Acabo de chegar "da cidade", onde estive cumprindo meu papel de namorido neste dia dos namorados, engordando um pouco mais nosso comércio.
Os lugares por onde passei bastante movimentados dando a certeza de que este será mais um bom dia para os lucros daqueles que dependem do consumo para sobreviver.
Mas não é disso que gostaria de falar. Na verdade é algo muito diferente.
Pude observar no centro, entre o Convívio e o final da R. 9 de Julho, além do movimento já citado, alguns deficientes transitando pelas ruas e calçadas, assim como eu. Chamou muito a atenção a dificuldade de uma cadeirante em subir da rua para a calçada, apesar das rampas existentes (parece que não foram feitas adequadamente). Também o perigo de uma deficiente física atravessando a rua com suas muletas, mesmo com o sinal fechado. Não sei se é o caso de se pensar alguma coisa mais segura para quem tem dificuldades de locomoção, até porque só o grande movimento de pessoas já é um grande dificultador.
O que mais me revolta, e sei que esse não é um problema da maioria, é algo que de uns tempos para cá tenho observado por questões óbvias: os estacionamentos reservados para deficientes.
Um grande avanço, sem dúvida, em nossa cidade (pelo menos nas ruas centrais) é a observação e garantia desses espaços. Todavia, eu que tenho um carro adaptado, tenho as autorizações para me utilizar desses espaços em qualquer cidade, inclusive na minha, confesso fico impressionado com o descaso dos outros motoristas e com a falta de fiscalização observada. Hoje, descendo nossa querida R. 9 de Julho, a partir do Convívio se não me falha a memória temos três estacionamentos privativos de deficientes. Todos ocupados por volta das 11 horas da manhã. O primeiro por uma viatura da GCM; o segundo por um veículo de entregas e o terceiro (ainda bem) por alguém que como eu tem a autorização para se utilizar desses espaços. Acabei estacionando em uma vaga comum, ocupando espaço que poderia ser ocupado pelo entregador ou mesmo pela GCM.
Muito comum isso: o desrespeito a essas vagas. Em frente ao escritório político do Juvenil - lugar que vou diariamente - cansei-me de observar esses abusos. Entregadores, pessoas que estacionam e ficam horas sem ser incomodadas, as "paradinhas rápidas" que nunca são rápidas. Enfim....
Temos muitas leis que não são observadas. Essa sem dúvida é uma das mais claras. Não observada pelos motoristas de maneira geral e por aqueles que deveriam fiscalizar o cumprimento dela. Os avanços para com as pessoas com deficiência realmente são grandes nos últimos anos. Todavia temos ainda muito o que avançar no que diz respeito aos costumes, as práticas cotidianas que ainda são excludentes e preconceituosas.
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