Não bastasse a declaração morna dos EUA sobre os ataques de Israel na manhã de ontem, o Conselho de Segurança da ONU, apesar de condenar o ataque, abrandou as exigências a ponto de o governo israelense chamar a todo o Conselho de "hipócrita". De terrorista, o governo israelense quer passar a imagem de vítima. Realmente, pelos videos que vimos os pobres coitados soldados israelenses, com poucas armas nas mãos foram mesmo surpreendidos pelos que estavam nos navios com armas mortais, como cabos de vassouras e estilingues. Uma covardia, não é mesmo. O mais engraçado, ou trágico, foi ouvir ontem a noite um soldado israelense dizer que estavam com pistolas de tinta quando invadiram os navios. Tadinhos, não é mesmo?
Vejam aqui as declarações do governo israelense após a condenação do Conselho de Segurança da ONU, que demorou 13 horas para falar o óbvio.
Não bastasse tudo isso, agora os que sobreviveram aos ataques estão presos em Israel. Só sairão de lá se assinarem um documento afirmando que praticaram atos terroristas. Ou então continuarão presos e serão deportados como criminosos. Uma brasileira naturalizada italiana demonstra isso e o governo italianao confirma. Outra brasileira aguarda a deportação pois parece não ter concordado em assinar o documento. Não é o fim do mundo!!! Veja mais detalhes aqui.
Na outra ponta, o último relatório da AIEA - Agência Internacional de Energia Atômica - sequer cita o acordo feito entre a Turquia, o Brasil e o Irã. Parece que nada mudou por aqueles lados, segundo os observadores da agência, que receberam a carta compromisso do Irã. Depois que falamos estar em andamento a preparação de um cenário cada vez mais claro de novos ataques aos "terroristas mundiais", estamos "viajando na maionese". É aguardar para ver. Veja detalhes do relatório da AIEA aqui.
O mais trágico disso tudo é que sempre foi assim. A diferença é que agora, graças ao mundo virtual, sabemos mais e mais rápido das coisas e dos acontecimentos, o que nos dá a real dimensão de quem é quem nessa história toda. Desmascaramos de vez a história de "mocinhos" e de "bandidos" que sempre nos fizeram acreditar.
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