sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Jaguariúna Debaixo D'Água

Ainda falando de tragédias, enchentes e outros fenômenos da época, creio que um debate a ser aprofundado são as tragédias ocorridas em nosso estado, que por conta da vivida no RJ estão um pouco esquecidas. Franco da Rocha ainda debaixo d'água por conta de comportas que foram abertas. Hoje é a vez de Jaguariúna passar pelo mesmo problema. Técnicos dizem que se não fossem as comportas, a tragédia nessas regiões seria ainda maior. E os moradores, perdendo seus pertences e a tranquilidade de suas vidas. Onde está a razão? Qual ou quais os motivos reais desses problemas em SP?

Quinze bairros da cidade vizinha de Campinas estão debaixo d'água

Rodrigo Burgarelli e Tatiana Fávaro - O Estado de S.Paulo

A água que desceu da abertura das comportas de um reservatório de abastecimento da Grande São Paulo alagou ontem 15 bairros da cidade de Jaguariúna, na Região Metropolitana de Campinas. Segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), a Represa Jaguari/Jacareí teve de começar a despejar água numa vazão de 40 m³/s, para não correr risco de ser rompida, já que sua capacidade estava no limite.

Segundo a Defesa Civil da cidade, as comportas foram abertas ainda na manhã de quarta, quando os alertas começaram a ser emitidos aos moradores das áreas próximas às margens do Rio Jaguari. Mas o nível da água subiu rapidamente para 2 metros acima do normal.
A Prefeitura removeu 30 famílias na manhã de ontem. Parte delas está alojada em pousadas da cidade com estadia paga pelo município. Outras foram para a casa de parentes ou amigos.

Anteontem, as comportas de outra represa do Sistema Cantareira tiveram de ser abertas em Franco da Rocha, na Grande São Paulo. Para a Sabesp, entretanto, a liberação de água não influencia no alagamento das cidades que ficam mais abaixo do curso d"água. Isso porque, segundo a companhia, a quantidade de água que a represa recebe é bem maior do que o que é liberado rio abaixo.

Na Jaguari/Jacareí, a vazão liberada foi de 40 m³/s, mas o reservatório estava retendo um volume de 160 m³/s - quase quatro vezes maior. O mesmo aconteceu na Represa Paiva Castro: 80 m³/s de água haviam sido liberados em direção a Franco da Rocha na madrugada de quarta-feira, mas a vazão liberada já diminuiu para 5 m³/s ontem à tarde.

Mais transtornos. As rodovias que ligam Amparo a Morungaba (SP-360) e Amparo a Pedreira (SP-95) foram interditadas ontem pelo Departamento de Estradas de Rodagem, por determinação da Defesa Civil do Estado. A água invadiu a região e deixou os moradores ilhados. Em Atibaia, as enchentes prejudicaram 1.018 famílias em 16 bairros. Não houve vítimas, mas a Prefeitura decretou situação de emergência na terça-feira Segundo administração, o prejuízo estimado para os estragos chega a R$ 11 milhões.

Em Campinas, desde o início das enchentes, 50 famílias foram para abrigos públicos e seis estão em casas de parentes ou amigos. Na cidade de Sumaré, também em situação de emergência, a prefeitura estima prejuízo de R$ 8,6 milhões. O relatório aponta 179 pessoas desabrigadas, 3.928 desalojadas e um total de 6.250 famílias prejudicadas pelas enchentes.

Outra cidade do interior que pode sofrer as consequências da chuva é Vargem Grande Paulista, na Grande São Paulo. A Sabesp informou que, por causa das chuvas da madrugada de ontem, duas bombas da Estação de Tratamento de Água da região estragaram. O abastecimento de água da região pode ser prejudicado e não há previsão para conserto dos equipamentos.

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