A quinta-feira foi tensa nas universidades estaduais paulistas em que funcionários estão em greve por reajuste salarial. Na capital, 150 manifestantes fecharam às 6h30min, com cadeados e correntes, a entrada principal da USP. Como muita gente circula em muitos veículos pela região da Cidade Universitária, rápida e naturalmente o trânsito se transformou no pandemônio conhecido pelos paulistanos. A portaria foi reaberta por volta das 10 horas.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp), Magno de Carvalho, disse que a manifestação foi um protesto que visa à reabertura das negociações entre o sindicato e a Reitoria e também o pagamento dos dias parados aos 1.600 servidores de quem a USP cortou os salários.
Em greve desde 5 de maio, os trabalhadores reivindicam aumento salarial de 6%, como o concedido aos professores em fevereiro, além de 6,7% pagos a todos os servidores das universidades. Desde o dia 8, a Reitoria está ocupada por grevistas em protesto contra a suspensão dos salários. Ontem a USP emitiu nota em que anuncia reunião com representantes do sindicato dos servidores na segunda-feira, 21.
Em Campinas, a 90 km de São Paulo, funcionários e estudantes permanecem acampados em frente à Reitoria da Unicamp. Dizem que vão ficar lá até que o Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp) reabra negociações com os sindicatos e professores
da USP, da Unicamp e da Unesp, onde os funcionários também estão em greve.
O Conselho de Reitores alega que “invasões e depredações do patrimônio público impedem esse
diálogo".
Fonte - Brasilia Confidencial No 264
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