sábado, 20 de novembro de 2010

Salto e a Polêmica dos Estacionamentos

Não gosto de me meter em assuntos que não domino.

Entretanto, diante de alguns acontecimentos recentes, como de juizes que entendem mais de livros didáticos que educadores (para usar coisas recentes), ou ainda outros que conhecem melhor as necessidades de uma criança do que os que trabalham dia e noite para isso, vou ousar a "dar meus pitacos" nas questões do trânsito de nossa cidade.

Até porque não consigo ler o que li hoje e ficar quieto.

A polêmica ainda é a mesma: deve ou não deve a prefeitura tirar um lado de estacionamento da nossa principal rua: a R. 9 de Julho que terá hoje a entrega de várias benfeitorias. A questão do estacionamento de um lado só já é algo decidido e deverá ser implantado em janeiro, para os motoristas irem se acostumando.

Hoje, dentre muitos argumentos, li um que fui obrigado a "cair na risada". Dizia o argumentador que a nossa R. 9 de Julho corre o risco de se transformar em um enorme calçadão e ter o mesmo destino do calçadão atual, que é pouco frequentado. Quando li, depois de parar de rir, as primeiras imagens que me vieram a cabeça foram dos calçadões de Sorocaba e de Campinas (para não ir muito longe). Enormes calçadões que tem um inconveniente: estão sempre LOTADOS de gente. Gente que vem de todos os lados da cidade para comprar, pois sabem que por lá encontrarão boas ofertas.

E ai vem a palavrinha mágica: boas ofertas. Os nossos comerciantes, pessoas de visão que são, sabem que os consumidores procuram comprar onde compense comprar. Adoraria ver aqui em Salto um calçadão como os das cidades que citei: apinhados de gente procurando e encontrando boas ofertas. Talvez esse fosse o caminho para que aqueles que se dirigem a outras cidades (mesmo com estacionamento nos dois lados da nossa R. 9 de Julho) não fossem mais e por aqui ficassem e por aqui comprassem.

Outro debate que não entendi: será a R. 9 de Julho uma pista de alta velocidade? Claro que não. Será uma pista livre para as pessoas poderem transitar nela. Sejam usuários de veículos, transporte coletivo ou mesmo pedestres. Por isso a preocupação em ter mais semáforos e espero que num futuro muito próximo radares que multem os apressadinhos que adoram passar em sinais vermelhos ou ainda pararem sobre a faixa de pedestres.

Por mais que queiram alguns, a Prefeitura não tem como resolver a vida de todos. Ela precisa regular - no caso específico - o fluxo da cidade. Na minha opinião, priorizando sempre o pedestre e nunca o veículo. Por isso falei aqui antes da necessidade de nossos comerciantes - pessoas de visão - pensarem em promoções que sejam casadas com o transporte público. Não esperem, senhores comerciantes, que a Prefeitura resolverá todos os casos e todas as demandas. A iniciativa privada também precisa fazer a sua parte. Outra sugestão que deixo aqui: por que os senhores não pensam em fazer no centro da cidade bolsões de estacionamento gratuitos para aqueles que comprarem em seus estabelecimentos?

Enfim, não existe como progredirmos mantendo costumes e práticas antigas. E por menos que gostemos, prioridades precisam ser assumidas e investimentos todos precisam fazer. A hora disso em nosso centro da cidade já passou. Talvez estas mudanças retomem a preocupação de todos os segmentos com isso.

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