Secretaria da Justiça de SP é contra as políticas afirmativas do governo federal. Para defender essa posição um de seus coordenadores afirma ser uma política partidária, por isso a secretaria seria contra. É.... realmente é uma política partidária, de negação que o PSDB sempre fez e fará de todas as propostas vindas do governo federal.
A Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania de São Paulo
vai propor ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) – e à sua base aliada na
Assembleia Legislativa – que derrube qualquer tentativa de transpor
para o Estado a política de cotas raciais praticada pelo governo federal
e outras unidades da federação.
Em abril, o Supremo Tribunal Federal (STF), em votação histórica, foi
unânime em afirmar a constitucionalidade do sistema de cotas, negando
procedência a uma ação do DEM protocolada em 2006. A decisão deu novo
ânimo aos deputados estaduais que, na Assembleia paulista, tentam
transformar em lei estadual essa bandeira do movimento negro.
O mais recente projeto, do deputado Luiz Claudio Marcolino (PT),
tramita na Casa desde maio. Estabelece cotas nas faculdades e
universidades púbicas estaduais para negros, indígenas e portadores de
deficiência. Lideranças do movimento trabalham para que a proposta seja
votada antes do recesso parlamentar.
Mas Antônio Carlos Arruda, responsável pela Coordenadoria de
Políticas Públicas para a População Negra e Indígena de São Paulo,
ligada à Secretaria, avisa que dará parecer desfavorável. Embora se
assuma como defensor das políticas afirmativas, ele rejeita a ideia de
cotas, na qual vê um viés político-partidário. “Pode ao invés de
beneficiar, prejudicar”, diz. Arruda defende um sistema diferente, de
pontuação, já aplicado na Unicamp e em escolas técnicas.
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