sábado, 5 de fevereiro de 2011

Educação - Investimento Social com Maior Retorno Econômico

Interessante estudo divulgado pelo IPEA nesta semana dá conta dos retornos econômicos que os investimentos sociais provocam na economia e em última instância no PIB Nacional. Este estudo deveria fazer parte das leituras obrigatórias de todos os gestores públicos...

Do Blog do Planalto

Os investimentos em políticas sociais do governo estão diretamente relacionados ao aumento do Produto Interno Bruto (PIB) e são alavancas para o crescimento com distribuição de renda, revelou estudo lançado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) nesta quinta-feira (3/2), em Brasília (DF).

Em seu Comunicado nº 75, o Ipea revelou a importância que os gastos sociais adquiriram no Brasil para o crescimento da economia e a redução das desigualdades. Segundo o estudo – que usou como base dados o ano de 2006 – cada R$ 1 gasto com educação pública gera R$ 1,85 para o PIB, e o mesmo valor investido na saúde gera R$ 1,70. Foram considerados os gastos públicos assumidos pela União, pelos estados e municípios.

Ao comparar tipos diferentes de gasto social, a publicação concluiu que aquele destinado à educação é o que mais contribui para o crescimento do PIB, levando em conta a quantidade de atores envolvidos nesse setor e os efeitos da educação sobre setores-chave da economia.
“O gasto na educação não gera apenas conhecimento. Gera economia, já que ao pagar salário a professores aumenta-se o consumo, as vendas, os valores adicionados, salários, lucros, juros”, explicou o diretor de Estudos e Políticas Sociais do Ipea, Jorge Abrahão, durante apresentação da pesquisa.
Por sua vez, quando se calcula o tipo de gasto social que tem o maior efeito multiplicador na renda das famílias, em primeiro lugar aparece o Programa Bolsa Família (PBF). Para cada R$ 1 incluído no programa, a renda das famílias se eleva 2,25%. A título de comparação, o gasto de R$ 1 com juros sobre a dívida pública gerará apenas R$ 0,71 de PIB e 1,34% de acréscimo na renda das famílias.

O texto afirma ainda que 56% dos gastos sociais retornam ao Tesouro na forma de tributos. “O gasto social não é neutro. Ele propicia crescimento com distribuição de renda. Ele foi muito importante para o Brasil superar a crise de 2008. Esse gasto tem uma grande importância como alavanca do desenvolvimento econômico e, logicamente, do bem-estar social”, concluiu Abrahão.

Publicação
– O texto do Ipea explica como o gasto social, além de promover melhor distribuição de renda, passou a ser fator de crescimento do PIB do País e revela quais tipos de gasto social têm mais impacto no crescimento econômico do Brasil e na renda das famílias.

Entre os tipos de gasto analisados, estão aqueles com educação, saúde, previdência social e programas de transferência de renda, como o Bolsa Família, entre outros. O estudo traz, também, a porcentagem do gasto social que volta para o Estado na forma de impostos.

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