quarta-feira, 4 de abril de 2012

Outras greves

Da Rede Brasil Atual, aqui e aqui.

SP: professores do Sesi/Senai aceitam reajuste de 8%, mas mantêm mobilização

Publicado em 03/04/2012
 
São Paulo – Docentes do sistema de ensino Sesi/Senai, ligado à Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), aprovaram hoje (3) a proposta da direção da entidade de reajuste salarial de 8% e compromisso de negociação para recompor os salários de docentes do ensino fundamental, menores do que os pagos no ensino médio da mesma rede. A decisão foi homologada em assembleia realizada pela Federação dos Professores do Estado de São Paulo (Fepesp), na capital paulista, no final da manhã de hoje.

De acordo com nota da federação, o índice aceito pelos trabalhadores assegura 2,53% de aumento real e reposição da inflação de 5,47%. Também haverá reajuste no vale-refeição de R$ 18 para R$ 20.
Escolas da capital paulista e de cidades como Campinas e Valinhos chegaram a paralisar as atividades em 22 de março, após rodada de negociações em que a Fiesp ofereceu 7% de reajuste.  

Uma nova rodada de negociações está agendada para a próxima segunda-feira (9) com o objetivo de discutir a recomposição dos salários do nível fundamental e valorização do vale-alimentação. A assinatura de um aditivo de acordo coletivo, chamado de "comunicado conjunto", ainda não está definido e depende da próxima etapa de negociações, explicou a assessoria de imprensa da Fepesp.

Em 2012, a luta dos professores está restrita a reivindicações de natureza econômica, porque as cláusulas sociais do acordo coletivo assinado em 2011 continuam a vigorar até fevereiro de 2013, apontou a federação em nota.

Com data-base em 1º de março, além do reajuste, os professores reivindicam e equiparação salarial entre o ensino fundamental, educação de jovens e adultos e ensino médio, reajuste de 10% no vale-refeição e no vale-alimentação e a acumulação dos dois benefícios, inclusive nas férias, para quem leciona em mais de um período, independentemente do número de aulas. Segundo o presidente da Fepesp, Celso Napolitano, os professores têm de lidar com classes lotadas, pressão, sobrecarga de trabalho e baixos salários.


Greve nas escolas municipais de SP tem adesão de 60%, segundo sindicato

Sinpeem avalia como "positivo" o primeiro dia do movimento. A previsão é que a prefeitura se reúna com a categoria para negociação da pauta até quinta-feira
 
Publicado em 02/04/2012
 
São Paulo – O primeiro dia de greve dos professores municipais de São Paulo teve adesão de 60% das 1.434 unidades educacionais da rede, de acordo com balanço do Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal (Sinpeem). A paralisação, que vai até a quarta-feira (4), tem objetivo de cobrar o atendimento imediato da prefeitura à pauta de reivindicações, entregue em fevereiro pelo sindicato. Os dirigentes se reuniram com a Secretaria Municipal de Educação e Gestão na semana passada, nenhuma contraproposta foi dada. A data-base é 1º de maio.

A expectativa é que o movimento atinja 70% de adesão amanhã (3), segundo o presidente do Sinpeem, Claudio Fonseca. "A mobilização de hoje está sendo positiva, e estamos em processo de convencimento nas escolas que ainda não aderiram", disse. A previsão é que haja uma nova reunião com a prefeitura até quinta (5).

Os professores querem piso salarial de R$ 2,6 mil no próximo ano com base na antecipação dos índices de reajuste garantidos para os próximos dois anos – 10,19% correspondente a 2013 e 13,43% a 2014. A categoria pede também o fim da terceirização dos serviços públicos, valorização profissional, manutenção das férias coletivas em janeiro para os Centros de Educação Infantil (CEIs), redução do número de alunos por sala e realização de concursos, entre outros itens.

Na terça-feira passada, o Tribunal de Justiça de São Paulo determinou o funcionamento das creches e pré-escolas durante as férias a partir de julho deste ano. Segundo o Sinpeem, esta decisão do TJ "pesou" na decisão da categoria em deflagrar a paralisação. Como resposta imediata, a Secretaria Municipal de Educação encaminhou na última sexta-feira (30) à Câmara Municipal o Projeto de Lei 145/12, que prevê os 30 dias de férias escolares em janeiro em todas as unidades educacionais do município.

Com a aproximação das eleições municipais, a administração tem até o dia 10 para o encaminhamento de propostas à Câmara, de acordo com lei eleitoral. Uma assembleia será realizada na quarta-feira, na praça do Patriarca, centro da cidade.
 

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