sábado, 30 de julho de 2011

Produção de Cinema ao Alcance das Crianças

Do Educ@Salto

Criada a partir do projeto Anselminhos, nova ideia resultou na produção de um curta metragem       


Anselminhos: Pagadores de Promessas, criado através de uma parceria entre Afim, Ceunsp e Secretaria da Educação de Salto, é um projeto com duração de três anos, que oferece aos alunos do CEMUS IX e da sociedade civil, oficinas voltadas à produção de documentários embasados na vida e obra do cineasta saltense Anselmo Duarte.
         
Através desse projeto, uma nova iniciativa surgiu, desta vez para estudantes saltenses de 10 a 17 anos.  Durante as férias escolares, eles se encontraram no prédio da Afim, localizado na rua Rio Branco, para a produção de um curta metragem.

“Queríamos ampliar o serviço oferecido com Anselminhos. Por isso surgiu a ideia desse novo Projeto. Nosso objetivo é fazer com que as pessoas entendam o que significa cinema e quem sabe assim, surjam novos talentos saltenses”, disse Elza Cristina, coordenadora do Projeto.
          
Orientados pelos professores Daniel Guise e Flávia Molina, alunos do curso de Cinema do Ceunsp, as cerca de dez crianças se dividiram em grupos, cada qual com um tema, e realizaram todo o processo de criação, até a pós-produção, em um período de quatro semanas.

“Durante as aulas misturamos um pouco de várias matérias que tivemos na faculdade, adequando-as para a faixa etária deles. Tivemos conteúdos bem dinâmicos e câmera na mão desde o primeiro dia. Foi um resultado muito positivo porque eles escreveram roteiro, dirigiram, editaram, enfim, fizeram tudo”, disseram os professores.
          
Para os alunos, de forma geral, todo o aprendizado foi muito válido. “Eu acho que me ajudou demais porque eu tenho muita vontade de trabalhar com cinema. Sem dúvida alguma, aprendi muita coisa e hoje posso falar que eu vejo um filme com outros olhos, observando o lado mais técnico dele, além da parte visual”, disse Pedro Chamon Pardim.

Povão Viajando de Avião!!!

Culpa do Lula, com certeza...

Do Luis Nassif

Da Agência Estado
Setor aéreo no Brasil se expande 19% no 1º semestre e cresce mais que na China e EUA

28/07/2011 | 12h41min 

O Brasil registra a maior expansão aérea em 2011, superando China, Estados Unidos e Europa. Os dados são da IATA (Associação Internacional de Transporte Aéreo).

Entre janeiro e junho, o número de passageiros no mercado doméstico brasileiro aumentou em 19%. No mundo, essa taxa foi de apenas 4%. Nos Estados Unidos, alta foi de 2,5%, e a China teve um crescimento de 7%.

Para a IATA, a maior renda do brasileiro é o principal motivo da expansão.

Agência Estado

"Dilma e Cristina Farão História!!!"

Do Instituto Cidadania

Com a presença da presidenta Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a presidenta da Argentina, Cristina Fernandéz, inaugurou na tarde desta sexta-feira (29) a embaixada da Argentina em Brasília.

Cristina, que havia convidado Lula para a cerimônia, afirmou que a relação entre os dois países foi fortalecida pelos seus ex-presidentes. “Quando Néstor chegou [ao governo], o Mercosul era quase uma peça de museu. Alguns o haviam condenado ao esquecimento. Ele e Lula o reabilitaram e o tornaram maior e mais forte”, disse. “Juntos, souberam levantar todas as barreiras culturais e políticas que se havia montado para manter Argentina e Brasil longe e separados.”

Já a presidenta Dilma lembrou a importância da integração entre os dos países. “A cooperação entre Brasil e Argentina não é só decisiva para os nossos países, mas também para a América do Sul e América Latina”.

Chamado por Dilma a falar, Lula recordou que, há pouco tempo, não era imaginável que as duas maiores nações da América do Sul fossem presididas por mulheres. “Eu sou um cristão que acredito que a vida não termina quando o nosso corpo se vai. Acho que Kirchner, neste momento, deve estar pensando: ‘pobre de mim e pobre do Lula, porque a presidenta Dilma e a presidenta Cristina vão fazer história na América do Sul e na América Latina’”, afirmou.

Pesquisa IBOPE Ainda Mostra Preconceitos

Do IBOPE

Casamento gay divide brasileiros

Pesquisa do IBOPE Inteligência revela que 55% dos brasileiros são contra a união estável para casais do mesmo sexo

A decisão do Supremo Tribunal Federal em autorizar a união estável para casais do mesmo sexo não conta com o respaldo da maioria da população brasileira, embora a questão ainda divida muito a sociedade, conforme revela estudo inédito do IBOPE Inteligência, cuja motivação foi a de contribuir com o debate público. Segundo pesquisa nacional realizada entre os dias 14 e 18 de julho, 55% dos brasileiros são contrários à decisão e 45% são favoráveis.

De maneira geral, a pesquisa identifica que as pessoas menos incomodadas com o tema estão mais presentes entre as mulheres, os mais jovens, os mais escolarizados e as classes mais altas. Regionalmente, Norte/Centro-Oeste e Nordeste se destacam como as áreas do País com mais resistência às questões que envolvem o assunto.

“Os dados apresentados pela pesquisa mostram que, de uma maneira geral, o brasileiro não tem restrições em lidar com homossexuais no seu dia a dia, tais como profissionais ou amigos que se assumam homossexuais, mas ainda se mostra resistente a medidas que possam denotar algum tipo de apoio da sociedade a essa questão, como o caso da institucionalização da união estável ou o direto à adoção de crianças”, analisa Laure Castelnau, diretora executiva de marketing e novos negócios do IBOPE Inteligência.

Sobre a decisão do STF, 63% dos homens são contra, enquanto apenas 48% das mulheres são da mesma opinião. Entre os jovens de 16 a 24 anos, 60% são favoráveis. Já os maiores de 50 anos são majoritariamente contrários (73%).  Entre as pessoas com formação até a quarta série do fundamental, 68% são contrários. Na parcela da população com nível superior, apenas 40% não são favoráveis à medida. Territorialmente, as regiões Nordeste e Norte/Centro-Oeste dividem a mesma opinião: 60% são contra. No Sul, 54% das pessoas são contra e, no Sudeste, o índice cai para 51%.

Adoção de crianças


Quanto ao questionamento sobre a aprovação à adoção de crianças por casais do mesmo sexo, os resultados seguem a mesma tendência: 55% dos brasileiros se declaram contrários. Entre os homens, o indicador é mais alto, com 62% de contrários, da mesma forma que também é entre as pessoas maiores de 50 anos, onde 70% rejeitam a ideia. A tendência também se confirma entre os brasileiros com escolaridade até a quarta série, cuja contrariedade é declarada por 67% destes. Em termos regionais, os que se declaram contrários são 60% no Nordeste, 57% no Norte/Centro-Oeste, 55% no Sul e 52% no Sudeste.

Amigos gays


Em relação à possibilidade de um(a) amigo(a) revelar ser homossexual, a pesquisa identificou que a rejeição da população é sensivelmente menor do que a apresentada nos dois questionamentos acima. Para a grande maioria de 73% dos brasileiros, essa hipótese não os afastariam em nada das suas amizades. Outros 24% disseram que afastariam muito ou pouco e 2% não souberam responder. Embora com menor intensidade, o mesmo padrão de opinião nas respostas anteriores se repete no comparativo por faixa etária, nível de escolaridade, sexo e região do País.


Para as mulheres, 80% não se afastariam. Da mesma forma, 81% dos jovens de 16 a 24 não se afastariam e 85% das pessoas com nível superior de escolaridade também defendem que não haveria mudança na amizade. Em termos regionais, 79% das pessoas do Sudeste dizem que não se afastariam, enquanto estes são 72% no Norte/Centro-Oeste, 70% no Sul e 66% no Nordeste.


Médicos, policiais e professores


A pesquisa ouviu a população em relação à sua aceitação de homossexuais trabalharem como médicos no serviço público, policiais ou professores de ensino fundamental. Apenas 14% se disseram total ou parcialmente contra trabalharem como médicos, 24% como policiais e 22% como professores homossexuais. A parcela dos brasileiros que são parcial ou totalmente favoráveis é de 84% para o caso de médicos, 74% para policiais e 76% para professores.


