domingo, 28 de março de 2010

Rapidas do Domingo

Hoje não tive muito tempo para "passear" pela internet. Tivemos um grande encontro de família aqui em casa com a presença de meu filho Tiago, que volta para a França na quarta-feira.

Agora, enquanto aguardo o desfecho da Paixão de Cristo de hoje lá na Praça XV, levantei alguns poucos assuntos.

Primeiro, acho importante uma opinião rápida sobre a Paixão, que assisti ontem. Enquanto espetáculo parece que a Praça XV não ajuda na beleza e grandiosidade. Senti uma apresentação tímida e um tanto quanto com falta de brilho e grandeza. Talvez a única cena que lembrou isso foi a da ressurreição, com vários efeitos e muitas bailarinas ocupando os espaços. Uma outra coisa que ainda espero ver na Paixão de Cristo aqui de Salto é um Jesus menos piegas (e não se trata dos artistas, mas da forma como sua vida é encarada). Todavia, acho difícil até por uma questão de respeito à cultura popular, alguém ousar tanto e mostrar um Jesus realmente profeta e transformador, com uma Maria que revolucionou todas as formas de organização, sendo inclusive calada muitas vezes. Enfim, acho que é pedir demais...

Um outro assunto que achei agora à noite e considero importante é um demonstrativo que explica em parte a grande mudança do jornalista Gilberto Dimenstein. Há anos passados era um ícone do jornalismo questionador e opinativo. De uns tempos para cá uma mudança significativa, inclusive com artigos escritos que jamais pensaríamos em ler no passado recente. E, como sempre, na net encontram-se as respostas. O blog da NaMaria News foi fundo e traz uma possível explicação. Veja aqui.

O outro assunto é a pesquisa DataFolha divulgada ontem. Um resultado inesperado até para seus próprios jornalistas, como alguns manifestaram na edição de hoje. Dilma caindo, quando todos os outros institutos, inclusive o IBOPE, indicam uma subida constante de Dilma. Algumas questões surgem como estas feitas pela netinha de um engenheiro:

O inexplicável aumento de vantagem do Serra sobre a Dilma (Datafolha)

Minha cabeça de engenheiro sempre exige explicações racionais para explicar números de pesquisas de opinião. Minha neta de três anos não é engenheira (ainda), mas gosta que eu explique tudo com lógica.
Diante dos últimos resultados do Datafolha, que mostram um aumento na vantagem do Serra sobre a Dilma, de cinco para nove pontos percentuais, ela me fez as seguintes perguntas:

1. A Dilma não cresceu 20% na pesquisa espontânea, passando de 10% em fevereiro para 12% agora em março?
2. O Serra não ficou estagnado em 8%, na espontânea, nesse mesmo período?
3. A rejeição ao Serra não se manteve no mesmo patamar de 25%, entre a pesquisa anterior e esta?
4. A rejeição à Dilma não se manteve no mesmo patamar de 23%, no mesmo período?
5. Houve algum fato novo relevante para o crescimento do Serra?
6. Será que inauguração de maquete de ponte e demolição de prédio foram suficientes para aumentar a indicação de voto no Serra?
7. Houve algum fato relevante para a estagnação com ligeiro decréscimo da Dilma?
8. A Dilma não continuou inaugurando obras importantes todos os dias?
9. Se a porradaria (desbocada essa menina) das Organizações Serra em cima do Zé Dirceu e do Vaccari tivesse interferido na avaliação dos eleitores pesquisados não seria natural o aumento da rejeição à Dilma?
10. Finalmente, o aumento da avaliação do governo Lula, que atingiu o recorde nas pesquisas do Datafolha com 76%, não taria vantagem para a Dilma em vez de trazer vantagem para o Serra, como tenta demonstrar a Folha de São Paulo?

Pois é....

Vejamos, então, algumas opiniões. Primeiro, de onde tirei o texto acima: do blog do Miro, uma primeira análise de quem acredita (como eu) na vitória de Dilma.

A segunda, dúvidas lançadas inclusive pelos próprios jornalistas da folhona.

E a terceira, uma análise mais técnica das pesquisas, fazendo o que experienciei na primeira campanha do Geraldo e Juvenil: as pesquisas, na sua somatória, mostram tendências. Quando se consegue ler as tendências é possível vislumbrar um resultado futuro.

É isso. Espero que gostem.

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