quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

MEC confirma piso

E já tem gente dizendo que não pagará. Ontem em Brasília a CNM - Confederação Nacional dos Municípios - juntou-se aos estados que dizem não terem como pagar o piso dos professores.


Piso nacional do magistério de 2012 é definido em R$ 1.451

O Ministério da Educação (MEC) definiu em R$ 1.451 o valor do piso nacional do magistério para 2012, um aumento de 22,22% em relação a 2011. Conforme determina a lei que criou o piso, o reajuste foi calculado com base no crescimento do valor mínimo por aluno do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) no mesmo período.

A Lei do Piso determina que nenhum professor pode receber menos do que o valor determinado por uma jornada de 40 horas semanais. Questionada na Justiça por governadores, a legislação foi confirmada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no ano passado.

Entes federados argumentam que não têm recursos para pagar o valor estipulado pela lei. O dispositivo prevê que a União complemente o pagamento nesses casos, mas, desde 2008, nenhum estado ou município recebeu os recursos porque, segundo o MEC, não conseguiu comprovar a falta de verbas para esse fim.

Em 2011, o piso foi R$1.187 e em 2010, R$ 1.024. Em 2009, primeiro ano da vigência da lei, o piso era R$ 950. Alguns governos estaduais e municipais criticam o critério de reajuste e defendem que o valor deveria ser corrigido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), como ocorre com outras carreiras.

Na Câmara dos Deputados, tramita um projeto de lei que pretende alterar o parâmetro de correção do piso para a variação da inflação. A proposta não prosperou no Senado, mas na Câmara recebeu parecer positivo da Comissão de Finanças e Tributação. A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) prepara uma paralisação nacional dos professores para os dias 14,15 e 16 de março com o objetivo de cobrar o cumprimento da Lei do Piso.

http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-02-27/piso-nacional-do-magisterio-de-2012-e-definido-em-r-1451

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Da Página do Juvenil Cirelli

Do Juvenil Cirelli

2 mil pessoas na festa dos 32 anos do PT, dão apoio à pré-candidatura de Juvenil Cirelli

O Salão Estrela Azul, moderno e muito amplo, do Jardim Cidade, ficou pequeno na manhã deste domingo para a festa dos 32 anos de fundação do Partido dos Trabalhadores no Brasil e para prestigiar o lançamento da pré-candidatura de Juvenil Cirelli para prefeito.

Como disseram as autoridades presentes à mesa durante o evento, nunca se viu em Salto tamanha representatividade em um único evento: prefeitos e vereadores de cerca de 10 cidades da região, os deputados Arlindo Chinaglia, Hamilton Pereira e um representante da deputada Ana Perugini e a presença de milhares de pessoas. “Neste momento importnte da minha vida, peço a DEUS que me dê força, coragem e acima de tudo, muita fé. Que eu possa contar com meus familiares, meus amigos, partidários, representantes dos outros partidos que nos apoiam, enfim, com a população de Salto, terra que me acolheu, me adotou como filho, terra que eu amo e me orgulho de viver aqui”, disse Juvenil, emocionado, durante o discurso.

No evento de hoje estiveram presentes representantes de 9 partidos políticos que apoiarão o pré-candidato Juvenil em outubro, além de representantes de outras legendas que ainda dialogam para reforçar essa nova onda em favor de Salto, como do PDT, do PSD e pré-candidatos a vereadores do PC do B.

Os prefeitos de Piedade, Porto Feliz, Elias Fausto, Votorantim, Araçoiaba da Serra desejaram boa sorte a Juvenil e rearfirmaram o apoio ao PT e aos partidos coligados, para que possam continuar trabalhando por Salto e cuidando dos saltenses. Arlindo Chinaglia disse que Juvenil é a única certeza de Salto poder continuar cuidando bem das pessoas e sendo uma terra de oportunidades.

Hamilton Pereira falou da representatividade de Juvenil perante o governo federal e das muitas conquistas suas em Brasília, relembrou a vida de ambos de sindicalistas e seu currículo inquestionável como homem público e ser humano.

Ao fazer seu discurso, Juvenil se disse emocionado ao ver tantas pessoas, na manhã de um domingo, reunidas para discutir política e declarar apoio ao seu projeto de continuar mantendo Salto no caminho da evolução e ampliar o cuidado para com as pessoas. Agradeceu o apoio de sua familia, como de seu pai e esposa Rita, relembrou dos amigos e reafirmou sua certeza de que ainda tem muito a ser feito em nossa cidade.

Ao final, agradeceu à imprensa pela forma justa e equilibrada que tem dado a esse momento novo da política saltense e também agradeceu os representantes dos mais de 10 partidos políticos presentes, agradeceu os pré-candidatos a vereadores que estarão com ele na disputa e pediu aos presentes que o ajudem, orando e rezando por ele, para que a campanha que se aproxima, seja de debate e não de ataques ou ofensas nem perseguições.

Web – A festa dos 32 anos do PT e também o lançamento oficial da pré-candidatura de Juvenil Cirelli foi transmitida ao vivo pela internet (e será reprisada neste domingo, dia 26, às 22h) pelo endereço: www.webradiosaltosp.com.

Vejam mais fotos em nosso facebook e no orkut e a cobertura completa na imprensa regional desta semana.


Mais fotos de ontem!!!


Deputado Hamilton com representantes de Araçoiaba da Serra, inclusive o representante regional do PDT


Juvenil com alguns prefeitos e lideranças regionais


A mesa, com tradução em LIBRAS por Suzana da ASPAS


Mesa e plenária em aplausos pela recuperação total do Presidente Lula
Mais prefeitos
Chegada de Juvenil
Juvenil foi ovacionado em sua chegada
Parte do público presente


Juvenil cumprimentado pelo deputado Hamilton


Fala de Arlindo Chinaglia


Juvenil com seu pai e esposa


Juvenil e o carinho por Rita

26 de fevereiro - Sucesso total!!!

Juvenil Cirelli
O dia 26 de fevereiro ficará na história de nosso partido e dos partidos que apóiam a pré-candidatura de Juvenil Cirelli para a prefeitura municipal.

Em um salão onde a capacidade é para 600 pessoas sentadas confortavelmente em mesas e cadeiras, aglutinamos nada mais nada menos que 2000 pessoas, que de forma tranquila e ordeira acompanharam a magnífica manhã do dia de ontem. Além do local, tivemos também a transmissão ao vivo pela Radioweb Salto, que teve 110 ouvintes em tempo real e mais 170 quando da reprise na noite de domingo.

As pessoas que para lá foram, demonstraram todo o seu apoio à pré-candidatura de Juvenil Cirelli à prefeitura. Uma mesa muito representativa, com vários prefeitos da região, deputados e representantes de outros partidos, completaram a manhã. Todas as falas apontaram para a grandeza do evento e para a força que a pré-candidatura de Juvenil Cirelli construiu em nossa cidade. Os apoios dos prefeitos presentes fizeram a diferença em termos regionais.

Já os deputados, nossos queridos Hamilton Pereira e Arlindo Chinaglia, fizeram uma análise precisa do momento e das trapalhadas do atual prefeito de nossa cidade, que ao rejeitar o PT simplesmente renega tudo aquilo que ele aceitou e conquistou nos sete anos da presença do partido na administração. Segundo Arlindo, o prefeito fez bem em ter feito a aliança há oito anos atrás, pois com ela trouxe para Salto o apoio incondicional do governo federal, cuja maior demonstração está no Instituto Federal e em inúmeras outras obras e investimentos feitos. A pergunta que ele deixou no ar foi: será que agora ele acertou em rejeitar esse apoio? Será que se tivesse feito isso anos atrás o governo federal teria sido tão generoso com Salto?

