chance deles, já mostraram do que são capazes. Está na hora de colocarmos uma estrela para governar esse estado", afirmou Lula.

Ele usou o exemplo da educação, bandeira de Mercadante, para atacar o PSDB. "Os tucanos governam aqui há mais de 20 anos e até agora a universidade pública paulista atende apenas a 96 mil alunos. Enquanto isso, o Prouni beneficia mais de 130 mil".

De acordo com o presidente, os tucanos acham que não tem pobre em São Paulo, porque eles só vivem no Palácio dos Bandeirantes.

"Vamos eleger Mercadante por uma experiência diferente neste estado. Se juntarmos os dois (Dilma e Mercadante) podemos ser também o estado que melhor cuida do seu povo na área de educação".

O presidente prometeu estar mais duas vezes em São Paulo, precisamente em São Bernardo do Campo, para apoiar Dilma e Mercadante. O último evento seria uma caminhada na véspera da eleição. "Vai ser uma caminhada silenciosa, mas apaixonada", anunciou.

Para o candidato petista ao governo de São Paulo, o comício de ontem não foi o último da disputa estadual. "Este é o primeiro comício da disputa do segundo turno", afirmou Mercadante.

Sambódromo Lotado

Mais um pouco da multidão

Protegendo-se da chuva

Chuva intensa, povo intenso

Erundina, nossa guerreira, presente

Faixa: "VALEU COMPANHEIRO LULA"
 Fotos retiradas da internet

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Por que Querem Tirar o Tiririca

Do Tijolaço

Recebo um telefonema de um companheiro de São Paulo, a propósito desta história do Tiririca. E ele me diz que a irritação com a candidatura dele nada tem a ver com ele saber ler ou escrever. Mas que vem dos partidos que estão preocupados que a candidatura do cearense “coma” os votos nulos e brancos e, com isso, eleve o quociente eleitoral e reduz o seu número de cadeiras.

Aí eu argumentei que muitos diziam que o problema era que Tiririca ia arrastar candidatos de seu partido, o PR, com muito poucos votos, talvez só cerca de mil, como disse um analista.

E ele me disse: nada disso, não tem esta história. O PR está coligado com o PT e o PCdoB na eleição proporcional na coligação “Juntos por São Paulo” e das “sobras” de voto quem leva são estes partidos, que têm candidatos com maior votação. Se entrar mais um do PR é muito.

Aí eu comecei a entender melhor a “raiva” que estão da candidatura de Tiririca.

É que isso vai reduzir as cadeiras das outras coligações e partidos, inclusive a formada por PSDB, Dem e PPS.

Aí é que está a história, não tem nada a ver com o letramento de Tiririca, tem a ver com o número de deputados que vão fazer…

DO BLOGUEIRO> Não votaria jamais nesse candidato. Entretanto este post é para percebermos quantas coisas escamoteadas utilizam para diminuir ou enfraquecer a manifestação popular. Seja os que gostariam de votar nele, por pior que seja, ou aqueles que percebem que "podem perder a boquinha" caso ele seja eleito. É.... o ser humano é uma fonte interminável de maldades....

Tucano Denunciado

Rede Brasil Atual

A promotora eleitoral gaúcha, Margarida Teixeira de Moraes, acolheu representação criminal do PT contra o candidato do PSDB
 
Publicado em 27/09/2010, 19:05
Última atualização às 19:13

São Paulo- O Ministério Público do Rio Grande do Sul, por meio da promotora eleitoral Margarida Teixeira de Moraes ofereceu denúncia contra o candidato do PSDB a presidência, José Serra. A promotora aceitou a representação criminal do Partido dos Trabalhadores por difamação contra o partido e por calúnia contra o ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel.

A representação relaciona dois fatos considerados delituosos. No dia 22 de julho de 2010, Serra comentou sobre as declarações de seu vive, Indio da Costa, acerca da afirmação de que o PT teria ligações com o narcotráfico, Serra respondeu que é "uma coisa antiga, que está mais do que evidenciado, que o PT tem ligação com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), que, por sua vez, são uma força do narcotráfico". Na mesma entrevista, o candidato do PSDB ainda responsabilizou o candidato do PT ao senado de Minas Gerais Fernando Pimentel o crime de violação de sigilos na Receita Federal.

A promotoria eleitoral acolheu a representação do PT e ofereceu denúncia pelos crimes de difamação e de calúnia ao Juiz Eleitoral da 111ª Zona de Porto Alegre contra o candidato do PSDB.

