sexta-feira, 27 de julho de 2012

1000 Mb/s !!!!!!

GizModo

A conexão à Internet via fibra de 1000 Mb/s do Google foi lançada hoje

Por - 26 jul, 2012

A inacreditável banda larga de 1000 Mb/s do Google finalmente foi lançada hoje em Kansas City. O serviço não tem limite de banda, não tem taxas absurdas e vem com 1 TB (!) de espaço gratuito na nuvem.

Além da conexão super rápida à Internet, o Google também trouxe um novo serviço de TV chamado Google Fiber Television. O serviço se parece muito com o Google TV, mas é mais limpo e pode gravar até 500 horas de programas em alta definição. Haverá apps remotos para iOS e Android, ambos com controle por voz e em algum ponto futuro também terão streaming de vídeo. O pacote de TV terá toda a rede aberta, junta com centenas de “canais Fiber”.

Ah, e o controle remoto padrão? Um Nexus 7. Que você recebe de graça quando assina um pacote de TV.

Existe uma taxa de construção de US$ 300 para instalar a conexão em sua casa, porém. Mas o Google está anulando essa taxa para novos clientes neste início. A Internet e o pacote de TV, junto com 1 TB de armazenamento, custa US$ 120 por mês. A Internet apenas, com o 1 TB, custa US$ 70/mês. E se você decidir pagar pela taxa de construção, ganha a opção de um pacote de Internet GRATUITO de 5 Mb/s para download e 1 Mb/s para upload. É possível parcelar o pagamento em US$ 25 por mês no primeiro ano, com no mínimo 7 anos de serviço gratuito também.

Sabíamos que o Google poderia ter algo como o Google Fiber Television sendo feito. Agora que ele se tornou realidade, fica claro que todas as empresas estão tenta reinventar a TV. O Google se transformou em uma provedora a cabo; o Roku foi absorvido por uma criadora e distribuidora de conteúdo; e a Apple está observando tudo.

A distância entre o Google Fiber e a concorrência é cômica. Embora o Google Fiber só esteja disponível em Kansas City no momento, o mais próximo que você pode chegar da sua velocidade é com a conexão via FiOS de 300 Mb/s da Verizon, que até chega à velocidade prometida, mas em geral opera em uma bem mais baixa. E ainda assim é mais de três vezes mais lenta que a conexão gigabit que o Google acabou de lançar.

Esse alcance e desempenho fez com que competidoras ficassem assustadas o bastante para oferecem recompensas por informações in loco do Google Fiber. [Google Fiber, The Verge, Engadget]

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Sentença antecipada

Do Luis Nassif

Por P Pereira
 
Do Observatório da Imprensa

Por Dalmo de Abreu Dallari 

Com a previsão de que o Supremo Tribunal Federal julgará, nos próximos dias, o processo identificado como do “mensalão”, intensificaram-se as especulações com a publicação de opiniões de pessoas que a imprensa considera diretamente envolvidas ou interessadas, e também com manifestações da própria imprensa, nem sempre objetivas e imparciais.

Um dado fundamental, que não tem sido observado, é que o julgamento ocorrerá no Supremo Tribunal Federal, órgão de cúpula do sistema judiciário brasileiro, que deverá julgar segundo o direito, fundamentado na Constituição e nas leis aplicáveis ao caso, tendo por base os elementos de prova constantes dos autos.

Aqui está um ponto que deve merecer especial atenção: as provas dos autos. O que se sabe é que existe uma quantidade enorme de documentos compondo os autos do processo, com a indicação de fatos e o registro de dados que deverão ser levados em conta pelos julgadores, que, além do enorme desafio que é o exame cuidadoso de todo o fartíssimo material carreado para os autos, enfrentam ainda o desafio de avaliar a credibilidade das informações contidas nessa volumosa documentação.

Para facilitar a tarefa dos julgadores serão apresentados dois relatórios, um do relator e outro do revisor, que fizeram a leitura e o exame de todo o material ali reunido e que deverão procurar apresentar um resumo dos argumentos da acusação e da defesa, analisando as colocações teóricas e as alegações de caráter jurídico – tudo isso confrontado com os elementos de provas apresentados pela acusação e pela defesa.

Jurídico, político

Considerados todos esses aspectos, fica evidente que a manifestação antecipada de uma opinião sobre qual deverá ser o resultado do julgamento, sem ter conhecimento dos elementos de prova constantes dos autos, não tem qualquer consistência. Apesar disso, vários órgãos da imprensa já se manifestaram externando suas expectativas ou transmitindo a avaliação prévia do julgamento feita por políticos favoráveis ou contrários aos réus do “mensalão”.

Lamentavelmente, tanto de um lado quanto de outro se tem feito uma avaliação leviana e desrespeitosa do desempenho dos ministros do Supremo Tribunal Federal. Assim, uma parte da grande imprensa refere-se ao julgamento como se fosse mera formalidade para confirmar uma decisão que consideram a única aceitável: os réus deverão ser condenados, pois está fartamente comprovada sua culpa.

Quem afirma isso não examinou o processo, não conhece o conjunto das provas e não teve como avaliar a confiabilidade dos elementos informativos apensados aos autos e, além disso, nem tem condições para a consideração de todos esses elementos sob o ângulo jurídico.

E levianamente afirmam que se os acusados forem absolvidos o julgamento terá sido político, e não jurídico. Com essa mesma irresponsabilidade têm sido externadas opiniões em sentido contrário, afirmando que se não houver a interferência de fatores políticos os réus deverão ser necessariamente absolvidos.

Decisão respeitada

Por uma série de circunstâncias o julgamento do “mensalão” adquiriu grande importância, despertando o interesse da opinião pública. Para isso pesou muito a exploração política das acusações, embora tenha havido sempre bastante dubiedade quanto ao relato dos fatos e comportamentos que caracterizariam uma ilegalidade e ao papel de cada um dos implicados.

Assim, é frequente encontrar-se na imprensa uma acusação ou insinuação com o verbo no condicional, dizendo-se que fulano “teria recebido”, que outro “seria o destinatário dos recursos” ou “estaria a par da negociata”. Dessa forma o órgão de imprensa que faz a divulgação procura fugir da responsabilidade, pois se for acionado dirá que não fez uma afirmação, mas apenas repercutiu um boato.

Em síntese, o que se pode concluir é que o caso “mensalão” não é exemplar e não terá qualquer influência para reduzir as práticas de corrupção política, administrativa, empresarial ou eleitoral. Seja qual for a decisão haverá exploração política do resultado, mas é indispensável que a decisão do Supremo Tribunal Federal, absolvendo ou condenando qualquer dos acusados, seja respeitada e que os interesses contrariados não se vinguem agredindo o Judiciário e estimulando o seu descrédito perante a opinião pública.


Aumentar as execuções sumárias?

Da Rede Brasil Atual

'Ampliar policiamento em São Paulo seria aumentar as execuções sumárias'

Advogados e ativistas discordam de proposta do governador Geraldo Alckmin de aumentar contingente policial. Ministério Público irá pedir afastamento do comando da PM 
 
'Ampliar policiamento em São Paulo seria aumentar as execuções sumárias'
Ato público do grupo Mães de Maio, em 2011, chama atenção para a violência patrocinada pelo governo de São Paulo (CC/jornalpercurso.blogspot)

São Paulo – O número de homicídios dolosos no estado de São Paulo, segundo dados apresentados ontem (25) pela Secretaria de Segurança Pública, teve aumento de 8,39% em comparação ao primeiro semestre de 2011. Só na capital paulista houve crescimento de 21%. Uma onda de violência matou cerca de 200 pessoas em menos de dois meses no estado. Os assassinatos apresentam indícios de participação de grupos de extermínio formados, inclusive, por agentes públicos de segurança e são atribuídos por entidades de direitos humanos a um confronto entre a polícia e membros da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

Esta semana, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou que para reduzir os índices irá investir “fortemente em policiamento”. A medida, no entanto, é vista como equivocada por especialistas. “Aumentar o policiamento seria o mesmo que aumentar as execuções sumárias em um cenário de total descontrole da PM e dos demais setores da Polícia Militar. Em geral, esses grupos de extermínio atuam com a participação de agentes do Estado”, afirma o presidente da Fundação Criança e vice-presidente da Comissão Especial da Criança e do Adolescente da OAB, Ariel de Castro Alves.

