8/7/2012 12:05,
Por Altamiro Borges - de São Paulo
Por Renato Rovaiem seu blog –
Na madrugada deste domingo, ao abrir o Twitter vi quase toda a minha Time Line comemorando a vitória de Anderson Silva, mas a TV Globo ainda anunciava a transmissão da luta para daqui a pouco. Só depois de quase 1 hora Galvão Bueno iniciou a transmissão do replay
sem que fosse registrado que a luta já havia se encerrado. Ao
contrário, o narrador teve o desplante de mandar um “voltamos ao vivo”,
como se tudo acontecesse em tempo real.
Acompanhar a trollagem pelo Twitter passou a ser muito mais
interessante do que assistir à luta. Internautas utilizaram o #GloboFail
e o #aovivonaglobo para ironizar a picaretagem. Fatos históricos
passaram a ser citados como se estivessem sendo transmitidos ao vivo na
TV. Entre eles, a chegada do homem à lua e a queda do muro de Berlim.
A piada mais recorrente, porém, era de que o brasileiro Anderson
Silva já estava em casa assistindo “ao vivo” a transmissão de sua
vitória com a narração de Galvão Bueno. O episódio seria apenas cômico se não fosse ilustrativo do nível em que chegou a TV brasileira. A Globo
usa recorrentemente de mentiras para ludibriar seus telespectadores e o
faz achando que ainda estamos nos anos 80, 90, quando a internet era
coisa de cientistas.
Mas o mundo mudou bastante no que diz respeito ao acesso à informação.
Ao abrir o Twitter hoje pela manhã vi que no TT Brasil
o termo que liderava era o #ChupaSonnen, nome do americano falastrão
derrotado por Anderson Silva. E o segundo era #GloboFail . Isso no
momento em que acontecia a transmissão ao vivo da prova de F1, em
Silverstone. Ou seja, ao fim e ao cabo um evento bobo como o UFC acaba
sendo importante para ajudar a desmascarar a forma como essa emissora
lida com seus telespectadores.
Mas há algo que precisa ser dito. Se a Globo é picareta, Galvão Bueno consegue ser ainda pior. Soltar um “voltamos ao vivo” em transmissão de replay
é ir além. Se ficasse quieto o narrador ainda poderia alegar que fez
seu trabalho e que a emissora era a responsável pela tentativa de
ilusionismo comunicativo. Mas que nada, ele quis ser sócio da farsa.
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