Veja denúncia na íntegra.
 

Mino Carta e a Dra. Cureau - Artigo Imperdível

Carta Capital
Conta-se aqui uma história insolitamente verdadeira de uma tentativa de assalto à liberdade de imprensa. Vale insistir: esta é autêntica. Por Mino Carta

Permito-me sugerir à doutora Sandra Cureau, vice-procuradora-geral da Justiça Eleitoral, que volte a se debruçar sobre os alfarrábios do seu tempo de faculdade, livros e apostilas, sem esquecer de manter à mão os códigos, obras de juristas consagrados e, sobretudo, a Constituição da República. O erro que cometeu ao exigir de CartaCapital, no prazo de cinco dias, a entrega da documentação completa do nosso relacionamento publicitário com o governo federal nos leva a duvidar do acerto de quem a escolheu para cargo tão importante.

Refiro-me, em primeiro lugar, ao erro, digamos assim, técnico. Aceitou uma denúncia anônima para proceder contra a revista e sua editora. Diz ela conhecer a identidade do denunciante, acoberta-o, porém, sob o manto do sigilo condenado pelo texto constitucional e por decisões do Supremo Tribunal Federal. Protege quem, pessoa física ou jurídica, condiciona a denúncia ao silêncio sobre seu nome. Ou seja, a vice-procuradora comete uma clamorosa ilegalidade.

Há outro erro, ideológico. Quem deveria zelar pela lisura do embate eleitoral endossa a caluniosa afronta que há tempo é cometida até por colegas jornalistas ardorosamente empenhados na campanha do candidato tucano à Presidência. A ilação desfraldada a partir do apoio declarado, e fartamente explicado por CartaCapital, à candidatura- de Dilma Rousseff revela a consistência moral e ética, democrática e republicana dos acusadores, ou por outra, a total inconsistência. A tigrada não concebe adesão a uma candidatura sem a contrapartida em florins, libras, dracmas. Reais justificados por abundante publicidade governista.

Sabemos ser inútil repetir que a publicidade governista premia mais fartamente outras publicações. Sabemos que José Serra, ainda governador, mas de mira posta na Presidência, assinou belos contratos de compra de assinaturas com todas as maiores empresas jornalísticas do País, com exceção, obviamente, da editora de CartaCapital. Sabemos que não é o caso de esperar pela solidariedade- dos patrões da mídia e dos seus empregados, bem como das chamadas entidades de classe, sem falar da patética Sociedade Interamericana de Imprensa. Estas, aliás, se apressam a apoiar a campanha midiática que aponta em Lula o perigo público número 1 para a democracia e a liberdade de imprensa.

Nem todos os casos denunciados pela mídia nativa merecem as manchetes de primeira página, um e outro nem mesmo um pálido registro. É inegável, contudo, que dentro do PT há uma lamentável margem de manobra para aloprados de extrações diversas. CartaCapital tem dado o devido destaque a crimes como a quebra de sigilo fiscal e a deploráveis fenômenos de nepotismo e clientelismo, embora não deixe de apontar a ausência das provas sofregamente buscadas pelos perdigueiros da informação, em vão até o momento, de ligações com a campanha de Dilma Rousseff.

Vale, porém, discutir as implicações da liberdade de imprensa, e de expressão em geral. É do conhecimento até do mundo mineral que a liberdade de informar encontra seus limites no Código Penal. Se o jornalista acusa, tem de provar a acusação. E informar significa relatar fatos. Corretamente. Quanto à opinião, cada um tem direito à sua.

Muito me agrada que o Estadão e o Globo em editoriais e, se não me engano,- um colunista tenham aproveitado a sugestão feita por mim na semana passada. Por que não comparar Lula a Luís XIV, além de Mussolini e Hitler? Compararam, para ampliar o espectro da evocação. De ditadores de extrema-direita a um monarca por direito divino, aprazível passeio pela história. Volto à carga: sinto a falta de Stalin, talvez fosse personagem mais afinada com a personalidade de Lula, aquele que ia transformar o Brasil em república socialista. Quem sabe, a tarefa fique para a guerrilheira terrorista, assassina de criancinhas.

