segunda-feira, 1 de agosto de 2011

CUT Responde Estadão

Do Blog do Artur Henrique

A CUT contra os interesses do Estadão. Resposta da Central ao editorial de domingo

O editorial do jornal O Estado de S. Paulo de domingo, dia 31, (A CUT contra o resto) tem inúmeros equívocos. Por desinformação ou má fé, com seu típico ranço coronelialista do século passado, o Estadão, que se proclama democrático e reclama contra a censura, não aprova a participação dos trabalhadores nas discussões sobre as políticas públicas em elaboração dentro do governo.

Para o jornal, os dirigentes cutistas não têm qualificação para exigir alterações em projetos do governo para garantir os direitos dos trabalhadores. É claro que o Estadão ataca de forma mais contundente a CUT, a central mais atuante na defesa da classe trabalhadora. Ataca e não dá à central o direito de resposta – pedido que fizemos antes de publicar este texto, sem sermos atendidos. Essa é a liberdade de expressão que o jornal quer.

Os donos do Estadão não sabem que a defesa de direitos se dá na prática democrática das discussões. A CUT nunca argumentou contra a participação de qualquer outro setor nesta discussão, mas é vítima deste preconceito que ainda hoje persiste como, lamentavelmente, o editorial do jornal escancarou. Eles revelam em seu editorial um país atrasado, retrógrado, que é contra os avanços, a democracia, é contra o desenvolvimento econômico, é contra a distribuição de renda, é contra avanços democráticos, é contra para os trabalhadores.

A primeira frase do editorial fala em um suposto “acesso privilegiado” que a CUT teria tido no governo do presidente Lula. Ora, meus caros Mesquitas, uma mentira escrita várias vezes não se transforma em verdade.

A CUT nunca teve acesso privilegiado no Governo Lula. Até mesmo porque um Governo Democrático e Popular como o de Lula e o de Dilma sabe da importância de ter uma visão republicana, de Estado, com participação de todos os setores sociais. Aliás, a postura de Lula e Dilma é bem diferente da de FHC, PSDB e DEM, que não respeitavam o movimento sindical e ao invés de dialogar, como se espera de um governo democrático, colocavam a polícia para receber dirigentes sindicais em Brasília.

Namoros houve entre aquele governo e uma parcela do movimento sindical, só que para retirar direitos dos trabalhadores – coisa que a CUT e suas entidades filiadas não deixou acontecer, sem temer posicionar-se contra modismos e cantos de sereia neoliberais.

Quanto à afirmação de que a CUT quer participar de todas as decisões importantes do governo, é claro que é verdade. E não é só do Governo Federal. Ao contrário dos donos do Estadão, a CUT tem legitimidade, representatividade e quadros qualificados para discutir e propor alternativas que garantam os direitos dos trabalhadores em qualquer tipo de decisão importante que o governo esteja pensando em tomar. Isso vale para os Estados e Municípios também. Foi assim, desde o nosso nascimento, em 1983, quando participávamos da luta contra a ditadura, contra a carestia e por liberdades democráticas, enquanto alguns veículos de imprensa preferiam apoiar o golpe militar, as torturas etc.

Leia na íntegra a resposta_ao_estadao.

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