quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Valorização do Profissional da Educação

Do meu site

Todos os discursos de campanha eleitoral, sejam campanhas municipais, estaduais e/ou nacionais, sempre colocam a educação como um dos assuntos mais importantes. Como já escrevi aqui ela se torna um palanque eleitoral.

Hoje queria debater algo de extrema relevância e motivo (segundo minha visão) pelo qual nosso IDEB estacionou nos últimos anos: a valorização do profissional da educação. Não vou falar do que já tentei fazer, pois no mesmo artigo destacado acima, fiz isso. Falarei do que imagino ser importante para nossa rede municipal.

Em primeiro lugar, defendo e defenderei sempre, que os profissionais da educação tenham sua própria estrutura de cargos e salários, aprovadas em lei. Uma estrutura que possibilite no tempo recuperar e colocar esses profissionais no mesmo nível de outras categorias existentes na prefeitura. Quem faria parte dessa estrutura? Todos os que trabalham diretamente com educação nas escolas e na estrutura da secretaria. Hoje, auxiliares administrativos e auxiliares de serviços gerais não fazem parte, mas lidam diretamente com crianças no seu dia a dia. Acho prudente tratá-los também como educadores em seu espaço de trabalho. Evidente que também todos os que hoje já fazem parte.

Depois é necessário uma recuperação negociada no tempo, para os professores e para as ADIs – Auxiliares de Desenvolvimento Infantil – as chamadas “tias” das creches. Tanto uma quanto outra estão em valores demasiadamente defasados em relação às demais profissões.  Além delas, é fundamental revermos os valores dos salários intermediários, como coordenadoras pedagógicas e assistentes de direção, que em alguns casos se torna menor do que professores que se utilizam das chamadas “dobras” de períodos. Também um cuidado urgente deve-se ter com os salários dos diretores de escola e de departamentos – muitas profissões e atividades menos exigentes pagam mais e melhor que nossa prefeitura para essa faixa de profissional.

Importante se pensar na dedicação exclusiva, já que um dos principais objetivos de JUVENIL e JUSSARA – 13 – é a implantação da Escola Integral. Isso exigirá profissionais totalmente dedicados às escolas. E ninguém fará isso se em outras atividades poderá receber mais. E quando falo em dedicação exclusiva não é só do professor: vários outros profissionais farão parte da Escola Integral, como monitores, formadores, etc…

Outro segmento a ser cuidado é o da inclusão das crianças com deficiência. É urgente se pensar para essa atividade no professor auxiliar, ou seja, dois professores para cada turma onde a inclusão seja realidade. Também que exista um pouco mais de interação entre as multifunções, como psicólogas, psicopedagogas e professores. Sempre trabalhar de forma interdisciplinar: esse é o segredo.

Também pensar muito seriamente na questão da alfabetização de nossas crianças. O chamado primeiro ciclo do ensino fundamental precisa estar mais incentivado. Creio que se pensar subsídios (remuneração além do salário) extra salário para os professores que assumirem o ciclo todo enquanto sala de aula, é uma boa alternativa. Outra possibilidade é se pensar em professores auxiliares também para o primeiro ciclo. O principal objetivo aqui é fazer com que a criança de oito anos de idade esteja alfabetizada em sua totalidade.

Nas creches, além do cuidado com o número de vagas ofertadas (maior dos problemas, que tratarei em outro artigo), creio ser importante a capacitação de nossas ADIs, buscando uma formação mínima de magistério para todas elas, além do que já dissemos acima. Outra coisa importante é a seleção desses profissionais. Nossos concursos precisam ser mais elaborados para detectar quem realmente tem aptidões para essa função. Tivemos alguns problemas principalmente nos últimos concursos realizados.

Evidente que tudo isso precisará ser analisado á luz das possibilidades orçamentárias. Quando estava na educação, provei ser isso possível. Todavia, temos observado uma série de novas responsabilidades sendo assumidas pelos atuais administradores de nossa cidade, que podem comprometer isso tudo. Muitos investimentos sendo discutidos, anunciados e que serão pagos pelo próximo prefeito municipal. É fundamental saber o quanto isso comprometerá o nosso orçamento, para termos certeza dos passos a frente que daremos. Em uma situação como a de 2010 não tenho dúvidas de que todas as propostas elencadas aqui seriam possíveis de serem implantadas. Veremos como estaremos em 2012 depois que JUVENIL e JUSSARA – 13 – ganharem as eleições de 7 de outubro.


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