Religião


No tocante às diferenças de opiniões observadas de acordo com a religião declarada pelos entrevistados, é possível identificar que há maior tolerância nas pessoas cuja religião foi classificada na categoria “outras religiões”, onde 60% são favoráveis à decisão do STF. Dentre os católicos e ateus há total divisão, com 50% e 51% de aprovação à união estável de pessoas do mesmo sexo, respectivamente. A população de protestantes e evangélicos é a que se manifesta mais resistente, onde apenas 23% se dizem favoráveis à iniciativa do STF.


Sobre a pesquisa


A pesquisa do IBOPE Inteligência é representativa da população brasileira e realizou 2.002 entrevistas domiciliares em 142 municípios do território nacional, ouvindo toda a população de 16 anos ou mais. A margem de erro amostral é de dois pontos percentuais, com 95% de intervalo de confiança.

Para visualizar gráficos e tabelas com maior detalhamento dos números, acesse a apresentação disponibilizada no portal do Grupo IBOPE:
  Download da apresentação


sexta-feira, 29 de julho de 2011

Pedágio Totalmente Eletrônico em SP

Do Por Que Não Votar no PSDB

Meta do governo paulista para daqui um ano e meio é permitir cobrança sem praça de pedágio. Emprego dos arrecadadores sequer foi discutido 
São Paulo – O governo de São Paulo quer ampliar a cobrança eletrônica de pedágio nas rodovias do estado. A meta para daqui a um ano e meio é "massificar" esse tipo de equipamento, chamado de "tag" – , dispositivo que se comunica com antenas instaladas e permite cobrança mensal –, entre veículos que trafegam em vias entregues à iniciativa privada sob concessão. Não há planos relacionados aos trabalhadores cujos postos eventualmente sejam eliminados, nem qualquer medida relacionada à revisão de tarifas.
O plano de expansão do sistema automático de arrecadação – cobrança eletrônica – foi apresentado durante seminário da Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) nesta terça-feira (25), em São Paulo. Os secretários estaduais de Logística e Transportes, Saulo de Castro Abreu Filho, e de Gestão Pública, Julio Semeghini, participaram do evento, junto com Karla Bertocco Trindade, diretora-geral da Artesp.
A agência ligada ao governo de Geraldo Alckmin aposta na possibilidade de se alcançar o modelo "free flow" ("fluidez" ou "tráfego" livre). É uma adaptação da proposta que foi apresentada pelo candidato derrotado do PT, Aloizio Mercadante, durante as eleições de 2010, quando o alto preço dos pedágios paulistas se mostrou como um dos pontos fracos do PSDB. A ambição do programa seria levar o sistema a 80% dos veículos, o que permitiria substituir praças de pedágio com arrecadação manual realizada por funcionários contratados por antenas espalhadas pelo perímetro das rodovias.
"O sistema permitiria a cobrança por quilômetro percorrido e, eventualmente, alcançando uma tarifa mais justa", disse Karla Bertocco Trindade, da Artesp. Outra vantagem para as concessionárias seria o aumento da base de pagantes e a diminuição da inadimplência.
Segundo o Pedagiômetro, São Paulo arrecadou R$ 3,28 bilhões em cobranças nas rodovias de janeiro a julho de 2011. Atualmente, os paulistas que percorrem rodovias estaduais se deparam com 227 praças de pedágio, nas quais há tanto a opção de cobrança eletrônica quanto manual. Segundo a Artesp, 49% dos veículos usam o dispositivo que evita paradas nas praças, participação considerada máxima dentro do modelo atual, com cobrança de adesão e de mensalidade. Experiências de outros países indicam esse tipo de limitação, segundo técnicos da agência.
A Artesp alega que o objetivo do plano é baratear a arrecadação eletrônica por meio da inserção de novos competidores. Hoje, apenas uma empresa está habilitada a operar. Além disso, as "tags" usariam o mesmo tipo de sistema de rádio (RFID) para comunicação entre veículos e antenas, mas em uma frequência mais baixa – de 915MHz, ante 5,8GHz dos equipamentos atuais. O novo sistema foi desenvolvido no Brasil, com apoio do Ministério da Ciência e Tecnologia.

Sonho meu

Para o diretor da Confederação Nacional dos Transportes (CNT) Geraldo Vianna a medida não alcança seu "sonho" para os pedágios, que seria a redução nas tarifas praticadas. "Para isso, teria de haver revisão de contrato e, como comerciante, sei que contrato é inviolável", lamenta. Por isso, uma saída seria a redução de impostos sobre a tarifa – que segundo ele corresponderiam a 25% do valor total.
Embora o contrato de concessão das primeiras rodovias paulistas entregues à iniciativa privada previsse reajuste anual com base no Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), uma negociação deve permitir a mudança do fator de correção. A partir de 2012, segundo a Artesp, o percentual empregado será o medido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

O primeiro, calculado pela Fundação Getúlio Vargas, alcança taxas em média mais elevadas do que o IPCA, produzido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A aplicação do IPCA está prevista em contratos de concessão promovidos pelo governo federal em 2009.
Segundo estudo do professor Coca Ferraz, da Universidade de São Paulo (USP) em São Carlos, especialista em transportes e trânsito que ocupou o posto de vice na chapa de Mercadante, o pedágio cobrado no estado tem peso de imposto. Levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a partir dos preços divulgados pela Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), demonstra que o motorista brasileiro gasta, em média, R$ 9,13 para percorrer 100 quilômetros de uma rodovia pedagiada. Em São Paulo, o valor é de R$ 16,04 pelo mesmo trajeto. A Artesp contesta os dados.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Até Quando Ficará?

Ministro Jobim novamente mostra suas características e predileções.

Do Tijolaço

Na Folha de hoje (ontem):

“O ministro da Defesa, Nelson Jobim, fez uma revelação sobre sua preferência na disputa presidencial do ano passado: “Eu votei no Serra”.
 
Na avaliação dele, se o tucano José Serra tivesse derrotado a petista Dilma Rousseff, o governo “seria a mesma coisa” no manejo das recentes crises políticas, como a do combate à corrupção no Ministério dos Transportes.(…)
 
A escolha eleitoral de Jobim sempre foi conhecida ou pelo menos intuída nos bastidores em Brasília. Dilma também sabia, diz ele.
 
Azedou a relação? “Azeda quando você esconde. Eu não costumo fazer dissimulações, então não tenho dificuldades”, disse.
 
Passada a eleição, entretanto, o assunto foi esquecido nas conversas entre o ministro e a presidente. “Não se toca no assunto.”
 
Há menos de um mês, ele se envolveu em polêmica ao afirmar, durante cerimônia pelos 80 anos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que “os idiotas perderam a modéstia”.
 
No governo, a interpretação foi de uma crítica à administração Dilma. Ele repetiu não ter sido cobrado pela presidente: “Não, não. Ela até riu”.
Jobim deu entrevista ontem ao programa “Poder e Política”, uma parceria da Folha e do UOL, em Brasília.

O ex-presidente do BC, Henrique Meirelles, de quem sempre se discordou fortemente das idéias, era do PSDB, votou em Serra em 2002. Quando aceitou participar do Governo, porém  jamais ficou de gabolices frívolas, afirmando que não tinha votado em Lula.

O  contrrário do que faz o ministro Nélson Jobim.

Jobim tornou-se  um símbolo nacional. É inexcedível em matéria de vaidade, de arrogância, de grosseria. Não se constrange de constranger. Não sabe se manter discreto, não sabe ser respeitoso, não sabe nada senão jactar-se de sua própria “grandeza”.

O ministro Nélson Jobim perdeu, realmente, a modéstia.

Deveria perder o cargo, também.

Filmes Viram Realidade

Parece que o vale tudo dos filmes de Hollywood passou a ser realidade para os estrategistas do ocidente...

Do Tijolaço

Não é um jornal esquerdista, nem mesmo é o governo iraniano, que – embora eleito -  é tratado  pela nossa mídia como se fosse uma quadrilha de lunáticos.

Não, é a respeitadíssima  – e ocidentalíssima – Agência Reuters que informa que foram, segundo analista por ela consultados, agentes dos serviços secretos ocidentais os responsáveis pelo assassinato de um jovem cientista iraniano, que trabalhava no sistema de pesquisas nucleares do Irã.

Darioush Rezaie, de 35 anos, foi assassinado  a tiros no sábado na zona leste de Teerã. Ele é o terceiro cientista assassinado no país desde 2009. Um deles foi morto por um carro-bomba; o outro, por explosivos acionados por controle remoto.

Nos dois casos anteriores, as autoridades reagiram de modo confuso, mas desta vez houve uma divergência ainda mais ampla dentro do governo.