O “descontrole” citado por Alves também será um dos argumentos para que o Ministério Público Federal (MPF) entre com uma ação civil pública pedindo o afastamento do comando da Polícia Militar de São Paulo e a intervenção federal no estado. Segundo o procurador da República Matheus Baraldi Magnani, em entrevista para o jornal O Estado de S. Paulo, a ação será apresentada hoje (26), durante audiência pública que reunirá diversos representantes da sociedade civil e de movimentos sociais para exigir medidas concretas para acabar com o “extermínio de jovens”, prática atribuída pelas entidades a policiais. 

Rodolfo Valente, advogado da Pastoral Carcerária e membro do Instituto Práxis de Direitos Humanos, entende que o MPF precisa ir além. “Já é um passo. Mas entendemos que precisamos avançar muito. O governo do estado precisa ser responsabilizado, porque deu carta branca”, afirma, referindo-se à violência policial indicada pelos estudos. Ele aponta as declarações do governador como fatores que “acirram os ânimos da polícia contra a população”. Ele atribui a Alckmin a afirmação de que "bandido tem duas opções: ou é prisão, ou é caixão”.

Resistência seguida de morte

Para Valente, a opção ‘prisão’ já vem sendo amplamente usada pelo estado sem sucesso. No mesmo período em que o índice de homicídios aumentou em São Paulo, o número de prisões cresceu 9,65%. “Essa política de encarceramento está relacionada com esse extermínio”, afirma Rodolfo.

Já a opção ‘caixão’ é justamente a que as entidades que se reunirão hoje tentam frear. Para isso defendem a extinção dos registros de ocorrência como 'resistência seguida de morte' (RSM), 'auto de resistência' e análogos. Esse tipo de registro serve para afirmar que o assassinato cometido pelo policial foi em legítima defesa depois de o suposto criminoso reagir à voz de prisão.

O registro é tachado como uma “autorização para matar”, por Ariel de Castro Alves e pelo Mães de Maio – movimento que reúne ativistas, familiares e mães de algumas das vitimas dos assassinatos ocorridos entre 12 e 21 de maio de 2006, quando, segundo estudos, policiais mataram 493 pessoas em revanche à morte de agentes públicos de segurança, em ataques atribuídos ao PCC.

Ontem (25), Débora Silva Maria, líder das Mães, esteve no Palácio do Planalto, em Brasília, onde esteve com representantes do governo federal e entregou uma relação de ações para conter a violência, entre elas o fim do auto RSM.

“Antes que qualquer apuração seja feita se faz um pré-julgamento de que a morte ocorreu em legitima defesa. Muitas vezes os policiais andam com um ‘kit de resistência seguida de morte’. São armas 'frias' (sem registro) que são colocadas nas mãos do suposto agressor e disparadas para que depois conte no laudo residuográfico que o sujeito efetivou um disparo. Isso é inaceitável”, diz Ariel de Castro Alves. 

Desde 2011, em função de pressões da sociedade civil, os casos de RSM em São Paulo deveriam ser investigados pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, mas, segundo o integrante da OAB, as investigações no DHPP “cumprem apenas um protocolo e seguem o padrão do registro feito pelos policiais, são investigações viciadas”.

“Nós defendemos que esse registro, que é ilegal, seja extinto. Os crimes deveriam ser registrados como homicídio e a investigação diria se foi ou não legítima defesa. Acreditamos que a utilização da RSM é uma carta branca para que policiais matem e lhes seja garantida a impunidade”, afirma.

Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), apresentado no começo do mês, apontou que 62,5% da população não confia na Polícia Militar. A impunidade é apontada por Alves como uma das razões. “Se a população não confia na polícia dificilmente vai denunciar qualquer situação criminosa, principalmente a população que mora nas periferias”, aponta o advogado.


Apelações de Serra 2012

Do Correio do Brasil

A ação movida pelo PSDB contra a publicidade destinada a blogues e sites críticos ao candidato tucano em São Paulo, José Serra, trouxe à tona a discussão sobre a política de comunicação do governo federal nas gestões Lula e Dilma. Os tucanos acusam o governo federal de utilizar dinheiro público para alimentar um aparato de oposição.

Para Francisco Fonseca, professor de Ciência Política da Fundação Getúlio Vargas e autor do livro Consenso Forjado, a estratégia de pulverizar o montante destinado à publicidade de departamentos públicos é “importante”. Em 2003, 499 ­veículos em 182 municípios recebiam verba para publicidade diretamente do governo federal. Em 2010 eram 8.094 veículos em 2.733 municípios. “Historicamente, o critério usado é o de audiência. O problema é que esse não é o único critério que precisa ser adotado. Porque a própria publicidade oficial pode estimular a maior solvência de mídias alternativas, dando novas alternativas de informação aos cidadãos”, argumenta.

Para o PSDB, é preciso apurar “a utilização de organizações, blogs e sites financiados com dinheiro público, oriundo de órgãos da administração direta e de estatais, como verdadeiras centrais de coação e difamação de instituições democráticas”.

Fonseca discorda desta visão: “No Brasil, 11 famílias dominam os meios de comunicação. Não há espaço para vozes alternativas. O Brasil real não está na televisão. Eu diria que estamos profundamente atrasados quando o assunto é democratização dos meios de comunicação”, analisa. “Causa certo espanto um partido como o PSDB, ainda mais um candidato que foi apoiado pela grande mídia colocar-se na posição de atacado. Nós poderíamos citar o jornal O Estado de S. Paulo, a Rede Globo e a revista Veja, falando dos principais, que tiveram posição muito clara em relação à candidatura Serra em 2010”, diz.

Blogueiros

Para os jornalistas enquadrados por Serra como “blogueiros sujos” por apresentarem posicionamento crítico em relação ao seu partido e a sua campanha na disputa presidencial de 2010, não há pretensão de travar uma discussão séria sobre a distribuição de verbas públicas em publicidade ou de democratização da comunicação.

- É uma decisão política tocada durante uma campanha eleitoral. Não seria tomada em outro momento – diz o jornalista Luiz Carlos Azenha, do blogue VioMundo, que atribui a decisão à alta taxa de rejeição do tucano, atualmente em 37%, frente a uma intenção de voto sempre abaixo disso. “Talvez alguém tenha dito que a alta rejeição seja consequência das mídias sociais. Mas acho que ele comete um erro, tem uma visão antiquada. Os blogueiros não são capazes de mudar a opinião de uma pessoa”, acredita.

Ele avalia que o papel crescente da internet tem relação com a busca dos leitores de encontrar opiniões convergentes. “Os leitores é que procuram os blogues porque estão insatisfeitos. Se vamos tratar de patrocínio, temos de ver no geral. Quanto é gasto com a Veja, a Globo, o Estadão e quanto gasta com os blogueiros?”

- Acho triste que o PSDB jogue a história no lixo desse jeito. Em 2010, tucanos usaram religião de uma forma abjeta. Agora, partem para intimidação judicial. Não vai dar certo, e o Serra pode ficar com a pecha de censor – acredita o repórter Rodrigo Vianna, que mantém O Escrevinhador. Ele acredita que a medida do PSDB quer criar constrangimento às estatais que anunciam em blogues.

Luiz Nassif, que teve seu blogue citado na petição do PSDB, ao lado de Paulo Henrique Amorim, acredita que a decisão de Serra reflete a “truculência” do ex-governador. “Hoje a maior ameaça ao PSBD é o próprio Serra. Todos do partido conhecem os métodos dele e muitos já se afastaram, inclusive o próprio FHC”, afirma. “Eu lamento que o partido continue entrando na onda dele”.

Para Renato Rovai, editor da revista Fórum e do Blog do Rovai, o pedido de explicações tem relação com a declaração do próprio Serra, tachada por ele como desastrada, em que afirma que o PT mantem uma “tropa nazista” na internet.

- Eu estou estudando a possibilidade de processá-lo e talvez outros blogueiros façam isso. Se tem nazis ele tem obrigação de dizer os nomes. Isso é uma acusação muito grave – afirma.

- Tem de discutir os recursos públicos destinados a publicidade. Eu sou a favor que isso seja discutido de forma transparente. Mas acho que averiguar só a situação de três blogs é perseguição. Tem de discutir de todos, de todos os governos e a forma como isso é feito no Brasil e como tem sido usado para beneficiar conglomerados de comunicação. É um absurdo a compra de assinatura na gestão Serra, no governo do estado, de produtos da Editora Abril sem licitação – menciona.


quarta-feira, 25 de julho de 2012

Melhor professor da Flórida é brasileiro

De Campos & Bravo

BRASILEIRO CONCORRE AO PRÊMIO DE MELHOR PROFESSOR DOS EUA

Um brasileiro de 43 anos, natural de Petrópolis, no Rio de Janeiro, foi eleito na última quinta-feira (12) o melhor entre os mais de 180 mil professores da rede estadual de ensino da Flórida, nos Estados Unidos. Além de prêmios em dinheiro, um carro, uma viagem a Nova York, um anel de ouro e um treinamento espacial na Nasa, Alexandre Lopes, que emigrou do Brasil em 1995, agora é candidato ao título de melhor professor dos Estados Unidos.

