sábado, 28 de novembro de 2009

Extremos se Encontram

Sempre fui defensor da tese de que quem pratica o extremismo esta muito perto daquilo que pretensamente combate. Se considerarmos a vida enquanto movimentos circulares, todo extremo vai tocar "no outro lado".

Digo isto porque já presenciei vários extremistas de esquerda derrepente assumirem posturas e discursos que os radicais de direita invejam. E nesta semana mais um revela-se: Cesar Benjamim.

Um dos fundadores do PT, sempre esteve nos grupos auto denominados de "esquerda do PT". Quando da fundação do PSOL caminhou junto com Heloisa Helena (que também teve seus momentos de "contato" com o outro extremo) enquanto vice na chapa a presidencia.

Dentro do PT e da CUT, sempre considerei esses "companheiros" no mínimo equivocados, já que tudo era motivo para discordâncias. Enfim....

Cesar Benjamim virou cientista político. E essa semana sai com uma pérola publicada na folhona, afirmando que Lula havia "confessado" em um almoço que quando preso tentou "estuprar" um jovem também preso. Melodramático, beirando ao desequilibrio, Cesar faz um relato de suas experiências na prisão, procurando ligar ao que Lula havia "confessado" no tal almoço. Leia aqui o artigo publicado pela folhona.

Como mentira tem perna curta, mesmo que a folhona não admita, os personagens citados por Cesar no seu artigo, imediatamente se posicionaram e mostraram o desequilíbrio vivido por alguém que sempre quis ser uma grande liderança como hoje é Lula, mas nunca conseguiu por conta de seu radicalismo sem causa.

Leia aqui a declaração do delegado que na época acompanhou a prisão de Lula e de Paulo de Tarso, que estava no almoço citado por Cesar.

Aqui, as declarações de Silvio Tendler, também presente no almoço.

Aqui e aqui, um pouco do perfil de Cesar Benjamim, que tentei descrever no início deste post.

Lamentável não é o papel da folhona, que todos sabemos para que trabalha. Lamentável é vermos a decadência de um pretenso lider da década de oitenta e a pobreza de um dito cientista político. Antes que me acusem de "agora que o 'cara' põe a boca no trombone você diz que ele não merece ser ouvido", quero deixar muito claro para todos e todas: Nunca acreditei e sempre considerei um entrave para o desenvolvimento do partido posturas como as de Cesar Benjamim. Acompanhei toda a construção do partido e tenho claro o que representaram pessoas como esse que agora faz esse tipo de papelão. Não me surpreende, apesar de condenar de forma veemente.

A folhona? Bem, a folhona ainda terá um final melancólico.

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