“Os assassinatos continuarão sendo uma ferramenta usada nesta guerra encoberta. Embora seja impossível dizer com certeza se Rezaie era um cientista nuclear ativo, sua morte parece ser mais um episódio nessa guerra”, disse Ghanem Nuseibeh, analista radicado em Londres e fundador da Cornerstone Global Associates.

“A narrativa iraniana tem sido confusa acerca do trabalho de Rezaie, e isso acrescenta credibilidade à especulação de que ele estava envolvido no programa nuclear.”, diz um dos ouvidos pela Reuters, que entende que o Governo de Teerã não quer admitir que ele trabalhasse em atividades que têm sido proibidas ao país em matéria de energia nucler.

“Diz a matéria:

“Suspeito, apenas com base no que se sabe pelos relatos da imprensa iraniana, que Rezaie tenha sido assassinado por causa da sua relação com o programa nuclear do Irã”, disse Afshon Ostovar, analista radicado em Washington e especializado em Irã.

Após a confusão inicial, Ostovar disse ter notado “uma campanha de relações públicas para minimizar o impacto da morte dele sobre o programa nuclear e para desacreditar qualquer sensação de legitimidade do assassinato”.

Vários analistas disseram crer na hipótese de participação de agentes dos EUA ou de Israel no crime.

Só uma pergunta: como assim “desacreditar qualquer sensação de legitimidade do assassinato”? Desde quando é legitimo a Israel ou aos EUA assassinar um cidadão de outro país, em outro país, só porque considera sua atividade potencialmente prejudicial à sua supremacia nuclear? Então o Irã tem o direito de mandar agentes executarem cientistas nucleares dos EUA, em território americano, só porque não acham bom que lá se desenvolvam tecnologias bélicas nucleares?

O 007, ao menos, a gente sabia que era de mentirinha, não é?

terça-feira, 26 de julho de 2011

A Descoberta pelo Descobridor

Do Luis Nassif


Dica de Caio Túlio, pelo Twitter

Cómo destapamos el escándalo de Murdoch · ELPAÍS.com

REPORTAJE: LA CLOACA & Cia

Cómo destapamos el escándalo de Murdoch
El director de 'The Guardian' narra cómo se gestó y avanzó casi en solitario la rigurosa investigación periodística que ha sacado a la luz las cloacas del imperio Murdoch

ALAN RUSBRIDGER 24/07/2011

De vez en cuando -más o menos cada 18 meses-, el veterano redactor de The Guardian Nick Davies entra en mi despacho, cierra la puerta con una mirada de complicidad hacia la redacción y empieza a contarme alguna cosa que pone los pelos de punta.


Rupert Murdoch
A FONDO

Nacimiento:
11-03-1931

Lugar:
Melbourne

Reinaba una 'omertá' en la que ningún periódico pensó que esa historia mereciera un centímetro de página impresa
Uno necesitaba a Murdoch para salir elegido en Reino Unido, o al menos eso creían casi todos los políticos.
En junio del año pasado quiso hablarme de Julian Assange. Había leído que el pirata informático de pelo blanco (poco conocido entonces) había desaparecido con un lápiz de memoria lleno de millones de documentos secretos que los departamentos de Estado y de Defensa de Estados Unidos habían dejado escapar. Su plan era localizarlo... y luego que The Guardian publicase todos esos papeles. ¿Me parecía buena idea?

A principios de 2009 había tenido un momento similar. Había descubierto que James Murdoch, el hijo y heredero del dueño de la empresa privada de medios de comunicación más poderosa del mundo, había llegado a un acuerdo secreto para pagar más de un millón de dólares a cambio de que se ocultaran unas pruebas de conducta delictiva dentro de la compañía. ¿Me interesaba?

La respuesta a las dos preguntas fue: por supuesto. A continuación tragué saliva al pensar en la dimensión y las repercusiones de las dos historias. Y después vi cómo Nick, siempre vestido de vaqueros y una cazadora de cuero marrón descaradamente pasada de moda, volvía a salir por la puerta para ir en busca de complicaciones.

Todo el mundo sabe cómo acabó WikiLeaks: un enjambre mundial de revelaciones y titulares, los Gobiernos de todo el mundo paralizados por el goteo diario de descubrimientos, diarios de guerra, cables secretos e indiscreciones diplomáticas. Y ahora todo el mundo sabe cómo acabó la historia de Murdoch: con una especie de arcada gigante de repugnancia ante lo que hicieron sus empleados y la paralización de una fusión multimillonaria por la votación parlamentaria más abrumadora que se recuerda. Un periódico rentable, que vendía millones de ejemplares cada semana, liquidado. El regulador británico de prensa, sin saber qué hacer.

Solo que la historia de Murdoch no ha terminado. Toca tan a fondo tantos aspectos de la vida cívica de Reino Unido y Estados Unidos -la policía, la política, los medios de comunicación, las leyes- que seguirá teniendo consecuencias durante meses e incluso años. Todo el mundo espera más detenciones. Hay numerosas demandas en tramitación en los tribunales británicos. Habrá dos investigaciones del ministerio fiscal, sobre el comportamiento de la prensa y el de la policía. Y quién sabe qué problemas causarán los accionistas de News Corp. y las autoridades reguladoras estadounidenses a medida que se enteren de más detalles sobre la gestión del brazo británico de la empresa familiar.

Volvamos a julio de 2009 y pensemos en lo diferente que podría haber sido. Hasta ese momento, la narrativa oficial era clara. Habían atrapado al corresponsal de News of the World para noticias de la casa real, Clive Goodman, pinchando los teléfonos de palacio. O, mejor dicho, Goodman había subcontratado para la tarea a un investigador privado, Glenn Mulcaire, que era experto en acceder a los mensajes de contestadores automáticos y en descifrar cualquier clave (por ejemplo, los números PIN) que una víctima hubiera podido colocar. La policía se abalanzó sobre ellos. Los dos hombres fueron a la cárcel, y News International aseguró a todo el mundo -la prensa, el Parlamento, la policía, el organismo regulador- que Goodman era una manzana podrida, pero aislada. El director, Andy Coulson, dimitió, protestando y afirmando que no sabía nada de todo aquello. Y así terminó la cosa.

El reportaje publicado en The Guardian el 9 de julio de 2009 desbarató esa versión. Demostró que había habido otro reportero que se había dedicado a transcribir mensajes de voz dejados en el teléfono del consejero delegado de la Asociación Profesional de Futbolistas, Gordon Taylor, y a enviarlos "a Neville" -una referencia al veterano jefe de reporteros de NotW, Neville Thurlbeck-. Es decir, había dos periodistas más del diario que estaban al tanto. Algún jefe debía de haber dado la orden al reportero, así que serían tres. Y un directivo con nombre (que tal vez había dado instrucciones al joven reportero, o tal vez no) había firmado con Mulcaire un contrato para darle una prima si conseguía hacerse con la historia de Taylor. En resumen, tres, quizá cuatro, además de Goodman.

Cuando se enteró de este nuevo caso, James Murdoch agarró el talonario, una decisión que ahora achaca a los consejos que le dieron en aquel momento. Volvió a hacerlo con otra situación, la del pinchazo del teléfono del publicista del mundo del espectáculo Max Clifford.

Pero las reacciones de otros organismos fueron igual de significativas. La policía anunció una investigación y, horas después, emitió un escueto comunicado en el que decía que no había nada "nuevo" que investigar. Por supuesto que no. Estaba todo en las 11.000 páginas de notas de Mulcaire, que habían confiscado en 2005, pero con las que habían hecho poca cosa.

News International consideró que el anuncio de la policía le daba la razón. La empresa emitió un comunicado lleno de chulería diciendo al mundo que The Guardian había engañado de forma deliberada al público británico. A su debido tiempo, la Comisión de Reclamaciones sobre la Prensa anunció las conclusiones de su propia investigación: no existían pruebas de que la teoría de la "manzana podrida" no fuera verdad. Para entonces, ni siquiera News International mantenía esa línea de defensa, pero el organismo regulador se había comportado como un perrito faldero.

Una comisión parlamentaria hizo todo lo que pudo para llegar al fondo de las cosas. Pero la consejera delegada de News International y antigua directora de The Sun y NotW, Rebekah Brooks, se negó a honrar a la comisión con su presencia. Uno o dos miembros han dicho posteriormente que se sintieron demasiado intimidados por la amenaza de lo que los periodistas de News International podían hacerles si insistían. Así que no lo hicieron.

