sexta-feira, 22 de abril de 2011

O Destino dos Doutores no Brasil e na China

Do Luis Nassif


Países ricos estão saturados de doutores, diz a revista "Nature"
Em países como Brasil e China, porém, há mercado para PhDs 
SABINE RIGHETTI
DE SÃO PAULO
Pode ser que já tenhamos mais doutores do que o mercado e as universidades conseguem absorver nos países mais desenvolvidos. A bola foi levantada na última edição da revista científica "Nature", uma das mais conceituadas do mundo.
 
"Alguns países têm uma ciência tão institucionalizada que não irá mais crescer", diz Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor-científico da Fapesp (maior órgão de fomente à pesquisa em São Paulo).
 
Mas não é hora dos doutorandos brasileiros largarem suas teses. A boa notícia é que no Brasil, assim como na China, ainda há espaço para muito mais PhDs. 

"Aqui, o número de jovens precisando de universidades está crescendo e há muitas instituições que carecem de professores", explica Cruz. Além disso, a indústria brasileira está em expansão.

Hoje, o país forma em média 12.000 doutores por ano. O número é cerca de três vezes maior que há dez anos.

Para a "Nature", agora é momento de países como EUA, Japão ou Alemanha reverem suas políticas de formação de "PhDs".

Nos EUA, por exemplo, já é visível os jovens já começam a desistir da academia.

O sistema, no entanto, segue "em alta", sobretudo por causa dos alunos estrangeiros (que representam uma média de 20% do total numa universidade como Harvard).  

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