A etapa nacional da disputa fica aos cuidados do Departamento Nacional de Educação do governo federal. Lopes já tem presença garantida no evento de divulgação do resultado, em maio de 2013 na Casa Branca, em Washington, com a presença do presidente americano.

Até lá, ele vai viajar pelo estado onde mora dando palestras para outros professores sobre sua metodologia na sala de aula. Doutorando da Universidade Internacional da Flórida, ele se especializou na educação especial para a primeira infância e, há oito anos, trabalha na escola Carol City Elementary, em Miami.

O brasileiro leciona para dois grupos de 12 e 13 crianças com idades de três a cinco anos, na idade considerada nos Estados Unidos como pré-escolar. Parte dos alunos é autista e, como a Carol City Elementary fica em uma região de baixo poder aquisitivo, a maioria dos estudantes pertence a minorias dentro da sociedade americana. Alguns ainda são filhos de imigrantes e não têm o inglês como idioma nativo.

"É uma inclusão total e irrestrita, da maneira que eu gosto, com alunos deficientes, imigrantes, minorias... Como eu acho que a sociedade deveria ser", conta. Lopes considera sua abordagem "holística" e afirma que se envolve em todos os aspectos da vida de seus "aluninhos", como gosta de se referir às crianças que ensina, tanto da parte acadêmica quanto da emocional e da social. Para o brasileiro, isso significa incluir todos os membros mais próximos da família no processo escolar, muitos deles ainda se adaptando à notícia de que seus filhos são autistas.

Aceitando a diversidade
Na sala de aula do brasileiro, porém, todos são iguais. "Eu não diferencio meus alunos. Procuro ser consistente para fazer com que meus alunos com autismo tenham os outros como modelo, e para fazer com que meus outros alunos aceitem todas as diferenças que existem na nossa sociedade", explica Alex, como é conhecido pelos alunos e colegas de trabalho. Suas técnicas variam de acordo com o conteúdo das aulas. Segundo ele, música e dança são dois elementos que predominam durante as atividades, mas a adoção da tecnologia também ajuda os pequenos estudantes a se expressarem.

Entre os equipamentos está uma tela que reproduz, ao toque de um botão, mensagens pré-gravadas na voz dele ou de um estudante. O instrumento é usado pelos alunos autistas para que eles possam comunicar o reconhecimento dos símbolos, um processo que, segundo Lopes, acontece nestas crianças de maneira diferente das demais.

Para aprender a construir palavras, os aluninhos usam blocos de madeira que representam cada letra e os unem e separam para formar sílabas, sempre atentos aos sons das palavras para compreender a relação entre as rimas e a formação das palavras com grafia parecida. "Isso serve para tirar a palavra do abstrato e torná-la uma coisa concreta, o que é muito importante para crianças com deficiência", explica.

Alexandre também digitaliza as páginas de livros, ocultando as frases escritas para reescrever a história a partir das imagens de forma coletva e, assim, conseguir tirar das crianças a linguagem construída durante as demais atividades.

A imigração, o atentado e a mudança
O início da vida adulta de Lopes não poderia ser mais distante de seu cotidiano atual, trabalhando sete horas por dia, cinco dias por semana, com um intervalo de 30 minutos para o almoço. No início da década de 1990, o hoje melhor professor da Flórida trocava Petrópolis pela capital fluminense para estudar produção editorial na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Naquela época, ele havia abandonado o sonho de criança de ser professor, já que sempre ouvia relatos de como a carreira exigia muito e pagava pouco.

Ele conta que arrumou um emprego na Pan American Airways para pagar o aluguel no Rio de Janeiro. Depois de formado, o então bacharel se apaixonou e decidiu se mudar para os Estados Unidos em julho de 1995. "Mas eu jamais deixei o Brasil. A vida me trouxe aos Estados Unidos, mas tenho muito orgulho da minha origem e de ser quem sou", diz.

Durante vários anos, Lopes seguiu trabalhando como comissário de bordo para várias companhias aéreas americanas, onde fazia traduções de inglês, português e espanhol nas rotas da América Latina. Mesmo com os benefícios e as muitas viagens que pôde fazer pelo mundo, ele afirma que sentia falta de estudar. "Eu queria algo que fosse um pouco mais recompensador, mas era difícil porque tinha que pagar as minhas contas", lembra.

Após os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001, sua empresa ofereceu pacotes de benefício a quem aceitasse se afastar do emprego e abrir mão do salário. Lopes, já com mais de 30 anos de idade, aproveitou a chance para buscar uma nova formação. Segundo ele, sua ideia original era se tornar professor de línguas estrangeiras, mas uma conselheira vocacional sugeriu, além do curso de educação, um curso introdutório em educação especial na primeira infância.

"Me apaixonei pela área e minha professora se apaixonou pelo meu trabalho. Ela me recomendou para uma bolsa de mestrado na Universidade de Miami", explica o professor, que foi aprovado no processo seletivo com bolsa integral e, assim que completou seus créditos e estágios obrigatórios, recebeu o convite para iniciar uma turma de educação inclusiva na Carol City Elementary, onde está desde 2005, com um salário mais baixo do que recebia quando era comissário de bordo.

Lopes agora equilibra o trabalho com a pesquisa de doutorado na Universidade Internacional da Flórida, onde também foi selecionado para estudar com bolsa integral, e o Projeto Rise, uma iniciativa americana em nível federal que estimula a formação continuada de professores de escolas com população carente no país.

Eleito entre mais de 180 mil docentes
Durante mais de seis meses, Lopes passou por uma série de longas e trabalhosas etapas para conquistar o título de melhor professor de toda a rede estadual da Flórida. O processo começou com uma votação entre os próprios colegas da escola em que ele trabalha, na região centro-norte do condado de Miami, o quarto maior dos Estados Unidos, com 25 mil docentes. Ele então preparou um material por escrito com dezenas de páginas, no qual explicava sua filosofia educacional, suas motivações e sua metodologia de ensino.

O documento foi avaliado na sua região e ele foi selecionado como um dos cinco finalistas, que receberam visitas em suas salas de aula de uma comissão com 13 examinadores e participaram de entrevistas. Lopes venceu a disputa e, no início do ano, passou a concorrer ao posto de melhor professor do condado. O resultado, também favorável ao professor petropolitano, saiu em fevereiro deste ano, junto com um carro 0 km, prêmios em dinheiro e uma bolsa de estudos, à qual ele abriu mão por já ter uma no doutorado.
A etapa estadual, que tem patrocínio da rede de lojas de departamento Macy‘s, exigiu novos artigos, visitas à sala de aula e entrevistas, além do envio de um vídeo apresentando o trabalho na escola e um encontro de três dias na cidade de Orlando com os mais de 70 professores dos condados e distritos especiais da Flórida.

Na entrevista final, o brasileiro lembrou aos examinadores que, naquele dia de junho, o planeta Vênus estava transitando em frente ao Sol, um fenômeno que só se repetirá daqui a um século. "Eu disse a eles que, quando isso acontecer, eu não vou estar mais aqui, meus aluninhos não vão estar mais aqui, mas a sociedade ensinada por eles e pelo meu ensino, sim. Depois disse a mim mesmo: ‘que resposta mais tola!‘ Voltei para casa achando que não venceria", afirmou.

Lopes estava errado, e seu nome foi anunciado como melhor professor do estado na última quinta-feira. Assim como as exigências da competição, as recompensas da etapa estadual também são maiores, e incluíram surpresas e um prêmio de US$ 5 mil (mais de R$ 10 mil) aos cinco finalistas, além de US$ 10 mil (mais de US$ 20 mil) ao grande vencedor.

A fama, o dinheiro e as regalias que tem recebido nos últimos meses, porém, são honras menores para ele. "Eu tive uma vida muito feliz, de muitas alegrias. Mas as alegrias que eu encontro com o sucesso dos meus alunos não se comparam com nada que eu já experimentei", afirmou Lopes, que diz ter uma admiração especial pelos pais de alunos com deficiência. "Essas crianças são filhas desses indivíduos, mas elas também são parte da nossa sociedade, é injusto que deixemos esses pais sozinhos com o grande desafio que enfrentam."

http://g1.globo.com/

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Cuidado com quem tem e reclama!!!