Espero ter sido útil, com uma contribuição aos delírios de quem percebe o poder a lhe escorrer entre os dedos. A campanha midiática a favor do candidato tucano não é digna do país que o Brasil merece ser, e sim adequada ao manicômio. Aumenta o clamor de grupelhos de inconformados de uma velha-guarda que não dispensa militares de pijama, todos protagonistas de um espetáculo que fica entre a ópera-bufa e o antigo Pinel. Que tem a ver com liberdade de imprensa acusar Lula e Dilma de pretenderem “mexicanizar”, ou “venezuelizar” o Brasil? Ou enterrar a democracia?

Mesmo que o presidente não pronuncie sempre palavras irretocáveis, onde estão as provas desse terrificante projeto? Temos, isto sim, as provas em sentido contrário: os golpistas arvoram-se a paladinos de uma legalidade que eles somente ameaçam. A união da mídia já produziu alguns entre os piores momentos da história brasileira. A morte de Getúlio Vargas, presidente eleito, a resistência a Juscelino, o golpe de 1964 e suas consequências 21 anos a fio, sem contar com a oposição à campanha das Diretas Já. Ou com o apoio maciço à candidatura de Fernando Collor, à reeleição de Fernando Henrique, às privatizações vergonhosamente manipuladas.

É possível perceber agora que este congraçamento nunca foi tão compacto. Surpreende-me, por exemplo, o aproveitamento que o Estadão faz das reportagens de Veja, citada com todas as letras. Em outros tempos não seria assim, a família Mesquita tachava os Civita de “argentários” em editoriais da terceira página. As relações entre os mesmos Mesquita, os Frias e os Marinho não eram também das melhores. Hoje não, hoje estão mais unidos do que nunca. Pelo desespero, creio eu.

A união, apesar das divergências, sempre os trouxe à mesma frente quando o risco foi comum. Ameaça ardilosamente elevada à enésima potência para justificar o revide pronto e imediato. E exorbitante. A aliança destes dias tem uma peculiaridade porque o risco temido por eles é real, a figurar uma situação muito pior do que aquela imaginada até o começo de 2010. Desespero rima com conselheiro, mas como tal é péssimo. De sorte que estão a se mover para mais uma Marcha da Família, com Deus, pela Liberdade. A derradeira, esperamos. Não nos iludamos, no entanto. São capazes de coisas piores.

Otimista em relação ao futuro, na minha visão vivemos os estertores de um sistema, mudança essencial ao sabor de um confronto social em andamento, sem violência, sem sangue. Diria natural, gerado pelo desenvolvimento, pelo crescimento. Donde, por mais sombrios que sejam os propósitos dos verdadeiros inimigos da democracia, eles, desta vez, no pasaran. Eles próprios se expõem a risco até ontem inimaginável. Se houver chance para uma tentativa golpista, desta vez haverá reação popular, com consequências imprevisíveis.

Episódio representativo da situação, conquanto não o mais assombroso, longe disso, é a demanda da vice-procuradora da Justiça Eleitoral para averiguar se vendemos, ou não, a nossa alma. Falo em nome de uma pequena redação que não desiste há 16 anos na prática do jornalismo honesto, pasma por estar sob suspeita ao apoiar às claras a candidatura Dilma.

Sugiro à doutora Sandra que, de mão na massa, verifique também se a revista IstoÉ recebeu lauta compensação do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo e Diadema quando o acima assinado em companhia do repórter Bernardo Lerer, escreveu uma reveladora, ouso dizer, reportagem sobre Luiz Inácio da Silva, melhor conhecido como Lula, publicada em fevereiro de 1978. Ou se acomodou-se em uma espécie de mensalão ao publicar oito capas a respeito da ação de Lula à frente de uma sequência de greves entre 1978 e 1980. Ou se me locupletei pessoalmente por ter estado ao lado dele na noite de sua prisão, e da sua saída da cadeia, quando enquadrado pela ditadura na Lei de Segurança Nacional, bem como nas suas campanhas como candidato à Presidência da República. Desde o dia em que conheci o atual presidente da República, pensei: este é o cara.

Estadão: Dois Pesos e Duas Medidas

Do Tijolaço

O Estadão dedicou sua manchete de hoje e duas páginas inteiras, sem nenhum anunciozinho, à eleição para governador no Tocantins. E o que está acontecendo lá que mereceu tanto espaço do jornalão paulista? Um desembargador do TRE local vetou a divulgação de informações sobre investigações do Ministério Público de São Paulo relacionadas ao candidato a governador pelo PMDB, Carlos Gaguim.
A decisão é realmente questionável, mas o Estadão não mostrou a mesma indignação e nem cedeu espaço comparável à decisão da Justiça Eleitoral do Paraná de impedir a divulgação de pesquisas eleitorais. Aliás, que eu visse, nem publicou uma linha.

