Os metalúrgicos da região do ABC paulista fazem uma paralisação de 24
horas nesta segunda-feira para reivindicar melhores salários.
De acordo com a CUT (Central Unificada dos Trabalhadores), a paralisação
suspendeu as atividades das principais fábricas do ABC paulista, com
adesão de cerca de 80% dos trabalhadores que estavam mobilizados, cerca
de 56 mil pessoas.
A greve afetou os segmentos de máquinas e eletrônicos, refrigeração,
lâmpadas, estamparia e outros, suspendendo a produção em 50 fábricas.
As principais reivindicações da categoria, de acordo com a FEM-CUT
(Federação dos Sindicatos Metalúrgicos) são licença maternidade de 180
dias, redução da jornada para 40 horas semanais, seguro de vida e 2,5%
de aumento real do salário.
A expectativa da entidade, após a paralisação, é retomar as negociações amanhã com os representantes patronais.
De acordo com o presidente da Federação Estadual dos Metalúrgicos
(FEM-CUT), Valmir Marques, que negocia pela categoria, houve um
endurecimento nas negociações por parte da bancada patronal.
"As propostas apresentadas até agora foram ridículas. Alguns grupos
tiveram a cara de pau de propor reajuste abaixo da inflação", afirmou
Marques, em nota.
"Já faz mais de dois meses que apresentamos nossa pauta de
reivindicações e até agora não temos qualquer proposta aceitável", disse
Rafael Marques, vice-presidente do Sindicato.
Os metalúrgicos das montadoras ficam de fora da campanha salarial deste
ano, pois já fecharam acordo em 2011, com prazo de validade de dois
anos.
A reportagem entrou em contato com a Fiesp (Federação das Indústrias do
Estado de São Paulo) às 13h, mas ainda não obteve retorno.
Com informações do Valor.
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