Os grandes destaques ficaram para as presenças de partidos que oficialmente ainda não apoiam Juvenil, por diversas razões: o PSD, cujas negociações caminham; o PCdoB, que no seu estilo "centralismo democrático" impõe uma situação de cima para baixo aos seus membros locais, que não a aceitam e declaram seu apoio à Juvenil; e o PDT, que esteve presente com vários dos seus componentes locais e com o representante regional, vice-prefeito de Araçoiaba da Serra, que falou em alto e bom som para todos ouvirem: o PDT apoiará Juvenil Cirelli em Salto. E disse mais: o PDT em Salto está com sua direção destituída.

Situações como estas só são possíveis graças a força cada vez mais clara da pré-candidatura de Juvenil Cirelli. Olhando para as 2000 pessoas presentes podia-se observar representação de todos os segmentos de nossa cidade: jovens, adultos, entidades, associações, sindicatos, igrejas, representações culturais, representações educacionais, do trabalho, do empresariado, do povo, enfim, que apóiam e acreditam ser Juvenil Cirelli a melhor opção para nossa cidade.

Em seu discurso, Juvenil fez questão de homenagear seu pai, que como disse é seu exemplo de vida e caráter. "Se sou como sou, devo a meu pai". Chamou também sua esposa e sempre companheira Rita para agradecer seu apoio e presença incondicionais. Agradeceu a todos e todas ali presentes e reforçou o caráter que pretende implementar em sua campanha: uma campanha adulta, sem apelações e com discussão de propostas a partir da participação de todos e de todas. Agradeceu a presença e apoio de todos os partidos aliados. Chamou à frente todos os pré-candidatos à Câmara Municipal, consolidando sua pré-candidatura de forma incontestável e firme.

26 de fevereiro ficará marcado na história política de Salto como uma data referência para qualquer campanha política local e regional: nosso pré-candidato reuniu em um só local, para dar o "ponta-pé" em sua pré-campanha, 2000 pessoas.

Que venha a campanha!!!

A mesa, composta por prefeitos, representantes de partidos e deputados

Juvenil homenageando seu pai

Juvenil e sua esposa Rita
Alguns dos pré-candidatos à vereadores
Parte das 2000 pessoas
Outro ângulo.... muita gente!!!

sábado, 25 de fevereiro de 2012

A revolução inacabada - Entrevista

Da Carta Capital

Por J.R. Penteado

Mais de duas centenas de pessoas se aglomeram para ver uma jovem egípcia falar num auditório em Londres em 1º de fevereiro. Maquiagem no rosto, ela discorria sobre seu país para um público atento. “O que está acontecendo hoje no Egito é uma revolução em andamento.”

Rosto da revolução egípcia, Gigi Ibrahim fala sobre o futuro político no Egito e critica nações ocidentais. Foto: J.R. Penteado

Aos 25 anos, Gihan Ibrahim, conhecida como “Gigi”, é membro da organização trotskista Revolucionários Socialistas e se tornou conhecida graças à Internet. Da linha de frente dos protestos que estremeceram o Egito desde o ano passado, ela transmite ao público informações que nenhum outro correspondente de um grande veículo consegue transmitir – munida apenas de um Blackberry e de sua conta no Twitter (@gsquare86).

Por meio do seu blog (http://theangryegyptian.wordpress.com), Gigi publica vídeos e fotos de manifestações na Praça Tahrir, confrontos com as forças de segurança e textos críticos em relação aos novos mandatários egípcios. Virou assunto e matéria de capa em algumas das principais publicações internacionais.

A ativista deu duas palestras, no início de fevereiro, na Universidade de Londres e na Goldsmiths College. Pouco antes do último evento, ela concedeu entrevista a Carta Capital. Fazia menos de 24 horas que o país voltara ao centro do noticiário mundial: mais cedo, cerca de 70 pessoas haviam morrido após uma partida de futebol em Port Said.

Por que você foi escolhida como um dos rostos da Revolução Egípcia?
A mídia ocidental me retratou como esse rosto aceitável porque não uso véu, falo inglês, e pareço adequada aos valores do Ocidente. Isso apenas mostra ignorância e os estereótipos. Creio que adquiri atenção por estar nos protestos o tempo todo. Mas foram os egípcios que não se vestem como eu e não parecem comigo que foram o coração dessa revolução. Olhando dessa perspectiva, me torno irrelevante. Sou só a ponte que relata as histórias para a esfera internacional.

O que achou da cobertura dessa mídia durante os protestos?
Os países ocidentais apoiaram os ditadores, e isso foi ignorado. E, agora que as pessoas têm se revoltado e expulsado os ditadores amparados pelo EUA e os países ocidentais, eles [a mídia ocidental] falam sobre a “Revolução do Twitter” ou a “Revolução Facebook”. Isso deixa as coisas totalmente superficiais.

A blogueira, antes da palestra. Foto: J.R. Penteado

Ignoraram as raízes dessa Revolução e lutaram contra ela ao apoiar os ditadores por tanto tempo. Então agora eles estão tentando dizer a nós que são amigos da Revolução, quando na verdade eles ainda estão apoiando o Conselho Militar ao conceder 1,5 bilhão de dólares por ano. Esse dinheiro é usado para matar egípcios. O fato, com a participação nas lutas e passando as informações necessárias da realidade, nos contrapomos à ignorância e à superficialidade do preconceito da mídia e fazemos as pessoas pensar diferente.

Qual o verdadeiro papel desempenhado pelas redes sociais nos protestos no Egito?
As redes sociais só têm sido usadas como uma ferramenta – e isso não significa que todo mundo vai se comunicar com essa ferramenta. Quando você tem censura de imprensa, você tenta achar caminhos alternativos, no YouTube, Facebook, Twitter. São apenas algumas mídias, mas elas não mobilizam pessoas. No fim das contas, as pessoas vão para as ruas como lutadoras e não por causa de um evento do Facebook.

Mas elas foram cruciais?
Foram importantes. As pessoas poderiam passar informações precisas de pessoas que elas conheciam e estavam presentes in loco durantes os confrontos. Isso deu muita credibilidade. É jornalismo cidadão. As pessoas não sabiam como uma revolução funcionava até eles virem a revolução na Tunisia. Essas imagens mexem com suas memórias históricas. E é através de fotos e clipes e vídeos que você realmente toca as pessoas.

Um dia antes da queda, Mubarak fez um discurso na TV assegurando sua manutenção no poder. No dia seguinte, foi derrubado. O que aconteceu nesse meio tempo?
O que foi crucial foi o que aconteceu nos últimos 3 dias dos 18 dias de protestos, quando os trabalhadores entraram em greve. Eles não estavam apenas saindo da praça Tahrir e voltando para os locais de trabalho.

Após levante, futuro político no Egito ainda é incerto. Foto: Odd Andersen/AFP

Eles entraram em greve demandando a queda de Mubarak, e foi isso o que derrubou o regime. Não foi só apenas Tahrir, foram os trabalhadores, as greves de massa nas fábricas. E é isso que será necessário para completar essa revolução e derrubar o regime inteiro.
Fomos capazes de derrubar a cabeça do regime, mas não o regime próprio, ele ainda está vivo e se mexendo pelo Egito inteiro. E serão necessárias greves e mobilização geral, na praça Tahrir, nas universidades e nas fabricas pra essa Revolução se completar.

Muitas pessoas foram mortas. Você perdeu alguém próximo?
Perdi muitos amigos. Vi pessoas serem mortas na minha frente. Eu tenho um grande amigo que perdeu os dois olhos. Outro grande companheiro perdeu seu olho direito. A contra-revolução está deliberadamente cegando a revolução, eles estão deliberadamente mirando suas munições menos letais nos olhos dos manifestantes, e apesar de tudo isso, a mobilização está crescendo. Também vem crescendo um sentimento muito forte contra os militares, especialmente depois do que aconteceu na partida de futebol entre Al Ali x Port Said. Eles estavam tentando criar caos e não preveniram nenhum daqueles agressores contratados de atacar os manifestantes ao abrir os portões para eles e fechando o portão das pessoas que estavam sendo atacadas para evitar que elas fugissem. É por isso que mais de 70 pessoas morreram.

