terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Estado Mínimo em Xeque nos EUA

Alguma consequência haveria de existir depois do desastre irresponsável do Golfo do México....

Dos Amigos do Presidente Lula

Depois dessa notícia já tem demo-tucano, inclusive jornalistas como Miram Leitão, Sardenberg, Jabor e assemelhados procurando psicoterapia para se tratar, não de TOC, mas de "TOCONEP" ("Transtorno obsessivo compulsivo pelo neoliberalismo privatista")... Deixando a piada de lado, vamos à notícia de fato:

Depois do derramamento de 4,9 milhões de barris no Golfo do México com a explosão de uma plataforma da British Petroleum, as autoridades estadunidenses criaram uma comissão responsável por apontar as causas e propor sugestões para evitar novos desastres.

Corrupção no governo dos EUA pelas petroleiras privadas igual no período neoliberal de FHC

O resultando deste trabalho levou a conclusões assustadoras. Descobriram o elevado grau de corrupção no interior do Mineral Management (agência encarregada de regular o setor petrolífero).

Martin Durbin, vice presidente da API (Americam Petroleum Institute), principal lobby petrolífero dos EUA, reconheceu este problema afirmando que "As relações entre o Mineral Managament e indústria petrolífera tornaram-se bastante acolhedoras". Tem mais: Nos Estados Unidos 3 em 4 lobistas da indústria do petróleo trabalharam no governo federal, apurou uma reportagem do Washington Post.

O discurso ideológico e fundamentalista liberal tornou-se o responsável por esta degeneração administrativa ao propor o afastamento do Estado de suas atividades regulamentadoras, legitimando ações de negligência da segurança em nome do maior lucro possível. O relatório da comissão oficial de investigação confirma estas afirmativas.

O Estado mínimo morreu

A crença ideológica no mercado auto-regulado promovendo a concorrência sem interferência estatal conduzindo ao paraíso do consumo mostrou-se falsa. O governo dos EUA encontrava-se diante de um quadro ameaçador para sua economia considerando-se a segurança energética somados aos problemas decorrentes da catástrofe ambiental presente e futura.

E qual foi a solução? Segurem a Miriam Leitão, Aécio Neves, Geraldo Alckmin, FHC e José Serra para eles não desmaiarem: A solução foi ampliar a intervenção do Estado.

Os Estados Unidos reformularam todo processo de pesquisa, autorização e exploração offshore reduzindo o poder decisório das empresas a partir da criação de duas novas agências para o setor petrolífero.

Imaginem estas modificações ocorrendo em qualquer país produtor da América Latina, como Venezuela ou Equador. O apelo seria o de sempre: "Marines neles!"

Vejamos as novidades do processo de intervenção governamental nos EUA. O novo Ocean Energy Management (BOEM) vai analisar a viabilidade econômica das novas autorizações, aprovar ou negar permissão para pesquisa, administrar o plano de execução, promover estudos ambientais. Outra agência criada foi o Comitê de segurança ambiental responsável por fiscalizar todas as operações de campo e assumirá o controle dos programas de vazamento de óleo. Foi também estabelecido um Conselho Cientifico de caráter consultivo constituído por 13 membros representando o governo, setor petrolífero, universidades e institutos de pesquisa para assessorar diretamente o Secretário do Interior na elaboração de novas políticas de segurança e exploração.


Nos Estados Unidos , os oligopólios do petróleo cresceram graças ao apoio estatal efetivado na forma de incentivos fiscais e apoio militar sobre o controle de áreas produtivas de outros países. Lá não existe uma estatal do petróleo, entretanto as indústrias petrolíferas não atuam objetivando a exportação de óleo bruto devendo em primeiro lugar garantir o abastecimento interno.
 

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