sexta-feira, 5 de junho de 2009

Exageros Que Não Cabem

Conversando hoje com nosso vice prefeito, me falava da manifestação ocorrida ontem em frente à nossa prefeitura. Cerca de 20 pessoas, todas ligadas aos sindicatos da cidade, sob o pretexto de uma manifestação contra o aumento da taxa de água, acabaram extrapolando os limites do bom senso e do respeito.

Adjetivos rasteiros e provocações mesquinhas foram registradas de pessoas que tem todos os mecanismos para falar com a estrutura diretiva da prefeitura a hora que quiserem.

As manifestações são salutares, entretanto quando ultrapassam os limites do respeito às pessoas, são difíceis de aceitar. E não é alguém que não conhece manifestações quem está escrevendo. Já fiz, coordenei e participei de muitas. Entretanto, o respeito é uma exigência que em qualquer lugar se coloca.

O mais engraçado, falando especificamente sobre a educação, é que antigos companheiros (enganei-me?) usaram e abusaram das críticas e nunca sequer sentaram-se para uma discussão acerca do que "não está funcionando".

Parece que alguns dirigentes, talvez saudosistas ou mesmo remanescentes do que chamávamos de "esquerda radical", procuram espaço na conjuntura política local para se firmarem como "líderes". Ou mesmo estão "empolgados" por terem em suas fileiras um vereador que, eleito pelo movimento de renovação carismática católica, faz parte da direção de um dos sindicatos saltenses. Certamente terão que aprender muito ainda, principalmente a respeitar as pessoas, já que nada na vida substitui os relacionamentos.

Não estou aqui querendo dizer que não mais acredito nas manifestações. Não só acredito como dentro da educação muitos canais para as pessoas se manifestarem foram criados. O que não concebo é desrespeitar quem nunca fez oposição ao diálogo, à conversa. Mesmo que o tivesse feito, as pessoas não podem ser desrespeitadas. Nenhuma.

O efeito da manifestação? Só o tempo nos mostrará.

A falta de respeito? Certamente marcou e muito precisará ser feito para apagá-la.

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