quarta-feira, 9 de março de 2011

As Mulheres e as Pressões por Igualdade

Brasília Confidencial No 420

Mulheres cuspindo fogo ou imitando a ira da monstruosa Medusa, que transformava em pedra quem a  olhasse, foram às ruas em São Paulo ontem, no bloco Adeus, Amélia. Até alguns homens, como Cláudio  Vargas, se vestiram de mulher e foram ao Minhocão, onde as feministas se concentraram, apoiar o  movimento.
 
“Acho que elas têm que ter os mesmos direitos que nós temos. Eu espero que agora a presidenta Dilma possa valorizar cada vez mais as mulheres”, disse Vargas exibindo peitos de plástico sob o vestido.
 
A vendedora autônoma Marinalva Silva levou as filhas Laila e Tainá para participarem do Adeus, Amélia, pela primeira vez. “A gente vê tanta violência contra a mulher... Não podemos aceitar mais, não é?”
 
Mobilizadas pela Marcha Mundial das Mulheres, as manifestantes afirmavam que apoiaram a eleição de  Dilma Rousseff e que, justamente por isso, cobrarão mudanças para inibir a discriminação no trabalho e na  vida social.
 
“Achamos que ela tem que ser Medusa, não tem que ser fadinha, não”, afirmou a foliã e militante Érica Pires.
 
A atriz Gabriela Veiga, que cuspia fogo, simplificou: “Temos muitas expectativas com a Dilma. Ela disse a nós, mulheres, que melhorará as coisas. Então já estamos pressionando por isso. Não é porque apoiamos muito que diremos amém para ela”.
 
Vanda Santana, da Marcha Mundial das Mulheres, disse que as organizações esperam reunir 100 mil  manifestantes em Brasília na 4ª Marcha das Margaridas, em 16 e 17 de agosto. As margaridas, que se  reúnem a cada quatro anos, fazem a marcha para lembrar o assassinato da líder sindical paraibana  Margarida Alves, em 1983.
 
No próximo dia 12 as organizações feministas e sindicais realizarão outros eventos para celebrar o Dia  Internacional da Mulher.
 
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário