domingo, 15 de abril de 2012

Por que Juvenil?

No final do mês de março o jornal Taperá publicou uma enquete onde media as preferências eleitorais da população, naquele momento entre os pré-candidatos já oficializados. Com todas as observações necessárias e que toda pesquisa e/ou enquete precisam ser vistas, o jornal não só publicou como abriu espaço para todos os envolvidos se manifestarem. E como já é tradição em nossa cidade, oficialmente todos aceitaram e parabenizaram o jornal, que historicamente tem acertado todas as suas pesquisas/enquetes. Evidente que nos meios políticos locais, todos os simpatizantes dos que não estavam em primeiro lugar na enquete, posicionaram-se das mais diversas e diferentes maneiras.

A enquete coloca Juvenil Cirelli em primeiro lugar com 45% das intenções de votos. E o objetivo deste artigo é mostrar que isso não acontece por acaso.

Juvenil participa de eleições em Salto desde 1988, quando se candidatou a vereador, sendo por dois mandatos dono de uma das cadeiras da Câmara Municipal. De 1996 para cá participou de todas as eleições majoritárias da cidade, acumulando forças e propostas que culminaram com a aliança em 2004 com o atual prefeito. Naquela oportunidade e em 2008, abriu mão de ser candidato a prefeito, pois sabia que a hora e o momento eram de abertura para uma nova forma de governar a cidade, o que efetivamente aconteceu a partir de 2005, quando se tornou vice-prefeito da cidade. 

Apesar de hoje alguns não admitirem isso, o grande grupo constituído em 2004 tinha muito claro o caminho a percorrer em termos de estratégia política, definida em planejamentos por mim coordenados: acumular forças a partir das gestões e garantir a continuidade do projeto pelo caminho natural: reeleição em 2008 e Juvenil sucedendo o atual prefeito nas eleições de 2012. Esse caminho foi percorrido e defendido por muitos e muitos militantes de todos os grupos envolvidos seguramente até 2010. O que aconteceu depois e provocou o quadro sucessório atual todos sabemos e a história irá mostrar com mais detalhes no correr do tempo.

Dentro dessa proposta e compromisso, Juvenil sempre atuou. Como vice-prefeito, defendendo a administração no primeiro mandato enquanto secretário, foi um dos principais partícipes do mandato que trouxe uma nova forma de fazer política em nossa cidade. Em todos os seus atos e ações sempre valorizou a unidade dos grupos e a parceria com o prefeito em exercício. Nunca traiu ou sequer questionou publicamente qualquer ação do governo. No segundo mandato, já no seu início, deixa claro que preparará a sucessão a ocorrer em 2012. Sem deixar de participar ativamente das decisões da prefeitura, passa a executar ações e planejamentos que apontavam para uma sucessão tranquila e dentro dos moldes previstos em 2004. E isso, para nos petistas, tem um significado: envolver pessoas, paixões e interesses pela cidade. Foram estas as grandes metas traçadas por Juvenil a partir de 2009. E nelas trabalhou incessantemente, valorizando e defendendo sempre a aliança existente. 

A "surpresa" em relação as mudanças nos compromissos não aconteceu derrepente. As atitudes e os comportamentos internos modificaram-se radicalmente após as eleições majoritárias de 2010. O Conselho Político, que nos anos anteriores sempre definiu as macro políticas da prefeitura, não se reunia mais com a periodicidade anterior e quando se reunia era para definir o já definido. Os embates em relação aos professores, assistentes sociais e outras categorias foram acirrados e nossas teses sempre foram rejeitadas. O que considerávamos impossível de acontecer (procedimentos de altos valores, por exemplo, não discutidos) nos tempos em que o Conselho Político era atuante, passaram a ser rotinas. Ou seja, a cada mês ficava clara a posição de não manutenção da aliança. Não por Juvenil e seus companheiros, que a defenderam até o último minuto, mas pelos demais grupos e interesses outros externos àquela política até então vivida na administração. 

E o nosso vice-prefeito continuou sua tarefa de envolver pessoas e interesses pela cidade. E como um grande articulador que sempre foi, colocou à disposição de seus objetivos inúmeras pessoas, instituições, entidades, grupos organizados, sociedades amigos de bairros, igrejas entre outras. O dia do lançamento de sua pré-candidatura foi o maior dos exemplos disso: mais de 2000 pessoas em um local fechado apoiando seu nome à pré-candidato. 

Portanto, os 45% conquistados na enquete não "caíram do céu" ou não foram simplesmente uma resposta ao racha provocado pelo prefeito. Evidente que o racha reforçou posições, antecipou definições e colocou a disputa na rua de forma mais contundente. Isso todos concordamos. Mas dai a dizer que é o único motivo do resultado da enquete, considero como uma análise superficial. Concordo que a forma escolhida pelo prefeito foi a mais desastrosa possível. Lembro-me de que quando fui demitido, disse ao secretário da administração: "ele declarou uma guerra desnecessária". Sim, porque poderiam perfeitamente tomar o caminho que tomaram, sem a agressividade e intempestividade usadas. Disso não tenho dúvidas. Mas também não tenho dúvidas de que qualquer que fosse o caminho escolhido pelos demais grupos, a futura candidatura de Juvenil seria a mais forte possibilidade nas próximas eleições. O jornal Taperá fez uma enquete. Nós temos acompanhamentos periódicos das intencionalidades da população em múltiplos aspectos, que nos dá a certeza dessa afirmação.

Evidente que temos muito tempo ainda até as eleições. Evidente que muitas coisas poderão acontecer até lá. Mas que Juvenil Cirelli é a maior das certezas hoje, não tenho dúvidas. E isso está acontecendo por um processo longo de vida e construção política na cidade, não por conta de alguns acharem que Juvenil é vítima de uma intempestividade. 


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