segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Folhona Não Mudará Jamais

Do VioMundo


19 de Dezembro de 2010 – 17h05

PHA: A Folha tem razão – mensalão era para ser o impeachment

A Folha publicou um caderno especial sobre os 8 anos do Lula: “Crescimento, avanços sociais e escândalos”. A primeira página já tinha ressalvas: “Lula entrega país melhor, mas (sic) imposto é record”. Ah, as adversativas do PiG! Quando a notícia contradiz o editorial, o título tem sempre uma adversativa – lembrou a professora Marilena Chauí.

Por Paulo Henrique Amorim, no Conversa Afiada, via Vermelho

Sobre a comparação do Lula com o FHC, que a Folha não faz (clique aqui para ver a tabelinha). Lula dá de 10 a 0.  Mas … a Folha tem razão.

Ela divide o governo Lula em “AM” e “DM” – Antes do Mensalão e Depois do Mensalão. O que tem o valor científico de dividir o governo Lula em “AGH” e “DGH” – antes do gol da Holanda e depois do gol da Holanda. Ou seja, não vale nada. Mas, significa muito.

A Folha se jacta de ter levado Lula à beira do precipício – do impeachment. Com o furo que o Thomas Jefferson resolveu dar a uma colonista da Folha.

O furador procurou o autor do furo.Uma invenção do PiG …Jefferson tornou-se herói do PiG ao denunciar o mensalão. Mensalão que, como diz o Mino Carta, ainda está por provar-se.

Mas, a Folha tem razão: o mensalão foi a senha para o impeachment. “Segunda feira é o batizado”: e saiu o PiG com a faca entre os dentes a pressionar os DEMO-Tucanos para o Golpe. O Golpe poderia ter saído no momento em que o Duda Mendonça, na CPI dos Correios, confessou que recebia dinheiro lá fora.

Perfeito. A Folha lançava o Golpe, Lula caía e os trabalhistas voltavam para o banco de trás. Como se pretendia em 1932, na brigada em que serviu o “seu Frias”. O impeachment da Folha só não deu certo porque o Fernando Henrique o frustrou.

O FHC sempre pensa nele, primeiro. Ele não queria correr o risco de o presidente José de Alencar dar certo. Por isso, FHC impôs a Teoria do Sangramento, subsidiária da Teoria da Dependência. Deixar o Lula sangrar e fazê-lo chegar um morto-vivo à eleição.

Lá, Fernando Henrique – e não Serra ou Alckmin – lá, FHC voltaria ao Poder nos braços do povo – e da Folha. O sangramento não deu certo. Também não deu certo, porque o Lula já ia para rua defender o mandato, com uns amigos que ele deixou no ABC. E o Golpe tornou-se apenas um marco na História da
Folha – o Golpe que a Folha quase deu.

Interessante que as 16 páginas do caderno “Os anos Lula, OK, mas …” não dediquem um parágrafo ao pré-sal. Nem à maior operação de subscrição de ações da Historia do Capitalismo, a da Petrobras. Nem à substituição do regime de concessão pelo regime de partilha.

Quando o petróleo começar a jorrar do pré-sal, a Petrobrás será 35% do PIB brasileiro. A Folha, francamente, não entendeu nada dos “anos Lula, mas …”. A Chevron e o Cerra entenderam.

Só que a Dilma, também. A Folha até que é mais ou menos, mas …

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