quarta-feira, 30 de junho de 2010

Ato Contra Pedágios Abusivos

Reajuste dos pedágios - confira aqui

Ato pretende parar cinco estradas paulistas nesta quinta

Movimento decreta "Dia da Luta contra os Pedágios Abusivos no Estado de SP" e promete fechar cinco rodovias

O Movimento Estadual Contra os Pedágios Abusivos de São Paulo promete parar o trânsito em cinco estradas paulista nesta quinta-feira, 1° de julho, quando serão reajustadas as tarifas em todas as rodovias estaduais privatizadas. O objetivo do ato é protestar contra os preços cobrados, que considerados altos. Segundo a entidade, haverá manifestações nas rodovias Castelo Branco, Raposo Tavares, Anhanguera, Santos Dumont e na Estrada Velha de Campinas.

A entidade, criada este ano, escolheu 1º de Julho como o "Dia da Luta contra os Pedágios Abusivos no Estado de SP" e pretende usar a data para ganhar visibilidade e pressionar o governo a as concessionárias a rever as tarifas.
A data coincide com a do reajuste das tarifas, que será de 4,17% para as vias concedidas até 2000, e de 5,21% para as concessões mais recentes. Os preços são definidos pela Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp).

"Nosso objetivo é dar visibilidade À luta contra os pedágios abusivos e mostrar que há uma grande parcela da sociedade paulista que não concorda com esses preços", afirma o coordenador do movimento, José Matos. Segundo ele, a manifestação não tem caráter eleitoreiro, pois a briga contra as tarifas ocorre desde o início das concessões, há 12 anos.

O Estado ganhou 112 pedágios desde o início da última etapa das concessões (2008) - o equivalente a um novo ponto a cada 40 dias. A cobrança já acontece e mais da metade das praças do Brasil, segundo dados da Artesp e da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias.

Vamos Rir que Não Somos de Ferro.

Tucano não gosta de mulher

Representantes do PSDB nacional entraram semana passada junto ao TSE com um pedido de proibição da música “Eu gosto de mulher”, da banda paulistana Ultraje a Rigor, durante o período de campanha eleitoral.

A música, que fez sucesso a partir do final dos anos 80, faz em determinado momento a seguinte citação: “Mulher dona-de-casa, mulher pra presidente”.

O partido acredita que a música caracteriza propaganda para a candidata do PT à presidência, Dilma Rousseff, principal concorrente do partido tucano, e deve ser proibida de tocar nas rádios brasileiras durante o período de eleição.

“É um absurdo, temos que ficar de olho neste tipo de propaganda discreta” – disse Sérgio Guerra, presidente do PSDB – “é preciso ter atenção, pois detalhes como este ficam na mente do eleitor e influenciam no momento do voto”, completou em tom repreendedor.

Caso não consiga vetar a reprodução da música nas rádios, o partido pretende sugerir a substituição da frase por outra que não faça apologia a nenhum candidato – ou candidata – que dispute as eleições deste ano.

O PT se manifestou dizendo que não tem nenhuma ligação com a banda. Em nota à imprensa, o partido do presidente Lula e da candidata Dilma diz se tratar “de uma feliz coincidência”.

A música, que tem mais de 20 anos e fez sucesso a partir do final dos anos 80, faz em determinado momento a seguinte citação:

Não fosse por mulher eu nem era roqueiro
Mulher que se atrasa, mulher que vai na frente
Mulher dona-de-casa, mulher pra presidente…..


Fala Sérgio Guerra, isso que é ter medo de (ou da) mulher…
E já que vocês lembraram:

Mulher pra presidente,
Ooo ooo ooo oo, Mulher pra presidente………..

Celso Jardim com JusBrasil - veja aqui.

Repúdio das Centrais Sindicais

CARNIFICINA É NÃO DESCRIMINALIZAR O ABORTO: UM DIREITO DA MULHER, UM DEVER DO ESTADO

As Centrais Sindicais brasileiras repudiam e manifestam a sua indignação à declaração do candidato do PSDB à Presidência, José Serra, que afirmou nesta segunda-feira, dia 21, durante sabatina do Jornal Folha de São Paulo, que não mexeria na atual legislação sobre o aborto. Para ele "liberar o aborto criaria uma verdadeira carnificina no país."

É lamentável que um candidato a presidência da República tenha essa postura. Ao fazer essa declaração, ele fecha os olhos para milhares de mulheres que recorrem ao aborto como o último recurso para evitar uma gravidez indesejada e não como um método anticoncepcional.

Não há mulher ou homem que defenda o direito ao aborto, que considere a interrupção da gravidez uma decisão fácil, pelo contrário, é uma decisão difícil para a imensa maioria das mulheres que precisam recorrer a ele, podendo gerar conseqüências tanto físicas quanto psicológicas.

O reconhecimento do direito das mulheres em decidir sobre sua sexualidade e reprodução é o princípio dos direitos humanos e da cidadania que substancia os direitos sexuais e os direitos reprodutivos.

Serra parece desconhecer os números apresentados pelos países onde o aborto foi legalizado e é realizado em condições seguras e adequadas. Nesses locais houve redução do número de abortos, da mortalidade materna e das seqüelas provocadas pelos abortos realizados em péssimas condições. Só para se ter uma idéia, enquanto a taxa de aborto por 1.000 mulheres é de 4/1.000 em países como a Holanda, no Brasil a estatística é 10 vezes maior: 40/1.000. E na África do Sul, país que legalizou o aborto em 1997, a mortalidade materna caiu mais de 90% desde então.

Surpreende que um ex-ministro da Saúde faça uma declaração tão irresponsável como essa. Ele conhece os números do Sistema Único de Saúde. Quando Ministro da Saúde, José Serra foi pressionado a aprovar a norma técnica que assegura o acesso ao aborto legal no SUS. Ele sabe muito bem a quantidade de mulheres atendidas com hemorragia ao tentar fazer abortos em condições precárias. Sabe que a carnificina que ocorre é aquela patrocinada pela hipocrisia, pelos conservadores, moralistas, que fecham os olhos à realidade vivida por milhares de mulheres, que a cada dia, colocam suas vidas e sua saúde em risco, especialmente as pobres.

Ao utilizar o termo carnificina Serra propaga o caos e a desordem, o pânico.

Por isso, nós Centrais Sindicais, abaixo assinadas reiteramos nosso repúdio às palavras de José Serra e reforçamos o compromisso que assumimos na Assembléia Nacional da Classe Trabalhadora realizada no dia 1º de junho de 2010, onde as centrais assumiram a luta pela descriminalização do aborto e seu tratamento enquanto questão de saúde pública.

Não podemos aceitar que o Estado controle o corpo das mulheres e imponha a maternidade como um destino obrigatório a todas as mulheres.


Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil

Central Única dos Trabalhadores

Força Sindical

União Geral dos Trabalhadores


Video do Dia

Trecho do Roda Viva de segunda-feira quando Dilma responde à Folha De S. Paulo sobre o dossiê que era uma reportagem e o vazamento da Receita Federal que até agora o jornal nada provou.

Veja Aqui direto do blog do Azenha.

O Vice do Tucano

Celso Marcondes - CARTA CAPITAL

Acordo entre tucanos e democratas sacramenta o nome do deputado carioca Índio da Costa. Deu zebra

Nem Aécio Neves, nem Álvaro Dias. Nem Marco Maciel, nem Agripino Maia. Nem Kátia Abreu, nem Jose Carlos Aleluia. Nem Sergio Guerra, nem Tasso Jereissati. Nem a presidente do Flamengo, nem o presidente do Fluminense. Aos 45 do segundo tempo, no último dia permitido pela lei, finalmente PSDB e DEM chegaram a um acordo. A Convenção dos Democratas, que deveria começar hoje de manhã em Brasília e foi adiada para a tarde, vai aprovar o nome do deputado federal do DEM/RJ Índio da Costa como candidato a vice de Serra. O acordo foi fechado pelos dois partidos em reunião realizada pela manhã, em São Paulo.

Índio da Costa tem 40 anos, é carioca, bacharel em direito, foi vereador no Rio de Janeiro pelo antigo PFL em 1996, 2000 e 2004, deputado federal pelo DEM eleito em 2006, relator do projeto Ficha Limpa, secretário municipal do governo César Maia de 2001 a 2006. Foi prefeitinho do Parque do Flamengo, membro do Conselho Municipal de Desenvolvimento do Rio de Janeiro e Administrador Regional de Copacabana e Leme. Biografia expressa em seu site oficial, que também lembra que ele é “sócio cotista da Baqueta Participações LTDA, que é sócia da 3X, empresa de licenciamento de produtos.” E que “Estas empresas não trabalham para o setor público”.
Acabou o mistério, ninguém ganhou o bolão. Como já escreveram no twitter, “em terra de muitos caciques, finalmente conseguiram achar um índio”.

Aguardemos agora os desdobramentos que esta decisão trará para a campanha eleitoral.

E o Brizola Neto pergunta: O Vice é o Homem da Merenda? Veja aqui.

terça-feira, 29 de junho de 2010

ALMA EM CHAMAS NO CEC

O Bale Cidade de Salto e mais 20 alunas do projeto Caminhos da Dança
apresentarão o espetáculo

"Alma em Chamas"

Na primeira parte teremos o Concerto para Dez,
agora completo com toda a companhia.

Na segunda parte o "Estudo sobre Bolero de Maurice Béjart",
com a participação das alunas do projeto.
Uma noite apaixonante e inesquecível!
Imperdível!!

Dias 10 e 11 de Julho

Anúncio Errado Eliminou o Brasil da Copa.

Onde? Na folhona, claro.

Vejam a nota de Abilio Diniz, presidente do Conselho do Grupo Pão de Açucar:

Ontem o Brasil fez seu melhor jogo na #Copa. Infelizmente, a Folha de SP cometeu um grave erro com o anúncio do Extra, o que é inadmissível.

Estou ao lado dos que se indignaram com o anuncio publicado erroneamente pelo jornal.

Não compartilhamos com a impunidade e tomaremos as providências, que não eliminarão o erro, mas irá responsabilizar os culpados.

Como Pres. do Conselho de Adm. do GPA peço desculpas, em meu nome e do Grupo, aos brasileiros e, principalmente, aos jogadores da seleção

E aqui, veja o anúncio publicado.

Evidente que diante de duas opções de marketing, a folhona publicou a errada. Mas por que será? É o fim? Aguardemos.....

Nem FHC Ainda Conseguiu.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou nesta terça-feira que o acordo entre PSDB e DEM para a aliança entre os partidos na eleição presidencial ainda depende de amadurecimento.

"Política não se faz com precipitação", afirmou FHC, ao sair de reunião em hotel na capital paulista, onde lideranças dos dois partidos estiveram reunidas. Questionado se tinha certeza da aliança do apoio do DEM ao candidato tucano à Presidência, José Serra, o ex-presidente disse: "certeza, nunca dá pra dizer que sim, mas estou otimista. (...) O que está em jogo não são pessoas, e sim o processo histórico". Respondendo se havia tempo para fechar acordo até quarta-feira, dia em que ocorre a convenção nacional do DEM, FHC disse: "tem tanto tempo daqui até amanhã".

O presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), afirmou que o encontro de lideranças foi bom e também se disse otimista quanto a um acordo. Guerra disse que haverá mais uma reunião do seu partido com representantes do DEM, mas não especificou data ou local. Entre os presentes no local, estão o senador Jorge Bornhausen (DEM-SC), o presidente do DEM, e o deputado federal Rodrigo Maia (RJ).

Nota da UOL. Mais uma:

Acordo sobre vice de Serra fracassa


Em São Paulo O PSDB e o DEM mais uma vez não chegaram a um acordo sobre quem será o candidato a vice-presidente na chapa do tucano José Serra. Lideranças dos dois partidos estiveram reunidas em um hotel na capital paulista, na tarde desta terça-feira (29).

Na saída do encontro, o deputado federal e presidente do DEM, Rodrigo Maia, mandou um recado ao PSDB. "Para ganhar eleição contra um governo tão popular, é preciso ter unidade", disse. "O casamento está em crise, mas, como todo casamento, precisa de maturidade para ser superado", afirmou. A crise entre os partidos pela indicação do vice se intensificou depois que o nome do senador tucano Alvaro Dias (PR) foi anunciado como opção do PSDB. Lideranças do DEM ameaçaram romper a aliança entre as duas siglas. Desde o início das negociações, os democratas afirmam que só aceitariam uma chapa "puro-sangue" se o nome indicado pelo PSDB fosse o do ex-governador mineiro Aécio Neves.

Maia evitou dizer se seu partido estaria disposto a abrir mão da vaga de vice. "Não quero especular", afirmou, completando: "para indicar um vice, o DEM precisa estar unido, e é pra isso que estamos conversando". O DEM ainda não ofereceu um nome como opção ao do senador Alvaro Dias.

Da Uol.

Realmente a vida no ninho tucano está muito complicada!!!

Estadão e Folhona de Novo...

Reproduzo artigo publicado no Blog do Planalto:

Estadão e Folha desinformaram seus leitores nas edições desta terça-feira (29/06) ao dizer que o presidente admite ou gostaria de ocupar posto no exterior.

A chamada na primeira página do Estadão destaca: “Lula admite interesse em assumir posto no exterior”. O título no alto da página 8 conclui: “Após sair, Lula mira posto no exterior”. Tudo com base nos seguintes trechos de artigo do presidente Lula publicado na edição de hoje do Financial Times (divulgado ontem pelo site do jornal):

“Após deixar a Presidência, quero continuar contribuindo para a melhoria da qualidade da vida da população. Ao nível internacional pretendo concentrar minha atenção em iniciativas que beneficiem países da América Latina e do Caribe e o continente africano... Quero levar adiante os esforços feitos pelo meu governo no sentido de criar um mundo multilateral e multipolar, livre da fome e da pobreza. Um mundo no qual a paz não seja uma utopia distante, mas uma possibilidade concreta”.

Com base neste segundo trecho, o experiente repórter Roldão Arruda considera que o presidente “deixou seu projeto ainda mais explícito”. No entanto, não há nenhuma relação entre ter interesse e empenho por uma causa internacional e o desejo de ocupar um posto ou cargo no exterior.

A Folha, que foi mais comedida no título (“Lula planeja manter papel internacional após governo”), também embarcou nessa canoa furada ao mencionar no texto sobre o mesmo assunto que “o presidente gostaria de virar secretário-geral de uma renovada Organização das Nações Unidas ou de presidir o Banco Mundial” (página 8-A da edição de hoje).

A imaginação do Estadão e da Folha é livre. Mas, em favor do bom jornalismo, os dois jornais poderiam, no mínimo, ter informado aos seus leitores que nos últimos três meses o presidente refutou categoricamente essa especulação em pelo menos cinco entrevistas, das quais destacamos os seguintes trechos:

TV Senado (21 de junho de 2010):

Jornalista: Não lhe entusiasma a ideia de, eventualmente, exercer um alto posto na burocracia internacional?

Presidente: Não.

Canal Livre – TV Bandeirantes (1º de abril de 2010):

Presidente: Esse negócio da ONU, Boris, de vez em quando alguém inventa alguma bobagem. Veja, eu não posso conceber que uma instituição multilateral possa ter, como secretário-geral alguém que possa ser mais forte do que os presidentes da República de outros países. Não pode. Ele tem que ser um burocrata. Ele tem que ser um burocrata, ele tem que ser alguém subordinado à máquina, porque, veja, se você coloca uma figura muito forte na ONU, ela vai querer tomar decisão por cima dos países e aí não dá certo, meu querido. Então, olha, é bom baixar a bola.


Diário de S. Paulo (publicada em 11 de abril de 2010):

Jornalista: O senhor é candidato a secretário-geral da ONU?

Presidente: Não existe, veja, eu tento dizer o seguinte: não existe possibilidade de ter a candidatura (…). Por quê? Porque nenhum presidente quer concorrente.

El País (publicada em 9 de maio de 2010):

Jornalista: E essa transformação da ONU, o senhor estaria disposto, Presidente, a fazê-la, como secretário-geral da ONU?

Presidente: Veja, essa coisa, eu diria que é impensável. Eu tenho claro que você não pode ter em uma instituição multilateral um secretário que possa ter mais força do que um presidente da República.

Correio Braziliense (20 de abril de 2010):

Jornalista: Agora em relação a essa coisa, seu projeto internacional, ONU, essa coisa da África, o senhor falou muito.

Presidente: Mas não existe projeto internacional.

Jornalista: Chefiar uma instituição. Como é que o senhor… ?

Presidente: Esse negócio da ONU… vamos ter claro o seguinte: a ONU não pode ter, como secretário-geral, um político. Ela tem que ter um burocrata do sistema ONU. É, porque senão você entra em confronto com os outros presidentes. Quem manda na ONU são os presidentes representados na Assembleia da ONU. (…) Então, eu acho que vamos melhorar a ONU, queremos a reforma, mas eu acho que a burocracia tem que continuar existindo nas Nações Unidas, para manter uma certa harmonia.

Vox Populi Confirma IBOPE

Vox Populi: Dilma tem 40% das intenções de voto contra 35% de Serra

Petista assume liderança, de acordo com instituto

29.06.2010

do CORREIO DA BAHIA

Em pesquisa Vox Populi divulgada nesta terça-feira (29) a candidata Dilma Rousseff (PT) aparece com 40% das intenções de voto para as eleições presidenciais. Em seguida aparecem José Serra (PSDB), com 35%, e Marina Silva (PV), com 8%. A margem de erro da pesquisa é de 1,8% para mais ou para menos. As informações são da Folha Online.

Estes números são da pesquisa estimulada – na espontânea, Dilma aparece ainda à frente, com 26%, contra 20% de Serra. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número 16944/2010 e ouviu 3 mil eleitores entre 24 e 26 de junho.

Na última pesquisa divulgada pelo instituto, em maio, Dilma aparecia com 38% e Serra com 35% das intenções de voto. Na ocasião, os dois estavam tecnicamente empatados porque a margem de erro era de 2,2% para mais ou para menos.


segunda-feira, 28 de junho de 2010

Conselho Nacional de Educação e os Primeiros Anos de Ensino.

Fonte: Portal iG - Priscilla Borges

O Conselho Nacional de Educação (CNE) pode votar uma das mais aguardadas propostas para a educação básica: as novas diretrizes para o ensino fundamental. O documento contém orientações importantes para gestores estaduais e municipais e diretores de escolas de todo o País porque esclarecem como os projetos pedagógicos e os sistemas de ensino têm de se adequar ao ensino fundamental de nove anos.

Sancionada em 6 de fevereiro de 200pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Lei nº 11.274 – que tornou obrigatória a ampliação do ensino fundamental – ainda gera dúvidas entre dirigentes no que diz respeito à adaptação dos sistemas e ao que se espera de cada série. As orientações do CNE pretendem mostrar que ampliar essa etapa da educação básica não significa apenas oferecer mais um ano de atividades aos alunos.

A mais importante recomendação, segundo o presidente da Câmara de Educação Básica do CNE, César Callegari, diz respeito à repetência escolar. Callegari, encarregado de elaborar o documento, garante que o prejuízo causado por uma reprovação aos seis anos de idade, no primeiro ano de alfabetização, como tem ocorrido, pode ser irreversível. “Há uma estatítisca estarrecedora de que 80 mil crianças com seis anos de idade foram reprovadas em 2009. É uma atrocidade que pode marcar a vida escolar da criança para sempre”, afirma.

O artigo 26 das Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental afirma que, nos três primeiros anos do ensino fundamental, deve ser “assegurado” a todas as crianças “o princípio da continuidade da aprendizagem” nesse período. Isso significa que as escolas municipais e estaduais responsáveis pelo ensino fundamental não devem reprovar os alunos do 1º e do 2º anos dessa etapa. Mesmo que o sistema seja seriado, as escolas devem encarar essa fase como um "bloco pedagógico".

“É importante deixar bastante claro que os estudantes precisam ter o direito de aprendizagem assegurado. Não queremos que eles sejam aprovados automaticamente, sem que tenham aprendido. Mas as diretrizes apontam que os diretores e os professores terão de criar projetos para que os alunos em dificuldade recuperem o conteúdo ao longo do ano”, explica Callegari.

Para o conselheiro, a decisão de reprovar uma criança deve ser ponderada em todo o ensino fundamental, na verdade. Ele explica que a repetência pode trazer prejuízos emocionais, que prejudicam a aprendizagem em qualquer etapa. “Temos de cuidar para que os estudantes não sejam vítimas de um fracasso que não é deles. Todos têm de tomar providências para eles aprendam, a escola, a família e a sociedade”, diz.

Conteúdos

O documento determina também que a carga horária mínima para o ensino fundamental seja de 800 horas, distribuídas em 200 dias letivos. Recomenda que, progressivamente, todas as escolas ofereçam essa etapa em tempo integral (pelo menos, sete horas diárias de aulas). Os currículos têm de ser formados por uma base nacional comum e uma parte diversificada, em que entrariam temas e assuntos relacionados à realidade local das escolas.

Entre os conteúdos que devem constar no currículo, pelo menos um chama a atenção: ensino religioso.

Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, conteúdos religiosos têm de ser oferecidos obrigatoriamente pelas escolas. “Não podemos fugir ao que está na lei. Infelizmente, isso ainda não foi mudado”, lamenta Callegari. Nas diretrizes, os conselheiros colocaram a oferta como obrigatória, mas a freqüência do aluno a essas aulas é facultativa.

Está definido também que, a partir do 6º ano do ensino fundamental, as escolas têm de oferecer pelo menos uma língua estrangeira aos alunos. Não há determinação sobre qual seria essa língua. As escolas podem escolher de acordo com a própria realidade.

O documento ressalta que só podem ser matriculados no 1º ano do ensino fundamental crianças com 6 anos completos ou a completar até 31 de março do ano da matrícula. Crianças mais novas devem ser redirecionadas para a educação infantil.

Callegari afirma que os sistemas de ensino ainda enfrentam dificuldades para conceber a ampliação do ensino fundamental. “Muitos não entenderam que essa nova configuração exige mais do que meras adaptações. É preciso elaborar novos projetos político-pedagógicos, que estabeleçam objetivos claros de aprendizagem em cada série”, opina.

Depois de aprovadas e homologadas pelo Ministério da Educação, as diretrizes ganharão complementos. O MEC colocará em consulta pública propostas específicas sobre o que deve ser aprendido pelos alunos em cada série e área do conhecimento. Até o final do ano, eles esperam ter todas as orientações concluídas.

Vale lembrar que o CNE realizou três audiências públicas nacionais, além de reuniões com secretários de educação, para chegar à elaboração final do documento. Callegari espera que as propostas sejam um consenso entre todos.


Preconceitos Enraizados.

Até aqui chega o preconceito social anti-Lula, mas não abalam sua popularidade e não atingem Dilma

Pela última vez Lula seguiu a rotina que criou para as comemorações juninas na Granja do Torto ao longo de dois mandatos. Como parte do ritual da festa, realizada no sábado, 19 de junho, o presidente carregou um estandarte com a imagem de Santo Antônio, ao lado da primeira-dama, dona Marisa. Como ocorreu de outras vezes, o casal vestiu-se à moda caipira e comandou a procissão seguida por familiares e amigos.

A foto dessa ocasião, que, além da fé, retrata a alma popular do presidente, deve ter provocado urticária na elite brasileira e reforçado o preconceito contra o metalúrgico que chegou a mandatário do País sem trocar a camisa da origem.

A imprensa multiplica essa discriminação social em textos e contextos. E as pesquisas de intenção de voto comprovam, de forma surpreendente, essa atitude de rejeição a Lula a partir dos itens “Renda Familiar” e “Escolaridade” dos entrevistados.

Eis o que mostram as respostas dos mais pobres e menos escolarizados, comparadas com o que responderam os mais ricos e mais escolarizados.

O porcentual das intenções de voto em Lula, em maio de 2006, e da intenção de voto em Dilma, em maio de 2010, expõe o preconceito. O metalúrgico Lula da Silva, pobre e de baixa escolaridade, transfere votos, mas não transfere preconceito para a economista Dilma Rousseff, nascida em berço de classe média alta.

As respostas às pesquisas, da base ao topo da pirâmide social, mostram como o voto em Lula varia de 46,7% entre os que ganham até um salário mínimo a 25% entre os que ganham acima de 20 mínimos. Essa inconstância é repetida no item da escolaridade: de 47% entre os de ensino fundamental a 28,8% entre os de curso superior.

A intenção de voto ao nome de Dilma, no entanto, não é contaminada pelo preconceito que pesa sobre o nome de Lula. A variação dos porcentuais entre o eleitor mais pobre e o mais rico, ou entre os menos escolarizados e os mais escolarizados, no caso dela, é mais uniforme: de 38,3% a 32,1%; e de 36,9% a 31,7%, respectivamente.

A oposição contra Lula é violenta e golpista. São quase oito anos de absoluta hostilidade. A imprensa, desrespeitosa com o presidente da República, tem rompido com frequência a linha da legitimidade. A fúria preconceituosa produz grandes desatinos. É o caso do cientista político Luís Werneck Viana, ex-militante comunista e hoje o mais instruído formulador do pensamento neoconservador no Brasil. Em artigo para o Valor Econômico, ele escreveu que Lula seria, como uma criança de ficção, “bafejado pelo sortilégio de ter vindo ao mundo de bunda para a lua”.

A realidade não foi tão longe. Lula nasceu em Garanhuns (PE) em meio à miséria, sem pai, com infância de fome e sede e de juventude difícil em São Paulo, para onde se deslocou num “pau de arara”. Werneck se despede do bom senso e sustenta que tudo, com Lula, é uma questão de sorte.

O que pretende ser análise é piada, contada por um teórico groucho-marxista, para arrancar sorriso de alguns grã-finos.

DEM Pode "Pular Fora".

São Paulo - O DEM ameaça abandonar a chapa de José Serra (PSDB) à Presidência de República. A convenção da legenda, o principal aliado dos tucanos nacionalmente nos últimos 15 anos, ocorre nesta quarta-feira (30) e deve oficializar a posição. O presidente tucano, senador Sérgio Guerra (PE) acredita que uma eventual debandada reduziria as chances de vitória do candidato.

"Eu temo que nós tenhamos, nesse episódio, atuado para comprometer a nossa vitória", disse Guerra em entrevista à rádio CBN. "Na questão de um partido ter o apoio do outro, nós já votamos nos democratas e os democratas votam conosco há muitos anos. Não é esse o problema. O problema é de ter unidade, tranquilidade e uma noção construtiva da luta que nós enfrentamos", completou.

A crise entre os parceiros foi instaurada após o anúncio do convite ao senador Álvado Dias (PSDB-PR) para ocupar o posto de vice de Serra. A informação foi "vazada" por Roberto Jefferson pelo Twitter, e depois confirmada pelo próprio Dias.

"O DEM não apoia, mas vocês têm o direito de ir sozinhos para a eleição”, declarou o deputado federal Rodrigo Maia (RJ), presidente nacional do DEM. O partido divide-se entre aderir à chapa "puro-sangue" tucano, abandonar o pleito ou concorrer com candidato próprio.As chapas devem ser inscritas junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até dia 5 de julho. O último dia de junho é o prazo para a realização de convenções partidárias.

Nesta segunda-feira (28), Maia negou que haja qualquer forma de ultimato ao PSDB, apesar das duras declarações da última semana.

Guerra afirmou que PPS e PTB aprovaram o nome do senador Alvaro Dias. O DEM alega, no entanto, que não foi sequer consultado sobre o nome escolhido.

Desde sábado, o ex-governador de São Paulo, Jose Serra, não teve compromissos públicos nem enviou mensagens ao Twitter, sistema de microblogues usado diariamente pelo tucano. O próprio Serra é esperado por lideranças do DEM para negociar os termos de um acordo.

Se Serra perdesse o apoio dos tucanos, ele ficaria com ainda menos tempo de rádio e TV no período de propaganda eleitoral gratuita. Segundo cálculos preliminares, Dilma Rousseff (PT) teria dois terços do tempo, contra 30% do tucano. Uma candidatura dos democratas teria quase cinco minutos contra menos de sete do tucano.

Uma candidatura própria seria uma forma de apresentar uma opção de "direita moderna", segundo o deputado Saulo Queiroz declarou ao Valor Econômico.

"Se o escolhidos ainda fosse um dom Paulo Evaristo Arns, um Guga, um artista famoso ou um cientista genial, tudo bem, mas é o Álvaro Dias. Como ele, temos uns 30 ou 40 para oferecer ao PSDB", disse o senador Demóstenes Torres (GO). "Me agradaria estar do lado do Serra, mas não em qualquer condição", disse.

Com informações da Reuters, direto da Rede Brasil Atual


Reportagem de Rodrigo Gasparini

Mais de 10 mil trabalham e vivem na madrugada

Rodrigo Gasparini
Notícia publicada na edição de 27/06/2010 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 2 do caderno D - o conteúdo da edição impressa na internet é atualizado diariamente após as 12h.
Era uma das geladas madrugadas do início de junho. Quando faltavam quatro minutos para as cinco horas da manhã, uma voz feminina solta a frase mais ouvida na estreita sala anexa à Unidade Pré-hospitalar da Zona Norte: “Samu de Sorocaba, qual a emergência?” Em segundos, o tom afável torna-se preocupado. “Põe a mão na frente da boca dela, vê se você sente a respiração”, é a segunda frase. E quando a atendente fala pela terceira vez, já está transferindo a ligação para a médica de plantão, com o seguinte recado: “Doutora, ela acha que a mãe está morta”.

A médica Irma Saboya pega o telefone quase ao mesmo tempo em que a sirene é acionada. Surge na sala, então, outro médico: Charles Watanabe. Ele deixara o local havia poucos minutos, para descansar. Com a emergência, porém, retorna ao posto e libera Irma para atender o caso. A ambulância carregando três profissionais (médica, enfermeira e auxiliar de enfermagem) chega à casa no Jardim Santo André 2, onde uma mulher de 44 anos está desmaiada na cama, coração parado. A equipe rompe portão adentro e mal tem tempo de notar o agitado homem que está na calçada. De calça jeans e chinelos de dedo, ele enfrenta chorando, em desespero e sem camisa, o vento cortante que torna a sensação térmica ainda mais baixa que os 15 graus da avenida xis. É o marido, despertado no meio da noite enquanto a esposa tinha o mal súbito.

Essa foi uma das nove ocorrências atendidas pelo Samu na madrugada em que o Cruzeiro do Sul acompanhou o trabalho da unidade sorocabana do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, programa do Governo Federal, mantido na cidade pela Prefeitura. A central do Samu é um espaço simples e sem luxo: nada de aparelhos de rádio ou TV, por exemplo, que poderiam tirar a concentração. Na parede, um detalhado mapa com as ruas de Sorocaba divide o mesmo prego onde um terço está pendurado. Há dois relógios e três calendários, um estampado com a propaganda de uma papelaria e dois com imagens de Nossa Senhora. Sobre o armário, troféus pelas participações do Samu nas 24 horas de caminhada de Sorocaba. Na janela da porta, as boas-vindas são dadas por um ursinho de pelúcia.

É nesse local que funciona o coração do serviço, onde você será atendido se ligar 192. Mas há outros espaços, como o destinado ao descanso de enfermeiros, auxiliares, médicos e motoristas, além de uma espécie de sala de estar, com sofá, TV, café, leite e, naquela noite, pipoca. Os funcionários são concursados pela Prefeitura e se dividem em funções variadas. Há quem atenda às chamadas, quem fale via rádio com os médicos e enfermeiros nas ocorrências. E há sempre um médico de plantão, pronto a dar orientações por telefone aos familiares das vítimas enquanto o socorro está a caminho, além de trocar informações com as equipes que estão na rua.

As viaturas próprias do Samu são divididas em dois modelos: Alfa e Beta. A primeira é utilizada nos casos mais graves e vai com médico, enfermeiro e auxiliar de enfermagem. A segunda é para ocorrências de menor gravidade e carrega apenas o auxiliar. O serviço também é responsável por controlar as ambulâncias brancas, aquelas comuns, utilizadas somente para o transporte de pacientes.

A primeira parada cardíaca

Faltavam quatro minutos para a meia-noite quando a sirene tocou. Era o chamado para socorrer um homem de 37 anos, vítima de parada cardíaca, na Vila Barcelona. Os profissionais do Samu o encontram caído sobre o chão de lajota, na sala da casa. O trabalho é rápido e feito de maneira sincronizada, sob o comando de Irma. A equipe intuba o paciente, providencia a respiração artificial e inicia a massagem cardíaca, tudo com uma tranquilidade de chamar a atenção.

Pouco depois do Samu, chegam os Bombeiros também acionados pela família. Embora a presença de ambos seja desnecessária (“é um carro a menos na cidade”, reclamaria a médica posteriormente), um soldado acaba ajudando no trabalho. Os curiosos também chegam: quatro pessoas aparecem em menos de cinco minutos. O vizinho abre timidamente a janela e espia a movimentação na rua, o olhar assustado misturado ao sono.

Naturalmente tenso, o resgate ganha componentes que obrigam os socorristas a terem controle emocional ainda maior. Como a presença da mãe da vítima, que assiste a tudo de perto, calada, encolhida em seu casaco, a cabeça protegida pelo gorro de lã. E uma menina, de não mais que dez anos de idade. Encostada na parede do corredor que liga sala e cozinha, ela vê tudo acontecer em meio aos seus brinquedos: a boneca sentada sobre a geladeira infantil, a almofada com estampas do desenho animado Pica-Pau e os óculos infantis cor-de-rosa, repousados sobre a estante.

São detalhes que não podem ser supervalorizados por quem está na missão, mas que também não passam despercebidos. “Tinha uma criancinha lá no local, que eu pedi para sair de lado”, revelaria depois Renata Aneas, a auxiliar de enfermagem que esteve na ocorrência, referindo-se à menina. Depois de algum tempo aplicando massagem cardíaca, Renata e os outros profissionais abrem passagem para Irma usar o desfibrilador. A cena é como nos filmes. Todos se afastam e a médica encosta os aparelhos no peito da pessoa enfartada, aplicando-lhe um choque potente. A ação dá certo, os batimentos cardíacos voltam e o homem é transferido para a Santa Casa. O trabalho do Samu finda quando ele entra no hospital.

Com criança, é sempre pior

Se a simples presença da criança na ‘cena’ (que é como os socorristas chamam os locais das ocorrências) já é motivo de preocupação para os profissionais do Samu, imagine então quando as vítimas são os próprios pequenos. Pois é justamente o chamado de uma mãe que provoca momentos de tensão durante a madrugada. Às 3h25, o telefone toca e a mulher do outro lado da linha diz que o filho de quatro anos está em convulsão. A ligação é imediatamente transferida para o médico Charles, que se tranquiliza ao ouvir o choro da criança, sintoma claro de que o menino não convulsionava. “Deixa ele em pé e não dê nada para comer”, orienta, enquanto manda uma ambulância Beta para o local.

Toda a ação não dura mais do que três minutos e o caso parece ter sido solucionado sem maiores percalços. Mas a tensão volta a tomar conta da sala 15 minutos depois, pois o motorista informa via rádio que encontra dificuldades para localizar a casa da criança, no Jardim Montreal. Ao mesmo tempo, a mãe volta a telefonar várias vezes, preocupada com o estado de saúde do filho e cobrando a presença da ambulância. A situação faz com que toda a equipe que trabalha na central do Samu passe a agir no caso, seja tranquilizando e orientando a mulher ou procurando no mapa a ajuda necessária ao motorista. O alívio vem 13 minutos depois, quando o auxiliar de enfermagem chama pelo rádio e conta que o menino já passava bem e seria medicado.

“É incrível como criança mexe com o plantão, em qualquer situação. Às vezes, ela nem chegou a óbito, mas é uma coisa que todo mundo fica arrasado”, diz Renata, que já flagrou mãe e filho mortos num acidente de ônibus. Situação bem pior viveu Irma, ela mesma mãe de uma menina de quatro anos de idade. No final da madrugada do domingo em que se comemora o Dia das Mães, atendeu a um caso em que a criança se afogou e morreu sufocada enquanto dormia na cama com própria a mãe. “Já estava dura, não tinha o que fazer. Acabou o meu Dia das Mães. É contra a natureza, vai contra a lei natural das coisas, uma morte estúpida”, lamenta. Irma não conseguiu mais trabalhar naquele dia. Pediu licença, arrumou um substituto e voltou para casa.

A segunda parada cardíaca

A noite segue gelada, trazendo por consequência ocorrências minguadas e um clima tranquilo, quase entediante, entre os funcionários da central do Samu. Até que o telefone toca às 4h56, a filha suspeitando que a mãe está morta. A equipe rompe portão adentro e mal vê o homem sem camisa na porta. Ele anda de um lado para o outro e repete frases desconexas, todas tratando da possível morte da esposa. Parece querer se preparar para o pior. Não há luz elétrica no quarto do casal e quando a bateria da lanterna do Samu perde a carga, o repórter fotográfico do Cruzeiro, Erick Pinheiro, passa a iluminar o ambiente com uma pequenina lanterna que trazia consigo.

O homem entra na residência, justifica a ausência de luz (“um problema no fio”), assoa o nariz no tanque e diz para si mesmo que seria bom providenciar um lampião, embora não o faça. Pega o cigarro e retorna à calçada, mas volta em seguida para vestir uma camisa. Em momento algum entra no quarto onde a esposa recebe socorro. Elege a própria calçada como seu posto. A moça que ligara para o 192 está grávida e mora na casa com seus dois filhos: uma menina de oito anos e um garotinho de cinco. Sentada no sofá da sala, a mais velha chora e evita olhar para dentro do quarto; o caçula parece não compreender bem o que está havendo. É um misto de susto e curiosidade, denunciada por algumas espiadelas.

A notícia se espalha e começam a chegar parentes e amigos. Dentro do quarto, a equipe continua batalhando para salvar a vida da mulher enfartada. Há revezamento para efetuar a massagem cardíaca. Irma resolve, então, utilizar o desfibrilador e se repete a cena que já havia acontecido naquela madrugada. O trabalho continua até a médica pedir para que a massagem cardíaca seja interrompida. Ela olha para a tela do aparelho que indica os batimentos cardíacos. Pega a lanterna, abre o olho direito da vítima, examina suas pupilas. Repete o procedimento no olho esquerdo. Todos a observam, à espera do comando que virá a seguir. É apenas um gesto, suficiente para a equipe entender que não havia mais nada a ser feito. Irma cruza os braços da mulher e puxa o cobertor, cobrindo-a até o pescoço.

Os socorristas deixam o quarto em silêncio, carregando os equipamentos de volta para a ambulância. A moça grávida recebe a notícia abraçada aos dois filhos, a partir daquele momento órfãos de avó. Fora da casa, os tons chorosos aumentam na mesma medida em que mais pessoas chegam. O homem que acabara de perder a esposa vê a neta sofrendo e se junta à dor dela. “Vamos dar uma volta, minha filha, que isso aqui está muito feio”, diz, pondo a mão sobre o ombro da criança. Os dois saem andando em meio ao frio e à escuridão, que parece insistir para não ir embora, mesmo com a manhã se aproximando.

O trabalho do Samu termina, o abatimento é latente nos rostos do pessoal da equipe. Assim como era a alegria quando, no começo da madrugada, aquelas mesmas pessoas haviam salvado a vida de um jovem em situação semelhante. “A pior parte é as pessoas que ficam”, havia dito a médica Irma entre um e outro atendimento. “O que mexe comigo é ver o que a família sofre”, completara Renata. A ambulância retorna à base com o dia amanhecendo. É hora de se limpar, de repor o material, de descansar o que for possível. Até que a sirene toque novamente.

domingo, 27 de junho de 2010

Vídeos do Dia

Lula na tragédia do nordeste, aqui.

Lula conversa com morador desabrigado em Rio Largo, Alagoas.

Juvenil na coletiva sobre a FICAT 2010.

Esclarecimento

Este meu blog é feito a partir de um sistema gratuíto do Google, que todos conhecem.

Pois bem. O sistema permite que os meus posts sejam encaminhados assim que publico para dez endereços eletrônicos que eu escolho previamente. Então, existem dez pessoas (familiares e amigos meus) que recebem TUDO o que aqui escrevo.

Gostaria de deixar claro que se um destes dez que recebem diariamente TUDO o que publico aqui não estiverem satisfeitos com isso é só avisar que retiro do encaminhamento automático, ok?

Você pode fazer isso encaminhando uma mensagem para o meu endereço eletrônico ou mesmo deixando um comentário neste post.

Obrigado!

Censo Escolar e o Professor

Fonte: Portal iG - Priscilla Borges

A necessidade de trabalhar em muitos colégios para complementar renda não é realidade da maioria, revela Censo Escolar

Uma das grandes dificuldades apontadas por educadores de todo o País para manter uma vida digna trabalhando como professor é o salário pago à carreira. Não é raro ouvirmos que, para complementar a renda familiar, os docentes têm de trabalhar em mais de uma escola. Os dados do Censo Escolar revelam que, na verdade, essa é a realidade vivida por 23% deles. Ainda em 2007, ano em que o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pela coleta dos dados do censo, mudou as metodologias utilizadas para traçar melhor o perfil do professor brasileiro, o mito de que grande parte dos educadores do País tinha de se submeter a essa realidade foi quebrado. À época, 80,9% dos professores trabalhavam em apenas um colégio. Os números mais recentes do Inep mostram que a quantidade de profissionais que precisam circular entre duas escolas ou mais para dar aulas aumentou. Dos 23% que enfrentam essa rotina, 365.417 trabalham em duas escolas. Outros 62.985 atuam em três. E há mais 18.957 que se dividem entre quatro escolas ou mais.


Os dados também apontam para a intensidade do trabalho docente. Na educação infantil e nas primeiras séries do ensino fundamental, um único professor é responsável por acompanhar a mesma turma durante todo o turno escolar (exceto em atividades específicas, como educação artística e educação física, por exemplo). Há mais de 750 mil educadores com uma turma de alunos. No entanto, mesmo nas turmas da pré-escola quanto das séries iniciais do fundamental, há docentes dividindo-se em mais de uma turma. Na pré-escola, 47 mil dos 258 mil professores da etapa trabalham com mais de duas turmas. Nas primeiras séries do ensino fundamental, essa quantidade chega a 237.464 estão nessa situação e representam um terço dos profissionais que dão aulas nessa fase.


Perfil - Os dados do Censo Escolar 2009 revelam que a maioria dos professores brasileiros são mulheres, têm até 40 anos de idade e se consideram brancos. As mulheres representam 81,5% dos docentes brasileiros, um total de 1,6 milhões de pessoas. Na educação infantil, os homens são ainda mais raros: 3% dos quase 370 mil educadores. A cada etapa de ensino, no entanto, eles vão se tornando mais presentes. Nas séries iniciais do ensino fundamental (1º ao 5º ano), 91% do universo docente é de mulheres. Nas séries finais, a presença feminina cai para 73,4%, e, no ensino médio, para 64%.