Y la mayor parte de la prensa no se comportó mucho mejor. A esas alturas -para asombro general-, el hombre al que todos suponían próximo primer ministro, David Cameron, había contratado a Coulson como portavoz. Cuanto más se acercaba Cameron al 10 de Downing Street, menos ganas había de publicar nada negativo sobre Coulson. Comprendí (por si no me había dado cuenta antes) lo solitario que iba a ser el camino que habíamos emprendido en noviembre de 2009, cuando un tribunal de trabajo concedió a un experiodista de News of the World más de un millón de dólares en daños y perjuicios después de concluir que había sufrido a causa de la cultura de la intimidación practicada por Coulson.

¿Fue una noticia destacada? En absoluto. Ningún periódico, aparte de The Guardian, informó de ello en sus páginas al día siguiente. Parecía estar funcionando un principio de omertà por el que ni uno solo de los demás periódicos nacionales pensó que esa historia mereciera un centímetro de página impresa.

Empezábamos a sentirnos muy solos en The Guardian. Nick Davies se había enterado de que Brooks había dicho a varios colegas que la historia iba a acabar con "Alan Rusbridger de rodillas, pidiendo clemencia". "Nos habrían destruido", aseguró Davies en un podcast de The Guardian la semana pasada. "Si hubieran podido, habrían cerrado The Guardian".

Si la mayoría de Fleet Street iba a mirar hacia otro lado, pensé que debía intentar ir a algún otro medio para impedir que la historia desapareciera, salvo por las noticias que Nick seguía publicando implacablemente en nuestras páginas. Llamé a Bill Keller, de The New York Times. Unos días después, tres reporteros de este estaban sentados en una sala de reuniones más bien sosa de The Guardian mientras Davies trataba de explicarles los elementos básicos de una historia que a él le había costado años extraer de numerosos reporteros, abogados y agentes de policía.

Los periodistas de The New York Times se tomaron su tiempo -meses de un trabajo laborioso y excepcional que confirmó la veracidad de todo lo que Nick había escrito- y también abrieron otras puertas. Convencieron a una o dos fuentes para que salieran del anonimato. La historia provocó otra investigación policial poco entusiasta que no produjo resultados. Pero el hecho de que The New York Times estuviera investigando y la solidez de sus resultados animaron a otros. Los medios audiovisuales empezaron a hablar del asunto. Una de las dos víctimas emprendió una querella. Vanity Fair aportó su grano de arena. The Financial Times y The Independent trabajaron en la retaguardia. Cada vez más gente empezó a pensar que quizá sí había algo de sustancia en aquella historia, después de todo.

Mientras tanto, Cameron -contra todos los consejos- había designado a Coulson como jefe de prensa en el número 10. Justo antes de las elecciones, yo le advertí que teníamos pruebas que no podíamos publicar por motivos legales, pero de las que me parecía que él debía estar al tanto.

Se trataba de lo siguiente: en 2005, con Coulson de director, NotW había contratado por segunda vez, para ser uno de sus investigadores, a un tal Jonathan Rees, que acababa de salir de la cárcel después de cumplir una condena de siete años por plantar cocaína en las pertenencias de una mujer inocente. Ahora, Rees estaba de nuevo en prisión, en espera de juicio por conspirar para asesinar a su antiguo socio, un hombre que había aparecido en el aparcamiento de un pub con un hacha clavada en la cabeza. El pasado mes de marzo fue absuelto.

Era impensable que NotW no conociera sus antecedentes penales: The Guardian había publicado dos largos artículos sobre la pasada relación de Rees con el diario de Murdoch y con policías corruptos en 2002.

The Guardian no podía publicar nada de todo esto antes de las elecciones porque las leyes de prensa británicas prohíben a los periódicos escribir a propósito de personas sobre las que pesan acusaciones penales. Pero me pareció que Cameron querría saberlo antes de hacer nombramientos para su equipo de gobierno (también se lo dije a Gordon Brown, entonces primer ministro, y a Nick Clegg, actual viceprimer ministro).

Hace unos días, Cameron declaró que su jefe de gabinete nunca se lo dijo, pero no parece que le preocupara mucho en su momento. Pareció quitarle importancia y solo dio la impresión de estar un poco desconcertado. Nombrar a Coulson fue un error de juicio terrible, y él tiene que saberlo.

El punto de inflexión llegó hacia principios de año. El chorro de demandas civiles se convirtió en un torrente. La policía, por fin, se lo tomó en serio y designó un equipo de 45 personas para hacer lo que, de forma escandalosa, no se había hecho en 2006. Hasta ahora han dicho que han informado a 170 de casi 4.000 víctimas. El organismo regulador tiró a la basura su viejo informe. Y entonces llegó la revelación de Nick Davies de que NotW había pinchado el teléfono de la adolescente desaparecida Milly Dowler, y había borrado sus mensajes de voz para poder capturar otros nuevos. Ese acto -que había dado esperanzas a los padres de Milly durante los negros días antes de que se confirmase que había muerto asesinada- causó una ola de repugnancia de la que a NotW le iba a ser difícil recuperarse. Pocas veces una sola noticia ha tenido efectos tan volcánicos. De pronto, no había forma de mantener apartados de las pantallas de televisión a políticos, periodistas, policías y reguladores. Los oficiales de policía hicieron cola para pedir perdón por las muestras de negligencia y los errores de juicio. Los parlamentarios empezaron a decir de pronto, en voz muy alta, cosas que dos semanas antes solo se habrían atrevido a susurrar.

Alguien lo llamó la primavera de Murdoch. Hubo un reconocimiento general de que, desde hacía una generación o más, la vida pública británica se había moldeado a medida de los Murdoch. A medida que la empresa se hacía más grande, más próspera (el 40% de la prensa nacional y una cadena audiovisual con el doble de ingresos que la BBC) y más agresiva -y, como sabemos ahora, con un pequeño equipo de investigadores criminales a sueldo para presionar a cualquier personaje de la vida pública-, se asentó la idea de que no convenía molestar a esa gente. Uno necesitaba a Murdoch para salir elegido en Reino Unido, o al menos eso creían casi todos los políticos. Y -aunque nunca se decía- Murdoch también necesitaba cosas. No era un trato necesariamente corrupto, pero desde luego llevaba a la corrupción. Ahora, con un reportaje y una votación unánime en la Cámara de los Comunes, se ha roto el hechizo.

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Seis Anos de TeleSur

Do Luis Nassif

Por Marco Antonio L.

Da Carta Maior
Telesur, seis anos de telejornalismo transformador


No terreno simbólico, quanto mais os povos vão tornando-se conscientes da prática cada vez mais hegemônica do jornalismo delinqüente, como agora se revela pelo fechamento do jornal News of the World, na Inglaterra, a Telesur caminha conquistando credibilidade consolidando um jornalismo de missão pública. A emissora vem conseguindo cada vez mais visibilidade mundialmente, comprovando o acerto de uma decisão que era considerada visionária, e vai levando na prática jornalística o seu lema “Nosso norte é o sul”. O artigo é de Beto Almeida.

Beto Almeida

Neste domingo, 24 de julho, a Telesur – La Nueva Television del Sur - completou seu sexto aniversário cercada de simbolismo - é a data de aniversário de Bolívar - de conquistas e de desafios. O simbolismo é a missão, bolivariana, de ser a única emissora televisiva que nasce para promover a integração latinoamericana e se contrapor, editorialmente, ao jornalismo desintegrador e neocolonialista praticado subreptíciamente ou encandalosamente pelas redes internacionais de TV.

No terreno simbólico, quanto mais os povos vão tornando-se conscientes da prática cada vez mais hegemônica do jornalismo delinqüente , sobretudo nos países imperialistas, como agora se revela pelo fechamento do jornal News of the World, na Inglaterra, a Telesur caminha conquistando credibilidade consolidando um jornalismo de missão pública. Enquanto a grande mídia inglesa, como nos EUA, França, Itália ou Espanha, revela sua absoluta relação intrínseca com governos imperais e guerreiros - e aqui estamos nos referindo também às suas mídias públicas que também atuam em sintonia com os interesses da indústria bélica, participando da construção de mentiras que “justificam”, sob uma ótica das razões propagandistas de Hitler, as guerras contra o Iraque, o Afeganistão, agora contra Líbia, e os preparativos para ações militares contra a Síria e o Irã, Telesur esforça-se exatamente para revelar a existência de um terrorismo midiático que tentar intimidar os processos revolucionários e populares.