Você culpa o Conselho Militar pela tragédia?
O Conselho Militar e a policia orquestraram isso. Você não vai a nenhuma partida de futebol sem ser revistado. Como essas pessoas tinham armas brancas? Tudo aconteceu bem debaixo dos olhos da policia e dos militares, e eles não evitaram.

Qual sua opinião sobre a Irmandade Muçulmana?
A Irmandade Muçulmana tem tanta participação do antigo regime, que ainda existe, quanto o próprio Conselho Militar. Eles têm sido um grupo cooptado desde o começo. Muitas das pessoas nas lideranças são homens de negócios e profissionais com interesses escusos. Eles só usam a retorica islâmica para mobilizar as massas e isso é normal num pais conservador.

A blogueira concede entrevista em Londres. Foto: J.R. Penteado

Mas quando olhamos as suas práticas políticas, vemos que eles não são melhor que a NDP [partido de Mubarak], e na verdade eles são a NDP com barba.
São homens de negócios, capitalistas oportunistas que farão negócio com quem quer que esteja no poder.
Entretanto, a juventude deles tem participado ativamente nessa revolução. Para mim, o maior exemplo do quão oportunista e antirrevolucionária é a Irmandade Muçulmana foi o que aconteceu na sexta-feira 27 (de janeiro), quando seus membros formaram uma corrente humana ao redor do Parlamento evitando que milhares de manifestantes protestassem. Eles foram oprimidos por anos no regime de Mubarak e agora eles estão fazendo a mesma coisa.


Como estão as forças políticas no Egito?
É um espectro muito bom, acredito. E está ganhando estrutura, na medida que a revolução progride. Tem na extrema direita os salafistas e a Irmandade Muçulmana. E os partidos liberais e seculares no centro, como os apoiadores Baradei. Há os sociais democratas e os liberais democratas.
E um bom número de grupos na esquerda, incluindo os Revolucionários Socialistas, novas correntes socialistas e algumas outras fragmentações de grupos de esquerda.
Também tem grupos anarquistas e isso é um bom sinal. Mesmo que eu não concorde com eles, e minha ideologia e atuação política não sejam alinhadas com os anarquistas, tê-los lá, como uma força política, definitivamente equilibra as coisas. Pois você tem a extrema direita e você precisa da extrema esquerda para equilibrar as coisas. Então isso é bom

A Revolução vai triunfar?
Não tenho duvida. Claro que tenho algumas preocupações. Mas toda revolução demora 3 ou 4 anos. Não seremos capazes de ver o que essa Revolução tem feito senão daqui anos. Porque não terminou. Alguns momentos haverá altos e baixos, derrotas e vitórias, e algumas vezes nós estaremos em exilio e em prisão, e em outras vezes vamos tentar tomar o controle. Mas até os trabalhadores estarem organizados e a revolução social começar, nada vai estar pronto. Então essa é nossa esperança para que essa Revolução se torne uma revolução social para então se tornar uma revolução permanente.

Como você se tornou uma ativista política?
Eu sempre fui interessada em política. Desde o colegial eu sabia que queria estudar ciências politicas. E meu pai não pagaria pra que eu estudasse ciência políticas, então tive que ir pra uma universidade comunitária, porque eu queria estudar politica de qualquer forma.

Foto: J.R. Penteado

Por causa da diferença politica que eu e meu pai temos, a gente sempre está em desacordo, e criamos um monte de lutas internas, além das minhas lutas externas. Mas essa é a minha escolha agora.
Mesmo tendo vindo de uma família capitalista, a gente sempre tem uma escolha. Eu sou uma adulta agora, eu posso escolher, eu não preciso seguir os passos do meu pai.
Eu amo ele, claro, ele é meu pai, e é por isso que eu tento separar politica das questões pessoais pessoal, mas é duro, e não é sempre uma coisa fácil de lidar.

Houve um acontecimento específico que a fez se tornar uma ativista política?
Eu morei nos Estados Unidos de 2001 a 2008, e durante aquele tempo eu não sabia exatamente o que acontecia no Egito. Eu estava totalmente concentrada em ativismo na Califórnia, militando nas causas dos direitos dos imigrantes ilegais ou nos movimentos antiguerra, antiguerra do Iraque, e essas causas particularmente não eram muito relevantes pro Egito.
Mas então eu pedi transferência para a Universidade Americana do Cairo e comecei a estudar as mobilizações do Egito e entender as coisas, a história que ocorreu no país, com as revoltas e as lutas trabalhistas.
E o que me realmente me inspirou foi a Intifada de Mahala, em 2008 [revolta na cidade de Mahala contra o preço do pão, duramente reprimida pela polícia], e foi quando eu entrei para os Revolucionários Socialistas e a “revolução” aconteceu (risos).

Vai ou não vai???

Da Carta Capital

Em reunião com o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o prefeito Gilberto Kassab (PSD), o ex-governador José Serra (PSDB) decidiu entrar na disputa para a prefeitura de São Paulo, segundo informações do jornal Folha de S. Paulo.

Com prévias marcadas para o dia 4 de março, no entanto, Serra afirmou que não quer cancelar o processo interno do partido e deve disputar com os outros quatro candidatos tucanos os secretários estaduais de Cultura, Andrea Matarazzo, Meio Ambiente, Bruno Covas, e Energia, José Aníbal, e o deputado federal Ricardo Tripoli. O mais provável é que o processo seja adiado, para que Serra tenha tempo de se inserir no processo.

O ex-governador havia dito que não seria candidato a prefeitura de São Paulo em 2012, mas nas últimas semanas ensaiou uma mudança de estratégia. Kassab, que até então articulava uma aliança com o candidato petista Fernando Haddad, já anunciou que deve firmar parceria com Serra, seu padrinho político na capital.

Mas Serra teme que uma aliança com o PSD feche as portas com o DEM, com quem articula o apoio a uma chapa puro-sangue tucana. Em entrevista a CartaCapital na quinta-feira, o cientista político Celso Roma afirmou que, ao entrar na disputa, Serra terá de convencer a população de que cumprirá os quatro anos de mandato e que não usará o cargo como plataforma para concorrer ao governo do estado, como fez em 2006 ou mesmo ao governo federal.

Roma também adiantou que o cancelamento das prévias partidárias geraria um descontentamento nas bases do PSDB. Segundo ele, a consulta serviria como incentivo à filiação e atrairia os filiados para dentro do partido que, desde 1988, vê apenas os líderes tomarem decisões.

A entrada de Serra dificulta os planos do PT para conquistar a prefeitura da maior cidade do país. Isso porque, na avaliação de Roma, o ex-governador terá apoio de Alckmin e Kassab, polarizando as administrações estadual e municipal com a federal.


Por falar em inovações....

Da UNDIME

Com criatividade e ousadia, práticas de ensino obsoletas são superadas, acredita o professor Braz Rodrigues Nogueira, diretor da Escola Municipal de Ensino Fundamental Presidente Campos Salles, de São Paulo, capital. As salas de aula convencionais da escola, no bairro de Heliópolis, em antiga favela da zona sudeste da cidade, cederam espaço a grandes salões. Neles, professores polivalentes orientam os alunos em todas as disciplinas. Cada salão recebe três professores e cerca de 100 estudantes.

Os roteiros de estudo para os alunos são elaborados pelos professores, que interagem na execução desse trabalho. “Conhecer o que o colega está propondo para os alunos evita a fragmentação do conhecimento”, avalia o diretor. Para executar as atividades previstas no roteiro, os estudantes reúnem-se em grupos de no máximo quatro pessoas. Cada grupo tem autonomia para escolher com o que trabalhar ou estudar diariamente, entre as diferentes propostas para um período de 15 dias. A aprendizagem ocorre pela interação, integração e socialização dos estudantes. As dúvidas são esclarecidas entre os colegas ou por um dos professores.

