quinta-feira, 31 de março de 2011

Filho de Peixe.....

Entrevista do filho de Bolsonaro dá a impressão que o problema é congênito....


Pivô de uma polêmica envolvendo o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) e a cantora Preta Gil, o vereador Carlos Bolsonaro, de 28 anos, saiu em defesa do pai. O deputado foi acusado de racismo ao explicar como reagiria se seu filho namorasse uma negra. “Não corro esse risco porque meus filhos foram muito bem educados”, disse ao programa CQC, exibido segunda-feira, na Band. Na terça-feira, a OAB-RJ pediu a abertura de um processo contra o político.

Em entrevista a ALFA, Carlos classificou o episódio como mal-entendido, negou a existência de uma ditadura no Brasil e defendeu a posição política da família sobre cotas raciais e direitos dos homossexuais. “Nenhum pai tem orgulho de um filho gay”, disse.

Você defendeu seu pai no Twitter. Ele foi injustiçado?
Quem tem o mínimo de senso percebe que não há relação entre pergunta e resposta. É injusto este tipo de julgamento. É uma injustiça acusá-lo de racista diante de uma sociedade totalmente tolerável. Nunca tivemos problemas com cores, qualquer que seja.

Vocês pretendem analisar a fita inteira da entrevista?
A íntegra da fita do programa CQC foi pedida em Brasília. Vamos ver se existiu algum tipo de corte ou outro tipo de pergunta que motivou aquela resposta. Nós conhecemos a Preta Gil, o comportamento dela perante a sociedade. Ela lança CDs de música por aí onde aparece nua, envolta por fitinhas do senhor do Bonfim. Mas não vou julgá-la por isso.

Seu pai disse que você nunca namoraria alguém com o comportamento de Preta Gil. No que seu comportamento difere do comportamento dela?
A Preta Gil vive de polêmicas. Ela explora um tipo de música que, diz a imprensa, faz menções à pedofilia. Achamos equivocada a maneira como ela explora a religiosidade. Por isso meu pai não gostaria que eu namorasse alguém como ela. Tive uma boa criação.

Isso tem alguma relação com o fato dela ser negra?
Pelo amor de Deus. Nunca tivemos problema com isso. Temos amigos e funcionários que são isso. Ir até a televisão e dizer que tem problema com negro é cavar o próprio cemitério. Uma pessoa normal nunca falaria isso.

Você também é contra o plano nacional LGBT?
Claro, sem dúvida. Que pai tem orgulho de ter um filho gay? Acho que nenhum pai tem orgulho disso. Quando você tem 18 anos, faz o que quiser da sua vida, mas querer ensinar para uma garoto de seis anos… Não seria legal nem se fosse sobre relacionamento homem-mulher. Nós lutamos contra a ditadura desses pequenos que querem enfiar goela abaixo o que pensam, sem levar em consideração o que nós também pensamos.

Seu pai disse a respeito da tortura: “se eu tivesse disposição, em dez minutos a Dilma contaria até como ela nasceu”. Como você se posiciona diante dessa declaração?
Sobre o regime militar: o outro lado da moeda não é exposto em 99% das vezes. Não houve ditadura no Brasil. A ditadura tem paredão. No Brasil não houve isso. Uma ditadura onde você toma o poder sem disparar um tiro ou causar uma guerra? Isso não é ditadura. Foi um momento político que o mundo estava vivendo.

Um regime com direitos políticos cassados. Você não chama isso de ditadura?
Uma ditadura que permitiu a fundação do meu partido de oposição? Uma ditadura que cria um sistema de indenização para suas vítimas? Isso não é ditadura. É uma transição do regime democrático. Teria sido uma ditadura se estivéssemos sendo governados por esse pessoal do passado que foi patrocinado por Cuba e China.

Como você convenceria um eleitor em dúvida a elegê-lo nas próximas eleições?
O eleitor que vota na gente nunca teve dúvida do que representamos. Defendemos as políticas de planejamento familiar, de controle de natalidade e de redução da maioridade penal. O que aconteceu agora foi o seguinte: os homossexuais, esse grupo LGBT que está acontecendo aí, deram proporções enormes à polêmica. Com apoio do governo federal, eles querem entrar nas escolas de primeiro grau para dizer que é correto ser homossexual.

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