sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Movimento Popular Tem Sucesso no Egito

Nesta tarde o presidente de 30 anos do Egito, Mubarak, renunciou ao cargo. Assume o poder, dizem que temporariamente, os militares juntamente com civis do judiciário e do movimento que derrubou o presidente. Vamos aos detalhes com notícias do Correio do Brasil e da Uol.


11/2/2011 14:39,  Por Redação, com agências internacionais - do Cairo
Manifestante egípcio comemora o fim da ditadura de 30 anos
Manifestante egípcio comemora o fim da ditadura de 30 anos

O período de 30 anos do governo do presidente do Egito, Hosni Mubarak, chega ao fim nesta sexta-feira. Após quase 20 dias de intensos protestos, principalmente na Capital, Cairo, Mubarak anunciou que está renunciando ao cargo. A informação foi levada à público pelo vice-presidente Omar Suleiman, em declaração à TV estatal. Esta é a segunda ditadura do mundo árabe que cai em menos de um mês. Antes, protestos populares levaram à queda do presidente da Tunísia, Zine el Abidine Ben Ali, que acabou abandonando o país. Além do Egito e Tunísia, Mauritânia, Argélia e Jordânia passam por protestos semelhantes. Um dia antes de renunciar, Mubarak fizera um pronunciamento descartando a renúncia, mas não resistiu às pressões populares.

Logo após o anúncio da renúncia, a Praça Tahrir, no Cairo, epicentro dos protestos, reuniu centenas de pessoas que comemoravam a queda do ditador. Muitas pessoas gritavam palavras de ordem como: “O povo derrubou o regime!”. Apesar de ter alguma tradição democrática, o Egito teve apenas três governantes desde 1954: o primeiro deles foi Gamal Abdel Nasser, cujo governo ficou caracterizado pela aproximação com a União Soviética e pelas guerras com Israel. Nasser morreu em 1970, ainda no poder.

No início da década de 70, quem assume é Anwar al-Sadat, que firmou o acordo de Camp David, com Israel e pôs fim às animosidades entre os países. Foi também sobre sua gestão que o Egito recebeu de volta a Península do Sinai, tomada por Israel durante a Guerra dos Seis Dias, em 1967.

Sadat foi assassinado por extremistas. Coube, então, ao seu vice na época, Hosni Mubarak, assumir o poder para preparar o país para eleições “em no máximo seis anos”. Os seis anos passaram, bem como décadas e Mubarak permaneceu no poder.

Agora, com a saída de Hosni, Egito prepara-se para novas eleições em décadas. O grande temor da comunidade internacional, principalmente líderes do Ocidente, como os Estados Unidos, é que a Irmandade Muçulmana – grupo islâmico político – saia da ilegalidade e tenha um papel mais preponderante na história política do país daqui para a frente.

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O Conselho Militar do Egito vai demitir o gabinete e suspender as duas casas do Parlamento como medidas para assumir o poder após a renúncia do presidente, informou a rede de televisão Al Arabiya nesta sexta-feira (11).

A TV acrescentou que o Conselho Militar vai administrar o país com o chefe da Suprema Corte Constitucional.

Um comunicado do Exército deve ser divulgado ainda nesta sexta-feira, segundo a emissora.

Foram 18 dias de manifestações populares para acabar com 30 anos de poder do presidente. Nesta sexta-feira (11), o presidente egípcio Hosni Mubarak cedeu à pressão popular e renunciou ao poder. O anúncio foi feito pelo vice-presidente egípcio Omar Suleiman, em pronunciamento pela televisão.

Na presidência do Egito desde 1981, Mubarak assumiu o posto após o assassinato do então presidente Anwar Sadat. Tomou posse no dia 14 de outubro daquele ano, oito dias após a morte do antecessor, e dirigia o país desde então.


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