De acordo com Braz Nogueira, responsável pelas inovações, para superar as práticas pedagógicas inadequadas que predominam na escola em geral — como a que vê o aluno como uma miniatura do adulto, um ser incompleto — seria necessário reorganizar o espaço escolar, torná-lo condizente com a concepção da criança como um ser integral, capaz de tomar decisões, organizar-se individual e coletivamente para aprender a viver e ser portadora de conhecimento. As inovações, de acordo com o diretor, fizeram surgir uma nova ética de convivência, baseada nos princípios de autonomia, responsabilidade e solidariedade, e novos dispositivos de participação. “Instalou-se na escola um movimento de superação do individualismo, do adultocentrismo e da fragmentação do conhecimento”, explica.

Braz Nogueira afirma que as salas de aula tradicionais não conseguem formar alunos prontos para o exercício da cidadania. Em sua avaliação, essa forma de organização do espaço privilegia o individualismo, dificulta a interação e o diálogo, o que torna o aluno passivo. “A sala de aula tradicional não possibilita o desenvolvimento de práticas pedagógicas com base nas concepções de que a criança é um ser integral e competente”, assegura.

Interação — Segundo a professora Adriana Chow Haidar, que leciona na primeira série do ensino fundamental, a maior vantagem da troca das salas de aula convencionais pelos salões é a interação entre os professores e a intensa troca de ideias no manejo das disciplinas. “Forma-se uma equipe muito preocupada com a aprendizagem de qualidade”, diz a professora, pós-graduada em práticas pedagógicas na educação básica. “O peso é dividido com os colegas de trabalho.”

Como atitudes criativas adotadas para melhorar a aprendizagem dos estudantes, Adriana relata que os professores formam grupos de avanço, que oferecem atendimento individualizado aos alunos com mais dificuldades. Também são organizadas rodas de conversação diárias. Nelas, os alunos abordam assuntos relativos tanto à vida escolar quanto à pessoal.

A Escola Campos Salles tem, matriculados, 420 alunos no nível 1 (primeira à quarta série), 420 no nível 2 (quinta à oitava) e 280 na educação de jovens e adultos.

Autor: MEC

Enrolado, mas ainda lá

Do Correio do Brasil

Ricardo Teixeira
Ricardo Teixeira ainda não respondeu ao MP sobre as novas denúncias de desvio de recursos públicos

A Ailanto, empresa de marketing esportivo, com sede na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, que mantém ligações comerciais e de interesse pessoal com o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, volta ao centro de uma série de denúncias de corrupção e desvios milionários de recursos. Investigação do Ministério Público aponta Teixeira e os sócios da firma como responsáveis por um desvio de R$ 1,1 milhão destinado à realização do amistoso entre Brasil e Portugal em 2008, em Brasília. No início da tarde, após conhecer as novas denúncias contra Teixeira, parlamentares passaram a pressionar o Ministério dos Esportes pela cassação ou a renúncia do dirigente. Um deles, o deputado Romário Faria (PSB-RJ), em recente entrevista, afirmou que as denúncias de corrupção nas quais Ricardo Teixeira está envolvido atrapalham o andamento da organização da Copa do Mundo de 2014.

Notícia publicada nesta sexta-feira, no diário conservador paulistano Folha de S. Paulo, revela que a Justiça deverá exigir que Ailanto devolva aos cofres públicos os R$ 9 milhões que recebeu para organizar a partida amistosa. A empresa foi contratada sem licitação pelo governo do Distrito Federal. De acordo com o MP, a Federação Brasiliense de Futebol reteve o valor total da bilheteria do jogo, de quase R$ 1,3 milhão, e o dinheiro, que deveria ir para o governo distrital, foi desviado e usado para o pagamento das despesas referentes ao contrato com a Ailanto, “contrariando todas as diretrizes do processo de contratação”, disse o MP no processo.

No dia 15 de fevereiro, a FSP revelou ter obtido documento que prova ligação entre Ricardo Teixeira e a empresa Ailanto, no possível superfaturamento verificado no amistoso entre as seleções brasileira e portuguesa ocorrido no Gama, no Distrito Federal, em 2008. O jornal mostra registro da Junta Comercial no qual uma companhia da Ailanto, a VSV Agropecuária Empreendimentos Ltda, teve por 26 meses como endereço – estrada Hugo Portugal, 13.330 – uma fazenda de Ricardo Teixeira em Piraí, a 80 km do Rio. O registro no órgão competente foi feito no dia 11 de novembro de 2008, apenas oito dias antes do jogo.

– A Ailanto agiu com ânimo fraudulento e com nítida má-fé, diz o Ministério Público na ação contra a empresa – diz um dos promotores ligados ao processo.

De acordo com o MP, a Ailanto não cumpriu com todas as obrigações previstas no contrato. Serviços que deveriam ser bancados pela empresa foram pagos com o dinheiro arrecadado na bilheteria do palco do amistoso. O valor de R$ 1,1 milhão foi a soma das despesas com ingressos e planejamento (R$ 258 mil), decoração (R$ 153 mil), transporte e hospedagem (R$ 311 mil) e segurança (R$ 211 mil), além dos custos administrativos. A empresa recebeu R$ 9 milhões do DF para organizar o jogo – que marcou a reinauguração do estádio Bezerrão -, vencido pelo Brasil por 6 a 2 e com a presença de Cristiano Ronaldo. Depois de a Polícia Civil de Brasília ter aberto inquérito para investigar suposto desvio de dinheiro público, o caso, agora, está na Justiça federal do DF.

Segundo o processo, a arrecadação com a venda dos ingressos na bilheteria, recurso do governo do DF, foi usado pela Federação Brasiliense de Futebol para arcar com as despesas para a realização do jogo, que deveriam ter sido pagos pela Ailanto. Os sócios da empresa, segundo investigação policial, movimentaram recursos para contas bancárias de Teixeira e, ainda de acordo com os autos do inquérito, a sócia da empresa, Vanessa Precht, passou cheques de R$ 10 mil ao presidente da CBF, meses depois do jogo. A Ailanto, do presidente do Barcelona, Sandro Rosell – ex-executivo da Nike e amigo de Teixeira -, e Vanessa Precht, eram os sócios da VSV, que funcionou durante certo período na fazenda de Ricardo Teixeira.

Ricardo Teixeira e Ailanto não quiseram comentar a ligação nem a decisão do MP de pedir a devolução do dinheiro.


sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Autoridades não foram....

Grifos do blogueiro

Da Carta Capital

Por Ivan Richard*

Cenário após a desocupação que deixou milhares sem teto em São José dos Campos. A Justiça raramente é tão veloz. Foto: Murilo Machado

Brasília – O debate na Comissão de Direitos Humanos do Senado sobre a operação da Polícia Militar que resultou na desocupação do terreno onde estava instalado bairro Pinheirinho, em São José dos Campos (SP), provocou um bate-boca entre os senadores Eduardo Suplicy (PT-SP) e Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP).

O senador tucano defendeu a operação dizendo que anteriormente foram apreendidas drogas e armas no local. Segundo ele, a audiência serve apenas para atacar politicamente o governo de São Paulo, comandado pelo PSDB. Já Suplicy disse que houve excesso da polícia e que a operação ocorreu de forma apressada, antes de se esgotar o diálogo.

“A história contada pelo senador Suplicy no plenário foi relatada dez dias depois, perante testemunhas que eram funcionários do gabinete do senador Suplicy”, disse Aloysio Nunes Ferreira em relação a um vídeo com depoimentos de moradores do Pinheirinho após a desocupação.

Aloysio Nunes Ferreira disse que propôs debater outras operações de desocupação em estados governados pelo PT, mas os pedidos não foram aprovados pela comissão. “Meu propósito era fazer aqui uma discussão a respeito dessa situação delicada em que a polícia – cumprindo ordem judicial ou às vezes não, como foi o caso no Distrito Federal – usa da força física para a manutenção da ordem, podendo cometer abusos”, argumentou o tucano.

