segunda-feira, 25 de maio de 2009

Nossa Imprensa

Como todos sabem em Salto a imprensa não tem um jornal diário. Temos os semanais (aos sábados) e um chamado Jornal de Quarta, que transforma um deles em jornal bi semanal.

Hoje tentarei comentar algumas das notícias do final de semana, mas antes disso, queria comentar um fato que coloca em disputa dois dos nossos jornais: Taperá e Jornal Estância.

Trata-se das concessões públicas. Como todos os saltenses também sabem, o proprietário do Jornal Estância fez uma denúncia de favorecimento da lei que aprovou a concessão do Estádio Municipal para o Show de Bola, propriedade da empresa Auto Ônibus Nardelli. A denúncia acabou levando a justiça realmente a dizer que não poderia ser do jeito que foi. Em sua defesa, a Prefeitura Municipal então, perguntou das outras concessões que existem na cidade cuja base legal é a mesma da feita para o Estádio Municipal, citando o caso das Faculdades Santana. A justiça manteve a impugnação do caso do Estádio Municipal e tende a se manifestar da mesma forma sobre a das Faculdades Santana. Há algumas semanas, os comentários apontam para mais uma, feita no passado: da Rodoviária, cedida para o Lar Frederico Ozanan, que em Salto mantêm uma casa para idosos.

A polêmica surge, pois um dos sócios do Jornal Taperá é exatamente um dos proprietários da Auto Ônibus Nardelli.

O quadro hoje é mais ou menos o seguinte: Taperá dizendo que, apesar de legal a posição da justiça prejudicará toda a cidade e aponta para o proprietário do Jornal Estância, que por sua vez diz que só está fazendo seu papel de cidadão, eximindo-se, todavia do caso das Faculdades Santana e do caso da Rodoviária, pois segundo o que diz, não denunciou.

Neste final de semana as farpas entre os dois jornais aumentaram. E nós, o que dizer disso tudo?

Bem, pessoalmente acho que vivemos uma quase ditadura do judiciário. Não existe por parte dele nenhuma avaliação conjuntural quando expede uma sentença. Por outro lado, no caso específico analisado, parece que a justiça tem razão. E se tem razão, todas as concessões do passado precisarão ser revistas. Todas, já que uma foi impugnada e estava na mesma base jurídica das passadas.

Quanto aos dois jornais, acho que poderiam baixar a bola e não procurarem mais autodefesas, pois é isso que começa a passar para os leitores.

Quanto às Faculdades Santana e ao Lar Frederico Ozanan, tanto eles quanto a Prefeitura terão que cumprir o que determinar a justiça.

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