terça-feira, 27 de setembro de 2011

Redução de imposto não dá manchete

E quando dá é para apostar na inflação....

Do Tijolaço, aqui e aqui

Hoje de manhã, o governo publicou um decreto reduzindo a base de cálculo da Cide – Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico incidente sobre os combustíveis. A mudança representa uma redução de 12% no tributo e algo em torno de três centavos por litro.Isso já foi feito em 2008, para equilibrar o valor pago pela importação de combustíveis, como agora.

Execto o Golobo, os jornalões “cansados” não deram manchete nem na economia.

Para você ver como esta questão de imposto é tratada apenas para criar crima político.

O nó da questão, porém, está em outro ponto e longe de ser cortado. Ao contrário, a crise mundial pode retrair os investimentos na expansão da produção de etanol. Estamos importando  por conta do preço do etanol, que fez o consumo da gasolina subir mais de 20% em relação ao ano passado, quando já gasolina já tinha tido um aumento de consumo de sete por cento.

Novas usinas e novas refinarias. É disso que o Brasil precisa e só pode contar com a Petrobras para fazê-lo.

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 Escrevi um texto, agora, para o Projeto Nacional, depois de ter ouvido a colunista Miriam Leitão vociferar contra a redução da Cide sobre os combustíveis, dizendo que o Governo está “favorecendo” a Petrobras.
Como assim, “favorecendo”? Então uma empresa escora no peito o preço do combustível, impoerta com mais prejuízo para garantir o abastecimento e um pequeno alívio na sua carga fiscal é chamado de favorecimento?

Nas contas da própria Miriam, cada litro de gasolina importada sai ( quer dizer, já saía, auntes da subida do dólar) 30 centavos mais caro para a Petrobras comprar do que o preço que ela vende para as distribuidoras. A mudança na Cide não foi para “favorecer” a Petrobras, mas para permitir que a empresa importe mais gasolina, porque o etanol não aparece.

E não aparece porque, com as dificuldades da safra, quando começou a moagem, a prioridade foi o açúcar para exportação, que começou o ano em queda – menos 600 mil toneladas de janeiro a maio (quando começa a safra)deste ano, em reação a 2010 – e de junho para cá já tirou a diferença com 630 mil toneladas a mais que no ano passado, segundo os dados oficiais, públicos.

Quer entender a razão, meu amigo e minha amiga? Olhe o gráfico (no segundo link) do preço internacional do açúcar e veja.

Se a D. Miriam acha que o preço da gasolina deveria subir, é uma opinião. Mas que diga isso e pare com esta conversinha fiada de “temos de evitar a inflação a qualquer custo”.


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