“No entanto, não foi esse o procedimento da comissão. Embora tenha indicado à secretaria da comissão os nomes e os endereços das pessoas que pretendia ver ouvidas na mesma ocasião em que se tratasse do caso Pinheirinho, a audiência pública foi marcada apenas para o caso Pinheirinho”, destacou o senador do PSDB.

Já Suplicy alegou que concordou em ouvir os representantes do governo de São Paulo e também debater a situação em outros estados. Contudo, acrescentou o petista, devido à falta de tempo, os debates devem ocorrer em outra data.

“Queira o senador Aloysio Nunes ter a dignidade de ver esse filme com as cenas, algumas das quais de emissoras de tevê, demonstrando a violência ocorrida. Isso é preciso que se diga. E ele aqui veio me dizer que funcionárias minhas aqui fizeram declarações, elas foram testemunhas da barbaridade ocorrida. E é importante que ele possa ouvir, possa ouvir e possa trazer aqui o comandante da Polícia Militar, o senhor Álvaro Camilo”, rebateu Suplicy.

O líder comunitário e ex-morador de Pinheirinho Valdir Martins de Souza considerou “uma covardia” o que ocorreu em São José dos Campos. “Aquilo ali não foi uma desocupação”, destacou.

Durante a audiência foram ouvidos representantes dos ex-moradores do Pinheirinho e da Secretaria Nacional de Habitações, ligada ao governo federal. O prefeito de São José dos Campos, Eduardo Cury, foi convidado para participar da audiência, mas informou que não poderia comparecer. Também foram convidados e não compareceram o presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, desembargador Ivan Sartori; o juiz Luiz Beethoven Ferreira; o comandante-geral da Polícia Militar de São Paulo, Alvaro Batista Camilo, e o secretário de Habitação do Estado de São Paulo, Silvio Torres.

*Matéria originalmente publicada em Agência Brasil

Novela do piso continua

Da Agência Brasil

Amanda Cieglinski
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Mais um ano letivo começou e permanece o impasse em torno da Lei do Piso Nacional do Magistério. Pela legislação aprovada em 2008, o valor mínimo a ser pago a um professor da rede pública com jornada de 40 horas semanais deveria ser reajustado anualmente em janeiro, mas muitos governos estaduais e prefeituras ainda não fizeram a correção.

Apesar de o texto da lei deixar claro que o reajuste deve ser calculado com base no crescimento dos valores do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), governadores e prefeitos justificam que vão esperar o Ministério da Educação (MEC) se pronunciar oficialmente sobre o patamar definido para 2012. De acordo com o MEC, o valor será divulgado em breve e estados e municípios que ainda não reajustaram o piso deverão pagar os valores devidos aos professores retroativos a janeiro.

O texto da legislação determina que a atualização do piso deverá ser calculada utilizando o mesmo percentual de crescimento do valor mínimo anual por aluno do Fundeb. As previsões para 2012 apontam que o aumento no fundo deverá ser em torno de 21% em comparação a 2011. O MEC espera a consolidação dos dados do Tesouro Nacional para fechar um número exato, mas em anos anteriores não houve grandes variações entre as estimativas e os dados consolidados.

“Criou-se uma cultura pelo MEC de divulgar o valor do piso para cada ano e isso é importante. Mas os governadores não podem usar isso como argumento para não pagar. Eles estão criando um passivo porque já devem dois meses de piso e não se mexeram para acertar as contas”, reclama o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Roberto Leão. A entidade prepara uma paralisação nacional dos professores para os dias 14,15 e 16 de março. O objetivo é cobrar o cumprimento da Lei do Piso.

Se confirmado o índice de 21%, o valor a ser pago em 2012 será em torno de R$ 1.430. Em 2011, o piso foi R$1.187 e em 2010, R$ 1.024. Em 2009, primeiro ano da vigência da lei, o piso era R$ 950. Na Câmara dos Deputados tramita um projeto de lei para alterar o parâmetro de reajuste do piso que teria como base a variação da inflação. Por esse critério, o aumento em 2012 seria em torno de 7%, abaixo dos 21% previstos. A proposta não prosperou no Senado, mas na Câmara recebeu parecer positivo da Comissão de Finanças e Tributação.

A Lei do Piso determina que nenhum professor pode receber menos do valor determinado por uma jornada de 40 horas semanais. Questionada na Justiça por governadores, a legislação foi confirmada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no ano passado. Entes federados argumentam que não têm recursos para pagar o valor estipulado pela lei. O dispositivo prevê que a União complemente o pagamento nesses casos, mas desde 2008 nenhum estado ou município recebeu os recursos porque, segundo o MEC, não conseguiu comprovar a falta de verbas para esse fim.

“Os governadores e prefeitos estão fazendo uma brincadeira de tremendo mau gosto. É uma falta de respeito às leis, aos trabalhadores e aos eleitores tendo em vista as promessas que eles fazem durante a campanha de mais investimento na educação”, cobra Leão.

Edição: Graça Adjuto

Participação dos pais altera resultados

Só para confirmar o óbvio...

De Campos & Bravo

Participação dos pais na vida escolar aumenta notas dos alunos, dizem especialistas

Participar ativamente da vida escolar das crianças e adolescentes pode trazer mais resultados do que se imagina. Segundo a professora do Departamento de Educação da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Ângela Maria Costa, experiências internacionais de sucesso mostram que a presença constante da família na escola incentiva notas melhores e, consequentemente, melhores posições do país em rankings de qualidade da educação.

- Em Xangai, na China, os pais estão permanentemente em contato com os professores e o diretor da escola. O professor também vai à casa das crianças para conhecer o ambiente em que são criadas.

Na edição de 2009 do Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos), avaliação da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento) que mede a qualidade da educação em 65 países, a China ficou em 51º lugar, enquanto o Brasil ficou em 53º lugar.

Dentre os países dos Bric‘s, a China é a que mais se destaca pela rapidez do crescimento, já tendo superado Europa e Japão na quantidade anual de publicações científicas.

- No Brasil, a participação dos pais ainda é muito incipiente. Na educação infantil, existe o período de adaptação, mas na maioria dos casos, os pais participam por obrigação.

Para a especialista, é a escola que precisa dar o primeiro passo para quebrar o muro que a separa da família.

- Essa abertura precisa partir da escola porque é a parte que possui maiores informações. Os pais devem ser acolhidos e informados do que se passa lá dentro com seu filho. É um direito.

Para a psicopedagoga Carla Maia Darakjian, muitas vezes, a rotina de trabalho acaba fazendo com que muitos pais deixem de acompanhar a vida escolar dos filhos. Ainda assim, o papel deles requer mais do que assistir a reuniões escolares ou cobrar notas melhores.

- É possível contornar isso estabelecendo, desde o começo da vida escolar da criança, uma rotina de estudos diária que conte com a participação dos pais. Além de ser o espaço de estudos, também deve ser o momento de conversar a respeito da aula, olhar o material, auxiliar no dever e, principalmente, observar se há dificuldades por parte da criança.

Carla diz acreditar que, mesmo sem perceber, os pais tendem a cobrar excessivamente seus filhos, principalmente se o diálogo não acontece todos os dias, fazendo com que as cobranças sejam acumuladas.

- Por isso a importância de investir no acompanhamento e no diálogo.

