Do Partido dos Trabalhadores
RESOLUÇÃO POLÍTICA DO DIRETÓRIO NACIONAL DO PT
RESOLUÇÃO POLÍTICA DO DIRETÓRIO NACIONAL DO PT
Aumenta o contraste entre o neoliberalismo em crise nos países até
agora chamados de “desenvolvidos” e o desenvolvimento na América Latina e
em outras regiões do mundo. A recente criação da Comunidade dos Estados
Latinoamericanos e Caribenhos (Celac) e também com o anúncio, feito
pela Unasul, de grandes investimentos estruturantes na região são
demonstrações evidentes de que o cenário latino-americano segue distinto
daquele que prevalece na Europa, Estados Unidos e Japão.
Isto acontece porque em importantes países da região, o povo elegeu
governos comprometidos com políticas desenvolvimentistas, nas quais o
Estado tem um importante papel regulador, coordenador e indutor, e que
se caracterizam pela ampliação do mercado interno, na integração
regional, combinadas com políticas de ampliação da qualidade de vida e
da democracia. As recentes eleições na Nicarágua e Argentina confirmam
isto.
Um dos principais desafios dos governos progressistas e de esquerda
latino-americanos (e caribenhos) é, exatamente, garantir que o processo
de desenvolvimento que está em curso na região seja mantido, aprofundado
e que não seja bloqueado pela crise internacional.
O mundo está imerso em uma crise profunda, de longa duração e de
conseqüências imprevisíveis. Trata-se de uma crise do capitalismo
neoliberal, acentuada pelo declínio da hegemonia dos Estados Unidos e
pelo deslocamento do centro geopolítico mundial, do Norte para o Sul e
do Ocidente para o Oriente.
Frente a esta crise, os governos dos Estados Unidos, da Europa e do
Japão insistem em soluções neoliberais e acentuam um comportamento
imperialista, que visa ter controle sobre regiões produtoras de
matérias-primas. As ameaças contra o Irã, se levadas a cabo, podem
desembocar em uma guerra em larga escala, desfecho que a política
externa do Brasil busca sempre impedir.
A política monetária expansionista dos Estados Unidos e o ajuste
fiscal ortodoxo na Europa constituem diferentes expedientes para
transferir o custo da crise para as camadas populares de seus próprios
países e para as periferias do mundo.
Os resultados da crise e a ação das forças conservadoras da Europa e
EUA estão solapando e tentando destruir conquistas sociais e, para
atingir este objetivo, incentivam um ambiente de conservadorismo e
desrespeito à democracia. O cancelamento do plebiscito na Grécia é um
indício nessa direção.
A crise internacional de 2008, e os seus desdobramentos atuais, tem
como causa principal a hegemonia das forças políticas neoliberais que
ascenderam ao poder nos anos 80 nos países até agora chamados
“centrais”. Essas forças alinhadas ao mercado promoveram privatizações,
aprofundaram desigualdades sociais e atacaram conquistas sociais e
democráticas dos trabalhadores. Uma de suas ações principais foi a
desregulação do sistema financeiro, que resultou em uma escalada
especulativa sem precedentes, na alavancagem abusiva de alguns dos
maiores bancos do planeta, obrigando muitos países a multiplicarem sua
dívida soberana para salvarem instituições privadas que demonstraram não
ter nenhuma responsabilidade ou compromisso social. A crise, profunda,
de longa duração e de conseqüências imprevisíveis tem levado de roldão
milhões de empregos, benefícios sociais, governos e partidos que se
dobraram ao poder do capital financeiro, este sim principal fautor e
beneficiário da crise. Assume uma dimensão política, que fica evidente
com os resultados eleitorais recentes, com os protestos sociais
crescentes e com as soluções tecnocráticas adotadas na escolha do
primeiro-ministro da Itália e da Grécia. Trata-se, ao mesmo tempo, de
uma crise do modelo da gestão e dos valores do neoliberalismo.
