terça-feira, 22 de junho de 2010

PSDB Rompe com PSB no Ceará

Isabela Martin - O Globo

FORTALEZA - O PSDB anunciou nessa terça-feira que o deputado estadual Marcos Cals disputará pela legenda contra o governador Cid Gomes (PSB), de quem foi secretário de Justiça até abril, quando se desincompatibilizou.

O anúncio foi feito no princípio da tarde após encontro que reuniu 230 pessoas, sendo 40 prefeitos do partido, no escritório do senador Tasso Jereissati (PSDB), em Fortaleza. Pressionado fortemente para disputar o governo pela quarta vez, Jereissati teria alegar questões de "pudor".

A candidatura confirma o rompimento do PSDB com o governador Cid Gomes, anunciado há 13 dias. Mas não põe fim às contradições da decisão. Uma delas é o fato de existir tucanos ocupando cargos no governo, como o ex-secretário geral do PSDB, Bismarck Maia, secretário do Turismo.

Sobre o alinhamento quase incondicional do PSDB ao governo de Cid Gomes, o presidente estadual da legenda, Marcos Penaforte disse que o partido continuará com uma "posição elegante", embora não mais de "acordo automático" com o governo.

Até pelo estilo pessoal, o candidato tucano não deverá bater de frente com o governo ao qual serviu até dois meses atrás. Marcos Cals irá fazer um discurso em nome de um "novo ciclo das mudanças", numa referência ao slogan que marcou o primeiro governo de Tasso Jereissati (1987-1991).

- Tem muitas coisas que o PSDB vai se debruçar, vai começar a pensar o que é que pode caracterizar um novo ciclo de mudanças no estado do Ceará, disse Penaforte. - Nós fazemos uma oposição responsável, de críticas construtivas, de construção e não de desconstrução dos nossos adversários. Então o PSDB vai continuar tendo uma posição elegante, não mais de acordo automático com o governo do estado.

Até a próxima segunda-feira deverá ser confirmada também a candidatura do ex-governador Lúcio Alcântara (PR), numa coligação com o PPS. Apesar de rompido com Lúcio, intermediadores garantem que existe um pacto de não agressão entre eles. A idéia é levar a disputa para o segundo turno. A candidatura de Lúcio dividiria o palanque da petista Dilma Rousseff no Ceará.

COMENTÁRIO:

Esse Jereisatti é um raposão. Não se arrisca de jeito nenhum. Nem pelo partido, nem pelo seu candidato a presidente e nem mesmo pelos eleitores do seu estado.


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