quarta-feira, 26 de maio de 2010

Tensões Familiares

Há algum tempo vivo um embate econômico-ideológico com meu filho (desde que ele foi para o "velho mundo"). Ele descobriu uma teoria que radicaliza o capitalismo, chamada de anarco-capitalismo (acho que é isso - se não for amanhã tomo bronca....rs...).

Ontem publiquei aqui uma nota sobre o crescimento da economia brasileira e a queda nos índices inflacionários. Hoje de manhã uma longa mensagem dele estava em meus e-mails. Tirando os extremos que ele usa, gostaria de reproduzir parte dela pois tráz uma verdade econômica que aprendemos nos "bancos escolares" (nossa!!!). Lá vai:

"Os juros são o preço que influencia a temporalidade de nossas decisões. Juros baixos permitem consumo antecipado além de investimentos no longo prazo. Juros altos desestimulam o consumo e grandes investimentos, assim como estimulam o acúmulo de poupança.

Quando o BC imprime dinheiro para emprestar, ele joga artificialmente os juros pra baixo. Isso estimula investimentos de longo prazo e o consumo, o que provoca expansões, novos empregos, aumento temporário do bem-estar, ou seja, todo mundo contente, euforia, "aquecimento". Mas não há poupança suficiente para bancar essa gastança. As pessoas estão se endividando e seus projetos não poderão se concretizar, não há o que sustente.

Imagine que você começa uma construção acreditando que vai poder gastar 1 milhão, mas na real vc só tem 500 mil. Quanto mais tarde você descobrir a realidade, pior será. Você pode perder tudo o que gastou.

É mais ou menos isso que acontece quando os BCs usam inflação para baixar os juros."

Ele tem toda razão. E acho que hoje vivemos o desafio de encontrarmos outras práticas que mudem essa lógica. E, diferente dele que não acredita mais no Estado, creio que da realidade colocada para nós brasileiros, quem tem mais condições de fazer isso são aqueles que pensam a partir do desenvolvimento e não os que pensam a partir da neutralidade do Estado.

Enfim.....quem viver, verá.....

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