A declaração de raça não é encarada com naturalidade pelos docentes das escolas brasileiras. Do total de 1.977.978 professores, 750.974 (38%) não declararam cor ou raça. A maioria dos que o fizeram (758.511) se enxerga como branco. Os pretos representam apenas 2,9% dos docentes e os pardos, 18%. Os indígenas são apenas 0,4% do quadro de educadores do País. Em relação à idade, o censo revela que a maioria (58%) tem até 40 anos. Os muito jovens (até 24 anos), que possuem menos experiência profissional, são a minoria: 116 mil docentes. A faixa etária que concentra o maior número de profissionais está entre 41 e 50 anos. Um estudo do Inep ainda mostra que, na rede privada, a concentração de jovens é maior. Na rede pública, os professores mais velhos dão aulas para as séries mais avançadas da educação básica.

Os Avanços Concretos do SUS

Artigo - ALBERTO BELTRAME

O Sistema Único de Saúde tem desafios importantes, como o subfinanciamento; é urgente a construção de entendimento sobre o tema.

O
SUS (Sistema Único de Saúde) consolidou-se, ao longo de duas décadas, como a maior política de Estado do país, promotor de inclusão e justiça social. Fruto de uma permanente construção coletiva, nele se manifesta o melhor da tradição política brasileira: o diálogo, a composição e a busca do acordo.

Nós, gestores do
SUS em todas as esferas de governo, a despeito de diferenças de orientação política ou ideológica, temos um ponto de convergência: a saúde pública.

Assim, a defesa intransigente do
SUS nos unifica. Cada governo ajudou a fortalecer o SUS. E a gestão do presidente Lula acumula conquistas inegáveis.

A
Saúde da Família teve sua cobertura duplicada de 2002 a 2009, atingindo 100 milhões de brasileiros. Com isso, o país reduziu em 20% a mortalidade infantil (2003 a 2008); ampliou em 125% o número de consultas de pré-natal (2003 a 2009); diminuiu a desnutrição e ampliou a adesão à vacinação.

Antes esquecidos, os cuidados em saúde bucal são um dos destaques. O Brasil eliminou o sarampo, em 2007; interrompeu a transmissão do cólera (2005) e da rubéola (2009); e a transmissão vetorial de Chagas, em 2006.

Estamos próximos da eliminação do tétano e reduzimos as mortes em outras 11 doenças transmissíveis, como tuberculose, hanseníase, malária e Aids.

O desenvolvimento de uma política para as urgências e emergências permitiu a melhor estruturação da rede. O
Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), de 2003, já atende 105 milhões de brasileiros. A construção das UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) reforça o Samu e a rede de atenção primária, contribuindo para a redução das filas nos hospitais.

Nas cirurgias eletivas, ampliou-se o conceito dos "mutirões", permitindo que os gestores locais promovam 90 diferentes procedimentos, que eram restritos a quatro no modelo anterior. Expandiu-se de 1,5 milhão de procedimentos em 2002 para 1,95 milhão, em 2009.

Foram feitas mais cirurgias de catarata em 2009 do que no auge dos mutirões, em 2002.

O número de
transplantes cresceu de 11,2 mil, em 2002, para 20,2 mil, em 2009, um salto de 80%. O SUS também se consolidou como o principal fornecedor de medicamentos. O mercado de genéricos cresceu e o número de novos registros saltou 280% em sete anos.

Além disso, foi criada a
Farmácia Popular, ação de governo mais bem avaliada pela população.

O
SUS tem desafios importantes, sobretudo o subfinanciamento. É urgente a construção de um entendimento nacional sobre o financiamento. A despeito disso, a atual gestão tem corrigido iniquidades regionais. Os repasses financeiros para procedimentos de média e alta complexidade aumentaram 137% entre 2003 e 2009.

Na direção da equidade, o aumento foi maior nas regiões Norte (298%) e Nordeste (240%). Estamos cumprindo o compromisso de fazer mais e melhor.

É inegável o esforço deste governo para legar um
SUS mais organizado, integrado e com bases de sustentação que permitam ao país oferecer serviços de melhor qualidade aos brasileiros.

ALBERTO BELTRAME, médico e administrador hospitalar, mestre em gestão de sistemas de saúde, é secretário nacional de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde.

CEMUS VI Tem Seu Blog

É com alegria que passei a seguir a partir de hoje o BLOG DO CEMUS VI.

Escola de nossa rede municipal, localizada no Jd. D'Icarai, passa a compor-se no mundo digital com seu blog, que já tráz notícias e fotos bastante interessantes.

Aqueles que forem para lá, poderão ver, entre outras coisas, o belo projeto da escola chamado de PROJETO BIODIGESTOR.

Parabéns Diretora Cléo e toda sua equipe. Bela iniciativa.

Convido a todos e todas a seguir o BLOG DO CEMUS VI.

Vice de Mercadante

Está decidido: o PT confirmou ontem a candidatura do senador Aloizio Mercadante a governador de São Paulo e do professor Antônio Clóvis Pinto Coca Ferraz para vice-governador. Ferraz é um ex-tucano frustrado com os rumos do PSDB e filiado ao PDT há um ano.

O nome do companheiro de chapa de Mercadante foi anunciado ontem pelo deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, presidente estadual do PDT, depois que divergências internas inviabilizaram a indicação do deputado estadual Major Olímpio, do ex-prefeito de São José do Rio Preto Manuel Antunes, da presidente do Sindicato das Costureiras de São Paulo, Eunice Cabral, e do ex-prefeito de Araçatuba Carlos Sanches Hernandes.

"Não havia consenso dentro do próprio PDT quanto aos demais nomes, e o PT queria chegar à convenção com isso já definido", explicou Paulinho. O dirigente pedetista acredita que Coca Ferraz pode cativar o eleitorado do interior do estado. Para o PT, a candidatura de uma autoridade na área de transporte, como é Ferraz, facilita a tarefa de criticar o preço abusivo
dos pedágios nas rodovias paulistas, um dos calcanhares-de-aquiles da gestão tucana.

"Nós havíamos pedido uma lista maior de nomes para o PDT e achamos que o currículo do Coca é muito bom", afirma o coordenador da campanha de Mercadante, Emídio de Souza.

Engenheiro, o candidato a vice-governador foi vice prefeito e secretário de Planejamento de Araraquara e é professor da Unesp de São Carlos, com especialização na área do trânsito e transportes. Ferraz concorreu a deputado federal pelo PSDB, em 2002, e teve 40.000 votos. Em 2008, deixou a sigla rumo ao PTB e se transferiu, em 2009, para o PDT.

Na entrevista em que foi anunciada sua candidatura, Coca Ferraz críticou a linha ideológica adotada pelos tucanos. "O PSDB a que eu me filiei era um partido de esquerda, com lideranças como o Mário Covas. Hoje, é um partido que caminha cada vez mais para a direita", atacou.

Fonte - Brasilia Confidencial No 271

Artigo

O QUE SOBROU

Robson Barenho - Brasilia Confidencial No 271

Desprezado pelo PSDB do Paraná, que o descartou como candidato a governador, o senador Álvaro Dias foi consolado pelo comando nacional tucano, que o tornou líder da bancada. Agora, os próprios líderes nacionais do PSDB decidiram submeter Dias a algo equivalente, nesta altura, a uma punição: é ele o escolhido pelo partido para companheiro de chapa do candidato à Presidência, José Serra.

O que assemelha essa escolha a um castigo é o fato de que a eleição presidencial já está perdida pelas oposições ao Governo Lula. Está perdida porque mais de 70% do eleitorado aprova o governo, porque mais de 80% dos eleitores aprovam o desempenho de Lula, porque essa maioria deseja a continuidade do governo e porque a candidata que representa essa continuidade desejada é Dilma Rousseff. Outros argumentos, por mais respeitados que sejam ou possam ser seus autores, formam um trololó.

É verdade que a campanha e o candidato das oposições, dissimuladas ou declaradas, têm favorecido a candidatura governista. Mas, em essência, seria surpreendente que as oposições fizessem uma campanha certa ao fim de oito anos de múltiplos equívocos de avaliação e de comportamento sobre os interesses da maioria da população e do eleitorado. Seria surpreendente que as oposições conseguissem construir com a maioria dos eleitores, numa campanha, a sintonia que não souberam ou não quiseram perseguir ao longo de quase uma
década. De oposições desatentas aos interesses da maioria seria exigir demais uma campanha atenta a esses interesses.

Daí, o quadro formado agora já não parece mais desafiar o PSDB e seus aliados a vencer a eleição, mas a evitar que a sucessão presidencial seja decidida já no primeiro turno. Não é incomum que políticos carismáticos sejam avaliados positivamente por muito mais gente do que os governos que comandam. Mas não é isso o que as pesquisas de todos os institutos estão apontando no Brasil. O que a maioria dos eleitores está dizendo nas pesquisas não é que o presidente é bom, mas o governo é ruim. O que a maioria do eleitorado está dizendo é que o problema eleitoral das oposições não é só Lula, mas também o Governo Lula.

Lula assumiu o governo com o compromisso e o objetivo estratégico prioritário de favorecer o crescimento econômico e a distribuição de renda. Sua administração acumulou acertos e erros em diversos momentos e áreas, mas nem o candidato oposicionista se anima a desqualificá-la, senão pontualmente. Por isso a proposta dele, sincera ou não, é fazer mais. Como essa é a mesma proposta da candidatura governista, a escolha do eleitor fica facilitada.

Esse é o cenário em que o PSDB escolheu o senador paranaense Álvaro Dias como candidato a vice-presidente. Dispensando o DEM, parceiro de todas as horas, o partido de Serra formou a “chapa pura” que antes cogitou formar com o ex-governador mineiro Aécio Neves, com o senador cearense Tasso Jereissati e com o senador pernambucano Sérgio Guerra. Como todos recusaram a vaga, sobrou para Álvaro Dias, representante de um dos três estados da única região – Sul - em que as pesquisas ainda atribuem a Serra alguma vantagem sobre Dilma.

sábado, 26 de junho de 2010

Justiça? SUS Ameaçado.

Cidades gaúchas tentam barrar serviço pago no SUS

STF decidiu que hospital público aceite pagamento por atendimento melhor

Outras ações do CRM do RS buscam estender a cobrança por privilégios a outros municípios, que são contra a ideia

GRACILIANO ROCHA
DE PORTO ALEGRE

Prefeituras do Rio Grande do Sul ensaiam uma rebelião contra decisão inédita do Supremo Tribunal Federal que permite a pacientes pagar para ter privilégios no atendimento do SUS (Sistema Único de Saúde).

O governo do Estado e as 12 maiores cidades gaúchas são alvo de uma ofensiva do Conselho Regional de Medicina do RS que busca, no Supremo, obrigar o sistema público a operar com a chamada "diferença de classe".

Trata-se da possibilidade de pacientes pagarem uma diferença para obter acomodações melhores em hospitais públicos. Médicos também poderão cobrar pelo serviço diferenciado.

ntidade que representa os médicos já obteve vitória em uma das ações movidas.