Cada nível escolar requer um acompanhamento diferente. Por isso, o R7 conversou com orientadoras pedagógicas para elaborar dicas específicas para pais com filhos matriculados nos três níveis do ensino básico: educação infantil, ensino fundamental e ensino médio.


http://noticias.r7.com/vestibular-e-concursos/noticias/participacao-dos-pais-na-vida-escolar-aumenta-notas-dos-alunos-dizem-especialistas-20120207.html



Fonte: Portal R7 - Bianca Bibiano

Brasil e Finlândia - Parcerias educacionais

De Campos & Bravo

Brasil e Finlândia discutem áreas de cooperação

Os temas de interesse foram apresentados em audiência com delegação empresarial liderada pelo primeiro-ministro da Finlândia, Jyrki Katainen.
Brasil e Finlândia se aproximam para definir áreas de cooperação científica e tecnológica. Em audiência, com o primeiro-ministro finlandês, Jyrki Katainen, acompanhado de uma delegação de empresários, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, apresentou os temas de interesse para aprofundar as relações com aquele país.

No encontro, o ministro brasileiro propôs cooperação no Programa Ciência sem Fronteiras (CsF) e em segmentos como de microeletrônica e semicondutores, energia (biomassa e energias renováveis) e nanotecnologia. "Nós temos todo o interesse de expandir e alargar os campos de atuação", disse Raupp.

Ao destacar o programa CsF, o ministro falou sobre a importância da ação para a formação de recursos humanos no País, bem como para incrementar as relações científicas, especialmente em áreas estratégicas. "Nosso governo tomou a iniciativa, em parceria com a iniciativa privada, de ofertar 101 mil bolsas, nos próximos três anos, para nós enviarmos e recebermos cientistas, estudantes, professores do mundo todo", contou.

O primeiro-ministro da Finlândia manifestou satisfação ao ouvir as explicações sobre o programa. "É exatamente aquilo que nós almejamos e acreditamos, pois temos universidades na Finlândia que têm muito interesse em se engajar nesses programas de intercâmbio científico. Gostaríamos de fortalecer esse tipo de cooperação", afirmou Katainen.

Acordos - Na avaliação do presidente do CNPq, Glaucius Oliva, a característica finlandesa de proximidade da ciência e tecnologia com o setor empresarial e com a sociedade traz boas perspectivas para o CsF. "Esse é justamente o objetivo principal do programa: expor os nossos talentos a um ambiente educacional e profissional onde essa relação entre a universidade e as empresas já é estabelecida".

Segundo Oliva, os contatos com a Finlândia foram feitos anteriormente e dois acordos de cooperação estão sendo finalizados. Atualmente, o CNPq está em negociação com a Universities Finland (Unifi), um consórcio de 12 universidades finlandesas, para a qual planeja lançar chamadas nacionais para estudantes de graduação.

Outra cooperação vem sendo alinhavada para a oferta de 100 vagas a estudantes brasileiros pelo Tecnnical Research Centre of Finland (VTT), especializado em desenvolvimento e inovação.

http://www.mct.gov.br/

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Milicos da ditadura irritados

Da Carta Capital

Declarações das ministras Mária do Rosário (Direitos Humanos) e Eleonora Menicucci (Secretaria das Mulheres) sobre a ditadura militar e a Comissão da Verdade criaram um mal-estar entre o governo Dilma e parte dos militares.

Uma nota assinada pelos presidentes do Clube Naval, da Aeronáutica e Militar critica o fato de a presidenta Dilma Rousseff não ter desautorizado as duas ministras.

Em 8 de fevereiro, Maria do Rosário comentou em entrevista ao jornal Correio Brasiliense sobre a possibilidade de processos judiciais contra agentes repressores da ditadura militar, a exemplo do que ocorreu em países vizinhos como a Argentina.

“Mais uma vez esta autoridade da República sobrepunha sua opinião à recente decisão do STF, instado a opinar sobre a validade da Lei da Anistia. E, a Presidente não veio a público para contradizer a subordinada”, diz a nota.

Em sua posse, Eleonora Menicucci fez referência ao tempo em que ela e Dilma foram presas políticas na mesma cela, quando lutavam contra a ditadura militar. A declaração também irritou os militares. Para eles, a militância de Menicucci tinha o intuito de implantar, por meio da força, uma ditadura “nunca tendo pretendido a democracia”.

Por fim, a nota aponta que o PT cometeu uma falácia quando, ao divulgar as resoluções políticas tiradas em seu aniversário de 32 anos, o partido destacou o resgate da memória, junto à sociedade, da luta pela democracia durante a ditadura. “Pode-se afirmar que a assertiva é uma falácia, posto que quando de sua criação o governo já promovera a abertura política, incluindo a possibilidade de fundação de outros partidos políticos, encerrando o bi-partidarismo”.

Os militares se dizem preocupados com a ausência de manifestações da presidenta e cobram dela uma reaproximação com as posturas assumidas durante a posse, de estender a mão aos partidos e grupos de oposição que não apoiaram sua candidatura.
Aprovada no final do ano passado, a Comissão da Verdade não satisfez os militares nem os setores de esquerda e familiares de vítimas do período militar. Para eles, a comissão não tem recursos suficientes para apurar abusos de todo período proposto. Ao mesmo tempo, os clubes militares temem a penalização de agentes repressores e apelidaram a banca de “Comissão da Vingança”.

Protestos pela educação na Espanha

Da Rede Brasil Atual

Valência - Milhares de pessoas protestaram em Valência, na Espanha, contra os cortes orçamentários na educação pública e a repressão policial a manifestações estudantis anteriores.

Estudantes, pais e professores saíram em passeata pelo centro de Valência, na terça-feira (21), diante de uma escassa presença policial, um dia depois de 25 pessoas serem detidas em violentas e polêmicas operações das forças de segurança.

"Espero que todos procuremos que as águas voltem ao seu leito", disse ao Parlamento o ministro do Interior, Jorge Fernández Díaz, pedindo "moderação e prudência" dos envolvidos.

A difícil situação econômica das comunidades autônomas (estados) da Espanha, responsáveis por serviços públicos como saúde e educação, as obrigam a realizar cortes orçamentários, atendendo às exigências do governo central espanhol para a redução do déficit.

A Comunidade Valenciana, uma das mais endividadas da Espanha, já realizou cortes em itens como a educação. Há algumas semanas, apareceram na internet imagens de uma escola de Alicante onde os alunos assistiam às aulas enrolados em cobertores, aparentemente porque a calefação havia sido interrompida.

Nos últimos dias, houve vários protestos estudantis contra os cortes, que terminaram com cerca de 40 detidos.


Lobby do amianto inverte conceitos no Brasil

Da Carta Capital

Gabriel Bonis

A Justiça italiana condenou na última semana dois magnatas a 16 anos de prisão por exporem funcionários e pessoas comuns ao amianto, provocando a morte de quase 2 mil indivíduos. Enquanto isso, no Brasil, a história é diferente: os divulgadores dos males do produto veem nos “banco dos réus”. O lobby para manter o item é forte no País e não hesita em atacar.

“Somos processados ao longo dos anos e recebo ameaças de todas as formas”, denuncia Fernanda Giannasi, auditora fiscal do Ministério do Trabalho e fundadora da Associação Brasileira dos Expostos ao Amianto (Abrea). “É uma inversão de valores, aqui os julgados são as pessoas que defendem o banimento do amianto.”

Hermano Castro, pneumologista e pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz, passa por uma situação semelhante. Ele recebeu uma interpelação judicial por declarações de 2008 sobre dados do Ministério da Saúde relacionados a problemas causados pela exposição ao amianto. “Isso é descabido, é uma inversão do ônus da prova, pois não tenho que provar que o amianto mata. Isso é literatura médica, o Inca inclusive afirma isso. Não sou eu quem diz.”

“Meu único crime foi diagnosticar trabalhadores doentes no laboratório e alertar a população para os riscos”, desabafa. E completa: “Eles deveriam ser interpelados pelo Estado para justificar o uso do amianto. Eu não cometi crime algum.”

O material, aponta o médico, é considerado cancerígeno em todas as suas formas – inclusive o crisoltina, usado no Brasil – desde o século XX.

