A Justiça do Trabalho em São Paulo ordenou ontem à Fundação para o Remédio Popular (Furp) que cumpra, em 15 dias, o acordo salarial que o Governo Goldman (PSDB) assinou com os trabalhadores, mas desrespeitou. Pelo acordo firmado em abril, o governo tucano pagaria reajuste de 6,80%, mas pagou só 4,99%. Em protesto, os químicos iniciaram greve nesta
quinta-feira.
A ordem judicial à Furp foi emitida pelo desembargador Nelson Nasar ao fim da audiência de conciliação realizada em Guarulhos. Durante a sessão, Nasar foi surpreendido pela decisão dos representantes da Furp de não acertar com o sindicato dos químicos a escala de serviços essenciais. Cabe exclusivamente ao sindicato, por determinação do desembargador, elaborar e cumprir essa escala enquanto a paralisação prossegue.
No primeiro dia da greve, pararam praticamente todos os 1.300 funcionários da fábrica de medicamentos. Mesmo com o local cercado no fim da madrugada por viaturas da PM chamadas pela Furp para garantir o acesso de quem quisesse furar a greve, ninguém entrou. O mesmo não aconteceu nas farmácias Dose Certa - funcionaram algumas unidades.
Fonte - Brasilia Confidencial No 264
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