8/9/2011 13:04,
Por Rui Martins, de Genebra
Dez anos depois, as dúvidas começam a tomar corpo, mas quem teria completado os atentados dos islamitas e com que objetivo ?
No 11 de setembro de 2001, ainda na CBN, eu comentava ao vivo diante
de minha televisão, aqui em Berna, na Suíça, o ataque às torres gêmeas
com Heródoto Barbeiro, em São Paulo, e Sidney Rezende, no Rio.
Pouco antes, estava terminando de almoçar e ouvia a rádio francesa
Europa 1. Nessa época, ouvir os noticiários pelo rádio fazia parte da
minha rotina diária, para garantir entradas imediatas na CBN, no caso de
acontecimentos políticos, acidentes, atentados.
Foi assim que ouvi as primeiras notícias transmitidas num flash,
dando conta de que um avião, ao que parecia desviado da rota, entrara
num edifício de Nova Iorque. Logo depois, o correspondente nos EUA
entrou ao vivo e fui correndo ligar a televisão quando ele anunciou que
um outro avião entrara na segunda Torre Gêmea.
Era algo inacreditável, aquela fumaça de querosene em dois edifícios
simbolos da força americana. Heródoto, comedido como sempre, não se
aventurava a falar em atentado, queria primeiro esperar a confirmação.
Eu e Sidney (não sei se a CBN guardou a gravação do programa) não
tínhamos dúvida. E me lembro ter afirmado que, fazia alguns dias, um
líder islamita prometera atentados nos EUA. Mas não me vinha o nome
completo daquele que acabaria se tornando o pesadelo dos americanos.
É alguma coisa como Ossuma. E Sidney Rezendo completou – é Ossuma Ben
Laden. Alguns dias depois, a direção da CBN decidiu que a pronúncia
certa seria Ossuma Bin Laden.
De repente, enquanto cada um ia fazendo seus comentários, ocorreu a
queda das torres como numa implosão de velhos edifícios. E, ali,
pronunciei o seguinte comentário, diante do que me parecia óbvio – « mas
pelo visto, além de terem entrado nas torres com os aviões, eles tinham
minado antes os prédios com explosivos colocados nos andares ».
Nos dias seguintes, fiquei com a impressão de ter dado um fora,
porque nenhuma autoridade americana falou na hipótese dos explosivos, e
me contentei com a versão oficial.
Mas, algum tempo depois, li alguns depoimentos levantando estranhas
hipóteses, pelas quais os atentados teriam de certa forma sido ajudados,
dando-lhes uma dimensão ainda maior. Ignorei, mesmo porque sei da
tendência dos americanos de verem em tudo um complô ou mentiras, como é a
história da ida do homem à Lua e mesmo do vôo do Gagarin.
Porém, hoje, dez anos depois, tem muita gente séria levantando
dúvidas, geralmente engenheiros que entendem de resistência de material
ao fogo e altas temperaturas. Assim, dizem que o querosene saído dos
aviões queima a uma temperatura de 850 graus centígrados, mas que o
metal das torres podia suportar calor de 1.250 graus, antes de fundir.
Como onde tem fumaça, há certamente fogo, nessa história de complô
para derrubar as Torres Gêmeas, o melhor, para evitar o risco de abuso
por esquerdistas ou antiamericanos, seria esperar surgir alguém não
político. Ora, justamente, existe um, suíço, professor de História na
Universidade de Basiléia. Seu nome Daniele Ganser. Ele diz ter ficado
com a pulga atrás da orelha, três anos depois, em 2004, ao ler o
relatório oficial da Comissão de Inquérito sobre esses atentados.
Depois de ler o calhamaço de mais de 500 páginas, Ganser não se
convenceu, achou falhas, e muitos argumentos destinados a reforçar os
ataques ao Iraque, Afganistão, ao islamismo e ao Eixo do Mal apontado
pelo cristão Bush. Três mil mortos de um lado, centenas de milhares do
outro.
Ganser ficou também impressionado pelo fato da torre 7, do World
Trade Center, a WCT7, não constar do documento, embora tivesse caído
como um castelo de cartas no fim da tarde do 11 de setembro, e o mais
estranho, sem ter sido tocada pelos aviões.
Esse esquecimento da WTC7 não foi só do inquérito, muitas
pessoas acham terem sido só duas, as Torres Gêmeas, as que foram ao
chão. Se já era estranho as gêmeas terem desmoronado, mais estranho é o
fato de um prédio de 43 andares ruir, sem ter sido incendiado e sem ter
sido atingido por aviões.
Hugo Bachman, professor de material numa universidade de Zurique
acredita que, a maneira pela qual caíram de maneira imediata todos os
andares dos prédios, só tem uma explicação – a queda dos prédios foi
controlada por explosivos, como se costuma fazer, e se vê na televisão,
com os prédios antigos implodidos.
Além disso, o professor de economia Marc Chesney, da Universidade de
Zurique, revela ter havido um jogo na bolsa de valores, um dia antes dos
atentados, envolvendo as ações das companhias United Airlines e
American Airlines, cujos aviões foram sequestrados, e que representaram
milhões ou bilhões de dólares, coisa nunca investigada.
Parece também terem sido informados, a tempo, tanto o governo como a
CIA, sobre a preparação dos atentados, por que, então, não foram
inteceptados os terroristas antes de colocarem em prática o aprendido
nas escolas de pilotagem ?
Resta a pergunta, no caso desses indícios provarem ter havido ajuda
aos terroristas para completar seus atentados, sobre quem teria tomado
essas iniciativas. Se o objetivo era provocar guerras, uma coisa ficou
provada – a intervenção no Afganistão e a guerra contra o Iraque
beneficiaram amplamente as indústrias de armamentos, porém tiveram
efeito boomerangue.
Os EUA de hoje com crise econômica e dólares em baixa acabaram sendo
também vítimas da guerra contra o Eixo do Mal, decretada por Bush, pelas
enormes despesas representadas. Serão necessários ainda alguns anos
para se saber com certeza se houve um complô paralelo no 11 de setembro
de 2001, cujo objetivo era criar condições junto à população dos EUA
para guerras contra os islamitas, transformados em representantes do
Mal, e poder se apossar do petróleo do Iraque.
Publicado originalmente no Direto da Redação.
Rui Martins, jornalista, escritor, líder emigrante, correspondente em Genebra.
Também acredito nessa hipótese dos explosivos... Realmente não acho que o impacto dos aviões derrubou as torres.
ResponderExcluirA única certeza é que muitos perderam seu bem maior: suas vidas!
Vanessa Gusmão