segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

11o Fórum Social Mundial

Estive presente nos dois primeiros, lá em Porto Alegre...

Do Correio do Brasil, aqui e aqui.

Uma marcha popular com a participação de milhares de pessoas deu início neste domingo  à 11ª edição do Fórum Social Mundial (FSM) que, durante seis dias, vai reunir em Dacar, Senegal, cerca de 450 mil participantes de 120 países. Os organizadores do FSM já anunciaram a chegada a Dacar do presidente da Bolívia, Evo Morales, do recém-eleito chefe de estado da Guiné-Conacri, Alpha Conde, assim como do ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva.

Em sua primeira viagem ao exterior desde que deixou o Palácio do Planalto, Luiz Inácio Lula da Silva foi recebido, neste domingo, com status privilegiado no evento em que foi ovacionado ao se despedir da Presidência da República, no ano passado. Durante sua estada em Dacar, Lula foi recebido pelo presidente do Senegal, Abdoulaye Wade, que exerce o cargo desde 2000. Nesta segunda-feira, Lula discursa à multidão aguardada no campus da universidade. O Fórum Social Mundial (FSM), a reunião anual dos ativistas antiglobalização, começou tendo como cenário os movimentos de contestação no mundo árabe, particularmente no Egito e na Tunísia, mas também no próprio Senegal, o país que o recebe.

No encontro ainda vão estar presentes o presidente da Comissão da União Africana, Jean Ping, e representantes de grupos de esquerda de vários países e do movimento contra a globalização. Dedicado ao tema Resistência e Luta dos Povos de África, os trabalhos do FSM em Dacar vão estar concentrados nas atuais preocupações políticas, econômicas, sociais, culturais e ambientais.

As manifestações, as conferências e os debates serão sediados na Universidade Cheikh Anta Diop, em Dacar, e na ilha de Gorée. Os organizadores esperam gastar 1,5 milhão de euros com o encontro, um orçamento financiado principalmente por organizações não governamentais integrantes do FSM.

A reunião do Fórum Social Mundial ocorre pela segunda vez na África. Em 2007, o evento foi realizado em Nairobi, no Quênia.

“A realização na África ilustra um dos maiores fracassos em três décadas de políticas neoliberais. Em reação, os movimentos sociais e os cidadãos do mundo se juntam aos povos africanos que se recusam a pagar o preço das crises atuais pelas quais não têm nenhuma responsabilidade”, diz a apresentação do FSM

O Senegal, país muçulmano que recebe o FSM é dirigido há onze anos por Abdulaye Wade, fervoroso partidário do liberalismo, e confrontado há meses com manifestações regulares e, às vezes, violentas de jovens. Desesperados, em meio ao desemprego e sem futuro, eles usam como pretexto os apagões recorrentes no país para protestar, a um ano da eleição presidencial, na qual Wade, 83 anos, pretende garantir um terceiro mandato.

O FSM foi criado em 2001 em Porto Alegre.
 

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