domingo, 12 de junho de 2011

Colégio São Bento - RJ

Se você leu o último post e ficou intrigado: o que afinal aconteceu no Colégio São Bento? abaixo algumas notícias que recuperei pela internet. O que se percebe, na minha modesta opinião, é que nada mais pode. A brincadeira descrita pelo menino acusado de bullying pelos jornas e até pela polícia (pois é.... educação virou caso de polícia....deprimente) cansei de ver e até de praticar (mesmo com minha perna limitada) nas épocas de escola. E muitas vezes sem a intenção de segurar.... Pelo visto fui um praticante ativo de bullying e só agora descobri. Não quero dizer com isso que o problema não existe. Existe e é cada vez mais preocupante. Entretanto creio que está na hora de separarmos o que é efetivamente agressão premeditada das antigas brincadeiras que derrepente viraram agressões.... Caso contrário, o artigo do post anterior está coberto de razão: mais um fenômeno social sendo usado para segregar, separar e acirrar as diferenças de classe. Como diz a entrada do meu blog, posso estar totalmente errado!


Do Dica Quente

Escrito por Georgia Spinck   
Sáb, 04 de Junho de 2011 13:29

Mãe de aluno do Colégio São Bento acusa direção de omissão sobre caso de bullying

Instituição, onde ocorreu suposta agressão de adolescente contra menino de 6 anos, enfrenta ação na Justiça por danos morais.

No momento em que as acusações de agressão entre alunos do Colégio São Bento, no Rio, chegam à esfera policial, a instituição começa a enfrentar também queixas de omissão em casos de bullying. De acordo com o jornal O Globo, a mãe de um aluno entrou na Justiça acusando a direção da escola e professores de terem feito vista grossa para o assédio e até a violência física cometida contra seu filho.

A capitão de fragata da Marinha de Guerra do Brasil Márcia Moraes entrou com uma ação na Justiça contra o colégio por danos morais. A decisão foi favorável ao São Bento e no momento ela recorre da sentença. Márcia afirma que o filho era chamado de gordo, pig, porco e teria chegado a ser agredido por uma professora.

O Colégio São Bento, um dos mais tradicionais do Rio, tem apenas alunos, e está no centro de uma discussão sobre o papel das instituições e dos professores nos casos de agressão e assédio contra os alunos. Inicialmente, a acusação da família de um aluno de 6 anos foi tratada como questão interna, disciplinar, e mantida dentro dos muros da escola. Esta semana, no entanto, a delegada da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente do Rio, Valéria Aragão, afirmou que o bullying e a agressão são crimes, não meras infrações disciplinares.

Em nota, o São Bento classificou a agressão como uma brincadeira. “A ocorrência disciplinar que tem gerado tanto clamor na mídia, nos últimos dias, foi avaliada pelos nossos profissionais que, desde então, têm buscado, incansavelmente, esclarecer os fatos, como uma brincadeira inconsequente, sem intenção de agredir ou machucar, mas que, no entanto, acabou mal, logo, considerada uma falta grave”, diz o documento. A instituição suspendeu o aluno, mas não pretende expulsa-lo. “Nós educadores não podemos desistir de um adolescente de 14 anos ou qualquer outra idade, se não forem esgotados todos os recursos que uma escola dispõe para corrigir algum comportamento ou se redimir alguma falha, sempre trabalhando em consonância com as famílias.”

Os pais do menino agredido prestaram depoimento à DPCA na quinta-feira. Para esta sexta-feira, é esperado o adolescente de 14 anos acusado de agressão, que deve comparecer acompanhado dos pais.
Fonte: VEJA
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OUTRO CASO NA MESMA INSTITUIÇÃO

Agressão no Colégio São Bento foi acidente, diz adolescente de 14 anos durante o depoimento

Gustavo Goulart - Extra/O Globo (Direitos respeitados)
RIO - O jovem de 14 anos acusado de ter agredido uma criança de 6 anos no Colégio São Bento prestou depoimento nesta sexta-feira. Ele alegou que os ferimentos na cabeça e no rosto da criança foram causados por um acidente durante uma brincadeira entre os dois. O jovem foi qualificado como adolescente infrator no Auto de Investigação de Ato Infracional (AIAI) instaurado pela delegada Valéria de Aragão, da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), na quarta-feira passada.
Segundo a delegada, o jovem contou que estava brincando de dar rasteira no menino. Porém, ele não o deixava cair fortemente no chão porque o segurava pelos braços, e, em seguida, o deitava no chão. Quando repetiu o movimento, a criança teria tombado com muita rapidez.
— O jovem relatou que não conseguiu segurar os braços do menino, que, então, caiu com a parte detrás da cabeça no chão. Zonzo, o menino teria se levantado e tentado se segurar numa grade de proteção da quadra de esportes, mas escorregou e bateu com a testa e parte do rosto na mesma, causando os ferimentos que sangraram — contou Valéria de Aragão.
A delegada afirmou que ainda é necessário ouvir outros depoimentos para confrontá-los com a versão do jovem.
— Há uma dúvida. O adolescente diz que aguardou o socorro do lado do menino. Já a criança contou aos pais que procurou ajuda sozinha. A supervisora pedagógica do colégio (Maria Elisa Penna Forte, também ouvida nesta sexta) está ajudando na busca por testemunhas — disse.
Nesta quinta-feira, o pai do aluno de 6 anos havia afirmado que a escola omitiu que seu filho tinha sido agredido na hora do recreio. A afirmação foi feita em carta enviada a pais de alunos da instituição. Segundo o texto, no último dia 26 ele recebeu uma ligação do colégio informando que seu filho havia sofrido um corte na testa em decorrência de um tombo.
Na quarta-feira, a delegada Valéria de Aragão, titular da DPCA já tinha dito, após ouvir o depoimento dos pais do menino de 6 anos, que o fato deve ser sim apurado pela polícia. Um dia antes, o supervisor administrativo do colégio, Mário Silveira, havia dito que o suposto agressor "está sendo mais punido do que o acidentado".

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