Em dezembro de 2009, o ministro do STF Celso de Mello decidiu que o Hospital Filantrópico São José, em Giruá (474 km de Porto Alegre), poderia cobrar pelo atendimento diferenciado no SUS.

Com 18 mil habitantes, a cidade se tornou símbolo da controvérsia sobre a igualdade entre usuários no sistema e detonou uma mobilização de municípios e Ministério Público contra privilégios.

O prefeito de Giruá, Fabiam Thomas (PDT), anunciou que não cumprirá a decisão porque ela permite que pacientes com poder aquisitivo maior furem a fila de internações no hospital ao serem encaminhados por médicos não credenciados pelo sistema público.

"A diferença de classe na saúde pública é inconstitucional e criminosa. Vamos tentar quebrar essa decisão e estamos preparados para não facilitar o cumprimento, pagando a multa", afirmou.

MULTA

A desobediência custará R$ 500 por dia ao município. Diante do impasse, pessoas que podem pagar terão que ir à Justiça para ter o benefício.

O objetivo do prefeito é tornar, na prática, esse privilégio mais demorado do que a fila do SUS.

Giruá vai ainda ingressar com uma ação rescisória, questionando alguns pontos da decisão de Celso de Mello.

"A imoralidade da cobrança suplementar, hoje praticamente extinta, vai voltar com tudo. Médicos poderão cobrar do paciente e do SUS", avalia Carlos Casartelli, o secretário da Saúde de Porto Alegre.

"Se a decisão se alastrar, significa o fim da equidade do sistema e do próprio SUS", diz Cesartelli.

Os municípios com gestão plena do SUS articulam um lobby contra o privilégio.

No próximo dia 8, secretários, promotores e conselheiros de saúde vão se reunir com o vice-presidente do STF para entregar um memorial contra a medida.

Fonte - Nassif

Crise Tucana?

Alvaro Dias vira “fogo-amigo” tucano e abre crise com o DEMos

O DEMos entraram em pé de guerra com os tucanos, com a indicação de Álvaro Dias (PSDB/PR) para vice.


Rodrigo Maia (DEMos/RJ) e Jorge Bornhausen (DEMos/SC), vetaram a indicação tucana. Alegam que, se os tucanos querem resolver o palanque do Paraná, que lancem Beto Richa para o senado, e componham com o irmão de Alvaro Dias para governador.

Ronaldo Caiado (DEMos/GO) diz que “Isso é uma agressão completa aos Democratas”. Em seu twitter está detonando:

“… Com um aliado desse, o Democratas não precisa de inimigo. Vou defender dentro da executiva o fim da aliança com o PSDB…

… O Democratas soube da possível escolha de @alvarodias_ pela imprensa. Não tiveram coragem de nos comunicar…

… Se na campanha nos tratam assim, imaginem se o PSDB ganhar a campanha? …”

Cabra marcado para perder

A indicação de Alvaro Dias pela própria cúpula tucana, está com forte cheiro de fogo amigo.

Os adversários internos de Serra dentro do PSDB, estariam usando o Paraná para levar Serra a uma derrota acachapante, que reduzisse a liderança e influência dele dentro do PSDB a zero, depois de 2011.

Só isso explica políticos experientes como Aécio Neves, Tasso Jereissati, Geraldo Alckmin apoiarem o nome de Álvaro Dias, que, todos sabem, não agrega nada à candidatura de Serra, pelo contrário, ainda isola mais e espanta apoios.

Uma chapa José Serra – Alvaro Dias, é a chapa dos sonhos dos aliados de Dilma. Praticamente assegura vitória no primeiro turno.

Esse negócio de puro-sangue, abre caminho para as bases dos partidos de oposição traírem Serra, sem qualquer cerimônia. Sectária, isola o eleitorado de Serra aos anti-Lula irremediáveis. Abre uma fenda não só entre o Norte/Nordeste e o Sul, mas reforça a imagem do “paulicentrismo” com a escolha de um vice vizinho de São Paulo (do Paraná), colocando todo o resto do Brasil sub-representado. Até mesmo outros estados do Sul, como o RS, estão cansados da concentração de poder nacional em São Paulo.

Abre crise até onde menos se esperava: com o DEMos, que perdeu muito cacife eleitoral, mas ainda tem um grande horário na TV.

Os punhais dentro do PSDB andam afiados. Não querem apenas que Serra perca. Querem que a derrota seja acachapante, para que ele não seja candidato nem a vereador de São Paulo, nas eleições de 2012.

Fonte - PHA

312 Anos Cheio de Presentes!!!

Estamos no mês de comemoração do aniversário de nossa cidade. E as boas notícias vão se acumulando de forma extremamente positivas. Neste mês de junho, várias entregas e notícias muito importantes para todos nós saltenses. Tentando resumir:

O fim do martírio que tinhamos no centro da cidade: uma cadeia pública que abrigava mais que o dobro de sua capacidade, colocando todos os moradores da região central em polvorosa toda vez que se falavam de fugas. Além disso a desumanidade de abrigar em um local pequeno e que em sua origem deveria ser transitório, um número de pessoas que o mesmo não comportava por um tempo não previsto na lei. Se foram os anos de pressão por sobre o governo estadual ou se foi o vexame que o mesmo governo passou depois dos acontecimentos em uma de nossas delegacias, não importa. O que importa é que essa vergonha provocada pelo descaso da política de segurança estadual, acabou.

O presente recebido e formalizado em um documento de intenções, da construção de mais uma unidade do Instituto Federal de São Paulo na área da fazenda Rancho Feliz a ser doada pela empresa proprietária ao município, que disponibilizará ao IFSP para a construção. Neste não tem como deixar de registrar o forte empenho de nossa administração conjugados com a deputada Iara Bernardi e o governo federal, de Lula e seu ministro da educação Fernando Haddad. Muito bem lembrado pela deputada e registrado pelos nossos jornais, a federalização do IFSP unidade Salto ocorrida no ano de 2005 pelo presidente Lula, abriu os caminhos para a grande ampliação do ensino técnico e tecnológico federal em todo o país. E Salto teve participação determinante nesse fato.

A entrega da Av. Brasília, ocorrida na noite de ontem é mais um marco nos inúmeros feitos desta administração no que diz respeito a recuperação da auto estima de todos os saltenses. Aliada a várias outras obras viárias já entregues, esta vem se somar à grande transformação ocorrida no desenho de nossa cidade. E como diz nosso prefeito, desafios ainda existem e todos estamos prontos a encará-los.

Duas novas áreas de lazer: a do Salto de São José, entregue hoje e a do Jd. Bom Retiro a ser entregue amanhã, vem coroar a visão de que todos queremos uma cidade linda e aberta à sua população. Lugares agradáveis e de boa convivência todos queremos e merecemos.

O Telecentro Comunitário, em parceria com o governo federal e a ampliação do CEMIP também vem compor o rol de presentes recebidos pela nossa cidade em seu aniversário.

E hoje a noite a entrega do PAVILHÃO DAS ARTES: espaço tradicional de nossa cidade que recebe uma nova roupagem. A antiga Concha Acústica, de memoráveis acontecimentos, dá lugar a uma moderna arquitetura e paisagismo que privilegia a visão de todo o complexo ali existente, tendo como objetivo maior a visão de nossa cachoeira, que dá o nome à cidade. Não tenho como deixar de lembrar de Merlin, nosso querido amigo e companheiro de velhas e atuais lutas políticas. Esse era o seu grande sonho enquanto arquiteto que ama e pensa sua cidade: a visão privilegiada de quem dá nome à nossa cidade. Não conseguimos, Merlin, fazer como você pensou, é verdade. Mas tenha certeza de que são suas idéias as grandes inspiradoras de todas essas mudanças no Complexo da Cachoeira.

Espero não ter esquecido de nenhum acontecimento. Claro, as comemorações ocorridas no dia 16 de junho (dia do aniversário) no CEC Anselmo Duarte e no último domingo, com o desfile cívico ocorrido no Convívio D. Pedro II. Na primeira, a homenagem aos trabalhadores da prefeitura e ao grande historiador Ettore Liberalesso. E na segunda, a homenagem de nossas escolas à cidade. Destaque todo especial à Banda Marcial de nossa cidade - um sonho idealizado há três anos atrás e que hoje é uma realidade que encanta todos os saltenses.

Hoje, depois de seis anos de intensos trabalhos, tendo nosso prefeito Geraldo Garcia e nosso vice, Juvenil Cirelli à frente, podemos dizer com toda certeza e força: SALTO, TERRA DE QUE POSSO ME ORGULHAR!!!


quinta-feira, 24 de junho de 2010

Folha e a Pesquisa IBOPE

Acreditem se quiser, mas vejam só o conteúdo da divulgação da folha.com sobre a pesquisa divulgada ontem pelo IBOPE:

DE SÃO PAULO

Um dia depois da divulgação da pesquisa CNI/Ibope mostrando, pela primeira vez, a presidenciável Dilma Rousseff (PT) com vantagem sobre o tucano José Serra, a vereadora Mara Gabrilli (PSDB) usou o Twitter para alfinetar a petista.

"Você confiaria seus filhos para Dilma de babá?", questiona a parlamentar em sua página no Twitter.

Segundo a pesquisa, Dilma lidera a disputa com 40% das intenções de voto. José Serra (PSDB) tem 35% e Marina Silva (PV), 9%.

A margem de erro é de dois pontos percentuais, para cima ou para baixo. Em um eventual segundo turno, Dilma também bate Serra por 45% a 38%, de acordo com o levantamento.

A frase de Mara Gabrilli lembrou a campanha de 2008 em que a ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy (PT) questionou se o prefeito da capital, Gilberto Kassab (DEM), era casado ou tinha filhos.

Na ocasião, Marta acabou se desculpando pelo episódio ao dizer que "não foi legal".

PRECISA COMENTAR??? folha - não dá pra ler......

Fonte - Nassif

Video do dia!

O video de hoje vem do youtube e é sobre o movimento DIA SEM GLOBO, que será amanhã, dia 25 de junho de 2010.


Veja e participe.

População Derruba Projeto

Depois de três tentativas fracassadas, o Governo Yeda Crusius (PSDB) desistiu de exigir de sua base parlamentar a votação do polêmico projeto da venda de 74 hectares de área pública em Porto Alegre e anunciou a retirada da proposta da Assembléia Legislativa.

Percebendo um recuo na sua própria base de sustentação, a administração tucana jogou a toalha. Nas últimas semanas, a iminência da votação – e da aprovação – do projeto, levou seis comunidades carentes, ambientalistas e sindicalistas a se mobilizarem contra o que definiram como “a venda do morro Santa Teresa”. Em todas as sessões em que a proposta esteve na pauta, os manifestantes tomaram as galerias do plenário pressionando os parlamentares.

