quinta-feira, 14 de outubro de 2010

SENSUS - Clara Divisão no País

VioMundo

CNT/Sensus: Serra lidera entre ricos; Dilma entre carentes

do Terra

O presidenciável tucano José Serra, que cresceu em todas as regiões do País conforme levantamento CNT/Sensus divulgado nesta quinta-feira (14), é o preferido pelo eleitorado com maior poder aquisitivo. De acordo com a pesquisa, o ex-governador de São Paulo tem 52,3% da preferência do eleitorado na faixa entre dez e 20 salários mínimos contra 34,9% da petista ex-ministra da Casa Civil. Acima dos 20 salários mínimos, a dianteira de Serra registra a impressionante marca de 70% contra apenas 15% de Dilma Rousseff.

A candidata governista à sucessão do presidente Lula só lidera entre a população mais carente. Na faixa de renda de até um salário mínimo, ela tem 53,3% da preferência dos eleitores contra 36,5% de José Serra. A vantagem da petista é confirmada ainda entre a população que ganha entre um a cinco salários. Neste cenário, Dilma tem 48,1% contra 41,7% do representante tucano na corrida pelo Palácio do Planalto.

A população mais escolarizada também manifestou, conforme o levantamento CNT/Sensus, preferência em votar no ex-governador de São Paulo no turno suplementar do processo eleitoral. Entre aqueles que têm ensino superior, Serra lidera com 48,4% contra 40,5% de Dilma. Na faixa de eleitores com escolaridade até a 4ª série do Ensino Fundamental, em contrapartida, Dilma é a candidata de 52,1% dos entrevistados, enquanto Serra tem 37,6% entre esse público.

A escolha de Dilma Rousseff é verificada ainda no eleitorado do sexo masculino, que tem 49,5% de seus representantes afirmando votar na petista no segundo turno. Entre as mulheres, 44,3% preferem Dilma e 43,5% optam por José Serra.

A pesquisa do Instituto Sensus encomendada pela CNT apontou nesta quinta a liderança da candidata do PT à presidência da República, Dilma Rousseff, com 52,3% dos votos válidos. O tucano José Serra, por sua vez, registra 47,7% da preferência do eleitorado, também considerando os votos válidos. Na pesquisa estimulada, quando são medidos os votos totais, a pesquisa registra, no entanto, empate técnico entre os dois presidenciáveis, com Dilma computando 46,8% e Serra, 42,7%. Nesta situação, votos brancos e nulos chegam a 4,0%. Eleitores indecisos atingem o patamar de 6,6%. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.

Quando computada a intenção de votos de forma espontânea – situação em que ao eleitor não é apresentada uma lista com os candidatos – Dilma Rousseff segue na dianteira com 44,5%, ao passo que José Serra registra 40,4%. Brancos e nulos nessa situação são de 4,0%. Eleitores indecisos são 10,6%.
O levantamento CNT/Sensus ouviu 2 mil pessoas entre os dias 11 e 13 de outubro. Registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número 35560/2010, tem margem de erro de 2,2 pontos percentuais.

 O EFEITO DAS DIFAMAÇÕES

Luis Nassif

Por foo


Difamações ampliaram rejeição a Dilma, avalia Sensus

O diretor do Instituto Sensus, Ricardo Guedes, e o presidente da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Clésio Andrade, atribuíram a um "processo de difamação" contra a presidenciável do PT, Dilma Rousseff, o aumento da rejeição à candidata, indicado na pesquisa do Instituto Sensus divulgada esta manhã. Por causa desse "fenômeno sociológico", o instituto decidiu não fazer um prognóstico sobre o resultado final da eleição.

A pesquisa CNT/Sensus mostrou que 35,4% dos eleitores não votariam em Dilma Rousseff. No levantamento anterior, esse índice era de 32,6%. Já a rejeição ao candidato do PSDB, José Serra, que era de 40,2% caiu para 37,5%. No primeiro turno, a seis dias da votação, o Instituto Sensus divulgou um levantamento apontando a vitória de Dilma sobre Serra, com uma vantagem de oito milhões de votos. Para o diretor do Sensus, Ricardo Guedes, o erro de avaliação decorreu do processo de difamação que "teve peso muito forte na reta de chegada ao primeiro turno".

Segundo Guedes, seria preciso trabalhar com uma margem muito superior de diferença entre os candidatos para arriscar um prognóstico no segundo turno. O levantamento divulgado nesta manhã apontou situação de empate técnico entre os candidatos. O pesquisador Ricardo Guedes afirmou que assiste a um "processo sociocultural inusitado nessa eleição", baseado em estratégias que, de um lado, investem na desconstrução de um candidato, e do outro, potencializam as qualidades do outro postulante.

Clésio Andrade chamou a atenção para o uso da internet nesse processo, bem como para a contratação de pessoas com a missão de desconstruir a imagem dos candidatos nas ruas, nos ônibus, nos trens, entre outros lugares de grande fluxo de pessoas, distribuindo panfletos e pregando cartazes em postes. "São as chamadas matracas", definiu.

Às vésperas da votação em primeiro turno, a candidata do PT tornou-se alvo de correntes difamatórias na internet, bem como por meio de panfletos apócrifos, distribuídos em igrejas, afirmando que se ela fosse eleita, endossaria uma lei favorável ao aborto e à união civil entre homossexuais, fecharia templos e proibiria a liberdade de cultos.


DO BLOGUEIRO> Fica claro a cada dia que passa o real objetivo dos milhares de boatos que permearam a internet no final do primeiro turno e nesse início de segundo turno: nada de religião, aborto, ou qualquer outro "tema polêmico". O real objetivo era reforçar o pensamento conservador e dos ricos em sua proposta de retorno ao poder. Estas notícias mostram isso claramente. Temos a vantagem na pesquisa. Bastante diminuída, é certo, mas temos a vantagem. A hora agora é de encarar a campanha de forma corajosa e responsável, exigindo de quem ainda não se posicionou que diga qual país quer: o conservador, retrógrado e dos ricos ou o do desenvolvimento, dos mais humildes e que mais precisam das políticas públicas. NINGUÉM pode nesse momento ficar sem um posicionamento. NINGUÉM!!!!! Todos devem assumir o país que quer, sob pena de em não se posicionando, favorecer o retorno do retrocesso que pensávamos ser coisa do passado. 


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