Giannasi destaca a dificuldade de se conseguir proibir no Brasil inteiro o uso do amianto – São Paulo não permite desde 2007 a utilização de qualquer variedade do item em seu território -, por causa das interferências de lobistas. “A tolerância no Brasil é grande para estes desmandos.”

Segundo a auditora, o setor do amianto possui influência em diversas partes da sociedade brasileira para manter a Lei Federal nº 9055/95, que define sobre o uso, extração e industrialização, entre outros aspectos, do amianto crisotila. “É inconcebível pensar que um produto reconhecidamente cancerígeno e que já tem substitutos continue sendo explorado no Brasil.”

No Congresso, comenta, o setor exprime suas vontades por meio da bancada da crisotila, composta principalmente por deputados de Goiás. Muitos dos quais financiadas por empresas do amianto. “No Supremo, eles têm como advogado o ex-ministro e ex-presidente do STF Maurício Côrreia (aposentado desde 2004). Ele vem advogando há anos em favor do setor, foi dele a relatoria da primeira lei de São Paulo como inconstitucional.”

“Há também tentáculos dentro de universidades publicas e no Executivo. Nos Ministérios de Minas e Energia e Desenvolvimento, Indústria e Comércio há lobistas inseridos, inclusive nos quadros de funcionários. Há também sindicatos e sindicalistas financiados pelo setor”, completa.

Castro ainda destaca o equívoco da indústria em pregar o “uso seguro do amianto”, possível apenas no interior das fábricas e nas minas de exploração do material. “Quando uma telha, por exemplo, chega ao mercado, não há mais o controle sobre o seu uso. Não é possível verificar se os trabalhadores que farão a instalação vão usar máscaras.”

“O uso seguro é uma falácia porque na prática cotidiana não vai acontecer”, afirma. E completa: “Quem troca as pastilhas de freio em cada esquina deste País não tem como se proteger e ainda estamos longe de uma meta de informação a ser cumprida.”

Segundo a Abrea, o item, proibido em mais de 50 países, é utilizado em quase 3 mil produtos industriais, como telhas, caixas d’água, pastilhas e lonas para freios.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta que 125 milhões de pessoas convivem com amianto no trabalho e a Organização Internacional do Trabalho (OIT) estima que 100 mil trabalhadores morram por ano devido a doenças relacionadas ao amianto.

Abusos norte-americanos

Do Blog do Miro

Alcorão e as provocações dos EUA

Por Altamiro Borges

Além de invadir países e assassinar milhares de pessoas, o exército dos EUA adora humilhar os povos subjugados. O Afeganistão é a prova mais recente destas provocações. Depois do vídeo com imagens de soldados ianques urinando em cadáveres da guerrilha talibã e da foto de marines posando com a bandeira nazista, agora eles queimaram cópias do Corão, o livro sagrado mulçumano.

Revolta e desculpas cínicas

A divulgação do ato criminoso e preconceituoso gerou revolta. Ontem, cerca de dois mil afegãos protestaram contra a presença de forças estrangeiras no país e jogaram pedras na base militar da Otan em Bagram. De imediato, como ocorreu nos outros dois episódios repugnantes, o governo dos EUA justificou que a queima dos livros numa pilha de lixo “não foi intencional”.

Segundo a Folha, sempre tão servil ao império, “o secretário de Defesa León Panetta apresentou pedido de desculpas ao povo afegão depois da divulgação de informações de que soldados dos EUA queimaram exemplares do Alcorão na base de Bagram, e condenou firmemente os atos... ‘Tais atos não representam as opiniões do Exército dos Estados Unidos. Honramos e respeitamos todas as práticas religiosas do povo afegão, sem exceção’, afirmou Panetta”. É muito cinismo dos imperialistas!

Intervenção autorizada

Da Carta Maior

Bruxelas: "Grécia é um protetorado da banca"



O 'acordo' de ajuste assinado entre Atenas e a troika do euro na madrugada desta 3ª feira, em Bruxelas, passará à história como o mais draconiano e humilhante exemplo da rendição de um país aos mercados em tempos modernos. O que se deliberou é pior até que os termos devastadores do Tratado de Versalhes, de 1919, que colocou a derrotada Alemanha da Primeira Guerra de joelhos, impondo-lhe reparações equivalentes a 3% de um PIB em frangalhos, ademais de autorizar o saques de fábricas e da então poderosa marinha mercante germânica.

A pilhagem associada à crise mundial de 29 esfarelou a moeda alemã e exauriu a poupança das famílias.O desespero e a hiperinflação pavimentaram a c hegada de Hitler ao poder, em 1933: a ascensão nazista jogou o mundo na Segunda Guerra Mundial.

Negociador pelo lado britânico em Versalhes, Keynes renunciou à missão em protesto contra o massacre. Em 1920 escreveria 'As Consequências Econômicas da Paz', antecipando o desastre em marcha. O que se decidiu em Bruxelas neste 21 de fevereiro de 2012 conecta as gerações gregas do presente e do futuro a um implacável sistema de transfusão que as condena a servir aos credores até a morte. Todo o dinheiro do 'socorro' acertado (130 bi de euros) - liberado em troca de demissões em massa, corte de salários e aposentadorias, vendas de patrimônio público, supressão de serviços essenciais e até de medicamentos à rede pública de saúde - não poderá ser tocado pelo Estado grego.

Depositado em conta bloqueada e supervisionada por um diretório do euro, o recurso será destinado prioritariamente ao pagamento de juros aos credores. Troca-se assim um desconto de 53% sobre papéis que enfrentam desvalorização de mercado superior a isso, por juros sagrados. Ao aceitar a lógica da coação, Atenas renunciou ainda à soberania orçamentária. A partir de agora, as contas do país passam à condição de protetorado de uma junta da troika sediada fisicamente no coração do Estado grego, com poder de veto sobre decisões de governo.

Dentro de dois meses a Grécia vai às urnas eleger um novo parlamento; a esquerda tem 40% das intenções de voto e mais de um centurião do governo alemão já sugeriu adiar o pleito, para o bem do ajuste. O que se acertou em Bruxelas nesta madrugada foi ainda pior: a troika arrancou de Atenas a promessa de que o acordo está acima do que decidirem as urnas em abril. Em outras palavras, a elite política grega comprometeu-se também a ceder a soberania democrática aos mercados, tornando inalteráveis os termos do arrocho. Ao reduzir uma nação a uma entidade excretora de juros, expropriada de soberania orçamentária e política, Bruxelas, involuntariamente, emitiu a mais pedagogica e contundente
convocação à resistência contra a agenda ortodoxa dominante na UE. De agora em diante fica claro que a escolha é resistir nas ruas ou render-se à servidão financeira.

Postado por Saul Leblon às 08:52

E agora é o Imposto de Renda

Da Agência Brasil

Empresas têm uma semana para entregar informe de rendimentos de 2011


Daniel Lima
Repórter da Agência Brasil

Brasília - As empresas têm mais uma semana para entregar aos empregados o informe de rendimentos com o imposto recolhido na fonte e demais pagamentos feitos em 2011. O prazo termina no próximo dia 29, segundo o supervisor do Programa do Imposto de Renda, Joaquim Adir, e a multa por cada documento não entregue até a data é R$ 41,73.

O documento é utilizado pelos trabalhadores para preencher a Declaração do Imposto de Renda Pessoa Física 2012. As declarações devem ser entregues a partir do dia 1º de março. O último dia será 30 de abril. O programa gerador da declaração estará disponível na internet no próximo dia 24, às 18h.

A Instrução Normativa com a aprovação do programa foi publicada hoje (22) no Diário Oficial da União. Como nos anos anteriores, a Receita teve a preocupação de elaborar um programa gerador da declaração que funciona na maioria dos computadores e sistemas operacionais, sejam eles pagos ou não, como o Linux. O programa é de reprodução livre.

