domingo, 23 de janeiro de 2011

Janeiro e os Movimentos em Salto

Iniciamos o ano de 2011 com a certeza de que por aqui o tema ELEIÇÕES MUNICIPAIS passará gradativamente a ocupar os espaços de discussões, sejam os informais, os não tão informais e mesmo os da mídia local.

Sobre a mídia local, um destaque: faz tempo que não leio todos os nossos jornais semanais - fato que ainda perdura em Salto. Neste final de semana tive a oportunidade de verificar alguns deles e um combativo jornal saltense tenta fortalecer um dos postulantes ao cargo de prefeito de nossa cidade. A posição começa a tomar corpo quando chega a afirmar que oito dos doze secretários municipais já tem posição consolidada favorável àquele postulante. Uma afirmação que aprofundará futuramente, segundo o que pude ler. Vamos observar não é mesmo? Só esperamos que nossa mídia não tenha a mesma postura observada nacionalmente nas eleições de 2010. 

Ainda sobre fatos destacados, as dividas sociais de nossas empresas não param de surgir:  a nossa maior empresa privada - Eucatex - às voltas com  dois temas muito polêmicos: a poluição e o abandono de um de seus bens em plena cidade, ocasionando inúmeros problemas para os moradores vizinhos e àqueles que para lá vão a fim de saciar seus vícios e desvios. Bela reportagem de Nélson Lisboa a respeito. Sobre a poluição, um artigo esclarecedor escrito na famosa Secretária Eletrônica do TAPERÁ, coloca situações básicas do capitalismo e que muitos de nós fechamos os olhos para suas consequências. Quem não consegue ficar alheio são os moradores da Vila Nova pelo fato em si e pela resposta evasiva dada pela empresa ao artigo citado.

Outro fato que gostaria de destacar foi o alerta dado a um aterro acontecido no Rio Jundiaí na década de 80, do século passado, por uma empresa da cidade (Picchi) e que segundo a reportagem é uma das causas das atuais enchentes do referido rio. O mais engraçado, para não dizer trágico, é que uma das vítimas dessas enchentes é a cooperativa que sucedeu a empresa e que hoje tem desenvolvido um brilhante trabalho no campo das cooperativas industriais. 

A empresa Picchi trouxe sim desenvolvimento para nossa cidade, nos anos 50, 60 e 70 do século passado. Mas não conseguiu mantê-lo e não teve o que muitos empresários precisam ter: visão de futuro para provocar mudanças em seus investimentos. No início dos anos 90 essa empresa provocou muitos estragos sociais na cidade quando deixou de cumprir suas obrigações trabalhistas com centenas de trabalhadores e suas famílias, deixando a estes uma única alternativa: greves que se sucederam por meses seguidos até a conclusão de que a alternativa seria assumir a fábrica e administrá-la sem os patrões, que lhes deviam muito. Hoje é a METALCOOP que ocupa o espaço da empresa, administrando os interesses de seus trabalhadores, passando a ser vítima das enchentes do rio, que podem ser provocadas por uma das decisões equivocadas da então PICCHI. 

Na semana da morte de seu fundador, acho interessante não só valorizarmos o que ele fez de positivo para o desenvolvimento da cidade, mas também não nos esquecermos da história como um todo. E como toda a história humana ela não é composta somente de coisas boas. 

Uma alegre notícia vem da educação municipal: a entrega do prédio da Educação Infantil I (chamada popularmente de "creche") na manhã de ontem. Um bom público prestigiou o evento e pudemos todos ficar muito orgulhosos do belo espaço que colocamos a disposição dos saltenses. 

Ainda no campo da educação, a semana que passou teve como grande evento o planejamento das atividades para 2011, que terei a oportunidade de detalhar futuramente. 

Enfim, pelo andar da carruagem, 2011 promete muito para todos nós. Esperemos que os tópicos positivos sejam infinitamente maiores que os não tão positivos assim. 


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