Do Correio do Brasil

Elites do Brasil enriqueceram com paraísos fiscais, diz relatório

Um estudo inédito, que, pela primeira vez, chegou a valores depositados nas chamadas contas offshore sobre as quais as autoridades tributárias dos países não têm como cobrar impostos, mostra que os super-ricos brasileiros somaram até 2010 cerca de US$ 520 bilhões (ou mais de R$ 1 trilhão) em paraísos fiscais. Trata-se da quarta maior quantia do mundo depositada nesta modalidade de conta bancária.

O documento The Price of Offshore Revisited, escrito por James Henry, ex-economista-chefe da consultoria McKinsey, e encomendado pela Tax Justice Network, cruzou dados do Banco de Compensações Internacionais, do Fundo Monetário Internacional, do Banco Mundial e de governos nacionais para chegar a valores considerados pelo autor.

O relatório destaca o impacto sobre as economias dos 139 países mais desenvolvidos da movimentação de dinheiro enviado a paraísos fiscais. Henry estima que, desde os anos 1970 até 2010, os cidadãos mais ricos desses 139 países aumentaram de US$ $ 7,3 trilhões para US$ 9,3 trilhões a “riqueza offshore não registrada” para fins de tributação.

A riqueza privada offshore representa “um enorme buraco negro na economia mundial”, disse o autor do estudo. Na América Latina, chama a atenção o fato de, além do Brasil, países como o México, a Argentina e Venezuela aparecerem entre os 20 que mais enviaram recusos a paraísos fiscais.

John Christensen, diretor da Tax Justice Network, organização que combate os paraísos fiscais e que encomendou o estudo, afirmou ao jornal da BBC Brasil que países exportadores de riquezas minerais seguem um padrão. Segundo ele, elites locais vêm sendo abordadas há décadas por bancos, principalmente norte-americanos, para enviarem seus recursos ao exterior. “Instituições como Bank of America, Goldman Sachs, JP Morgan e Citibank vêm oferecendo este serviço. Como o governo americano não compartilha informações tributárias, fica muito difícil para estes países chegar aos donos destas contas e taxar os recuros”, afirma.

Segundo o diretor da Tax Justice Network, além dos acionistas de empresas dos setores exportadores de minerais (mineração e petróleo), os segmentos farmacêutico, de comunicações e de transportes estão entre os que mais remetem recursos para paraísos fiscais. “As elites fazem muito barulho sobre os impostos cobrados delas, mas não gostam de pagar impostos”, observa Christensen. “No caso do Brasil, quando vejo os ricos brasileiros reclamando de impostos, só posso crer que estejam blefando. Porque eles remetem dinheiro para paraísos fiscais há muito tempo”.

Chistensen diz ainda que no caso do México, da Venezuela e Argentina, tratados bilaterais como o Nafta (tratado de livre comércio EUA-México) e a ação dos bancos americanos fizeram os valores escondidos no exterior subirem vertiginosamente desde os anos 70, embora “este seja um fenômeno de mais de meio século”. O diretor da Tax Justice Network destaca que há enormes recursos de países africanos em contas offshore.


Estados e municípios não tem Plano de Gestão de Resíduos Sólidos

Do Correio do Brasil

A maior parte dos estados e municípios brasileiros ainda não elaborou seu Plano de Gestão de Resíduos Sólidos, apesar de o prazo para concluir o projeto – que deve indicar como será feito o manejo do lixo em cada localidade – estar próximo do fim. A partir de 2 de agosto, a cidade que não tiver o planejamento fica impedida de solicitar recursos federais para limpeza urbana. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, até o momento houve apenas 47 pedidos de verba para construção dos planos, entre solicitações de administrações municipais e estaduais.

Como não é obrigatório pedir auxílio da União para elaborar os planejamentos, pode haver projetos em curso dos quais o ministério não tenha ciência. Mas a avaliação do departamento é a de que o interesse pela criação dos planos de gestão é baixo, mesmo que se leve em conta estados e municípios atuando por conta própria. “O pessoal tinha outras demandas e foi deixando de lado. Agora o prazo está se esgotando e a maioria não elaborou [o projeto]”, diz Saburo Takahashi, gerente de projetos da Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente.

As cidades e unidades da Federação tiveram dois anos para construir seus planos de manejo de resíduos, cuja criação está prevista na Lei n° 12.305/2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos. As consequências do pouco comprometimento com a exigência federal poderão ser sentidas cedo por estados e municípios. “De acordo com a legislação, até 2014 devem ser eliminados todos os lixões do Brasil. Para isso, será preciso implantar aterros sanitários, o que não se faz da noite para o dia. As cidades e estados que não tiverem plano de gestão não vão poder solicitar recursos para fazer isso”, destaca Takahashi.

O represente do ministério reconhece, porém, que a verba disponível para ajudar municípios e unidades da Federação a elaborar os planos é escassa. No ano passado, houve destinação de R$ 42 milhões para essa finalidade, dos quais R$ 36 milhões foram usados. Este ano não foi disponibilizado dinheiro, e o governo federal limitou-se a liberar os R$ 6 milhões que não haviam sido executados em 2011.

Saburo Takahashi ressalta, no entanto, que o ministério redigiu um manual de orientação para ajudar prefeitos e governadores na elaboração do plano, disponível no site da entidade (www.mma.gov.br). Além disso, a pasta firmou convênio com a e-Clay, instituição de educação a distância que pode treinar gratuitamente gestores para a criação do plano de manejo. Interessados devem entrar em contato pelo telefone (11) 5084 3079.

A pesquisadora em meio ambiente Elaine Nolasco, professora da Universidade de Brasília (UnB), considera positiva a capacitação a distância, mas acredita que para tornar a gestão de resíduos uma realidade é preciso mais divulgação desse instrumento, além da conscientização sobre a importância do manejo do lixo. “Tem que haver propaganda, um incentivo para as pessoas fazerem isso [o curso]”, opina. Elaine acredita que a dificuldade para introdução de políticas de manejo – como reciclagem e criação de aterros sanitários – atinge sobretudo os municípios pequenos, com até 20 mil habitantes. “Faltam recursos e contingente técnico nas pequenas prefeituras”, destaca.

O vice-presidente da Associação Brasileira de Resíduos Sólidos e Limpeza Pública (ABLP), João Zianesi Netto, também avalia que faltou capacitação e conscientização. “Alguns [Não criaram o plano] por ignorância, outros por desconhecimento técnico. Em muitos municípios de pequeno e médio porte, a destinação dos resíduos é gerenciada por pessoas que não têm a formação adequada. Além disso, há uma preocupação de que quando você começa a melhorar a questão ambiental você aumenta os custos”, afirma.

O presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziluldoski, reclama da falta de auxílio financeiro para que as prefeituras cumpram as determinações da Lei n°12.305. Segundo ele, são necessários R$ 70 bilhões para transformar todos os lixões em aterro sanitário, até 2014. “Isso equivale à arrecadação conjunta de todos os municípios do país. Quando acabar o prazo, os prefeitos estarão sujeitos a serem processados pelo Ministério Público por não terem cumprido a lei”, disse. De acordo com ele, a estimativa da CNM é que mais de 50% das cidades brasileiras ainda não elaboraram os planos de gestão de resíduos.


sexta-feira, 20 de julho de 2012

Participação popular

Publicado em 20 jul 2012 por Wilson R. Caveden

 Em uma das conversas de ontem, a principal discussão foi em relação ao papel do vereador. Existem muitas confusões nesse campo e isso acaba confundindo as pessoas na hora da escolha, por conta de candidatos que acham o vereador uma figura com plenos e imensos poderes.

Nossa democracia é representativa. Isso quer dizer que na divisão do poder elegemos nossos representantes. Em dois dos três poderes constituídos, pelo menos, já que no Judiciário não temos essa possibilidade – a meu ver um desvio sério da democracia.

Mas do judiciário não quero (pelo menos agora) falar. Quero mais discutir a questão da representatividade. Quando elegemos um prefeito, um governador ou um presidente da república, estamos dando a essa pessoa toda a nossa confiança em que ela execute da melhor forma possível (dentro daquilo que cada um acredita ser possível) as políticas públicas e a gestão orçamentária. Quando elegemos um vereador, um deputado ou um senador, estamos dando a essa pessoa toda a nossa confiança em que ela crie e aprove leis da melhor forma possível, além de fiscalizar os outros poderes, prestar contas de suas atitudes e ações para os eleitores e principalmente manter informado seus eleitores. Portanto, vereador não faz obra e prefeito não faz leis. Esta simples frase é profunda diante das dificuldades e desvios que vemos em uma campanha eleitoral.