A crise é agravada pela atitude dos partidos social-democratas
europeus, que não conseguiram construir uma alternativa consistente às
políticas neoliberais, e acabaram por se render a elas. Na Grécia,
Espanha e Portugal os partidos social–democratas cederam às imposições
da direita que comanda a União Européia e assumiram como suas as medidas
antipopulares, sem apontar os verdadeiros culpados pela crise nem
buscar alternativas democrático-populares para enfrentá-la. Isto ajuda a
entender por quais motivos as fortes mobilizações sociais que vem
ocorrendo em diversos países europeus, não impediram a vitória dos
partidos de direita nas recentes eleições em Portugal e Espanha.
A crise está afetando, em maior ou menor medida, todos os países,
inclusive os chamados BRICS. A depender do impacto que tenha sobre a
China, que possui vínculos profundos com os Estados Unidos, a crise pode
se tornar ainda mais profunda.
O Brasil conseguiu resistir aos efeitos do primeiro momento da crise
em 2008/2009, segue resistindo e deve aproveitar o momento para dar um
salto no seu processo de desenvolvimento.
Ao contrário dos vaticínios da oposição e na maré oposta da Europa,
nos oito anos do governo Lula e neste primeiro ano do mandato da
presidenta Dilma Rousseff, o Brasil segue na rota do crescimento
econômico com geração de empregos, distribuição de renda e inclusão
social. Diante da crise, nosso governo vem adotando medidas adequadas,
sendo as mais recentes a decisão de reduzir a taxa Selic, a expansão
responsável do crédito e a proteção à indústria nacional, que deve se
apoiar em medidas cambiais, na expansão do mercado interno e do emprego.
Além do que, prossegue na valorização do salário mínimo, no empenho
para erradicar a pobreza extrema, na ampliação dos programas sociais, no
fortalecimento do SUS, no combate ao crime organizado e na prioridade
na elevação da qualidade do ensino público no País.
Agora, frente à crise internacional, é preciso combinar de forma mais
arrojada a integração econômica e política da América Latina com um
conjunto de variáveis necessárias no plano interno para elevar o
investimento público, ampliar o emprego e as políticas sociais, elevar
os ganhos das classes trabalhadores, da agricultura familiar e dos
setores médios urbanos. Entre essas variáveis destacam-se a aceleração
da queda sustentável da taxa de juros e a proteção da indústria
nacional, incluindo medidas cambiais.
Vale ressaltar que a recente atualização da metodologia de cálculo do
IPCA, possibilitada pelos estudos do IBGE, confirma ser possível manter
a inflação no centro da meta traçada pelas autoridades econômicas. E
viabiliza reduzir com mais segurança a taxa Selic, bem como baixar o
spread bancário, que onera em demasia o crédito ao consumidor.
O PT, que vem apoiando as iniciativas de enfrentamento da crise, acha
importante que os formuladores da política econômica do governo
analisem alternativas que têm sido propostas por organizações
progressistas, tais como uma regulação mais rigorosa do sistema
financeiro mundial, a implantação de uma taxa sobre transações
financeiras internacionais, bem como a implantação do chamado piso de
proteção social em países onde a crise é mais aguda. Opções nesta
direção vêm sendo estudadas por economistas progressistas, agora
reunidos na Rede Desenvolvimentista, com quem nos congratulamos.
O nosso compromisso com o crescimento econômico, com a distribuição
de renda, com o combate à pobreza e o fim da miséria, base do nosso
projeto democrático e popular, é essencial para a disputa política
contra a direita. Mas essa base material e social só se efetiva
politicamente com a construção da hegemonia democrática e popular, de
perspectiva socialista, representada pelo nosso projeto de país e de
mundo, como orientou nosso 4o. Congresso.
Ao reconhecer que “é mais fácil falar do futuro do Euro do que o do
PSDB”, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso reconheceu a profunda
crise programática do neoliberalismo brasileiro. Descreveu a nau sem
rumo em que se converteu o principal partido da oposição conservadora do
país. Se o Brasil ainda estivesse sob o jugo dos tucanos estaria
arremetido no turbilhão da crise internacional, com milhões de
desempregados e se veria face a novas privatizações e ameaças à
soberania nacional.