O que será que difere um caso do outro, que levou o Estadão a se mobilizar tanto e a protestar contra censura no Tocantins e a não reagir da mesma forma no Paraná? O que terá levado o jornal a não agir com a imparcialidade que tanto apregoa?

O motivo é simples. A proibição de divulgar informações sobre as investigações do MP no Tocantins veio da coligação que apóia o candidato do PMDB e é formada por 11 partidos, entre eles o PT, como destaca o Estadão logo na chamada da primeira página. Já a decisão da Justiça Eleitoral de vetar a divulgação das pesquisas no Paraná foi pedida pela coligação do candidato Beto Richa, do PSDB, mesmo partido do candidato à presidência que o Estadão apóia.

No Paraná, Datafolha, Vox Populi e Ibope estão proibidos de terem suas pesquisas ao governo do estado divulgadas. A do Datafolha é feita em conjunto com a Folha de São Paulo. A do Vox Populi é parceria com a Band. E a do Ibope foi encomendada pela emissora de tv local RPCTV. Mas nem a associação das pesquisas com tradicionais órgãos de comunicação causou tanta indignação quanto o caso do Tocantins.

Contra ele, levantaram-se diversas vozes, como a indefectível Associação Nacional de Jornais (ANJ) e sua parceira das emissoras de televisão (Abert), assim como logo se pronunciou o candidato José Serra, afirmando que a decisão da Justiça Eleitoral do Tocantins esconde um “estelionato eleitoral de esquema político do PT”. O mais curioso é que quebraram a cara, pois a coligação do governador já foi ao Judiciário esclarecer que a proibição que pede é só para o uso eleitoral das acusações. Portanto, não pedem censura alguma aos jornais.

Se a decisão do juiz do TRE do Tocantins põde ser considerada censura à imprensa a da Justiça Eleitoral no Paraná também o é. E o tratamento diferente dado pelo Estadão e outros veículos da grande mídia ao caso revela que atribuem diferentes pesos a sua cobertura jornalística de acordo com os interesses eleitorais que defendem.

IMPORTANTE: Desmascarando e-mails Falsos

Stanley Burburinho

Para facilitar a divulgação nesta última semana de campanha, fiz uma compilação dos emails falsos que circulam nesta campanha sobre Dilma Rousseff e seus respectivos desmentidos. Cada link remete ao leitor ao texto em questão. Espalhem, é importante:

A morte de Mário Kosel Filho: http://migre.me/1pfAb
A Ficha Falsa de Dilma Rousseff na ditadura http://migre.me/1pfCc
O porteiro que desistiu de trabalhar para receber o Bolsa-Família http://migre.me/1pfEJ
Marília Gabriela desmente email falso http://migre.me/1pfSW
Dilma não pode entrar nos Estados Unidos http://migre.me/1pfTX
Foto de Dilma ao lado de um fuzíl é uma montagem barata http://migre.me/1pfWn
Lula/Dilma sucatearam a classe média (B) em 8 anos: http://migre.me/1pfYg
Email de Dora Kramer sobre Arnaldo Jabor é montagem http://migre.me/1pfZH
Matéria sobre Dilma em jornais canadenses é falsa: http://migre.me/1pg1t
Declarações de Dilma sobre Jesus Cristo – mais um email falso: http://migre.me/1pg2F
Fraude nas urnas com chip chinês – falsidade que beira o ridículo: http://migre.me/1pg58
Vídeo de Hugo Chaves pedindo votos a Dilma é falso: http://migre.me/1pg6c
Matéria sobre amante lésbica de Dilma é invenção: http://migre.me/1pg7p

LULA Inaugura Termo Elétricas de Biomassa


Em São Paulo, presidente Lula inaugura usinas termelétricas (UTE)

Às 11h desta segunda-feira (27/9), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa da cerimônia de inauguração simultânea de oito usinas termelétricas, no estado de São Paulo, movidas a biomassa de cana-de-açúcar. O evento acontecerá na Usina Termelétrica (UTE) Barra Bioenergia S/A, no município de Barra Bonita (SP).

