quarta-feira, 14 de abril de 2010

Voltando...

Depois de um tempo sem aparecer por aqui por motivos que já descrevi, volto hoje com um computador que ainda não tem seu sistema operacional totalmente definido, mas já me conecta com a internet.

Em termos de sensação pós furto, creio que a marca da indignação e da fragilidade permanecerão por um longo tempo. Sem contar a paranóia da segurança que nos domina a todo instante e em todas as ações. Quem sabe isso também vá embora com o tempo.

Sobre nossa querida cidade, gostaria de falar dois assuntos que acabam se juntando ou se misturando: o primeiro deles é sobre alguns desastres ocorridos com alunos de nossas escolas. Um menino de 12 anos que se acidentou em um passeio no Parque do Lago e perdeu, por conta desse acidente, um dos rins. O assassinato de uma de nossas alunas da EJA de 49 anos ocorrido na porta de uma de nossas unidades na segunda-feira à noite. Tivemos também o falecimento de uma menina que comoveu a todos nós.

O último, uma fatalidade. O segundo, uma demonstração da pouca importância que as pessoas dão a vida humana, seja ela própria, seja de outrem. Aparentemente o assassinato foi motivado por questões de relações amorosas, o que deixa ainda menor a importância que se dá a vida. Vamos aguardar as investigações. E o primeiro, um caso que a família afirma não ter sido atendida a contento no Pronto Socorro da cidade e acabou transferindo a criança para um hospital particular. Em termos de responsabilização, corre em caráter de urgência na prefeitura um processo administrativo para apuração dos acontecimentos.

O segundo assunto está relacionado ao acidente com nosso aluno de 12 anos e o que se tenta fazer do caso. Vivemos em Salto uma clara situação de busca, por parte da oposição ao grupo que hoje administra a cidade, de fatores que possam criar grandes polêmicas. Até ai nada de novidade para quem é do mundo político. A oposição só consegue ser situação se convencer a população de que suas propostas são melhores. E ai algumas oposições usam de qualquer expediente para isso. Inclusive a exploração de casos delicados como o vivido pela família do garoto.

Nesse sentido causa-me espanto a força que se faz para tentar culpar todos pelo ocorrido, como se todos - secretaria da educação, da saúde, médicos e enfermeiros - quisessem que tudo desse errado com o garoto e sua família.

Especificamente na questão da educação, a acusação maldosa de que a secretaria não se preocupou em saber o que estava acontecendo beira o ridículo. Quando leio e escuto esse argumento tento adivinhar o que imaginam, os que escrevem e falam, o que é uma secretaria da educação. Ao mesmo tempo em que dizem que a secretaria não deu atenção alguma ao caso, dizem com todas as letras que o diretor da escola da criança acompanhou de perto tudo o que aconteceu, ajudando inclusive a família, o que é um fato.

Ora, o que é um diretor de escola senão um sujeito das ações da secretaria? O que é um diretor de escola senão um sujeito que representa a secretaria em seu espaço e em suas relações com a comunidade? O que é um diretor de escola senão um agente dinamizador e provocador de todas as políticas da secretaria? Em nossa cidade e em nossa secretaria é assim. Quando um diretor de escola faz bem o seu trabalho é a secretaria da educação que está fazendo. Quando um diretor tem problemas em suas ações é a secretaria da educação que tem os problemas.

E é bom lembrar que no caso específico, todos os acontecimentos foram relatados pelo diretor ao secretário. Até o momento da alta do garoto e seu retorno para sua casa nos foi informado. Dias depois o pai esteve em nossa secretaria para conversar e foi atendido pela nossa chefe de gabinete.

Por que escrevo tudo isto?

Porque uma das táticas da oposição é dividir para ocupar espaços. Tática antiga, tenham certeza, mas que ainda é muito praticada. Enfim, faz parte do jogo. Pena que pessoas bem intencionadas e muitas vezes ingênuas acabam vítimas dessa prática.

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