Isto não significa que devamos subestimar a oposição, que conta com
forte apoio na mídia e no Congresso, em setores do grande empresariado,
dirige governos importantes e, mesmo sendo minoritária na sociedade,
possui bases eleitorais significativas. Sua ação, no entanto, hoje se
desenrola no plano das denúncias sem coragem de assumir suas concepções
econômicas e sociais que são da mesma natureza daquelas geradoras da
crise internacional.
Uma das maneiras de enfrentar a direita é contribuir para aprofundar
os esforços que o governo Dilma vem fazendo para aperfeiçoar a
democracia. São significativos os avanços com a sanção da Lei do Acesso à
Informação e a criação da Comissão da Verdade, cujas investigações
poderão apoiar a busca por justiça a que têm direito as famílias das
vítimas da repressão.
O governo Dilma prossegue garantindo a participação popular na
definição das políticas governamentais com a realização de conferências
nacionais, no diálogo com os movimentos sociais—que precisa ser
amplificado—, nas iniciativas que valorizam a presença das mulheres na
política, nas ações de afirmação da igualdade racial e de combate ao
preconceito.
Coerente com sua luta contra a corrupção sistêmica no Estado
brasileiro, inclusive tendo companheiros assassinados e muitos em
constante ameaça por esta causa, o PT reafirma seu apoio ao sistemático
trabalho preventivo e de controle republicanos. A construção da
Controladoria Geral de União, o investimento na profissionalização e na
autonomia operacional da Polícia Federal, os portais da transparência
das contas públicas, os novos sistemas públicos de auditagem nos
repasses das verbas federais para os municípios, o investimento na
formação de uma ética pública cidadã indicam um inédito padrão
republicano de combate à corrupção conquistado nos governos Lula e
Dilma.
Corrupção não é um problema apenas do Estado, mas das relações entre
os interesses econômicos – sobretudo os mais poderosos – com o Estado.
Por isso, para nós, é fundamental a participação e o controle dos
cidadãos na gestão do Estado, a construção de procedimentos republicanos
que promovam e assegurem o interesse público, e também o financiamento
público das campanhas eleitorais.
Persistem ainda os desafios maiores e de mais longo prazo - muitos
deles resultantes dos períodos de baixo crescimento e descaso para com o
desenvolvimento nacional, como nas décadas de 80 e 90 – e exigem
atenção redobrada e políticas inovadoras, visando ao desenvolvimento
nacional. Continuam na ordem do dia os gargalos na infra-estrutura e a
redução da desigualdade social, apesar de avanços na infraestrutura e da
enorme inclusão promovida pelos nossos dois governos.
É papel do nosso partido defender os direitos dos trabalhadores e
somar-se às suas lutas históricas no caminho do fortalecimento da classe
trabalhadora nas relações capital/trabalho e nas conquistas de avanços
no mundo do trabalho, como a redução da jornada e melhorias salariais.
Contribuirá para isso instituir o princípio da negociação coletiva nas
relações trabalhistas, o respeito à organização sindical autônoma,
enfim, um sistema amplamente democrático de relações do trabalho, com
liberdade e autonomia sindical, através da adoção pelo Brasil da
Convenção 87 da OIT. Estas questões se revestem de fundamental
importância para resistir à nova ofensiva conservadora e neoliberal que
pretende a jogar a solução para a crise na flexibilização dos direitos
dos trabalhadores. Ademais, o fortalecimento da classe trabalhadora e a
melhoria da renda são imprescindíveis na estratégia da defesa da
economia nacional e dinamização do mercado interno.
No debate em curso a respeito dos royalties do pré-sal, que aguarda
decisão do Congresso Nacional, o PT entende que o Pré-Sal é o nosso
passaporte para uma revolução educacional, científica e tecnológica, e
não cabe ser reduzido nem a instrumento de uma genérica distribuição
difusa de recursos entre entes federativos, nem a uma panacéia para
todos os problemas nacionais.
O DN denuncia o comportamento da multinacional Chevron, que,
concessionária de área de exploração, deve ser rigorosamente
responsabilizada pela prática de crime ambiental. A concessionária
Chevron foi flagrada mentindo sobre as causas e sua própria reação ao
acidente no “campo de frade” sob sua responsabilidade. Enquanto as
evidências apontam para sua tentativa de extrapolar a concessão
penetrando na área do pré-sal, a direção da Chevron partiu para intriga e
acusações à Polícia Federal, ao Ministério das Minas e Energia e a
Agência Nacional de Petróleo. O PT reafirma seu apoio à revisão da
legislação do petróleo, ora em curso no Congresso Nacional, e considera
que a Chevron deve ser tratada com toda a firmeza prevista na
legislação.
