quarta-feira, 27 de abril de 2011

Assembléia Mineira Barra Investigação

Brasília Confidencial No 460

Os deputados governistas da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) deram início, na noite desta terça-feira (26), a uma “operação abafa” contra CPI que investigaria repasses de verbas a uma rádio do senador Aécio Neves (PSDB) enquanto ele era governador.

Só em 2010, mais de R$ 210,6 mil em verbas publicitárias foram repassados para a rádio Arco-Íris, transmissora da Joven Pan FM em Belo Horizonte, da qual o tucano é sócio.

Não se sabe ainda quanto foi encaminhado para o veículo de comunicação nos oito anos do Governo Aécio, mas o problema é ainda maior. A irmã de Aécio Neves, Andrea, é sócia majoritária da rádio Arco-Íris e coordenou o Núcleo de Comunicação do Governo, tendo poder de determinar quais rádios receberiam anúncios.

Mesmo assim, o líder da oposição, Rogério Correia (PT), conseguiu apenas 23 das 26 assinaturas necessárias para a abertura da CPI. É o máximo que o bloco oposicionista pode conseguir entre os 77 parlamentares mineiros. A última esperança de prosseguir com a investigação na ALMG, seria que três dos cinco deputados do PDT assinassem o requerimento. Contudo, algumas futuras nomeações de pedetistas pelo governador Antonio Anastasia (PSDB) poderiam conter a CPI.

A assessoria de Aécio alega que foram utilizados critérios técnicos na escolha das rádios que receberiam investimentos publicitários e negou possíveis ingerências de Andrea no direcionamento de verbas.

A Arco-Íris é muita próxima da família de Aécio Neves. A mãe dele, Inês Neves, é uma das sócias minoritárias da rádio, de acordo com registro na Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). A camionete Land Rover preta que ele dirigia quando foi parado, há menos de dez dias, em uma blitz no Leblon, no Rio de Janeiro, está no nome da emissora.


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