Minhas caras e meus caros:
Gostaria nesse texto de comunicar
uma decisão tomada, fruto de muitas discussões e de um processo histórico rico
e longo vivido por muitos de nós.
Todos sabem que milito na vida
política desde 1986, quando me filiei ao Partido dos Trabalhadores e até hoje
lá estou. De lá para cá, muitos foram os desafios, conquistas e derrotas
vividas.
Em 1988 fui candidato do partido
à Prefeitura Municipal numa clara opção de crescimento do mesmo na cidade e na
região, sabendo de antemão da impossibilidade de vitória. Apesar de todo o
desgaste pessoal, o partido cresceu e foi ampliando sua força e capilaridade em
Salto.
Em 1990 disputamos as eleições no
Sindicato dos Metalúrgicos de Salto, vencendo com ampla maioria. Tornei-me o presidente
do Sindicato e por dois mandatos seguidos fiquei a frente do mesmo.
Em 1992, uma opção que dividiu o
partido ao meio, colocou-me novamente a serviço do coletivo, desta vez como
candidato a vice-prefeito com o Sr. Pilzio Di Lelli. Talvez a maior das
derrotas de minha vida, tanto pessoal quanto coletiva.
Em 1995 o movimento sindical
metalúrgico me indica para fazer parte da direção da Federação Estadual dos
Metalúrgicos da CUT, tarefa que exerci também por dois mandatos. Na sequencia,
fui indicado para a chapa dos metalúrgicos que assumiu a direção nacional e ali
fiquei até 2005.
Nas eleições de 1996 e 2000,
estive presente enquanto militante nos passos dados pelo amigo e companheiro
Juvenil no crescimento de nosso potencial eleitoral na cidade.
Em 2003 fiz parte pelo PT do
grupo de negociações que culminou com a grande aliança entre os três maiores
grupos políticos da cidade numa frente para elegermos Geraldo e Juvenil à
prefeitura. Vitoriosos, assumi a Secretaria da Educação e por sete anos estive
a frente da mesma ajudando o governo eleito e a cidade na reconquista de sua
autoestima.
Graças a esse governo, hoje
podemos dizer que temos uma cidade em franca ebulição e crescimento. Uma cidade
que começa a se descobrir enquanto propulsora de progressos e avanços para ela
e a região, em vários segmentos. Uma cidade que precisa continuar seu caminho
em direção à melhor qualidade de vida de seus habitantes, meta definida no
último Programa de Governo de 2008, mas ainda longe de ser alcançada.
Todos sabem também que em janeiro
deste ano nosso prefeito, em uma atitude inédita e inesperada, rompeu
bruscamente a aliança construída em 2003 e os compromissos ali traçados, numa
clara demonstração de desprezo a todas as conquistas alcançadas coletivamente,
já que o diálogo – instrumento de suma importância no mundo político – não
existiu naquele momento.
Essa atitude antecipou as ações
políticas e colocou na ordem do dia da cidade as discussões da sucessão. Era
esperada uma transição tranquila para o próximo mandato, com nosso
vice-prefeito Juvenil assumindo a tarefa da continuidade nos nossos avanços.
Entretanto, a tranquilidade e as certezas foram riscadas das projeções pelo
prefeito municipal.
Hoje, cada vez mais percebemos,
por pesquisas e pelo sentimento das ruas, que a futura candidatura de Juvenil
Cirelli é uma certeza para a sucessão. Todo seu trabalho, sua vida pública e a
atitude brusca do prefeito reforçam a certeza de sua futura vitória na campanha
que se avizinha. E a cada dia e todos os dias trabalhamos para isso, sem cessar
e sem cansar.
A atitude tomada pelo grupo do
prefeito municipal mostra também que teremos a partir de 2013 um novo cenário
político na cidade, até mesmo com a vitória de Juvenil para a prefeitura. A
grande base de sustentação criada em 2004 não existirá mais. Os embates
legislativos e sua necessária profundidade certamente serão muito maiores do
que foram nos últimos anos.
Observa-se também no cenário uma
decepção muito grande com a maioria dos atuais vereadores pelas suas atitudes
ou mesmo pelas suas omissões. Depois do “racha” provocado pelo prefeito
municipal, vemos uma Câmara envolta em dois cenários: o do isolamento de todas
as propostas dos vereadores ligados ao Juvenil e a enorme disputa entre aqueles
que hoje são maioria para saber quem será reeleito e até mesmo indicado para
outras funções.
Tudo isso nos leva a refletir
sobre o futuro, já que ele será definido em alguns meses.
E essa reflexão, que para mim
sempre é coletiva, indica a necessidade de duas “frentes de batalha” muito
claras: uma vitória significativa de Juvenil Cirelli e uma maioria expressiva
na Câmara Municipal que garanta os projetos de governo do grupo que apoia a
futura candidatura de Juvenil.
Nesse sentido e depois de
conversar e refletir bastante, estou colocando meu nome a disposição do grupo
enquanto pré-candidato à uma das cadeiras da Câmara Municipal. Faço isso
sabendo de meus limites tanto temporais quanto físicos (a mim não se aplica a
máxima de que eleição de vereador é gastar muita sola de sapato, por motivos
óbvios).
Encaro esse desafio como encarei
todos aqueles que moldaram minha vida. Mais uma vez coloco enquanto meta maior
a necessidade e a vontade de um grupo, o mesmo que desde 1986 tem me colocado
desafios, com uma diferença: hoje muito maior.
Abraços e espero poder contar com a confirmação pelo partido nas convenções que acontecerão
em junho!
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