Tal episódio chama a atenção para as tarefas do desenvolvimento
ambientalmente sustentável, que requerem providências próprias e a
consideração de diferentes variáveis que assegurem um desenvolvimento de
longo prazo ao país em harmonia com a necessária saúde ambiental.
Exemplo disso é a política de redução de emissão de gases de efeito
estufa onde o Brasil assume a meta de até 38% de redução de CO2 até 2020
e o Plano Nacional de Resíduos Sólidos, que visa solucionar o problema
dos lixões que hoje atinge mais de 70% dos municípios brasileiros. O
Brasil está entre os países com o maior sistema de energia limpa do
mundo, e deve continuar avançando no uso de tecnologias que buscam
equacionar a qualidade da energia oferecida com a redução de danos
sócio-ambientais.
Na recente Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima de
Durban, a COP-17, ficaram evidentes os avanços do Brasil no que tange a
consecução das metas estabelecidas em Copenhague. No combate ao
desmatamento, em 2011 o Brasil alcançou uma redução de 66% em relação à
média de desmate verificada entre os anos de 1996 e 2005. Isso se
refletiu na redução das emissões de CO2 desde 2005 até hoje, resultado
este que possivelmente coloca o Brasil na liderança mundial no ranking
de redução de emissões. A COP-17 contou também com decisiva participação
da representação brasileira, possibilitando diversos avanços,
destacando-se a prorrogação do protocolo de Kyoto, a viabilização do
Fundo Verde Climático, e a criação de um novo acordo climático que deve
vigorar a partir de 2020, com a participação agora dos EUA e da China.
A Conferência Rio + 20, antecedida do FSM temático em Porto Alegre,
será um momento político importante para a contraposição desses modelos
antagônicos. Será uma oportunidade de reafirmar, em articulação com
outros governos, partidos e movimentos sociais progressistas e de
esquerda na América Latina e no mundo, a superioridade do modelo de
desenvolvimento democrático e popular que defendemos sustentável tanto
do ponto de vista ambiental quanto social, com eliminação da pobreza,
redução das desigualdades, distribuição de renda e da riqueza e
aprofundamento da democracia. Será, também, uma excelente oportunidade
de prosseguir nosso protagonismo na defesa do desenvolvimento com
sustentabilidade ambiental, tal como o fizemos na Conferência Mundial do
Clima, em Copenhague, na recente Conferência de Durban e tal como tem
feito o nosso partido no Congresso Nacional na votação do Código
Florestal.
A crise internacional é uma ocasião para recolocar em nossa ação
governamental, no Congresso Nacional e, na ação do partido como nossos
aliados, na sociedade a Reforma Tributária, não apenas como uma
redivisão e reoganização federativa dos tributos, mas que, defendendo o
papel decisivo dos tributos para o Estado exercer seu papel no
desenvolvimento e na distribuição da riqueza, enfrente desde já, com
ousadia, a questão da progressividade tributária, taxando mais os mais
ricos e menos as classes populares, ao contrário do sistema regressivo
ainda vigente.
No conjunto de nossas tarefas, a reforma política—que institua o
financiamento público exclusivo das campanhas eleitorais, as listas
partidárias, a ampliação da participação popular, da paridade de
gêneros, entre outros aspectos – continua em pauta, ainda que adiada no
Congresso Nacional. Esta é uma bandeira do PT, que continuaremos
empunhando antes, durante e depois da campanha eleitoral próxima.
Igualmente devemos prosseguir na luta pela democratização da
comunicação, aprovando no Congresso o Marco Civil da Internet, além da
instituição do Marco Regulatório, tal como detalhado na Resolução deste
DN sobre comunicação.
