Brasília Confidencial No 465
O governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo (esq.), e o vice-presidente nacional do DEM, deputado federal Paulo Bornhausen (SC), informaram nesta segunda-feira (2), que vão se desfiliar do DEM e irão para o PSD, legenda recém-criada pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.
“O DEM ficou sem futuro. Estou com 47 anos e não tinha nenhum futuro político no partido", criticou Bornhausen, que está licenciado do mandato parlamentar, pois é o atual secretário de Desenvolvimento Econômico e Sustentável de Santa Catarina.
Já o governador emitiu nota na qual dá a entender que o DEM não consegue mais corresponder aos novos anseios da população brasileira. “As ruas têm apontado, com insistência, a necessidade de uma nova postura de seus dirigentes. Um comportamento que traduza as mudanças positivas que aconteceram em nossa sociedade nos últimos 20 anos. Esse amadurecimento da sociedade brasileira pede, também, uma renovação nas atitudes dos partidos e demais instituições políticas”, escreve Colombo.
O governador será o responsável por informar ao presidente nacional do DEM, senador José Agripino (RN), sobre a saída dos dois. Agripino negou que o partido esteja quase extinto. “Nosso partido não está acabando. Claro que não subestimamos a saída de ninguém, e eles fazem falta, mas não é nada que cause dificuldade para que o DEM siga no caminho da mudança”.
Junto com Colombo e Bornhausen, também devem sair do DEM outros dois deputados federais e sete estaduais de Santa Catarina. O ex-senador Jorge Bornhausen, pai de Paulo Bornhausen e uma das principais lideranças do DEM, também vai deixar a legenda, segundo informou o filho. Interlocutores do governador apontam que o prejuízo será ainda maior e que ele fará um verdadeiro “arrastão” no DEM e em outros partidos de oposição ao governo federal para montar o PSD no Estado.
Integrantes do DEM já admitem que, apenas com a governadora do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini, o DEM deve apresentar o pior desempenho de todos os tempos nas próximas eleições. O número atual de quatro vice-governadores e quatro senadores do DEM também deve ser reduzido antes 2012. O vice-governador paulista Guilherme Afif Domingos e a senadora do Tocantins Kátia Abreu, por exemplo, já migraram para o PSD.
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