Jornalismo delinqüente inglês, uma prática hegemômica
 
Sempre se soube da estreita ligação do jornalismo delinqüente das empresas de Murdock com as políticas mais interessantes para a indústria de armamentos e a suposta “guerra ao terrorismo”. Estes oligopólios jornalísticos sempre tiveram sob controle os governos de Margareth Tatcher, John Major, Tony Blair, Gordon e agora de Cameron, e esta relação jamais foi posta sob questão pelo jornalismo da BBC, que também ofereceu suporte editorial a todas as ações bélicas destes governos. Telesur, ao contrário, permite que as vozes silenciadas, seja nos EUA, ou na Europa, possam deunciar e revelar as ações criminosas da OTAN que sempre contaram com o suporte editorial da grande mídia capitalista, inclusive daquela chamada pública, mas que não foi capaz de escapar dos planos militares de seus governos contra os povos do Sul.

Para se ter uma idéia, basta citar dois exemplos recentes: primeiro, nos embates eleitorais na América Latina, como no Peru recentemente, quando até a BBC de Londres também revelou-se representar interesses neocoloniais ao fazer aberta campanha pró- Fujimori, lá estava Telesur informando sobre o significado histórico da vitória de Humalla. Segundo, a presença de Telesur na Líbia, única TV internacional a emitir de Trípoli, desmontando a vil farsa do “bombardeio humanitário da OTAN”, crime apoiado pela manipulação de todas as grandes redes, inclusive a TV Al-Jazeera, representante dos interesses do estado oligárquico do Qatar, país ocupado militarmente pelos EUA.

Telesur é conquista dos povos do sul
 
Telesur é também uma conquista, não apenas da Revolução Bolivariana, que já erradicou o analfabetismo e assumiu com soberania o destino de suas riquezas nacionais. Nunca tais causas e conquistas, também alcançadas por outras nações, foram adequadamente informadas. Jamais o tesouro cultural e das causas revolucionárias latinoamericanas mereceram espaços justos nas telas como na Telesur, que retrata Che, Zapata, Gaitan, Perón, Lula, Fidel, Evo, Mandela, Agostinho Neto e Samora Machel como expressões históricas das lutas populares.

Nas telas de Telesur há intensa e necessária divulgação, por exemplo, da vitória do povo da Bolívia contra o analfabetismo, ecoando a façanha da economia mais fraca da América do Sul já ser hoje “Território Livre do Analfabetismo”, ao passo que na economia mais forte da região sequer temos metas fixadas para erradicar esta vergonhosa mazela. Também há, por exemplo, qualificada informação sobre a retomada do desenvolvimento econômico na Argentina e seus progressos políticos, como na democratização dos meios de comunicação, o que permite que a Telesur seja hoje plenamente acessível aos nosso hermanos portenhos.. Os planos para a integração sulamericana - que é retratata com desdém e manipulação pela mídia capitalista - encontram na Telesur uma explicação lógica e contextualizada para os povos do sul.

Desta cobertura jornalística, sistemática e regular, vai surgindo clara a idéia de que essa integração exige valores como o da solidariedade e da cooperação entre os povos, para o que também se fazem necessárias políticas baseadas no Estado de tal forma que se realizem as obras públicas indispensáveis, de infraestrutura, por exemplo, para que o crescimento e o desenvolvimento sócio-econômico seja para todos os países da região. Só a Telesur pode oferecer uma cobertura legítima, educativa e transparente sobre estas políticas porque é, ela mesma, produto deste processo de libertação e de integração latinoamericana. E também porque não está submetida à ditadura do mercado, aquela que produz o jornalismo delinqüente da Inglaterra, mas não apenas lá.

Desafios
 
Muitos desafios, porém, cercam a Telesur. Entre eles: vencer a sabotagem permanente do império que coloca sempre mais e mais obstáculos para impedir o crescimento da visibilidade da Telesur no mundo. Apesar dela, Telesur já está na Espanha, caminha para a África de língua portuguesa. Além deste, há também a incompreensão em alguns círculos nos governos progressistas, que ainda retardam a integração midiática libertadora e preferem acordos com redes convencionais a cooperar com Telesur. Não há explicações lógicas para que, em sintonia com o processo e as políticas de integração latinomaericana, a TV Brasil ainda não tenha colocado em prática o convênio de cooperação firmado com a Telesur, permitindo, com isto, que os telespectadores brasileiros tomem conhecimento de um curso de transformações progressistas que avança em vários países da região. Aliás, a Telesur já foi bastante difundida nacionalmente no Brasil por meio de convênio com a TVE do Paraná,, até o ano de 2010. Seria apenas levar ao terreno da comunicação políticas de cooperação que já existem nos planos econômico, político, educacional, de saúde, seja com a Venezuela, com Cuba, com a Bolívia e Equador, todos sócios da Telesur.

Apesar destes obstáculos, a Telesur consegue cada vez mais presença e visibilidade mundialmente, comprovando o acerto de uma decisão que era considerada visionária, e vai levando na prática jornalística o seu lema “Nosso norte é o sul”, com o que prova e convida: um outro jornalismo é possível! E urgente!


Prêmio para Softwares Livres

De Campos & Bravo


25/07/11




Participe da V Edição do Prêmio Ação Coletiva

O anúncio da quinta edição do Prêmio Ação Coletiva aconteceu durante a abertura do 12o Fórum Internacional do Software Livre, na cidade de Porto Alegre. O anúncio foi realizado pelo titular da SLTI, Delfino Souza. A notícia foi divulgada no Portal SPB e pode ser acessada no endereço http://www.softwarepublico.gov.br/news-item193

Até o dia 09 de setembro serão avaliadas as contribuições dos participantes do Portal SPB. Existe uma diferença para as edições anteriores: as contribuições serão contabilizadas desde o início deste ano. Assim, a premiação passa a atingir os colaboradores que contribuem com maior regularidade.

Os detalhes dos critérios e das regras foram discutidos em reunião da coordenação geral do Portal SPB, que também ocorreu no próprio 12o FISL. Os coordenadores resolveram manter as mesmas regras estabelecidas para o ano de 2010.

Conheça o regulamento da quinta edição da premiação no endereço a seguir:
http://www.softwarepublico.gov.br/reg_acao_coletiva2011

A premiação será entregue na cidade de Brasília em evento organizado conjuntamente com a INTEL, empresa patrocinadora do prêmio. A data da entrega será definida pela comissão organizadora da premiação. A empresa INTEL é patrocinadora pela terceira vez da premiação e a ONG ATA permanece como entidade organizadora do prêmio.

http://www.softwarepublico.gov.br

Teatro Municipal de SP Conhece Capacidade Saltense

Ontem tive o privilégio de estar no Teatro Municipal de São Paulo para presenciar um espetáculo que todos os saltenses deveriam ter visto. 

O evento era o encerramento do XXX ENDA - Encontro Nacional de Dança - realizado pelo SINDDANÇA, dirigido por Maria Pia Finócchio (que faz parte dos juris do Domingão do Faustão, para quem não conhece). Fez parte dos eventos comemorativos ao centenário do mais importante teatro de São Paulo e um dos mais importantes do país. 

Nossos meninos e meninas do Faces Ocultas foram convidados para apresentarem uma de suas coreografias. Ao todo foram 14 coreografias entre grupos que participaram do ENDA  e convidados. O Faces faz parte do primeiro dos grupos. 

Iara, minha sobrinha, que também faz parte da Cia, antes da apresentação

Apesar de uma segunda-feira, o teatro estava tomado. Certamente umas mil pessoas ali estavam para acompanhar as apresentações. 

Uma pequena parte da plateia

O predomínio foi das danças clássicas - das 14 que se apresentaram, dez eram nesse estilo. Nosso grupo apresentou uma de suas coreografias mais belas: PROPAROXÍTONA. Ela faz parte de um trabalho completo já apresentado duas vezes em Salto (no aniversário da Cia. e no Congresso da Educação): 1964. Tive o privilégio de ver as duas vezes. 

A apresentação do Faces foi a primeira depois do intervalo. Magnifico como sempre, o grupo apresentou-se muito bem. Ao final da apresentação, a grande surpresa: o teatro veio abaixo, numa ovação que nenhuma outra coreografia da noite teve. Muitos e muitos aplausos. A plateia em pé fez questão de aplaudir seguidamente o belo trabalho apresentado. Como estava na parte mais alta do teatro tive a oportunidade de conferir quantas das coreografias teve aplausos em pé: além do Faces somente um Pas-de-deux muito bonito apresentando trechos do Cisne Negro com Priscilla Yokoi e Carlos Quenedit (mexicano). Ou seja, nossos meninos e meninas encantaram o público do Teatro Municipal de São Paulo. E de saltenses no meio daquela multidão, talvez umas quarenta pessoas, mostrando que realmente o espetáculo apresentado agradou e muito aos que ali estavam. 