A Usina Termelétrica Barra Bioenergia funcionará anexa à usina da Barra, segunda maior unidade processadora de cana-de-açúcar do país, e utilizará o bagaço da cana para fazer a cogeração de energia limpa e renovável. A unidade tem capacidade de gerar 66 megawatts (MW) de energia e será responsável pela produção, venda e consumo da energia gerada.

              As outras sete UTEs inauguradas são: Cocal 2 (Narandiba), Conquista do Pontal (Mirante do Paranapanema), Clealco-Queiroz (Queiroz) , Iacanga (Iacanga), Destilaria Andrade (Pitangueiras), Noble Energia (Sebastianópolis do Sul)  e Açucareira Ester (Cosmópolis). Juntas, as oito usinas termelétricas terão 543 MW de potência instalada e 194,6 MW médios de energia assegurada ao sistema elétrico. Segundo o Ministério de Minas e Energia, essa obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) recebeu um investimento de R$ 853,61 milhões.         

A biomassa é a matéria orgânica utilizada na produção de energia. Dentre as biomassas mais utilizadas estão a lenha, o bagaço da cana-de-açúcar, papéis, entre outros. Antes, o bagaço de cana era considerado rejeito e, muitas vezes, queimado, emitindo gases poluentes. Com as usinas a biomassa, o que era lixo passa a gerar energia renovável.

 Mais informações
Assessoria de Imprensa
Ministério de Minas e Energia - (61) 3319-5620

Da Série: Quem Mesmo Censura??? Parte I

Amigos do Governador Mercadante

Gabriel Priolli foi indicado diretor de jornalismo da TV Cultura no dia 01/07/2010.
 
Dias depois, 07/07/2010, planejou uma matéria sobre os pedágios paulistas. Foram ouvidos Geraldo Alckmin e Aluizio Mercadante, candidatos ao governo do estado. Tentou-se ouvir a Secretaria dos Transportes, que não quis dar entrevistas. O jornalismo pediu ao menos uma nota oficial. Acabaram não se pronunciando.
 
Sete horas da noite, o novo vice-presidente de conteúdo da TV Cultura, Fernando Vieira de Mello, chamou Priolli em sua sala. Na volta, Priolli informou que a matéria teria que ser derrubada. Tiveram que improvisar uma matéria anódina sobre as viagens dos candidatos.
 
No dia seguinte, 08/07/2010, Priolli foi demitido do cargo. Não durou uma semana.
 
O mesmo aconteceu com Heródoto Barbeiro, demitido do cargo de apresentador do Roda Viva devido às perguntas sobre pedágio feitas ao candidato José Serra.
 
Para quem ainda têm dúvidas: a maior ameaça à liberdade de imprensa que esse país jamais enfrentou, nas últimas décadas, seria se, por desgraça, Serra juntasse ao poder de mídia, que já tem, o poder de Estado. 
 
Vejam o vídeo com a entrevista que provocou a demissão de  Heródoto Barbeiro.
 

"A Mulher Mais Poderosa do Mundo"

Do Tijolaço



Retiro, do blog do Rodrigo Vianna, um trecho da tradução do artigo publicado ontem pelo importante jornal inglês The Independent.

Os jornais brasileiros, claro, não registraram uma linha. Talvez porque o articulista termine o texto dizendo que ela tem sofrido “campanhas impiedosas de degradação na mídia ocidental” e que sua vitória será “uma celebração da decência política – e do feminismo”.

“A mulher mais poderosa do mundo começará a andar com as próprias pernas no próximo fim de semana. Forte e vigorosa aos 63 anos, essa ex-líder da resistência a uma ditadura militar (que a torturou) se prepara para conquistar o seu lugar como Presidente do Brasil.
 
Como chefe de estado, a Presidente Dilma Rousseff irá se tornar mais poderosa que a Chanceler da Alemanha, Angela Merkel e que a Secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton: seu país enorme de 200 milhões de pessoas está comemorando seu novo tesouro petrolífero. A taxa de crescimento do Brasil, rivalizando com a China, é algo que a Europa e Washington podem apenas invejar.
 
Sua ampla vitória prevista para a próxima eleição presidencial será comemorada com encantamento por milhões. Marca a demolição final do “estado de segurança nacional”, um arranjo que os governos conservadores, nos EUA e na Europa uma vez tomaram como seu melhor artifício para limitar a democracia e a reforma. Ele sustenta um status quo corrompido que mantém a imensa maioria na pobreza na América Latina, enquanto favorece seus amigos ricos”.
 