E depois de eleitos? Pelo atual modelo, se não cumprirem com seu programa definido nada lhes acontecerá, pelo menos enquanto durar seu mandato. O término antecipado de um mandato acontece em casos bastante extremos, mas acontecem. Os casos de eleitos que não cumprem com suas propostas e se mantêm no cargo é infinitamente maior.

Há muitos anos que defendemos outro tipo de democracia: a participativa. A diferença básica é que nela mecanismos de atuação e controle social são implantados e vividos em sua totalidade. A constituição de 1988 passou perto disso quando criou os conselhos representativos, mas que ainda não tem grandes autonomias.

Para Salto estamos defendendo um modelo que se aproxime mais da democracia participativa. Para isso um dos eixos das propostas é chamado de PARTICIPAÇÃO POPULAR. Ali indicamos alguns caminhos muito sólidos de ampliação da participação da comunidade no poder local. Falamos da PREFEITURA NOS BAIRROS, um mecanismo de gestão que estará presente nas regiões da cidade, levando até elas uma prestação de contas da prefeitura no que diz respeito ao passado e aos projetos futuros para a região e a cidade. Se eleito vereador, defenderei na Câmara modelo idêntico, onde os vereadores também se desloquem até as regiões para suas prestações de contas. Falamos em fortalecer e ampliar as SOCIEDADES AMIGOS DE BAIRRO, espaço primeiro da participação consciente. Falamos também de criar e capacitar CONSELHOS REGIONAIS na cidade, que agregarão representação dos vários bairros para discutir sua realidade e propor ações para a prefeitura. Falamos das CONFERÊNCIAS MUNICIPAIS DA TRANSPARÊNCIA, espaço municipal que agregará as representações dos vários conselhos regionais e indicará os caminhos que a população espera serem trilhados pela prefeitura. Falamos em AVALIAÇÃO DA GESTÃO, mecanismos simples e diretos onde a população avaliará as ações e políticas implantadas pela prefeitura. Falamos em PARCERIAS com a sociedade civil organizada para que possamos ampliar e alterar (se for o caso) as politicas públicas, otimizando seus resultados.

Esses caminhos facilitarão a participação do cidadão e da cidadã nas questões importantes da cidade. Ampliarão as possibilidades de realizações voltadas aos anseios da população e colocarão em evidência e discussão as possibilidades reais que o município tem na execução de suas políticas, abrindo espaço para a discussão das prioridades. E o vereador deixará de ser um “fazedor de pequenos favores” para ser um agente de ligação e de abertura entre o poder público e a população, papel fundamental para a compreensão dos caminhos e dos destinos de nossa cidade.

É nessa participação que acreditamos. É nela que confiamos e é por ela que trabalhamos.


quinta-feira, 19 de julho de 2012

PIG joga a toalha no caso Perillo

Da Carta Maior

Perillo: Dispositivo midiático joga a toalha


Tucanos e demos ainda esperneiam e se agarram à estaca fixada por José Serra, em abril -- "Sinceramente, eu dou meu voto de confiança ao Marconi Perillo', disse então o o ex-governador de SP ao Estadão (14-04-2012). Os fatos diluvianos despejados esta semana na CPI do Cachoeira, porém, romperam o dique político demarcado por Serra, cujo objetivo era impedir que a água caudalosa vertida de Goiás dissolvesse o plano de utilizar o julgamento do mensalão, em plena campanha municipal de 2012, como alicerce aglutinador do udenismo anti-petista, já de olho na disputa de 2014. Inútil. O vertedouro das evidências contra Perillo tornou-se incontrolável.

Um Relatório da PF enviado à Procuradoria geral da República, e publicado pela revista Época, elucida as etapas da triangulação --até agora tortuosa- da venda de imóvel do governador de Goiás ao contraventor Cachoeira. Fica claro que o dinheiro saído dos cofres do Estado serviu a três senhores simultaneamente --e nenhum deles era o interesse público do povo goiano.

Em abril do ano passado, Perillo liberou cerca de R$ 9,6 milhões de pagamentos atrasados referentes a obras supostamente realizadas pela Delta no Estado (cabe à CPI avaliar e identificar essas obras); ato contínuo a Delta depositou R$ 5,4 milhões na conta de empresas de fachada do bicheiro (o que reforça as suspeita de que o ubíquo Cachoeira é sócio-proprietário da Delta, assim como fermentam sinais de que é uma espécie de dublê de governador no Palácio das Esmeraldas); das empresas do bicheiro migraram três cheques no valor total de R$ 1.400.000 para uma confecção de um sobrinho de Cachoeira, que em seguida 'comprou' a citada casa de Perillo, teoricamente avaliada em R$ 900 mil e na qual Cachoeira foi preso.

Enfim, o dinheiro público viajou dos cofres do Estado para os bolsos das diferentes instâncias do 'condomínio goiano', garantindo ainda um 'plus' a Perillo na venda do imóvel. Serra e Cia vão continuar falando grosso na tentativa de evitar a derrocada do dominó que tem em Perillo uma peça de posicionamento estratégico. Mas, sintomático do isolamento de Perillo, se ressentem da ancora midiática. Hoje, dois pilares do dispositivo conservador --jornais o ''Globo' e o 'Estado De São Paulo'-- jogaram a toalha em notas editoriais nas quais entregam o tucano à própria sorte.

Os textos utilizam termos idênticos, como se fossem reciclagens de uma mesma matriz. Diz o Estadão: "Reduzido aos seus termos básicos, tratou-se de um acordo, intermediado por Cachoeira, pelo qual o governo de Goiás pagaria R$ 9,6 milhões devidos à Delta em troca de um pedágio de R$ 500 mil para o governador. Quase tão antigo como o Brasil, é o clássico esquema de criar dificuldades para vender facilidades. O alegado suborno de Perillo se materializou no bojo de uma transação imobiliária" .

Reitera o Globo: "O relatório (da PF) desfaz a confusão, e dele não sai bem o governador. Em linhas gerais, na versão da PF, sustentada por sugestivos diálogos grampeados, Perillo vendeu a casa a Cachoeira, em cujo preço foram incluídos R$ 500 mil, pagos pela Delta e entregues ao governador para facilitar a liberação de pagamentos do estado (...) caso indiscutível de corrupção, com a criação de dificuldades para a venda de facilidades.

Editoriais do dispositivo midiático conservador refletem o isolamento do governador tucano Marconi Perillo:

O triângulo goiano
O Estado de S. Paulo - 18/07/2012


Dificilmente o governador tucano de Goiás, Marconi Perillo, deixará de ser convocado pela segunda vez para depor na CPI mista do Congresso que investiga a relação do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com políticos, administradores públicos e empresários. Da primeira vez, em junho, ele foi chamado na condição de testemunha. Dominou a sessão, para a qual, aliás, arregimentou uma entusiasmada claque. Da próxima vez, se ocorrer, depois do recesso parlamentar que vai de hoje até o fim do mês, irá na condição de réu.

Mas não é certo que volte a dar o seu "showzinho", como diz o líder petista na Câmara dos Deputados, Jilmar Tatto. Segundo ele, a oitiva seria redundante porque a comissão já teria elementos para representar contra Perillo junto ao Ministério Público e ao STJ, onde são julgadas ações envolvendo governadores de Estado. O goiano provavelmente tratará de obter do Supremo Tribunal Federal (STF) a licença já concedida a outros depoentes, a começar do próprio Cachoeira, para entrar mudo e sair calado da sala de reuniões da CPI.

De todo modo, a sua sorte no inquérito parece traçada - e não será apenas porque o PT quer o seu escalpo e extrairá tudo e mais alguma coisa da oportunidade de se vingar do adversário que revelou ter alertado o então presidente Lula, numa conversa a dois, sobre um esquema em curso na Câmara para a compra de votos a favor do governo, que entraria para a história com o rótulo de mensalão. O que ameaça o futuro político de Perillo são as contundentes evidências de sua participação no triângulo em cujas outras pontas estão Cachoeira e a notória construtora Delta, de Fernando Cavendish.

Até os companheiros do PSDB, a julgar pelo que dizem e como o dizem, o defendem mais por dever de ofício do que por convicção de sua inocência. É sintomático que o presidente da legenda, o pernambucano Sérgio Guerra, prefira dar ênfase à necessidade de a CPI focalizar outros governadores, como o petista Agnelo Queiroz, do Distrito Federal, onde a sociedade entre o bicheiro e a empreiteira tentou abocanhar lucrativos contratos, e o peemedebista Sérgio Cabral, do Rio de Janeiro, o mais ostensivo dos amigos políticos de Cavendish. Mas o fato é que, por enquanto, há pouco contra Agnelo e nada contra Cabral.

