terça-feira, 12 de junho de 2012

Deficientes e o trânsito

Acabo de chegar "da cidade", onde estive cumprindo meu papel de namorido neste dia dos namorados, engordando um pouco mais nosso comércio.

Os lugares por onde passei bastante movimentados dando a certeza de que este será mais um bom dia para os lucros daqueles que dependem do consumo para sobreviver. 

Mas não é disso que gostaria de falar. Na verdade é algo muito diferente. 

Pude observar no centro, entre o Convívio e o final da R. 9 de Julho, além do movimento já citado, alguns deficientes transitando pelas ruas e calçadas, assim como eu. Chamou muito a atenção a dificuldade de uma cadeirante em subir da rua para a calçada, apesar das rampas existentes (parece que não foram feitas adequadamente). Também o perigo de uma deficiente física atravessando a rua com suas muletas, mesmo com o sinal fechado. Não sei se é o caso de se pensar alguma coisa mais segura para quem tem dificuldades de locomoção, até porque só o grande movimento de pessoas já é um grande dificultador. 

O que mais me revolta, e sei que esse não é um problema da maioria, é algo que de uns tempos para cá tenho observado por questões óbvias: os estacionamentos reservados para deficientes. 

Um grande avanço, sem dúvida, em nossa cidade (pelo menos nas ruas centrais) é a observação e garantia desses espaços. Todavia, eu que tenho um carro adaptado, tenho as autorizações para me utilizar desses espaços em qualquer cidade, inclusive na minha, confesso fico impressionado com o descaso dos outros motoristas e com a falta de fiscalização observada. Hoje, descendo nossa querida R. 9 de Julho, a partir do Convívio se não me falha a memória temos três estacionamentos privativos de deficientes. Todos ocupados por volta das 11 horas da manhã. O primeiro por uma viatura da GCM; o segundo por um veículo de entregas e o terceiro (ainda bem) por alguém que como eu tem a autorização para se utilizar desses espaços. Acabei estacionando em uma vaga comum, ocupando espaço que poderia ser ocupado pelo entregador ou mesmo pela GCM. 

Muito comum isso: o desrespeito a essas vagas. Em frente ao escritório político do Juvenil - lugar que vou diariamente - cansei-me de observar esses abusos. Entregadores, pessoas que estacionam e ficam horas sem ser incomodadas, as "paradinhas rápidas" que nunca são rápidas. Enfim....

Temos muitas leis que não são observadas. Essa sem dúvida é uma das mais claras. Não observada pelos motoristas de maneira geral e por aqueles que deveriam fiscalizar o cumprimento dela. Os avanços para com as pessoas com deficiência realmente são grandes nos últimos anos. Todavia temos ainda muito o que avançar no que diz respeito aos costumes, as práticas cotidianas que ainda são excludentes e preconceituosas.

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