Homenagem aos coreógrafos no final - Arilton está bem no meio.  A foto mostra bem onde eu estava
 
Neste post quero parabenizar ao grupo e dizer do meu contentamento em ver sua trajetória de sucesso, sendo cada dia mais solidificada. Desta feita em um espaço que é mágico e que já teve em seu palco as maiores apresentações de teatro, dança, música e outras desse nosso país e do mundo. 

E por falar em espaço, o Teatro Municipal de São Paulo foi restaurado para as comemorações de seu centenário. Ficou muito bonito. Vale a pena quem ainda não foi, ir visitá-lo. 

Ismenia ao lado do busto de Carlos Gomes

Placas de homenagens. Ismenia ao lado da de Eliezer de Carvalho - seu mestre




























E aos componentes do Faces Ocultas novamente os parabéns pelo magnifico trabalho e pelos resultados alcançados que foram muito bem sintetizados na noite de ontem. 

 

segunda-feira, 25 de julho de 2011

O Complexo de Vira Lata - Artigo

Da Carta Capital

Até os jornais brasileiros tiveram de noticiar. Uma força-tarefa criada pelo Conselho de Relações Exteriores, organização estreitamente ligada ao establishment político/intelectual/empresarial dos Estados Unidos, acaba de publicar um relatório exclusivamente dedicado ao Brasil, -pontuado de elogios e manifestações de respeito e consideração. Fizeram parte da força-tarefa um ex-ministro da Energia, um ex-subsecretário de Estado e personalidades destacadas do mundo acadêmico e empresarial, além de integrantes de think tanks, homens e mulheres de alto conceito, muitos dos quais estiveram em governos norte-americanos, tanto democratas quanto republicanos. O texto do relatório abarca cerca de 80 páginas, se descontarmos as notas biográficas dos integrantes da comissão, o índice, agradecimentos etc. Nelas são analisados vários aspectos da economia, da evolução sociopolítica e do relacionamento externo do Brasil, com natural ênfase nas relações com os EUA. Vou ater-me aqui apenas àqueles aspectos que dizem respeito fundamentalmente ao nosso relacionamento internacional.

Logo na introdução, ao justificar a escolha do Brasil como foco do considerável esforço de pesquisa e reflexão colocado no empreendimento, os autores assinalam: “O Brasil é e será uma força integral na evolução de um mundo multipolar”. E segue, no resumo das conclusões, que vêm detalhadas nos capítulos subsequentes: “A Força Tarefa (em maiúscula no original) recomenda que os responsáveis pelas políticas (policy makers) dos Estados Unidos reconheçam a posição do Brasil como um ator global”. Em virtude da ascensão do Brasil, os autores consideram que é preciso que os EUA alterem sua visão da região como um todo e busquem uma relação conosco que seja “mais ampla e mais madura”. Em recomendação dirigida aos dois países, pregam que a cooperação e “as inevitáveis discordâncias sejam tratadas com respeito e tolerância”. Chegam mesmo a dizer, para provável espanto dos nossos “especialistas” – aqueles que são geralmente convocados pela grande mídia para “explicar” os fracassos da política externa brasileira dos últimos anos – que os EUA deverão ajustar-se (sic) a um Brasil mais afirmativo e independente.

Todos esses raciocínios e constatações desembocam em duas recomendações práticas. Por um lado, o relatório sugere que tanto no Departamento de Estado quanto no poderoso Conselho de Segurança Nacional se proceda a reformas institucionais que deem mais foco ao Brasil, distinguindo-o do contexto regional. Por outro (que surpresa para os céticos de plantão!), a força-tarefa “recomenda que a administração Obama endosse plenamente o Brasil como um membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas. É curioso notar que mesmo aqueles que expressaram uma opinião discordante e defenderam o apoio morno que Obama estendeu ao Brasil durante sua recente visita sentiram necessidade de justificar essa posição de uma forma peculiar. Talvez de modo não totalmente sincero, mas de qualquer forma significativo (a hipocrisia, segundo a lição de La Rochefoucault, é a homenagem que o vício paga à virtude), alegam que seria necessária uma preparação prévia ao anúncio de apoio tanto junto a países da região quanto junto ao Congresso. Esse argumento foi, aliás, demolido por David Rothkopf na versão eletrônica da revista Foreign Policy um dia depois da divulgação do relatório. E o empenho em não parecerem meros espíritos de porco leva essas vozes discordantes a afirmar que “a ausência de uma preparação prévia adequada pode prejudicar o êxito do apoio norte-americano ao pleito do Brasil de um posto permanente (no Conselho de Segurança)”.

Seguem-se, ao longo do texto, comentários detalhados sobre a atuação do Brasil em foros multilaterais, da OMC à Conferência do Clima, passando pela criação da Unasul, com referências bem embasadas sobre o Ibas, o BRICS, iniciativas em relação à África e aos países árabes. Mesmo em relação ao Oriente Médio, questão em que a força dos lobbies se faz sentir mesmo no mais independente dos think tanks, as reservas quanto à atuação do Brasil são apresentadas do ponto de vista de um suposto interesse em evitar diluir nossas credenciais para negociar outros itens da agenda internacional. Também nesse caso houve uma “opinião discordante”, que defendeu maior proatividade do Brasil na conturbada região.

Em resumo, mesmo assinalando algumas diferenças que o relatório recomenda sejam tratadas com respeito e tolerância, que abismo entre a visão dos insuspeitos membros da comissão do conselho norte-americanos- e aquela defendida por parte da nossa elite, que insiste em ver o Brasil como um país pequeno (ou, no máximo, para usar o conceito empregado por alguns especialistas, “médio”), que não deve se atrever a contrariar a superpotência remanescente ou se meter em assuntos que não são de sua alçada ou estão além da sua capacidade. Como se a Paz mundial não fosse do nosso interesse ou nada pudéssemos fazer para ajudar a mantê-la ou obtê-la.

Sérgio Nobre - Cuidados Necessários

Companheiro de várias lutas no passado (enquanto fui sindicalista), Sérgio Nobre hoje tem a tarefa de presidir o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC - a maior referência sindical do país. Na entrevista abaixo ele aponta as preocupações necessárias para um crescimento sólido e consistente de nossa indústria. Abraços Companheiro!

Do VioMundo

sugestão do Igor Felippe, na Radioagência NP

A participação da indústria brasileira na composição do Produto Interno Bruto (PIB) caiu pela metade em menos de 30 anos. Um levantamento feito pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) apontou que atualmente o setor representa apenas 15,8% das riquezas geradas no país. Em 1984, respondia por 35,9% da soma total.

No período avaliado, o emprego no setor também caiu. Em 1985, a indústria concentrava 30,6% dos postos de trabalho e agora emprega apenas 17,4% do contingente de trabalhadores.

No último dia 8 de julho, os metalúrgicos do ABC de São Paulo realizaram uma manifestação que reuniu aproximadamente 30 mil trabalhadores. Eles interromperam o tráfego na Via Anchieta e alertaram o governo federal e a sociedade para o risco da desindustrialização no Brasil.

O presidente do sindicato, Sérgio Nobre, revela que lutar pela sobrevivência da indústria é tão importante quanto garantir melhores condições de trabalho. Em entrevista à Radioagência NP, ele questiona a baixa competitividade do setor e defende investimentos em tecnologia.

Radioagência NP: Sérgio, o que motivou 30 mil metalúrgicos a ocuparem as ruas?
Sérgio Nobre: Nós não queremos ser apertador de parafuso ou produtor de bugigangas na indústria. Queremos ter alta tecnologia, produzir computadores, aviões, automóveis. E não é o que está acontecendo no Brasil. Se você quiser acessar o mercado chinês, tem que assumir compromisso com o Estado chinês. Você vai montar a fábrica lá, o controle acionário é do Estado, você vai ter que transferir tecnologia e desenvolver lá o produto que você vai produzir. No Brasil é diferente, quem quer assumir o mercado brasileiro – e todo mundo quer – vem de qualquer maneira, produz em seu país de origem, manda para cá em caixas, feito “Lego” e a gente monta.

Radioagência NP: No ano passado, o Brasil bateu um recorde na geração de empregos. Como isso refletiu na indústria?
SN: Essa geração de empregos não é na indústria de transformação, que é o que mais agrega valor. E quando ocorre na indústria, não é emprego qualificado. No ano passado, o Brasil importou 600 mil automóveis. Se eles fossem produzidos aqui, seriam 105 mil novos postos de trabalho só no setor automotivo. Neste ano, a projeção é de importar um milhão de automóveis. É mais do que a Volkswagen – que é a maior produtora no país – produziu no ano passado inteiro.

Radioagência NP: O que se deve fazer para que a indústria brasileira seja competitiva?
SN: O Brasil está virando um exportador de commodities, de matéria primária. Então, aquilo que é de alta tecnologia vem dos países centrais. Aquilo que não tem tecnologia, nós estamos disputando e perdendo – em função do câmbio valorizado, inclusive – para a China, Índia, México. Precisamos ver o que está vindo de fora, sejam máquinas, equipamentos ou automóveis e traçar um plano para produzir internamente, que é o que a China faz. Se ela não tem tecnologia para produzir determinado produto, ela importa, mas ao mesmo tempo ela traça um plano para, em determinado tempo, deixar de importar e produzir em seu próprio país.

Radioagência NP: Que avaliação você faz da greve dos funcionários da Volkswagen, no Paraná, que durou 37 dias?
SN: A ideia de a indústria ir para outros lugares é a de pensar o país como um todo, pensar a indústria nacional e o papel da indústria automobilística nesse contexto. Então, eu vejo com alegria o movimento dos trabalhadores no Paraná porque é isso mesmo que tem que fazer. Se o preço do automóvel é igual em todos os estados, custa a mesma coisa, por que o salário lá é menor? Não faz sentido. Os trabalhadores assimilaram isso e estão reivindicando, o que é muito justo.

Radioagência NP: Mas a descentralização das indústrias não é boa para o país?
SN: As grandes nações do mundo têm uma indústria automobilística muito forte. O Brasil também, mas não pode ficar concentrado só em São Paulo. O que a gente dizia era o seguinte: se for para outras regiões em busca de benefícios fiscais e salários baixos, é ilusão, porque os incentivos fiscais passam e depois de dez anos você precisa pagar os mesmos impostos de São Paulo. O salário baixo, com o tempo os trabalhadores percebem que têm potencial para reivindicar, tem parâmetro de comparação e buscam equiparação. Isso faz parte de processo e estamos vendo isso na China. Lá os salários são baixos, mas agora os trabalhadores olham para o mundo e começam a reivindicar também.

Radioagência NP: Como a pauta da desindustrialização está sendo discutida com os trabalhadores?
SN: Não adianta ficarmos discutindo como melhorar as condições de trabalho e o salário, se a indústria está em jogo, se a sobrevivência dela está ameaçada. Uma coisa está ligada na outra. Nossa categoria, graças aos 30 anos de luta, conquistou padrões salariais diferenciados da realidade brasileira, mas temos que pensar na sobrevivência da indústria. E aí, a agenda é com o governo. Então, estamos atuando nas duas frentes.

De São Paulo, da Radioagência NP, Jorge Américo

Versões da Mesma Fala: Qual Vale?

Comentário do deputado Brizola Neto sobre entrevista da Presidenta Dilma a "um pequeno grupo de jornalistas" onde as versões de cada jornal tem diferenças brutais. Vejamos:

Do Tijolaço

Sexta-feira, em cima do lance, este blog  criticou a política de que se promovessem “conversas exclusivas” da Presidenta Dilma, sem direito a gravação, imagens ou divulgação do conteúdo, com grupos de jornalistas, pois isso manietava-a ao que fosse interpretado ou pinçado do contexto, eventualmente, pelos jornalistas.

E usava como exemplo duas chamadas, na Folha e no Estadão, resultante delas.



Entre os cinco jornalistas, ao que parece – não vi a lista – estava também a repórter Cláudia Safatle, do Valor.

Como o Valor não sai no sábado, Safatle publica a entrevista hoje. E sob que título?

‘Tenho compromisso com o controle da inflação’, afirma Dilma

E o texto deixa claro que tudo se passou como supúnhamos na própria sexta-feira: a Presidenta disse apenas que não ia fazer um pacote recessivo para tentar jogar ao solo de um golpe só a inflação. O que era sabido e ressabido de todos.

Leiam só o que diz a repórter do Valor:

“Ao determinar, no início do governo, que a economia teria que ter um “pouso suave”, com desaceleração paulatina do crescimento e manutenção de uma “razoável” oferta de emprego, a presidente Dilma Rousseff delimitou o raio de ação do Banco Central para o controle da inflação.

“Desde o início fizemos uma pauta clara: controlar a inflação e, para isso, fazer um ajuste na nossa política de gastos com custeio e investimentos e, também, cumprir o superávit primário que nós nos comprometemos a fazer”, disse a presidente, em conversa com um pequeno grupo de jornalistas.

“Fazer a convergência da inflação para a meta de 4,5% no curtíssimo prazo seria danoso. Derrubaria o crescimento econômico para zero e não resolveria a inflação”, argumentou a presidente, explicando que uma contração da atividade econômica para derrubar os preços acabaria por comprometer o aumento da oferta, necessário para que o país cresça sem pressões inflacionárias.

Ela chamou a atenção para o desempenho fiscal dos primeiros cinco meses do ano, quando o governo central produziu superávit primário de R$ 45,5 bilhões, mais da metade do compromisso para o ano -R$ 81,7 bilhões.

“Estamos com sobra e não vamos gastar essa sobra, porque tenho compromisso com o controle da inflação”, garantiu. “Estamos usando todos os instrumentos que todos concordam que têm ser usados para conter a inflação. E estamos tentando isso com algum sucesso.”

Como se vê, algo totalmente diferente do informado nas chamadas de sexta-feira.

E o que a Presidenta disse, mesmo? A lógica e a coerência do texto de Cládia Safatle, com muita citação e pouca interpretação do que disse a Presidenta, nos faz crer que é o que está escrito aí acima. 

O que, em lugar de fazer as pessoas crerem que Dilma não pretende controlar a inflação, mostra exatamente o contrário.

Bem, mas um humilde blog não pretende dar lições a gente tão festejada na comunicação que acha que a voz da Presidenta pode ter dono.

sábado, 23 de julho de 2011

O Preconceito na Tragédia

Três posts interessantes que mostram muito bem como o preconceito é pernicioso.

Do Luis Nassif

Por droubi
Olha o que a pressa dos colonistas faz:

22/07/2011 - 21h12

Clóvis Rossi: Terrorismo não tem lógica
DE SÃO PAULO

Se você tivesse que escolher uma cidade na qual um atentado terrorista seria no mínimo improvável, Oslo, a capital da Noruega, certamente entraria nas suas cogitações, afirma Clóvis Rossi, colunista da Folha.

A tranquilidade desta cidade foi quebrada nesta sexta-feira, quando um duplo ataque --uma explosão que atingiu um prédio do governo no centro de Oslo e um tiroteio no centro de juventude do Partido Trabalhista, na ilha de Utoeya, ao noroeste da capital-- matou ao menos 17 pessoas, segundo a polícia local.

De acordo com as informações, sete das vítimas foram mortas na explosão e ao menos outras dez foram mortas no ataque a tiros. No entanto, o número de mortos deve aumentar.
 
"Terá sido uma resposta à participação da Noruega na guerra do Afeganistão? Ou ao envolvimento do país nas operações militares na Líbia?", questiona Rossi.

"No fundo, a resposta nem interessa. Terrorismo não tem lógica. Nem há país ou cidade realmente a salvo. Basta um ou mais agentes dispostos a matar e morrer no mesmo ato e pronto está armado o cenário para esse tipo de abominável loucura", afirma.

E neste momento ainda tem uma chamada na página principal do site da folha para uma imbecilidade destas.

Por que será que o Clóvis Rossi não lembrou do ataque terrorista daquele norte-americano à sua deputa federal, na hora de fazer sua suposições sobre as origens do ataque?

Por que será que ainda, nesta altura do campeonato, existe este filtro na cabeça de um jornalista tão experiente?




