quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Morre "Zé" Rinck

Na terça-feira de carnaval (mesmo dia que nasceu) faleceu José Rinck, mais conhecido em toda a cidade por Zé Rinck. Enterrado no meio da tarde de ontem, deixou a esposa Maria (Dinha) e seus quatro filhos (Fátima - a mãe de meus filhos - Eliana, Carlos e Cristian).

Pessoa extremamente simpática e responsável, gostava de uma boa prosa e de contar seus "causos" com grande alegria e orgulho. Além de ter sido um brilhante trabalhador, especializado em manutenção mecânica, era um pescador de mão cheia. Adorava ir para o Mato Grosso para suas aventuras de pescaria. Outra grande qualidade era a cozinha: sabia fazer belos e gostosos pratos, como o Feijão Cearense - uma delícia.

Amado pelos filhos e netos (dos quais dois são meus filhos) com certeza deixa muitos exemplos a serem seguidos e preservados por todos eles.

Quando fazia faculdade em Sorocaba, ele e Dinha me ajudaram muito a conseguir avançar em meus estudos. A primeira casa que tive foi nos fundos do quintal de sua casa na Marechal Deodoro. No início da relação com sua filha (eu tinha 15 anos) eu "tremia" de medo dele....rs..., pois tinha uma imagem de durão bastante forte. Mas um pouco mais de convivência com ele isso foi rapidamente derrubado e desde muito cedo passei a admirá-lo. Sempre tive em meu pai e no Zé exemplos muito fortes de vitórias na vida por conta do trabalho e da honestidade, qualidades que até hoje prezo muito e sei que meus filhos também.

Apesar da separação (minha e de sua filha) ter-nos afastado um pouco, sempre que o encontrava tinha muito forte esses valores e características que me alimentam até hoje e que devo a exemplos como meu pai, ele e tantos outros batalhadores da vida.

Na ressurreição que acredito serão esses valores que permanecerão de sua existência: trabalho, honestidade, dedicação, coragem, exemplo de vida, confiança nas pessoas, entrega aos filhos e uma vida simples e rica ao mesmo tempo.

Registro a dor um pouco maior de meu filho, Tiago, que está morando longe daqui e não conseguiu dar fisicamente o adeus ao avô tão querido. Mas registro também a certeza de que não só o fez com muita força, como também já segue há muito tempo os passos e exemplos do avô.

A vida sempre agradece por essas pessoas existirem.

Um comentário:

  1. Anônimo3/3/10 22:28

    Oi Teia!
    Seu texto afaga meu coração.
    Agradecida por ele e pela consideração que sempre soube ter.
    Assim como em voce, os ensinamentos de meu pai enriqueceram minha vida.
    Grande abraco

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