O governo estadual pretendia obter autorização para negociar o terreno mais cobiçado da capital
gaúcha, que hoje sedia a Fundação de Atendimento Sócio-Educativo (Fase), antes conhecida como Febem/RS. Sua intenção era se desfazer dos 74 hectares no morro Santa Teresa através de venda ou permuta. Em frente ao estádio Beira Rio, com acesso rápido ao centro da cidade, o local é privilegiado pela natureza: situado em uma encosta, dele se descortina uma ampla visão do rio Guaíba, das ilhas do delta do rio Jacuí, das regiões central e sul de Porto Alegre. O argumento do Executivo era de que, sem negociar a área, não seria possível descentralizar a Fase e implantar nove casas de atendimento no interior para melhorar o atendimento aos menores.

Em contrapartida, os moradores das seis comunidades do morro temiam ser desalojados, enquanto os ambientalistas denunciavam que 23 dos 74 hectares que seriam postos à venda eram de proteção ambiental. A eles se juntaram os funcionários da Fase, também insatisfeitos
com a alteração.

A oposição agregou mais um problema: Yeda pretendia vender a Fase por R$ 79 milhões, uma pechincha para os especuladores imobiliários já que a área valeria, no mínimo, dez vezes mais. Sob a sombra de uma possível negociata, a pressa na venda já havia sido questionada também por outras instituições, entre elas o Tribunal de Justiça, a Defensoria Pública, o Sindicato
dos Engenheiros, o CREA e a Câmara de Vereadores da capital.

Fonte - Brasilia Confidencial No 269

Pesquisa IBGE Sobre Renda e Consumo.

O aumento do emprego, dos salários e da renda média dos brasileiros, durante o Governo Lula, fez crescer o número de famílias que chegam ao fim de cada mês com alimentos em casa e alguma parcela de salário no bolso. Em resumo, é isso o que informa a Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008/2009, divulgada ontem pelo IBGE depois de visitar 56.000 moradias urbanas e rurais entre maio de 2008 e maio do ano passado.

Leia, abaixo, as principais conclusões apontadas pelo IBGE:

A parcela de famílias que avaliam ter alimentos suficientes no fim do mês aumentou de 53%, em 2003/2004, para 64,5%, em 2008/2009. Mas, enquanto no Norte e no Nordeste metade das famílias reclamaram da insuficiência de alimentos, no Sul essa reclamação foi feita por 23% das famílias e, no Sudeste, por 29%.

75% das famílias disseram ter “algum grau de dificuldade” para chegar ao fim do mês com a própria renda. Entre as famílias de renda mensal de até R$ 830, 88% indicaram alguma dificuldade e 31,1%, muita dificuldade. Já entre as famílias com renda superior a R$ 10.735, apenas 2,6% contaram ter algum grau de dificuldade.

As despesas com transporte aumentaram e passaram a formar, como a alimentação, 16% dos gastos das famílias. Comparativamente a 2002-2003, os gastos com alimentos caíram enquanto as despesas com transporte cresceram. Segundo o gerente da pesquisa, Edilson Nascimento, o aumento das despesas com transportes pode estar ligado à variação de preços dos combustíveis e também ao crescimento do número de pessoas que, por obterem emprego, incluíram o gasto nas despesas familiares.

Cresceram as despesas com moradia nas áreas rurais. Elas passaram a representar mais de 30% dos gastos das famílias. Segundo o IBGE, esse crescimento é conseqüência do maior acesso da população ao setor de serviços, como telefonia, e também do aumento de despesas com móveis e
eletrodomésticos, entre outros bens.

As famílias que moram em cidades da Região Sudeste são as que mais gastam com alimentação fora de casa. São mais de R$ 172 por mês, mais do que o dobro do que é gasto no Nordeste (R$ 81,23).

As despesas com assistência à saúde variam de acordo com a renda. Famílias com rendimento de até R$ 830 gastam mais com remédios (4,2%) do que com plano de saúde (0,3%). Nas famílias com renda superior a R$ 10.375, o percentual de gasto com remédio é de 1,9% da renda total e de 2,4%, com planos.

É no Distrito Federal que o IBGE identificou a maior despesa média mensal por família: R$ 3.963. Esse valor é mais de 50% superior ao gasto médio das famílias brasileiras, de R$ 2.626. Ao Distrito Federal seguem-se Santa Catarina (despesa mensal de R$ 3.509) e Rio de Janeiro (R$ 3.386). Alagoas (R$ 1.223), Ceará (R$ 1.431) e Maranhão (R$ 1.466|) são os estados onde as famílias têm a menor despesa média mensal. Os três estão no Nordeste, região em que o valor médio das despesas familiares mensais (R$ 1.700) equivale a pouco mais da metade das despesas no Sudeste (R$ 3.135).

Inversamente ao que constatou em 2002-2003, a pesquisa identificou em 2008-2009 que as famílias reduziram os valores destinados às despesas correntes e às despesas de consumo.

O IBGE identificou crescimento das despesas para compra de imóveis e títulos e também dos gastos para pagamento de dívidas. O aumento de ativos ocorreu especialmente no Sul, por causa do crescimento da renda. E a redução das dívidas foi mais expressiva nas regiões Norte e Nordeste.

As despesas dos mais ricos são quase dez vezes mais altas do que as dos mais pobres. Entre os pobres, o gasto médio mensal por pessoa é de R$ 296,35; entre os ricos, chega a R$ 2.844,56.

É no Sul que, tanto os mais ricos quanto os mais pobres, têm despesas mais altas. Naquela região, a despesa média mensal por pessoa nas famílias pobres é de R$ 406; nas famílias ricas, alcança quase R$ 2.800. Os menores valores estão no Nordeste: R$ 233, entre os mais pobres, e R$ 2.094, na parcela mais rica.

Fonte - Brasilia Confidencial No 269

Globo Agora Mira a UOL

As Organizações Globo distribuíram nesta quarta-feira comunicado em que acusam o UOL de usar indevidamente imagens da Copa do Mundo de futebol, que está sendo disputada na África do Sul.

Assim como já respondeu aos advogados da emissora na semana passada, quando o UOL recebeu notificação, o portal segue estritamente a legislação brasileira que garante o direito do público à informação.

No caso de eventos esportivos como a Copa do Mundo, a Lei Pelé permite a todos os meios de comunicação a utilização jornalística de vídeos desde que tal exibição se restrinja a 3% do tempo total de cada evento. Essa regra é respeitada pelo UOL.

Na semana passada a Rede Globo, que comprou os direitos de transmissão em território brasileiro, e a Fifa, dona dos direitos comerciais da Copa do Mundo, notificaram o UOL alegando que o “portal utiliza irregularmente os vídeos da Copa”. Tanto a Rede Globo como a Fifa receberam resposta formal do UOL esclarecendo que o portal exerce o direito público de informar conforme as garantias constitucionais e da Lei Pelé.

A Rede Globo, ciente da existência da Lei Pelé, alega que o fato de o UOL manter os vídeos disponíveis após 48 horas da realização dos jogos resultaria em perda do caráter jornalístico do conteúdo. Entretanto, não existe nenhum respaldo jurídico na afirmação de que uma cobertura jornalística perca seu caráter jornalístico em 48 horas.

Sempre que reproduz imagens de qualquer emissora em suas videorreportagens, o UOL dá créditos ao autor das imagens. O mesmo tem acontecido nesta cobertura da Copa.

Não é a primeira vez que a Globo, que funciona sob concessão pública, tenta impedir o UOL de informar seus usuários, ignorando a legislação vigente no Brasil e o óbvio interesse público na cobertura jornalística da Copa do Mundo.

Em 2005, durante o Campeonato Brasileiro, a emissora chegou a obter liminar para impedir o UOL de veicular resumos da competição de futebol. A liminar, porém, foi cassada.

No Congresso, a Rede Globo tem feito este ano lobby ostensivo para reduzir as garantias da Lei Pelé. Seu objetivo é obrigar todos os veículos de comunicação do país a depender exclusivamente do envio de imagens selecionadas por ela, além de reduzir o tempo limite de exibição de imagens de 3% do total do evento para um máximo de 90 segundos.

Esta semana, o portal iG também passou a usar trechos de jogos da Copa do Mundo em sua cobertura. Procurado pela reportagem do UOL, o grupo preferiu não se manifestar. O comunicado distribuído nesta quarta pela Globo não menciona o iG.

Fonte - UOL

Nossa!!! Que Propaganda!!!

Estou aqui, chegando em casa agora depois de um dia longo e produtivo, abrindo meus espaços virtuais e ouvindo ao longe o programa eleitoral gratuíto do PTB.

E o candidato tucano a presidente, apoiado pelo PTB, esbravejando uma série de coisas que, segundo ele, fez. É de impressionar. Tudo que existe de bom nesse país passou pelas suas mãos. A voracidade e ferocidade com que afirma determinados pontos nos levam a indagar: se ele fez tudo isso, por que o povo brasileiro o está trocando gradativamente pela candidata do PT, conforme mostraram as pesquisas divulgadas ontem?

E abrindo o BRASILIA CONFIDENCIAL de hoje (No 269) deparo-me com a seguinte notícia:

SINDICATO PROCURA OITO HOSPITAIS QUE SERRA DIZ TER CRIADO.

O Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde no Estado de São Paulo declarou-se ontem à procura de oito dos dez hospitais que, pela propaganda eleitoral do PSDB e de José Serra, foram construídos pelo governo estadual entre 2007 e este ano. "Que a gente saiba, tem só dois hospitais que daria pra chamar de novos: o Instituto do Câncer Octávio Frias (inaugurado em 2008, dentro do Hospital das Clínicas) e o Centro de Reabilitação Lucy Montoro (de 2009)", afirma o diretor do sindicato, Ângelo D'Agostini.

De acordo com o dirigente sindical, as peças publicitárias tucanas estão “bombando” a lista com instituições filantrópicas. "São hospitais com quem o Governo Serra fez parceria, mas não são novos, apenas obras e instituições que o governo encampou. No máximo, o governo estadual pode ter reformado estes lugares."

Outro dado artificial, segundo o sindicato, é o número de Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs) do Estado. A propaganda tucana promete que 40 unidades serão entregues à população até o fim deste ano. “Não procede”, acusa o diretor do Sindsaúde. "Se pegar a lista desses hospitais, não tem nenhuma AME novas, mas sim ambulatórios ou núcleos de gestão assistencial que já existiam e foram mexidos", denuncia D’Agostini.

Como exemplos de maquiagens nesse sentido, ele cita as AMEs das cidades de Votuporanga e de Marília. "Eles só colocaram mais especialidades, reformaram e mudaram os nomes".

Então....

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Video Para Rir....

Vamos então rir com as coisas do Dunga, globo, CBF e copa......

Vejam o video neste post.

INCRA Com Medo?

O Conversa Afiada recebeu do amigo navegante João o seguinte e-mail:

Essas informações foram obtidas de forma reservada da própria procuradoria do INCRA. E olha que o tal “fazendeiro” (DANIEL DANTAS) tem apenas 56 fazendas compradas na região nos ultimos três anos..

E três delas estão ocupadas por diversos movimentos sociais na região: MST, Fetraf e STR.

