terça-feira, 5 de outubro de 2010

Declarações de Dilma

Brasília Confidencial No 354

“Foi feita uma campanha perversa com muitas inverdades sobre o que eu penso e o que eu acredito. E quem acusava não aparecia. Estávamos inocentes. Quando você está inocente e de boa-fé, não imagina que estejam sendo construídos no baixo mundo processos mentirosos, de falsidade. Agora iremos, quando for necessário e sistematicamente, fazer esse esclarecimento”, afirmou ontem a presidenciável do PT, Dilma Rousseff, em entrevista que concedeu depois de se reunir, por várias horas, com governadores, deputados e senadores eleitos pelo PT e os outros partidos que apoiam sua candidatura. Eles foram chamados a Brasília, pelo comando da campanha, para traçar a estratégia a ser seguida no segundo turno.

A candidata lamentou que os adversários políticos tenham feito campanha negativa e espalhado boatos, calúnias e difamações. Ela garantiu que sua campanha não permitirá mais que ataques vis e de baixo nível fiquem sem resposta.

Dilma evitou, na entrevista, citar motivos que teriam impedido ou colaborado para impedir sua eleição no primeiro turno. Preferiu dizer apenas que os votos não foram suficientes e lembrar que isso ocorreu também na eleição e na reeleição do presidente Lula, em 2002 e 2006.

A petista declarou-se feliz com o resultado do primeiro turno. “Feliz porque o segundo turno é sempre uma oportunidade de discussão. E começo o segundo turno acompanhada por um conjunto de governadores, senadores, deputados federais e estaduais eleitos pelo conjunto muito significativo de forças que me apoiam. O primeiro passo é ser acompanhada por esse conjunto de senadores e governadores eleitos. Tivemos a felicidade de eleger a maioria da Câmara Federal e do Senado”, destacou em alusão ao desempenho dos partidos que formam a base governista nas duas casas do Congresso.

“Nós tivemos, nesse processo eleitoral, talvez a maior vitória política das nossas forças nos últimos 20 anos”, avaliou Dilma. Ela avisou que, também no segundo turno, vai comparar os projetos diferentes representados por sua candidatura e pela do tucano José Serra.

“Queira meu adversário ou não, vamos discutir projetos. Os projetos que cada um defende terão de aparecer. E nunca podemos esquecer que esse país foi governado oito anos pelo PSDB. E esse projeto não pode ser escondido. E foi governado nos últimos oito anos por nós. E isso também não pode ser escondido”.

Questionada pelos jornalistas sobre as propostas de programas sociais apresentadas por Serra, Dilma disse que quem promete tem que provar que é capaz de fazer. “Há uma diferença entre falar e fazer. Quem fala, tem que provar que fará, porque, no mínimo, já fez. Quando eles puderam mais, fizeram menos. Nós não. Quando nós pudemos mais, fizemos mais.”

A presidenciável do PT comentou também a hipótese de receber apoio de Marina Silva. “Eu dou muito valor ao apoio da Marina. Não significa que ela vá me apoiar, mas acredito que temos mais proximidades do que diferenças”.

Também o adversário de Dilma expressou ontem a expectativa de uma “aproximação” com Marina e o PV. “Tenho muita afinidade com o PV, que me apoiou na Câmara de Vereadores e na Assembleia Legislativa de São Paulo”, disse José Serra.

2 comentários:

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  2. Não irei mais manter comentários anônimos em meu blog. Nenhum problema em discutir ideias divergentes, desde que eu saiba com quem estou falando.

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