Leia a tradução do artigo, na íntegra, aqui no Escrevinhador.

Gestão com a Comunidade Amplia Aprendizado

Campos & Bravo

Com uma gestão baseada na articulação entre escola e comunidade, o Centro Integrado de Educação de Jovens e Adultos (Cieja) do Campo Limpo, localizado na zona sul de São Paulo (SP), tem ampliado a aprendizagem dos alunos. Segundo a coordenadora do centro, Eda Luiz, ousar para promover um ensino diferenciado, baseado na educação integral, depende do olhar do gestor da escola.

Existem 13 Ciejas na capital paulista. A estrutura, aprovada em maio de 2008 pelo Conselho Nacional de Educação, é semelhante em todos com, por exemplo, o tempo das aulas e os espaços adaptados. O que diferencia é a metodologia pedagógica, há autonomia para cada Cieja construir seu currículo escolar.

"Não podemos reproduzir a escola regular, o aluno que vai para EJA já vem de um espaço com um método ao qual ele não se adaptou, ficando excluído. Então, temos que fazer diferente. Essa ousadia depende mesmo de quem está no comando, dos gestores”, afirma Eda.

Desde 1999, o Cieja Campo Limpo optou por fazer a formação de seus educadores e trabalhar com uma metodologia pedagógica voltada para o sujeito. "Ajuda o aluno a perceber o seu valor. Ele chega muito receoso, mas depois percebe o acolhimento, que pode colocar o que pensa”, explica a coordenadora. Para ela, o pertencimento faz com que os estudantes acreditem que podem melhorar.

Eda diz que para uma gestão diferenciada é necessário ligar escola e comunidade. Para isso, primeiro é preciso entender o papel da instituição de ensino. Depois, ter a concepção de que é preciso atender a comunidade na qual a escola está. "No nosso caso, a comunidade necessitava se apropriar de espaço. Até pouco tempo, Capão Redondo era um bairro muito violento e isto tem mudado com a intervenção que temos feito junto à comunidade”, acredita.

As aulas e a comunidade
No Cieja Campo Limpo, não há divisão por séries, mas sim organização modular. Quando chegam à escola, os alunos são avaliados e direcionados para os módulos: alfabetização, pós-alfabetização, intermediário ou final. Quando eles terminam o ciclo, recebem o diploma de conclusão do ensino fundamental.

Quase 1500 alunos – dentre eles, 252 deficientes – estudam duas horas e meia, de segunda a quinta-feira. Na sexta, ocorrem oficinas com temas diversificados como o de economia solidária ou o café terapêutico, que faz atendimento aos pais das pessoas com necessidades especiais. A expectativa é de que em 2011, a Prefeitura cumpra com o prometido e passe a realizar aulas de informática, inglês e comunicação.

Aos sábados, acontecem oficinas de capoeira e hip hop, temáticas escolhidas pelos próprios alunos após uma pesquisa na escola. Para as crianças, filhos dos alunos ou de moradores locais, há aulas de ballet e recreação. Também, o Cieja é aberto à comunidade durante a semana. Os moradores podem frequentar os espaços da escola e desenvolver atividades das 7h às 22h30.

Fonte: Portal Aprendiz – Desirèe Luíse

MEC Abre Consulta Pública

Campos & Bravo


Gestores, técnicos e professores podem enviar contribuições até o dia 30 de outubro. O Ministério da Educação (MEC) abriu, no último dia 13, o prazo para enviar sugestões, críticas e propostas para a formulação das orientações curriculares para a Educação Infantil. Os interessados podem remeter suas contribuições até o dia 30 de outubro para e-mail consultapublicacoedi@mec.gov.br.

Veja aqui as diretrizes curriculares para a Educação Infantil - http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&task=doc_download&gid=3748&Itemid=

As Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil, aprovadas em 17 de dezembro de 2009, determinam que é função do MEC elaborar orientações para sua implementação.

Com esse foco, a Secretaria de Educação Básica (SEB), por meio da Coordenação Geral de Educação Infantil, é responsável pela elaboração das orientações. O trabalho consiste em reunir as conclusões de debates entre consultores e especialistas no assunto. O documento final produzido deverá auxiliar o professor em suas práticas em sala de aula.

O Ministério oferece documentos que já fizeram parte das discussões. Gestores, conselheiros, técnicos, professores, pesquisadores e da comunidade podem acessá-los na página da SEB - http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=15860&Itemid=1096

Fonte: Todos Pela Educação