O golpe talvez decisivo para a reputação de Perillo é um relatório de 70 páginas da Polícia Federal enviado em fins de junho à Procuradoria-Geral da República, do qual a CPI não tinha conhecimento. Divulgado pela revista Época, o documento se vale da interceptação, nos primeiros meses do ano passado, de 169 telefonemas entre Cachoeira, seu agente político Wladimir Garcez, ex-presidente da Câmara Municipal de Goiânia e homem de confiança de Perillo, e o ex-diretor da Delta no Centro-Oeste, Cláudio Abreu. As conversas giram em torno do que o relatório denomina "compromisso" entre o governador e a empresa.

Reduzido aos seus termos básicos, tratou-se de um acordo, intermediado por Cachoeira, pelo qual o governo de Goiás pagaria R$ 9,6 milhões devidos à Delta em troca de um pedágio de R$ 500 mil para o governador. Quase tão antigo como o Brasil, é o clássico esquema de criar dificuldades para vender facilidades. O alegado suborno de Perillo se materializou no bojo de uma transação imobiliária. Ao revender a casa que comprara dele, por interposta pessoa, o contraventor repassou a um assessor do governador o meio milhão solicitado. O dinheiro, vindo de uma empresa laranja da Delta, tinha sido lavado pelo esquema Cachoeira.

As conversas grampeadas batem com os extratos bancários em poder da CPI. Neles se verifica que, entre fevereiro e maio de 2011, a Delta repassou ao grupo Cachoeira R$ 5,4 milhões, ou nada menos de 56% do total recebido do governo. A formidável comissão dá ideia da gordura que a empreiteira tinha para queimar em seus negócios com a administração pública de Goiás e do preço cobrado pelo bicheiro por sua influência no Estado. No seu depoimento, Perillo negou peremptoriamente que ela existisse. Talvez a palavra certa não seja influência - e, sim, poder.
Postado por Saul Leblon

Escola Digital e Cidadania de Salto

Ontem a noite tive o prazer de acompanhar a formatura de mais uma turma da Escola Digital e Cidadania de Salto.

A escola é um projeto conjunto da Arjo Wiggins com o Projeto Pérola, da cidade de Sorocaba. Representado por Paulo Oliveira, o Projeto Pérola formou a oitava turma no curso de informática voltado para aqueles que não tem acesso as escolas comerciais da cidade. Um grande número de jovens e adultos lá estavam se formando, com muita alegria por terem conquistado seu certificado e se capacitarem ao mercado de trabalho.

Tatiane, a monitora do curso, bastante querida pela turma, também enalteceu a parceria criada que possibilita esse trabalho para um número cada vez maior de jovens. Pelos números ontem apresentados, mais de 1000 jovens já passaram pelo projeto, o que denota uma característica muito importante que são as portas abertas para todos aqueles e aquelas que sentirem necessidade e vontade de participar.

Pela empresa falou a gerente de recursos humanos, que destacou a importância das parcerias, já que outras entidades e associações também participam em ações pontuais do projeto nos seus aspectos de construção da cidadania.

Senti falta da querida amiga Lina (Lina Nonaka – responsável pela comunicação corporativa da Arjo Wiggins). Lina é uma daquelas pessoas inesquecíveis pelo seu espírito comunitário. Sempre buscando os melhores espaços e oportunidades para ampliar, a partir da empresa, a inclusão social de um maior número de pessoas. Além desse projeto tive oportunidade de acompanhar e partilhar com ela vários outros, principalmente voltados para crianças, em nossas escolas municipais.

Parabéns à Arjo Wiggins pela iniciativa. Parabéns ao Projeto Pérola pelo belo trabalho. Parabéns aos formandos de ontem por essa conquista. Tenham certeza que ontem nossa cidade ficou mais rica com esse momento. E aos formandos tenham a certeza de que muito poderão fazer pelas suas vidas e pela nossa comunidade a partir do que lá receberam. E que venham novas turmas!!!

Pessoal se preparando para a foto oficial

Uma das fotos oficiais

Grupo de formandos em apresentação de dança

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Alfabetização na idade certa - comentários

Postado em meu site

Postei hoje em meu blog uma nota da UNDIME – União Nacional dos Dirigentes Municipais da Educação – que fala sobre o Pacto Nacional pela alfabetização na idade certa. O governo federal pelo MEC está investindo em formação e manutenção de programas que possibilitem essa meta. Os investimentos serão feitos para os estados e municípios que aderirem ao programa.

Qual a idade certa para a alfabetização?

Os especialistas dizem que isso deve ocorrer até os oito anos de idade. Nesse sentido e até antecipando uma das metas do novo Plano Nacional de Educação – PNE – o MEC lança esse programa procurando com isso injetar recursos e motivação para todos os sistemas de ensino se concentrarem na meta: todas as crianças alfabetizadas até os oito anos de idade.

Evidente que isso pode acontecer antes. Todavia deve-se respeitar esse limite até para não exagerarmos em certa medida (como até parte da justiça brasileira o fez) tentando antecipar a entrada das crianças no ensino fundamental, que hoje se dá aos seis anos de idade. Importante frisar que outra meta já definida em lei aponta que a educação infantil de quatro a seis anos será universalizada em todo o país até 2016. Certamente isso contribuirá e muito com a meta da alfabetização.

Três observações importantes ao meu ver: primeiro o respeito que devemos ter com o tempo da criança. Não podemos em hipótese alguma forçar a alfabetização, por exemplo, aos quatro ou cinco anos de idade. Se acontecer deve ser naturalmente. Segundo, não podemos deixar de acompanhar o desenvolvimento da criança, sob pena de as mesmas chegarem aos oito anos com dificuldades em sua alfabetização, como vemos relatos diariamente. E por fim uma preocupação destacada com os professores dessa etapa. Em minhas propostas defendo que os professores alfabetizadores devem não só ter uma formação especial e específica, como também devem ter motivações inclusive salariais para desenvolver suas atividades.

E em Salto, como estamos? Nosso sistema já é preparado há algum tempo para isso. Em 2006 implantamos no sistema municipal os ciclos de aprendizagem, que procuram definir tempos escolares a partir do desenvolvimento da criança, apontando nesses tempos metas e objetivos muito claros de aprendizagem por parte delas e para o trabalho do professor. Os primeiros três anos do ensino fundamental (dos seis aos oito anos da criança) é reservado para esse objetivo: a alfabetização. O modelo aponta também várias formas e métodos de acompanhamento para, a cada bimestre, o professor e a escola saberem como estão suas crianças.

O que tentamos e não conseguimos foi fixar um professor nos três anos desse primeiro ciclo. Qual a importância disso? Exatamente o acompanhamento sistemático por parte de um só profissional que teria todas as condições de interferir de acordo com as necessidades da turma e de cada criança. Entretanto o modelo e a cultura de “escolha de classes e/ou aulas” é avesso a essa prática, ainda. Talvez com um incentivo salarial isso possa ser sanado.

Ou seja, a conclusão é que diante das metas do MEC, Salto avançou bastante, faltando apenas alguns detalhes para chegar mais próximo de melhores resultados para as crianças.


Pacto nacional pela alfabetização na idade certa

Nota da UNDIME

Garantir que todas as crianças estejam plenamente alfabetizadas na idade apropriada é a meta do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa. O objetivo é que o Governo Federal, por meio do Ministério da Educação (MEC), apoie estados e municípios na implementação de medidas que possibilitarão o cumprimento desta meta. Para isso, serão instituídas ações de incentivo a alfabetização em língua portuguesa e matemática, apoio técnico e financeiro, além de promover avaliações sistemáticas.

Para começar, o MEC pretende criar um programa de formação e aperfeiçoamento de professores alfabetizadores, desenvolvido em parceria com universidades públicas. Os professores estarão munidos com material didático para dar suporte às aulas. Caso algum município já tenha algum programa relacionado ao Pacto, o governo continuará apoiando as iniciativas.

Para fazer parte do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa é necessário que o município assine o termo de adesão se comprometendo com o objetivo do programa. O MEC criou uma espécie de cartilha com orientações para a adesão ao termo. São dois termos. Um referente à adesão ao Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa e outro referente às ações que serão implementadas.

