terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Suécos Negam Perseguição à Assange do Wikileaks

Do UOL

Uma promotora da Suécia negou que as acusações que levaram à detenção do australiano Julian Assange em Londres nesta terça-feira (7) estejam relacionadas com seu trabalho no site WikiLeaks.

“Não há nenhum indício de que seja um complô”, afirmou a promotora Marianne Ny, durante uma conferência com a imprensa em Gothenburg, segundo o jornal local “Aftonbladet”.

Assange, 39, é procurado na Suécia para ser ouvido em suposto caso de estupro. Na segunda-feira, a Polícia Metropolitana de Londres recebeu um mandado de prisão contra ele e hoje efetuou a prisão, quando Assange se apresentou voluntariamente a uma delegacia. Com fiança negada, Assange deverá permanecer sob custódia até dia 14, quando se prevê nova audiência judicial.

A promotora Gemma Lindfield, que representa as autoridades suecas em Londres para este caso, afirmou que o caso contém alegações de quatro crimes sexuais que teriam sido cometidos por Assange contra duas mulheres em agosto.

Assange é acusado de “coerção com uso de força” contra uma mulher identificada como “senhorita A” na noite de 14 de agosto. Ele é acusado de segurá-la de modo sexual.

A segunda acusação é que Assange teria “molestado-a sexualmente” ao ignorar seu pedido para usar um preservativo. Em terceiro lugar, o australiano teria “deliberadamente molestado” a senhorita A ao pressionar seu corpo contra o dela.

A quarta acusação diz respeito à “senhorita W”, com quem Assange teria mantido relação sexual, sem preservativo, enquanto ela dormia.

O australiano, cujo site recentemente causou constrangimento aos EUA por divulgar mais de 250 mil documentos diplomáticos sigilosos, nega as acusações de crime sexual e vê perseguição judicial.

O advogado de Assange, Mark Stephens, disse que "é hora" de se chegar "à verdade", e que seu cliente quer "limpar seu nome".

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