As declarações poderão ser entregues pela internet, mediante a utilização do programa de transmissão Receitanet, disponível no site da Secretaria da Receita Federal ou em disquete de computador, nas agências do Banco do Brasil ou da Caixa Econômica Federal, durante o horário de expediente de cada instituição.
 
A Receita Federal espera receber este ano mais de 25 milhões de declarações. Em 2011, foram enviados 24,37 milhões de documentos. As regras para a Declaração do Imposto de Renda 2012 foram publicadas no último dia 6 no Diário Oficial


Edição: Graça Adjuto

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Acusações retiradas

Do Correio do Brasil


EUA
As acusações criminosas e contra integrantes do movimento pacifista estadunidense Occupy Wall Street foram retiradas pelos promotores de Nova York

Promotores de Nova York retiraram por falta de provas a maioria das acusações criminosas e contra integrantes do movimento pacifista estadunidense Occupy Wall Street (OWS).

Grande parte das acusações haviam sido apresentadas pelo Departamento de Polícia local, depois dos protestos populares organizados pelo grupo em outubro passado principalmente em zonas próximas à ponte de Brooklyn, recordou o jornal USA Today.

Nesse mês, autoridades da ordem apresentaram acusações formais contra um total de 686 dos chamados indignados, e até a data 174 foram completamente absolvidos, enquanto outras 250 pessoas ficaram livres através de negociação judicial.

Um juiz de Manhattan desestimulou na última sexta-feira (17) outros 14 casos relacionados com o OWS por falta de evidências. A maior parte destas detenções foram executadas três semanas após iniciadas as demonstrações na cidade nova-iorquina.

No entanto, também na semana anterior, um comando policial desalojou através da força membros do Occupy que acampavam como protesto social em um parque de Newark, estado ao norte de New Jersey.

Agentes da ordem e bombeiros se apresentaram nas primeiras horas da madrugada na praça Military Park Newark e começaram a desmontar as barracas dos pacifistas apesar dos reclamos do movimento anticorporativo.

No momento da chegada dos policiais, 50 apoiadores do OWS se encontravam no centro público. “Iremos para um lugar próximo à prefeitura, desafiaremos as ordens repressivas da administração metropolitana”, indicou um comunicado do grupo.

Também em Atlanta, Georgia, oficiais atuaram contra uma delegação dos indignados que protestavam diante das recentes demissões de 550 empregados por parte da gigante empresa das comunicações AT&T.

Desde o verão passado, quando começaram as manifestações em Nova York, diferentes corpos de segurança dos Estados Unidos atuam sem escrúpulos contra os apoiadores do Occupy, que têm sido intimidados com cacetadas ou gás pimenta.

Em sua página oficial na internet, o OWS pediu aos seus simpatizantes que continuem os protestos de todas as maneiras possíveis.

– Podem desalojar uma área, mas não podem desterrar uma ideia à qual chegou seu momento de se multiplicar, destacou a declaração.

Mais problemas no Chile

Do Correio do Brasil


Chile
Para conter os protesto contra o alto custo de vida, o presidente chileno, Sebastián Piñera (foto) interrompeu as férias e enviou uma comissão de ministros à região

O presidente do Chile, Sebastián Piñera, interrompeu nesta segunda-feira as férias para enviar uma comissão de ministros à região de Aysén, no Sul do país. Há cinco dias os moradores da região protestam contra o alto custo de vida. Piñera determinou que os ministros da Saúde, dos Transportes e da Segurança Pública e do Interior dialoguem com as autoridades locais em busca do fim dos conflitos e na tentativa de atender às demandas dos moradores.

Os manifestantes de Aysén querem a redução dos preços dos combustíveis, o reajuste do salário mínimo, garantias de segurança para os funcionários públicos do estado e melhorias no atendimento à saúde e educação

O ministro da Segurança Pública e do Interior do Chile, Rodrigo Hinzpeter, disse o objetivo é desenvolver um plano de ação que responda aos apelos dos movimentos sociais em Aysén, que reivindicam melhorias econômicas e sociais. Ele pediu que todos colaborem na busca “pelo diálogo e pelos acordos”.

Camilo Gutierrez, um dos líderes dos movimentos sociais em Aysén, reclamou da “teimosia do governo Piñera”. Segundo ele, as autoridades federais não ouvem os apelos da população de Aysén. O líder também queixou-se da repressão aos protestos.

O prefeito de Aysén, Pilar Cuevas, disse que nas últimas 24 horas houve menos incidentes na região. Mas apelou para o fim das manifestações. ”O que temos a fazer é definir uma agenda de trabalho e estabelecer o fim da violência”, acrescentou.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Será que até no carnaval???

Do Blog da Cidadania

Desfile de escolas de samba de SP pode sofrer interferência política


A escola de samba Gaviões da Fiel foi a penúltima a se apresentar. Desfilou nos estertores da madrugada de domingo (19) e superou expectativas pela qualidade técnica da apresentação, pelo esmero das alegorias e pela surpreendente criatividade.

Com o tema “Verás Que o Filho Fiel Não Foge À Luta – Lula o Retrato de Uma Nação”, a Gaviões foi tecnicamente irretocável. A riqueza das alegorias, a evolução competente e milimetricamente sincronizada uniu-se a expressiva empolgação do público.

O desfile da escola foi aberto por temas mais políticos, com alas de nomes sugestivos como ABC da Vida, Caça às Bruxas, Porões da Ditadura, Voz que Não se Cala, Diretas Já e pelo carro alegórico Duelo da Democracia contra o Dragão da Ditadura.

Em seguida, vieram alas, baterias e carros alegóricos que destacaram a obra social da era Lula, com as alas Prato Cheio, Busca do Saber, Carteira de Trabalho Assinada, Quem Casa quer Casa, Energia e Progresso e Estabilidade da Moeda.

Quando a ala sobre a moeda estável entrou na avenida, a locução da Globo fez questão de lembrar que a estabilidade também seria obra de FHC.

Destacaram-se, entre as celebridades presentes, Fábio Assunção, Sabrina Sato e a própria esposa de Lula, Marisa Letícia.

Mas o que levantou mesmo o público e encantou os comentaristas da Globo foram as dezenas de componentes da escola usando máscaras de Lula e trajando um macacão de operário todo prateado. Em certo ponto do desfile, os “Lulas” tiraram o macacão e ficaram de terno e gravada, simbolizando a transformação do operário em presidente.
Um detalhe emocionante: dezenas de homens que se vestiram de Lula operário e que depois despiram o macacão e viraram presidentes rasparam completamente os cabelos antes do desfile em solidariedade ao problema de saúde do homenageado.

No último carro alegórico da Gaviões, Marisa Letícia, animada, sambava sem parar.
Fechando o desfile, uma réplica em isopor do Rolls Royce presidencial, com uma criança vestida de esposa de Lula e um figurante no papel do próprio. Detalhe: o “motorista” do carro foi o ator Fábio Assunção.

Ao fim do desfile da Gaviões, o apresentador da Globo Chico Pinheiro entra no ar diretamente de um dos camarotes do sambódromo. Viera anunciar uma suposta “classificação das escolas segundo notas dos telespectadores”.

Para quem assistiu ao desfile dessa e das outras escolas de São Paulo, a nota média que a Globo diz que teria sido dada pelo público foi surpreendente. A pontuação 8,6 colocou o samba-enredo e a escola que mais empolgaram o público em sétimo lugar.
A Gaviões, escola detentora de vários títulos, com um desfile tecnicamente perfeito, com um samba-enredo que enlevou o público, a militância petista, a torcida do Corinthians e a da própria escola, poderia não ficar em primeiro na preferência do público… Mas em sétimo?!

A cada Carnaval, surgem acusações de que a Globo interfere no resultado das disputas de escolas de samba. A pontuação pífia da Gaviões que a emissora atribui ao público, é estranha. A escolha da vencedora em S. Paulo pode virar uma guerra, este ano.

Veja trechos do desfile no vídeo