No caso dos municípios que já têm ações voltadas a programas de alfabetização para crianças, não é necessário a assinatura do segundo termo. Isso porque, de acordo com o artigo 4º, da Portaria que institui o Pacto, “Os entes governamentais que aderirem ao Pacto e optarem por não participar das ações mencionadas por já desenvolverem programas próprios de alfabetização em seus sistemas de ensino poderão contar com apoio técnico e financeiro do MEC, por meio do Plano de Ações Articuladas – PAR, para implementação dos mesmos.” Vale lembrar que o processo de adesão é realizado pela internet, por meio do Simec.
 
A participação de todos os municípios é importante para que o objetivo seja alcançado!

Clique aqui para entender o passo a passo da adesão.
Clique aqui para ler o ofício encaminhado pelo ministro da Educação, Aloízio Mercadante.
 

Minhas propostas iniciais

Abaixo, texto publicado em meu site - www.wilsoncaveden.com.br - onde aponto as propostas iniciais de minha campanha para vereador. Lá também você pode conhecer um pouco mais de minha história.

Confira abaixo as propostas e bandeiras de Wilson Caveden para diversas áreas de atuação em nossa cidade!

EDUCAÇÃO: Nas escolas, os Conselhos precisam ampliar cada vez mais sua atuação, principalmente nas discussões e elaborações pedagógicas, pois não podemos mais conviver com Projetos Pedagógicos que não ouvem a comunidade. Ainda nas escolas, a priorização da Educação Infantil enquanto espaço privilegiado de formação de nossos futuros cidadãos, incentivo aos professores formadores, alternativas para as vagas de creches, acompanhamento refinado da progressão das crianças do primeiro ciclo, ampliação e aperfeiçoamento da avaliação de desempenho.

POLÍTICAS SALARIAIS: E já não é mais possível falar em educação em nossa cidade sem deixar clara a necessidade urgente de revisão nos salários de seus profissionais. Salários específicos, com política salarial exclusiva para os mesmos, visto que a defasagem em relação a outros profissionais é muito grande. Portanto, faz-se necessária uma urgente e imediata política salarial específica para os profissionais da educação. Também para todos os servidores municipais, efetivas políticas de benefícios precisam ser implantadas, como transporte, alimentação, assistência médica específica, dentre outros possíveis.

CULTURA: Na cultura muitas coisas precisam mudar. A imediata criação do Conselho Municipal de Cultura é a maior das prioridades. Junto com ela a democratização do acesso e informações de posse da secretaria é fundamental. Valorizar nossos talentos, ampliar os espaços culturais, elaborar editais para as ações da secretaria, além do aumento de seu orçamento são algumas das outras prioridades nessa área.

GESTÃO DA PREFEITURA MUNICIPAL: Na Gestão da Prefeitura creio estar outro espaço que posso contribuir muito. Modernização, descentralização, desburocratização são alguns dos objetivos mais imediatos nesse campo. A integração das políticas, eliminando as pequenas prefeituras que se transformam as secretarias, é urgente. A proximidade da administração com a população, a partir de ações específicas nessa direção, como “A Prefeitura nos Bairros”, são ações importantes. Defenderei na Câmara Municipal que a mesma também crie programa semelhante e possa, juntamente com a Prefeitura, estar frente a frente com os moradores das várias regiões da cidade, ouvindo-os e objetivando ações a partir de suas demandas.

POLÍTICAS E PARTICIPAÇÕES POPULARES: Tenho certeza que de participação popular entendo um pouco. Nos sete anos à frente da Secretaria da Educação, não só ampliamos e fizemos atuar conselhos em todas as escolas, como também criamos um espaço de negociação diretamente com os profissionais da educação. Por isso que, como vereador, trabalharei incansavelmente para ver nossa população participar ativamente das questões de sua administração, nos espaços que serão construídos para esse fim. Quero ver brevemente a população definir, junto com o prefeito e toda a administração, os investimentos prioritários a serem efetivados. As preocupações com nossos jovens, com nossas mulheres, nossos idosos, são preocupações que não podem ficar restritas a essa ou aquela política. Muitas vezes, na ânsia de resolver determinados problemas, esquecemos que as soluções serão viáveis quando todos os esforços forem concentrados para elas. Assim, questões como drogas, não são questões somente policiais; questões como a gravidez precoce não são questões somente da saúde; questões da proteção ao idoso não são questões somente de assistência social. Políticas integradas e resolutivas devem ser as respostas. Projetos de lei na Câmara Municipal precisam caminhar nessa direção.

TRÂNSITO: As questões de nosso trânsito precisam, primeiro, deixar de serem vistas sob a ótica política, para serem tratadas sob a ótica técnica. Não podemos mais assistir aos descasos constantes que somos vítimas, no que diz respeito à resolução dos crimes aqui cometidos, por estarmos a mercê de uma organização dividida em três tipos distintos de policias que não conversam entre si. Não podemos mais esperar para modernizar nosso atendimento e nossas linhas de transporte público, para facilitar a vida de quem depende desse meio de locomoção. Por isso, defenderei a implantação da Secretaria da Defesa Social, que agregue segurança, trânsito e transporte em um mesmo espaço, e com direção técnica. A implantação de um gabinete integrado de planejamento e de decisões é urgente. Nesse gabinete, além das autoridades da secretaria municipal, fariam parte as policias civil e militar, a Guarda Civil Municipal e autoridades do poder judiciário, que juntos pensariam ações preventivas nesses segmentos.

MEIO AMBIENTE: Nosso meio ambiente pede socorro. Nossos espaços verdes são cada vez menores e menos cuidados. Nossas nascentes estão cada vez mais sendo reduzidas. O tratamento das margens de nossos rios e córregos inexiste. Não temos uma política de resíduos sólidos para os próximos anos. Sequer temos projetado os espaços onde tais resíduos serão coletados. É urgente a criação da Secretaria do Meio Ambiente, para que tenhamos preocupação e ações voltadas para estes problemas. Inadmissível que a autarquia SAAE fiscalize ela mesma.

SOCIAL: E por fim, é urgente e necessário que se defenda uma inversão de prioridades em nossa cidade. Uma inversão que possibilite mais orçamento para as ações humanas e sociais, em detrimento de orçamentos para obras e estruturas. As obras devem continuar e as estruturas precisam ser melhoradas, mas não podemos priorizá-las diante de problemas tão significativos que temos nas relações humanas e sociais da cidade. Obras sim: espero poder defender a construção de muitas escolas e creches, muitas clínicas de saúde e novos CRAS, muitas canchas esportivas e de lazer, além de novos espaços culturais. Espero ainda, poder defender obras viárias importantes, como a tão sonhada perimetral de nossa cidade, como avenidas que liguem nossos bairros periféricos, desobrigando os mesmos a passarem pelo centro. Espero poder defender investimentos importantes no turismo, para ampliar nossas capacidades de emprego e renda. Mas espero, principalmente, que tudo isso seja precedido de uma política clara e forte de investimento nas pessoas, em sua melhoria de qualidade de vida, em sua participação ativa nos destinos da cidade, em seu acompanhamento cada vez mais refinado da administração de nossa Prefeitura e de nossa Câmara Municipal.


Ponto de Cultura Anselminhos, Pagadores de Promessas

No último dia 6 de julho aconteceu no salão da Associação Amigos de Bairro do Jd. Santa Cruz, a apresentação do filme “Conto de Meninas”, produzido pelo Ponto de Cultura Anselminhos, Pagadores de Promessas.

Esse ponto de cultura, que tem financiamento do Ministério da Cultura, é resultado de um projeto elaborado e construído a partir da integração entre Organização Social, Escola Privada e Poder Público. Na época ainda secretário da educação, a partir de proposta de Marcos Pardim, passamos a negociar e criar uma interatividade entre a Secretaria da Educação e a Faculdade de Comunicação e Arte do CEUNSP, que culminou em um projeto de cinema com alunos da EJA – Educação de Jovens e Adultos. Pardim, a partir disso, elaborou um projeto para disputar recursos dos Pontos de Cultura do Ministério da Cultura, que foi apresentado pela AFIM. Conseguindo o projeto, a meta aumentou e a produção e realização de um média metragem aconteceu.

“Conto de Meninas” é uma realização de produtores locais com atores e atrizes da EJA do Jd. Santa Cruz (CEMUS IX).  Toda a montagem e edição foram feitos por profissionais da Faculdade de Comunicação e Arte e o Ponto de Cultura garantiu os recursos necessários para a produção.

O dia 06 de julho foi mais uma das apresentações, desta feita para os moradores do bairro onde moram a maioria dos atores e atrizes do filme. A primeira apresentação, que estive presente, aconteceu no CEC – Centro de Educação e Cultura – para todos os interessados.

