Do Correio do Brasil
Centenas de jovens espanhóis acamparam neste sábado em Madri e em outras cidades para protestar contra o alto desemprego e a austeridade econômica, desafiando uma proibição de manifestações antes das eleições locais.
O número de manifestantes, apelidados de “os indignados”, deve aumentar ao anoitecer, depois de 25 mil pessoas terem se aglomerado na principal praça de Madri na noite de sexta-feira.
Os manifestantes também se juntaram em Barcelona, Valência, Sevilha, Bilbao e outras cidades, como fizeram durante toda a semana, pedindo para que as pessoas não votem nos dois principais partidos da Espanha, o Socialista, que está no poder, e o Partido Popular, de centro-direita. As eleições locais ocorrerão neste domingo.
Temendo a violência, o governo não reforçou uma proibição a manifestações, que passou a vigorar à meia-noite e proíbe eventos políticos às vésperas das eleições.
- Estou protestando porque não tenho futuro em relação a emprego na Espanha, embora tenha finalizado minha graduação em turismo – afirmou Inma Moreno, de 25 anos, na praça Puerta del Sol.
- Isto aqui deve deixar as classes políticas cientes de que algo não está correto.
Os socialistas, culpados pelos manifestantes pela maneira como lidaram com a crise econômica, devem sofrer as maiores derrotas nas eleições para 8.116 conselhos municipais e 13 dos 17 governos regionais.
O primeiro-ministro, Jose Luis Rodriguez Zapatero, que não conseguiu reduzir a maior taxa de desemprego da União Europeia, atualmente em 21,3%, afirmou que respeita os manifestantes.
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