sexta-feira, 8 de abril de 2011

Tráfico Humano - Mais Lucro que o Narcotráfico

Dados impressionantes...

Do Luis Nassif

Por raq_uel
Do Outras Palavras
O ultra-lucrativo tráfico humano – 6 de abril de 2011By admin//


Estudo da ONU revela: alimentada pelas restrições anti-migratórias, ação das quadrilhas que ajudam a cruzar fronteiras tornou-se mais lucrativa que venda de drogas

Por Red Voltaire |
Tradução Adital

No México, o tráfico de imigrantes é muito mais lucrativo no México do que o tráfico de drogas. Segundo o representante do Escritório das Nações Unidas para o Controle das Drogas e a Prevenção do Delito, Antonio Mazzitelli, somente em 2010, o tráfico de indocumentados na fronteira com os Estados Unidos deixou lucros de 6.600 milhões de dólares, o que supera consideravelmente os benefícios do narcotráfico.
“Calcula-se que no ano passado o tráfico de migrantes para a fronteira norte com os EUA produziu ao redor de 6.600 milhões de dólares no pais, o que supera os recursos obtidos pelos carteis do narcotráfico aos Estados Unidos”, destacou Mazzitelli, no marco de sua participação no Fórum de Migração e Trata de Pessoas, realizado em Tuxtla Gutiérrez, capital de Chiapas (sudeste do país). Comentou que, em média, cada migrante mexicano paga entre 1.000 e 2.000 dólares. No entanto, precisou que no caso dos centro-americanos, a cifra seria maior.

O funcionário internacional precisou que as redes criminosas que se dedicam ao tráfico de indocumentados “converteram-se em indústrias transnacionais”, que obtêm benefícios daqueles que querem migrar de seus países e os utilizam como “mulas” para transportar drogas sem importar-lhes se isso coloca suas vidas em risco. (…)

O funcionário internacional deixou claro que o tráfico de indocumentados para a fronteira norte é maior do que “o que podem mover de cocaína da Colômbia para os Estados unidos”.

ONU: México entre os países com mais peso no que se refere à trata de pessoas, ao mercado sexual e comercial

Segundo os estudos do Escritório das Nações Unidas para o Controle das Drogas e a Prevenção do Delito (ONUDD), o México se encontra entre os primeiros países do mundo por peso do negócio de trata de pessoas e por desenvolvimento de redes dedicadas às operações de contrabando e traslado de vítimas. Em grande medida isso se deve à localização geográfica do país: extensas fronteira com os Estados Unidos no norte; Guatemala e Belize no sul; e sua posição entre dois oceanos o convertem em uma zona muito vulnerável ante esse problema.

Os altos índices de migração ilegal no México contribuem para o desenvolvimento da violação dos direitos de milhares de pessoas que tornam-se vítimas da demanda de serviços sexuais e de mão de obra barata. Segundo os dados do Instituto Nacional de Migração mexicano (INM), no território do país operam mais de cem organizações dedicadas à trata de migrantes.

As principais vítimas da denominada “escravidão do século XXI” são, em primeiro lugar, crianças e mulheres, os mais vulneráveis ante a privação de liberdade, que constituem em mercado de exploração sexual e comercial e de trabalho forçado. Segundo o Instituto Nacional de Estadística e Geografia (Inegi) do México, anualmente, no país latino-americano se encontram em situação de exploração entre 16.000 e 20.000 crianças, dos quais 80% têm entre 14 e 17 anos de idade.

Avanços das políticas públicas para combater a trata de pessoas no México

No marco do Fórum Internacional de Migração e Trata de Pessoas, o presidente da Associação Nacional de Conselhos de Participação Cívica, Marcos Fastlicht Sackler, convocou a Comissão Nacional de Direitos Humanos (CNDH) e a Organização das Nações Unidas (ONU) para somar-se à elaboração de políticas que assegurem soluções eficazes para os problemas da trata de pessoas no país, pois esse problema não conhece fronteiras e deve ser combatido com a cooperação internacional.

No entanto, apesar da grande dimensão que, no México, adquire o traslado de indocumentados e a trata de pessoas, as medidas aplicadas tanto pelo governo federal quanto pelos governos dos Estados já dá seus frutos: a matéria está sendo discutida no âmbito do legislativo.

Em 2007, foi promulgada a Lei para Prevenir e Sancionar a Trata de Pessoas e seu regulamento, em âmbito federal, foi publicado em fevereiro de 2009. Recentemente, a Comissão de Pontos Constitucionais do Senado da República aprovou as reformas dos artigos 19, 20 e 73 da Lei Geral referente ao problema da trata de pessoas para que esse crime seja considerado um delito da mesma gravidade que o sequestro, a violação, o homicídio doloso ou a delinquência organizada. Segundo ditame, todo tipo de trata de pessoas merece prisão preventiva sem direito à fiança, contrário do que acontece atualmente.

http://ponto.outraspalavras.net/2011/04/06/onu-trafico-de-imigrantes-mai...

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