Muito bom ver um projeto discutido, pensado e querido há tempos atrás, trazendo para nossa comunidade seus frutos. Parabéns ao Ponto de Cultura, à Faculdade de Comunicação e Arte, mas principalmente a todas e todos que participaram diretamente da produção e nos encantaram com seu trabalho.


segunda-feira, 16 de julho de 2012

Creches - problema insolúvel?

Acabo de ler uma notícia do Estado de São Paulo que dá conta das dificuldades da prefeitura de São Paulo em resolver a questão das vagas em creche. Nela, a tônica (não sei se para salvar o governador ou crucificar o prefeito) é o fato de o estado apoiar construções de novas creches, mas a prefeitura não conseguir zerar o déficit.

Evidente que estamos falando da maior cidade do país, mas o problema vivido lá é vivido proporcionalmente em todas as prefeituras de nosso país. Por lá, o déficit atual é de mais de 126 mil vagas faltantes. Com o apoio do governo do estado a prefeitura irá construir mais 20 novos Centros de Educação Infantil. Com isso atenderá 4.000 crianças, ou seja, sequer resvala no problema macro. A notícia mostra outro dado muito interessante: em 2005 haviam 60 mil vagas atendidas pela prefeitura; esse número pulou para 196 mil em 2011. E mesmo assim ainda precisam ser criadas 126 mil novas vagas.

Percebe-se que o problema é de difícil solução em qualquer lugar. Se não, vejamos: quando entramos na prefeitura em 2005, eram atendidas nas creches, 600 crianças. Em 2011 as vagas pularam para 1.100 atendidos (este ano com a nova creche do Santa Marta esse número deve estar em 1.250). Proporcionalmente Salto teve o mesmo desenvolvimento que São Paulo. Entretanto tem na fila de espera mais de 1.000 crianças.

O que fazer?

Tenho dito a algum tempo que não existem soluções somente a partir das prefeituras. E pela notícia divulgada no Estadão, sequer com a ajuda do estado. Creio que precisamos fazer uma grande operação nacional para resolver isso. A presidenta Dilma está com um plano ousado de construir em seu mandato 6.000 novas creches pelo país afora. Todavia, para atendermos toda a demanda, precisaríamos de no mínimo 18.000 novas unidades. Ou seja, é um trabalho extremamente delicado e demorado.

Para amenizar em nossa cidade ainda acredito em novas construções. Nesse sentido quando sai da prefeitura deixei encaminhado alguns novos projetos de construção. Deles, dois foram reivindicados ao PAC 2 - Programa de Aceleração do Crescimento - do governo federal. Fui informado recentemente que foram liberados os dois projetos: um para o Jd. São Gabriel e outro para o Jd. dos Ipês. As construções devem se iniciar em 2013.

Mas somente construções não resolverão o problema, até porque o custo anual de uma creche é no mínimo seis vezes o custo de sua construção. Isso nos leva a outro problema: a contratação de pessoal e a limitação da lei de responsabilidade fiscal. Não é possível colocar uma creche em funcionamento sem gente trabalhando (e não são poucos). Para uma creche que atende cerca de 100 crianças é necessário no mínimo de 30 a 40 funcionários. E a folha de pagamento, pela lei de responsabilidade fiscal, não pode ultrapassar os 51% da receita anual. Isso quer dizer que se o país quer resolver a questão das creches e essa responsabilidade ficar com o município, ele precisa ter dinheiro novo e um tratamento especial na lei de responsabilidade fiscal.

Outro movimento possível em Salto é a compra de vagas nas creches particulares. Tínhamos um sério problema nesse campo: até 2011 todas as creches particulares não eram reconhecidas pelo sistema de ensino municipal por não terem condições para isso. Fizemos um intenso trabalho para regularizar todas elas. No final de 2011 conseguimos regularizar três delas, o que é pouco ainda para a demanda reprimida.

Uma última questão nesse problema: quanto mais creches forem construídas, maior será a demanda reprimida. Explico: temos em Salto (no país não é diferente) cerca de 7.000 crianças entre zero e três anos de idade. É atendida na rede municipal de creches 1.250 crianças e 1.000 aproximadamente esperam novas vagas. Isso quer dizer que cerca de 5.000 crianças nunca procuraram os serviços de creche, o que acontecerá naturalmente caso o serviço seja ampliado (o que é um bom problema).

Para concluir, qualquer dos prefeitos que vença as próximas eleições (certamente será JUVENIL e JUSSARA) não terá como resolver esse problema sem muita ajuda externa. Não existem milagres, nem varinhas de condão para fazermos mágicas. É um problema de difícil solução que os agentes públicos, principalmente os municipais, precisam forçar uma negociação nacional de amplos e certeiros resultados. Qualquer coisa fora disso é pura campanha eleitoral.


Agora estamos com um site!!!

Dentro do espírito de procurar cada vez mais utilizar todos os mecanismos a disposição para a realização da campanha eleitoral, hoje colocamos no ar nosso site (www.wilsoncaveden.com.br), que esperamos seja um instrumento de interlocução com todos e todas que acreditam em nosso trabalho.

Vocês terão a oportunidade de observar que ele foi construído justamente para interagir com seus leitores. Este espaço de bate-papo é onde estarei falando sobre a campanha, sobre as propostas e o desenrolar dos trabalhos. Em outros espaços vocês poderão ler um pouco sobre minha história, as propostas que defenderei na campanha e na Câmara Municipal e toda a agenda da campanha com Juvenil e Jussara, até o dia 07 de outubro. Fotos e vídeos também serão adicionados para ilustrar tudo o que pensamos e fazemos.

Aproveite mais este instrumento e na medida do possível e do interesse compartilhe conosco suas ideias e sugestões, para podermos aprofundar ainda mais o que acreditamos e podemos fazer.

Visite: www.wilsoncaveden.com.br

Obrigado!!!

Diário de um candidato - 16 de julho

Neste final de semana, o segundo da campanha eleitoral deste ano, o PT e os partidos aliados à JUVENIL e JUSSARA - 13 - fizeram novos mutirões pelos bairros da cidade.

"Paramentado"
 No sábado, atingimos o Jd. das Nações e o Jd. Planalto.

Parte do grupo no Nações
 No domingo, além do Jd. Panorama e Jd. Nair Maria, fizemos o Porto Seguro, o Independência, o Donalísio, o Santa Cruz e o Santo Inácio. 

Chegando no Porto Seguro
 Em todos eles o objetivo era o de entregar o novo jornal da campanha e conversar com os moradores de cada região. Juvenil e Jussara se dividem nas ruas para conversarem com o maior número de pessoas possível. O grande grupo de candidatos a vereador e apoiadores se divide, acompanhando cada um deles. Entre um bairro e outro, pequenas concentrações acontecem para novas orientações do que faremos a seguir. 

Parte do grupo pelas ruas dos bairros
Como não consigo caminhar todos os percursos, a mim são reservadas as chamadas no carro de som. Chamadas que visam motivar o grupo e os moradores às nossas propostas. 

Olha eu lá dentro
 A receptividade aos nossos candidatos está muito boa. Em se falando de JUVENIL e JUSSARA - 13 - maior ainda. Inúmeras manifestações de apoio e compromisso são ouvidas a cada rua e a cada quarteirão que caminhamos. Nossos candidatos de "primeira viagem" sentem-se mais ainda motivados quando percebem o quão bom é estar na rua de forma coletiva. 

Sem dúvida nenhuma, nossa vice-prefeita, JUSSARA, está surpreendendo a todos e todas que ainda não a conheciam mais de perto. Sua desenvoltura, alegria e comprometimento são de fazer inveja. Para mim, nenhuma surpresa, já que a conheço a muito tempo e sabia que seria assim. 

Jussara, mulher guerreira!!!
Vale destacar a vitalidade de nosso prefeito, JUVENIL. Impressionante sua disposição e gás para manter o ritmo da campanha nas ruas. São poucos aqueles que conseguem acompanhá-lo durante todo o tempo. Disposição, garra e experiência é o que se pode ver pelas ruas, acompanhando JUVENIL. 

Juvenil, incansável!!!
Essa será uma constante na campanha: as caminhadas em grupos para chegar até o eleitor e conversar com ele sobre as propostas e objetivos do grupo. Um grupo que já demonstra uma maturidade exemplar. Apesar dos vários partidos que compõem a coligação, todos estão unidos pela candidatura dos nossos majoritários. 

Um final de semana bastante positivo e que colocou ainda mais otimismo e vontade no grupo e nos candidatos da coligação NOSSA GENTE EM PRIMEIRO LUGAR!!!

Esperando a hora para sair

Mulheres a altura!!!