Quem foi?

Lendo o jornal Taperá deste final de semana, deparei-me com duas notícias que, a meu ver, merecem um pouco mais de aprofundamentos. 

A primeira delas diz respeito aos Jogos Regionais. No final da semana passada, a Secretaria de Esportes anunciou que, por conta de contenção de despesas, a prefeitura não encaminharia as equipes até Bauru para participarem dos jogos. Essa notícia, claro, mexeu com toda a cidade e principalmente com os meios esportivos, que, justamente, ficaram revoltados. A semana foi cheia de protestos, inclusive na Câmara Municipal com os vereadores Garotinho e Eliano mostrando toda a indignação da cidade com a decisão.

Pois bem. Eis que o prefeito volta de suas merecidas férias e desmente e desautoriza seu secretário de esportes, afirmando que as equipes irão sim para Bauru e que os recursos necessários para isso já estavam reservados. Houve, segundo ele, um problema de comunicação, já que havia pedido para os secretários economizarem ao máximo, mas que esse recurso já estava reservado. 

Então.... o recurso "estava reservado" mas o secretário da pasta não sabia. No mínimo estranho, para não dizer outra coisa. Parece que o final de governo será conduzido pelas forças de pressão da sociedade em contraponto à paralisação quase que total das ações da prefeitura. Na cidade, tudo caminha a passos de tartaruga. A motivação externa faz a prefeitura tomar pequenas atitudes pontuais. Uma pena!

A segunda notícia, mais alarmante ainda, diz respeito as declarações do deputado estadual Rogério Nogueira que afirmou não ser de sua autoria as palavras impressas em folheto amplamente distribuído na cidade poucos dias antes das eleições, onde o mesmo afirmava não poder ajudar Salto caso Juvenil ganhasse as eleições e pedindo o voto para o candidato da situação. 

Nesse caso, Juvenil teve uma postura de estadista, abrindo o diálogo e garantindo que a cidade precisa da ajuda de todos. Também disse, e o jornal não publicou, que em relação ao panfleto o deputado deveria buscar explicações no seu grupo político local, já que o mesmo contém o nome do candidato e seu CNPJ. 

Louvável a atitude do jornal que se colocou como intermediário da conversa. Louvável a atitude do deputado em esclarecer parcialmente (até agora) o ocorrido. Só falta o deputado esclarecer uma coisa em tudo isso: quem foi? Quem foi que usou seu nome e colocou declarações em um panfleto que não foram dele? Quem é o responsável? De quem a cidade cobrará tamanha baixaria? Do candidato derrotado? Do maior de seus cabos eleitorais na cidade? Daqueles que tentaram com outros panfletos denegrir a imagem de Juvenil? Quem são, afinal? A coordenação da campanha do candidato da situação? O pessoal de marketing da referida candidatura? Quem? 

Será que, da mesma forma como rapidamente desmentiu o panfleto, o deputado nos dirá quem foi ou quem foram os responsáveis por isso? 

Só nos resta aguardar!