O processo de formação da opinião pública democrática no país está
gravemente privatizado, controlado por grandes empresas de comunicação, o
que tem resultado em fortes restrições ao pluralismo de opiniões,
distorção ou censura sistemática de informações, além do silenciamento
de vastos setores da população (trabalhadores, negros, pobres,
mulheres), que não têm seus interesses, aspiração e direitos acolhidos
na agenda desta mídia empresarial. Lutamos por mais democracia na
comunicação, mais liberdade de expressão, mais pluralismo na opinião e
na informação, mais direito de fala a aqueles que nunca tiveram voz na
história brasileira.
O PT tem dedicado sua organização e ação partidária, com grande
unidade, à defesa de nosso governo e de nosso projeto nacional
referendado pela maioria da sociedade brasileira nas eleições de 2010.
Ao mesmo tempo tem desenvolvido outras tarefas históricas que lhe cabem,
como a luta por novos avanços no sentido da igualdade econômica,
política e social, o aprofundamento da democracia, a contínua relação
com os movimentos sociais, buscando dialogar seja com as mais conhecidas
formas de organização da sociedade civil, seja com os novos atores
sociais, especialmente a juventude que se apropria mais facilmente de
novas formas de comunicação e que busca novas formas de ação política.
Este será um dos nossos maiores desafios políticos, que ainda não
resolvemos: entender e integrar com sua especificidade, no nosso projeto
nacional socialmente justo e soberano, a contribuição inovadora da
juventude.
Realizamos em setembro a segunda fase do nosso 4º Congresso Nacional,
cujo tema central era a reforma do Estatuto. Os resultados deste
Congresso mostraram que persiste viva em nosso partido a construção de
uma sociedade pautada pelos ideais da igualdade política, social e
econômica, simbolizada neste Congresso especialmente pela aprovação da
paridade entre mulheres e homens nas direções e demais organismos e
representações partidárias, também pela aprovação de outras medidas como
a representação étnico-racial e a representação da juventude nas
direções partidárias e construção de uma forte instância da juventude
organizada por diretrizes construídas em seus congressos próprios, tais
como o 2º Congresso realizado em novembro.
O 4º Congresso do PT reafirmou também que as campanhas de filiação ao
partido e as decisões internas devem conciliar o crescimento numérico
com nossa unidade ideológica, de tal modo que o PT continue a se
referendar nos valores do socialismo democrático e na sua contínua
atualização como tarefa coletiva. É fundamental que todas as instâncias
partidárias assumam a campanha de filiação deflagrada pelo nosso
programa de TV e que deverá estar de acordo com as mudanças estatutárias
realizadas pelo 4o. Congresso.
É para sustentar e ampliar o apoio ao nosso projeto nacional que
entramos na disputa eleitoral de 2012. Como já enfatizamos em resoluções
anteriores, as eleições municipais serão um momento de fortalecimento
do PT, principal partido dos que dão respaldo ao governo Dilma—o que
exige muita unidade interna entre nós, harmonizando no objetivo comum as
aspirações individuais. Neste aspecto, por sinal, a definição de
candidaturas em São Paulo e Porto Alegre atestam a disposição da
militância de entender a unidade como um instrumento para chegar à
vitória nas urnas.
As eleições de 2012 serão uma oportunidade para defender nosso
projeto democrático de desenvolvimento, de universalização de direitos e
de instituição de novos direitos sociais, projeto que geralmente
sintetizamos como modo petista de governar, eficiente, inovador e
transformador.
As eleições serão também um momento de unidade programática com
nossos aliados, compreendendo a necessidade de alianças que devem levar
em conta a legítima aspiração de cada partido ao seu crescimento e a
posição relativa de força de cada um na sociedade. Para avançar neste
caminho complexo, o 4º Congresso Nacional do PT definiu as diretrizes
gerais que serão nosso guia político neste processo, a Escola Nacional
de Formação dirigirá um trabalho sistemático de formação específica para
nossas candidaturas, e a Direção Nacional, especialmente através de sua
Comissão de Acompanhamento das Eleições de 2012, com as Comissões
Executivas Estaduais, acompanhará e incidirá, dentro das normas
estatutárias, para o sucesso de nosso projeto nacional em mais este
momento da democracia e das instituições brasileiras.
Diretório Nacional do PT
13 de dezembro de 2011
13 de dezembro de 2011
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