1 - Muita gente estranhou os ataques ocorridos ontem na Noruega.
2 – O G1 publicou matéria dizendo que um grupo islâmico assumiu a autoria dos atentados na Noruega, segundo o 'NY Times'
3 – Menos de duas horas depois o G1 publicou outra matéria dizendo que o militante islâmico negou que assumiu a autoria dos ataques em Oslo
4 – A pessoa presa como suspeita de ter feitos os ataques, o norueguês Anders Behring Breivik, diz ser admirador de Churchill, Mason, anti-islâmico, pró-Israel, ultra-direitista, faz parte ou possui um blog sionista, anti-nazi.
http://supercedure.blogspot.com/2011/07/explosion-en-oslo.html?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+Supercedure+(Supercedure)
5 – Durante visita um dia antes do ataque ao campus de Utøya onde a Liga da Juventude Trabalhista pedia boicote a Israel, Jonas Gahr Store, Ministro das Relações Exteriores da Noruega, disse que a Noruega deve reconhecer o Estado Palestino, que a ocupação deveria terminar e o muro deveria ser demolido imediatamente.
6 – Desde 2005, o Primeiro-Ministro da Noruega, Jens Stoltenberg, figura chave do Partido Trabalhista da Noruega nos últimos 10 anos, servindo como Primeiro-Ministro por três vezes, anuncia que retirará as tropas de soldados do Iraque e já  anunciou que em 2014 retirará suas tropas do Afeganistão:
A partir de dica do @being11

 O homem que invadiu um acampamento da Juventude Trabalhista da Noruega e matou pelo menos 91 pessoas está preso. É norueguês e um tipo perfeitamente nórdico: louro, alto, de olhos claros.
A BBC diz que ele tem , segundo a polícia, “opiniões políticas voltadas para a direita, anti-islâmicas”.
Pelo fato de ter comprado seis toneladas de fertilizantes, a partir dos quais se pode produzir explosivos, ele também é suspeito do atentado contra os escritórios do governo norueguês, também do Partido Trabalhista.

Se fosse um árabe, a esta altura muitos estariam clamando por retaliações.

Mas não é.

Será que são preciso situações monstruosas como esta para que a gente pare de raciocinar com racismo e preconceito religioso?

Quem não se lembra que, aqui, buscou-se relacionar o atirador de Realengo com o islamismo? E agora, quando precipitadamente atribuíram a explosão a uma organização árabe.

É este tipo de intolerância que alimenta os delírios racistas  que alimenta personalidades doentias capaz de tais loucuras.

Tragédia na Noruega

Do Luis Nassif

"Parecía un paisaje de guerra" · ELPAÍS.com

"Parecía un paisaje de guerra"

Pasados los primeros instantes de confusión, testigos destacan la calma de los noruegos y su asombro ante un fenómeno desconocido para ellos
T. TROTTA / M. MERTENS / J. LOSA | Madrid 23/07/2011

Sigue la última hora sobre los ataques en Oslo.
"
Parecía un paisaje de guerra". Así describía en la tarde de ayer Einar Hagvaag, periodista del diario noruego Dagbladet, las inmediaciones de la sede del Gobierno en el centro de Oslo tras el ataque terrorista. "La primera planta casi ha desaparecido, los accesos han quedado destruidos", explicaba por teléfono con voz temblorosa.

"Supe desde un primer momento que se trataba de un atentado. Por mi experiencia como corresponsal en lugares como Beirut o Jerusalén he escuchado este ruido otras veces, es inconfundible". Además, "pese a que somos un país muy rico en gas, lo exportamos casi todo, no se utiliza apenas en las cocinas, de modo que no dudé".

Hagvaag cuenta que se encontraba en la sede del periódico, un edificio de seis plantas próximo al lugar de los hechos, en el momento de la explosión escribiendo un artículo sobre la reciente cumbre de la Unión Europea. "Inmediatamente todos los redactores nos asomamos al ventanal desde el que se divisa el puerto de Oslo, la ópera y el cuartel general del Gobierno. Una nube de polvo enorme cubría el edificio en el que el primer ministro tiene su oficina".

"En toda mi vida no he visto nunca a un soldado noruego en las calles de Oslo. Para un noruego esto es algo inimaginable", continúa el periodista. "La gente se ha quedado estupefacta, se preguntan ¿cómo puede ocurrir esto aquí?, pero mantienen la calma, no sienten rabia ni indignación".

John Larsen, que trabaja en un edificio a unos 50 metros del lugar del atentado, también destaca la tranquilidad de los noruegos. Con una buena dosis de sangre fría, las personas abandonaron las oficinas.

"Un amigo que se encontraba a mi lado había estado en la guerra de Afganistán y directamente supo que era una bomba". Larsen pudo ver la explosión y los daños al edificio gubernamental desde la ventana de su despacho. Inmediatamente se dirigió a la calle, donde se encontró con grandes cantidades de cristales destrozados en el suelo.

"Salimos a la calle por la puerta trasera, por lo que ya no podíamos ver nada del edificio destrozado. Afuera había muchísima gente, pero la mayoría no sabía qué había pasado, solo había oído la explosión", cuenta este testigo presencial en conversación telefónica.

Larsen es de los pocos que ayer estaba trabajando. Julio es el mes de las vacaciones en Noruega. El momento de la explosión, sin embargo, era hora punta. Eran las tres y cuarto de la tarde, pocos minutos después de finalizar la jornada laboral en su horario de verano. La explosión tuvo lugar en el centro de la ciudad, donde se encuentran los principales edificios gubernamentales, la sede de un periódico y las sedes de numerosas empresas.

Joar Saether, directivo de Microsoft, se encontraba en su despacho, a unos 100 metros del lugar de la explosión. Normalmente trabajan 200 personas en su edificio, pero ayer no había más de 60. Al escuchar el estruendo, miró por la ventana y vio una gran nube gris. "Pensé que algo se había caído, pero tuve poco tiempo para pensar". Una vez en la calle, Saether ya sospechaba que podía tratarse de una bomba.

El directivo de Microsoft en Oslo no se lo podía creer: "Los noruegos estamos muy confundidos. Hasta ahora, este tipo de noticias solo las habíamos visto por televisión. No entendemos nada. Queremos saber qué es lo que ha pasado".

Más de un tercio de los casi cinco millones de habitantes de Noruega vive en la capital. La tarde de ayer, sin embargo, las calles de Oslo estaban vacías. Entre otros motivos porque la policía acordonó buena parte del centro de la capital y aconsejó a los habitantes de Oslo que regresaran a sus casas. La policía había hecho un llamamiento para que la gente evitara aglomeraciones, especialmente en el centro de Oslo.

Las fuerzas de seguridad acordonaron la zona y evacuaron las dependencias gubernamentales y también la estación de ferrocarril de Oslo, mientras que los servicios de emergencia atendían a los heridos.

Muy cerca de la zona, aunque en el subsuelo, la explosión sorprendió a un grupo de españoles de viaje por Oslo. "Estábamos en el metro, íbamos a salir y oímos el ruido", explica Maribel Velayos, que vive en Valencia y tiene 60 años. Forma parte de una excursión de 42 españoles que tenían previsto regresar hoy. "Unos cuantos ya habían salido del metro y han visto gente en el suelo y mucho jaleo". Velayos viajaba en un vagón de la línea dos y estaba a punto de bajar en una estación próxima al lugar de la explosión. "La guía nos ha dicho que no bajáramos", cuenta Velayos, quien esperaba poder salir a cenar fuera para celebrar su última noche del regreso. "No sabemos si podremos porque el centro está cerrado".

Francisco Valseca es un informático de 30 años que lleva 8 meses en Oslo. Él y sus compañeros de oficina sintieron temblar las paredes de su oficina a pesar de estar a ocho kilómetros del lugar de la explosión. Asegura que nadie pensó que fuera nada grave y que imaginaron que habría sido un relámpago. Al regresar a su hogar no observó que el transporte público funcionase mal pero, según indica, la tarde ha sido "un continuo oír de sirenas". A última hora de la tarde, los helicópteros se divisaban desde su ventana, a 4 kilómetros del centro de Oslo.

Ana Rollán, que llegó a la ciudad hace un año de Erasmus y ahora se ha quedado para trabajar, escuchó la explosión desde los 10 kilómetros que separan su casa del lugar del atentado. Ella, y todos su conocidos con los que ha hablado la escucharon desde distintos puntos y distancias de la ciudad. Desde su casa, enganchada a la radio a una una de la madrugada, contaba por teléfono como no se veía a nadie por la calle, y como nunca había visto a los noruegos tan nerviosos ni aterrados. Algo normal, dice, ante una situación en la que nunca se habían visto "en un país que siempre se ha vendido como el paraíso de la tranquilidad".