ÁREAS DE DANIEL DANTAS

1 – Aproveitando-se da ocasião em que tramita o processo na Justiça Federal de São Paulo contra o banqueiro Dantas, a Procuradoria do Incra pediu, formalmente, para vistoriar as áreas dele nos Estados de MT, SP e PA, e o pedido foi deferido pelo Juiz Fausto De Sanctis;

2 – Com a autorização judicial para vistoriar, o Incra tentou se mover nessa direção, porém, houve todo um contra ataque do Dantas, representado por seu advogado Diamantino. A chefe da Procuradoria da Superintendencia Regional de Marabá (aonde estão localizadas as fazendas ) enfrentou os advogados de Dantas em audiência na Vara Agrária de Marabá, citando-os para a vistoria, conforme exige o procedimento. Após, essa audiencia, estranhamente um ministro do Supremo – quem seria ? – ligou para o Ministro do Ministério do Desenvolvimento Agrário, reclamando da Procuradora. Este falou para o Presidente do Incra que então repassou a pressão para a Procuradoria do Incra.

3 – Existe a decisão judicial que autoriza o Incra a vistoriar as áreas. Se não o fizer logo, podem derrubar a decisão. O problema é que a Sup. Regional do INCRA de Marabá de três uma, ou as três juntas: ou não tem competência, ou não tem força política, ou não tem vontade de fazer.

Dunga e o Tijolaço

Não sei até onde todos estão acompanhando a briga instalada entre Dunga, a CBF e a globo. Também não sei até onde isso tudo mudará nossas vidas ou mesmo a relação promiscua que a globo tenta impor a tudo e a todos.

Mas tem um blog que acompanho e cada dia mais admiro, chamado TIJOLAÇO. É do deputado federal Brizola Neto - exato, neto do Leonel Brizola. Ele tem uma linha muito interessante.

Hoje ele publica dois posts falando sobre o assunto. Um deles comentando editorial do jornal globo, onde fica evidente a perseguição (por motivos óbvios) sobre o técnico da seleção, que também não é nenhum santinho, mas é um contra um conglomerado. Veja aqui.

No outro, ele comenta um artigo da folhona que tenta relativizar a briga, mas acaba jogando toda a ira sobre o técnico da seleção, numa clara demonstração de cumplicidade com a globo. Veja aqui.

Dilma Na Frente No IBOPE

Hoje saiu mais uma pesquisa. E o que vinhamos comentando aqui sobre as tendências aconteceu mais rápido do que se esperava: Dilma já está a frente no primeiro e no segundo turno. E o detalhe: a pesquisa é do IBOPE. Ou seja, de quem apostou no final do ano passado que Dilma jamais ganharia as eleições.

Mas vamos aos números maravilhosos:

Primeiro Turno:
Dilma - 40%
Serra - 35%
Marina - 9%

Segundo Turno:
Dilma - 45%
Serra - 38%

Expontânea:
Dilma - 22%
Serra - 16%
Lula - 9%
Marina - 3%

Perceberam a expontânea? Se somarmos a Dilma e o Lula temos praticamente o dobro dos votos ao Serra. Que coisa, heim? E o tucano está aparecendo direto na TV. Nenhum analista poderá dizer que a Dilma esteve mais exposta.... né?

Mas precisamos ficar atentos e vigilantes. Evidente que eles não aceitarão essa realidade passivamente. Tentarão de todas as formas reverter esse quadro. E tempo para isso eles tem. Então, precisamos cada vez mais trabalhar para solidificar a candidatura de Dilma, até para conquistarmos também o nosso estado.

E a mesma pesquisa fez uma avaliação do governo Lula. A coisa continua muito boa. O governo Lula é aprovado por 75% da população. Somente 3% consideram seu governo ruim. Maior cabo eleitoral que esse ninguém jamais terá.

DILMA PRESIDENTE!!!
MERCADANTE GOVERNADOR!!!

terça-feira, 22 de junho de 2010

Desnutrição Infantil no Brasil Cai 62%

Estudo do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional do Ministério da Saúde constatou que a taxa de desnutrição caiu cerca de 62% em crianças menores de cinco anos no Brasil entre 2003 e 2008. Com isso, a taxa passou de 12,5% (2003) para 4,8% (2008). O mesmo estudo constatou que o déficit de altura por idade também baixou de 20% para 14%. Os indicadores de desnutrição infantil referem-se aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) e foram divulgados no Seminário Nacional de Alimentação e Nutrição que vai até a próxima quinta-feira (24/6), em Brasília. O seminário tem como um dos principais pontos a dicussão e revisão da Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN), com a participação do governo e especialistas.

Mais informações no Blog do Planalto


Carta de Paraisópolis

Carta aberta ao Governador Alberto Goldman

São Paulo 21 de Junho de 2010.

Ao Governo do Estado de São Paulo
Governador Alberto Goldman

Senhor Governador,

Na última semana a cidade de São Paulo foi surpreendida por duas informações extremamente graves. A primeira de que o Estado de São Paulo está nesse momento fora da Copa do Mundo, pela exclusão do estádio do Morumbi, e a segunda, aparentemente por conseqüência da primeira, que a extensão da Linha Ouro do metrô para as estações do Morumbi e Paraisópolis será adiada para possibilitar a extensão da Linha Laranja que chegará a Pirituba, onde se pretende construir um novo estádio.

Apesar de estarmos ansiosos para torcer pelo heptacampeonato brasileiro em nossa cidade, consideramos que este problema, como já opinaram o prefeito Gilberto Kassab e o presidente Lula, será resolvido, por conta da enorme importância econômica e social que nosso estado tem para o país. O adiamento por prazo indefinido para a expansão do metrô na zona sul, no entanto é fato gravíssimo com conseqüências sociais grandes.

Durante muitas décadas o estado teve a equivocada avaliação de que a região do Morumbi não necessitava de transporte coletivo pelo seu caráter elitizado. Tapava os olhos para o fato de nossa região contar com quase 300 mil moradores, a maior parte deles vivendo em comunidades carentes como o Paraisópolis e Jardim Colombo. Na verdade, a política de fundo era as seguidas tentativas de remoção completa destas comunidades, tal qual as políticas higienistas e do apartheid em outros tempos e lugares. Essa visão foi abandonada a partir da urbanização de nossa comunidade e a construção de escolas, avenidas e conjuntos habitacionais. Falta ainda, a construção do Hospital Regional de Paraisópolis que também é prioridade para a comunidade.

O transporte coletivo, no entanto ainda não chegou até o Morumbi. Quem não tem carro se vira com lotações, bicicletas, motos, ônibus que demoram horas para sair e são obrigados a fazer itinerários circulares para chegar a todos os destinos que precisamos. A isso se juntam os carros dos imensos condomínios, e os engarrafamentos nos tomam horas todos os dias. Provavelmente não existe em nossa cidade região com o trânsito tão caótico, mal planejado e nocivo aos direitos dos cidadãos como o Morumbi.

A chegada do metrô começaria a desafogar esta realidade, e deveria ser acompanhada por corredores de ônibus e a multiplicação, pelo menos em dez vezes o número de linhas dedicadas a região. No entanto, com a exclusão do Morumbi da Copa, o metrô anunciou que as estações previstas para 2013 estão adiadas por tempo indeterminado! Nos unimos a uma lista de dezenas de novas estações previstas até 20 anos.

Portanto, em nome da comunidade de Paraisópolis, e em sintonia com todos nossos vizinhos do Morumbi e região, das mais diferentes classes sociais, afirmamos que está sendo cometido um crime contra 300 mil moradores. Não é possível sermos informados via imprensa, jogar no lixo todo o debate que envolveu governo, metrô, lideranças comerciais e sociais de nossa região, por mais de 30 anos, e avisar pela imprensa, que o compromisso assumido e assinado com a nossa comunidade não será cumprido. Nós já pagamos por décadas a ausência do estado nesta região, e embora seja importante trazer a Copa para São Paulo, exigimos que quem pague a conta para isso seja o governo, e não o povo do Morumbi.

Que os investimentos aumentem um pouco, e se expandem em paralelo a linha ouro e amarelo. Não abrimos mão do metrô em nossa região. Por isso, convocaremos ao lado dos mais de 20 deputados estaduais com trabalho em nossa região, com a participação de dezenas vereadores, deputados federais e senadores uma audiência pública na Assembléia Estadual e contamos com a presença dos representantes do metrô para discutir o assunto.

Atenciosamente,

Gilson da Cruz Rodrigues
Presidente da União dos Moradores e do Comércio de Paraisópolis

PSDB Rompe com PSB no Ceará

Isabela Martin - O Globo

FORTALEZA - O PSDB anunciou nessa terça-feira que o deputado estadual Marcos Cals disputará pela legenda contra o governador Cid Gomes (PSB), de quem foi secretário de Justiça até abril, quando se desincompatibilizou.

O anúncio foi feito no princípio da tarde após encontro que reuniu 230 pessoas, sendo 40 prefeitos do partido, no escritório do senador Tasso Jereissati (PSDB), em Fortaleza. Pressionado fortemente para disputar o governo pela quarta vez, Jereissati teria alegar questões de "pudor".

A candidatura confirma o rompimento do PSDB com o governador Cid Gomes, anunciado há 13 dias. Mas não põe fim às contradições da decisão. Uma delas é o fato de existir tucanos ocupando cargos no governo, como o ex-secretário geral do PSDB, Bismarck Maia, secretário do Turismo.

Sobre o alinhamento quase incondicional do PSDB ao governo de Cid Gomes, o presidente estadual da legenda, Marcos Penaforte disse que o partido continuará com uma "posição elegante", embora não mais de "acordo automático" com o governo.

Até pelo estilo pessoal, o candidato tucano não deverá bater de frente com o governo ao qual serviu até dois meses atrás. Marcos Cals irá fazer um discurso em nome de um "novo ciclo das mudanças", numa referência ao slogan que marcou o primeiro governo de Tasso Jereissati (1987-1991).

- Tem muitas coisas que o PSDB vai se debruçar, vai começar a pensar o que é que pode caracterizar um novo ciclo de mudanças no estado do Ceará, disse Penaforte. - Nós fazemos uma oposição responsável, de críticas construtivas, de construção e não de desconstrução dos nossos adversários. Então o PSDB vai continuar tendo uma posição elegante, não mais de acordo automático com o governo do estado.

Até a próxima segunda-feira deverá ser confirmada também a candidatura do ex-governador Lúcio Alcântara (PR), numa coligação com o PPS. Apesar de rompido com Lúcio, intermediadores garantem que existe um pacto de não agressão entre eles. A idéia é levar a disputa para o segundo turno. A candidatura de Lúcio dividiria o palanque da petista Dilma Rousseff no Ceará.

COMENTÁRIO:

Esse Jereisatti é um raposão. Não se arrisca de jeito nenhum. Nem pelo partido, nem pelo seu candidato a presidente e nem mesmo pelos eleitores do seu estado.