Posição lúcida do CIMI na leitura da carta que também publiquei com o título de suicídio coletivo. Desde já penitencio-me de meu erro, mas continuando a alertar todos para o grande problema que os mesmos estão vivendo e sua heroica posição.
Do CIMI
Nota sobre o suposto suicídio coletivo dos Kaiowá de Pyelito Kue
O Cimi entende que na carta dos indígenas
Kaiowá e Guarani de Pyelito Kue, MS, não há menção alguma sobre suposto
suicídio coletivo, tão difundido e comentado pela imprensa e nas redes
sociais. Leiam com atenção o documento: os Kaiowá e Guarani falam em
morte coletiva (o que é diferente de suicídio coletivo) no contexto da
luta pela terra, ou seja, se a Justiça e os pistoleiros contratados
pelos fazendeiros insistirem em tirá-los de suas terras tradicionais,
estão dispostos a morrerem todos nela, sem jamais abandoná-las. Vivos
não sairão do chão dos antepassados. Não se trata de suicídio coletivo!
Leiam a carta, está tudo lá. É preciso desencorajar a reprodução de tais
mentiras, como o que já se espalha por aí com fotos de índios
enforcados e etc. Não precisamos expor de forma irresponsável um tema
que muito impacta a vida dos Guarani Kaiowá.
O suicídio entre os Kaiowá e Guarani já ocorre há tempos e acomete sobretudo os jovens. Entre 2000 e 2011 foram 555 suicídios entre os Kaiowá e Guarani motivados por situações de confinamento, falta de perspectiva, violência aguda e variada, afastamento das terras tradicionais e vida em acampamentos às margens de estradas. Nenhum dos referidos suicídios ocorreu em massa, de maneira coletiva, organizada e anunciada.
Desde 1991, apenas oito terras indígenas foram homologadas para esses indígenas que compõem o segundo maior povo do país, com 43 mil indivíduos que vivem em terras diminutas. O Cimi acredita que tais números é que precisam de tamanha repercussão, não informações inverídicas que nada contribuem com a árdua e dolorosa luta desse povo resistente e abnegado pela Terra Sem Males.
Conselho Indigenista Missionário, 23 de outubro de 2012
O suicídio entre os Kaiowá e Guarani já ocorre há tempos e acomete sobretudo os jovens. Entre 2000 e 2011 foram 555 suicídios entre os Kaiowá e Guarani motivados por situações de confinamento, falta de perspectiva, violência aguda e variada, afastamento das terras tradicionais e vida em acampamentos às margens de estradas. Nenhum dos referidos suicídios ocorreu em massa, de maneira coletiva, organizada e anunciada.
Desde 1991, apenas oito terras indígenas foram homologadas para esses indígenas que compõem o segundo maior povo do país, com 43 mil indivíduos que vivem em terras diminutas. O Cimi acredita que tais números é que precisam de tamanha repercussão, não informações inverídicas que nada contribuem com a árdua e dolorosa luta desse povo resistente e abnegado pela Terra Sem Males.
Conselho Indigenista Missionário, 23 de outubro de 2012
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