A informação de que são 13 os estados que não pagam o piso dos professores precisa ser repassada para a rede globo que em suas notícias mais recentes falava em 3 estados.
Da UNDIME
Deputados e representantes de entidades
ligadas à Educação participaram na manhã desta terça-feira (10) de uma
reunião para discutir a aplicação do piso salarial pelos estados e pelos
municípios, na Câmara dos Deputados, em Brasília. O debate ocorreu por
iniciativa da deputada Flávia Morais (PDT-GO) na Comissão de Trabalho,
de Administração e Serviço Público. Logo no início, o presidente da
Comissão, deputado Sebastião Rocha (PDT-AP) se manifestou em relação a carta enviada a ele pela presidenta da Undime, Cleuza Repulho.
Na carta, a presidenta disse que se
sentia surpresa com a reunião, já que ficou sabendo pela internet que o
assunto seria discutido na Câmara. “A Undime vem há algum tempo
discutindo esse assunto e consideramos a nossa participação
significativa para essa discussão.” Diante disso, o deputado pediu
desculpas por não ter estendido o convite à Undime e, na tentativa de
corrigir o erro, perguntou se havia algum representante da Undime
presente no plenário. A professora Márcia Carvalho, presidente da Undime
Rio Grande do Sul, acompanhava a reunião e foi convidada para
participar do debate. “Não sabíamos que a Undime tinha interesse em
discutir esse assunto, mas já que a instituição manifestou vontade de
participar, peço, por favor, que componha a mesa”, disse Sebastião
Rocha. Minutos depois o deputado se ausentou do plenário.
Participaram da reunião o presidente da
Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Roberto
Franklin de Leão; o presidente da Confederação Nacional dos Municípios
(CNM), Paulo Ziulkoski; e o secretario de Educação de Santa Catarina,
Eduardo Deschamps (Consed). Todos foram unânimes ao afirmar que estados e
municípios devem cumprir a Lei do Piso.
Segundo levantamento divulgado no último
dia 5, pela CNTE, pelo menos 13 estados ainda não pagam o mínimo
previsto em lei, que hoje soma R$ 1.451,00. A professora Márcia
Carvalho, da Undime, defendeu a ideia de que o piso salarial vem
acoplado de outras ações, como a jornada de trabalho e o plano de
carreira. “É necessário criar maneiras para que esses três pontos,
previstos na lei, sejam cumpridos. O professor precisa ser valorizado”.
O representante do Consed reconheceu que
muitos estados não cumprem a Leio do Piso. Para ele, o método de
reajuste do piso deverá ser revisto. “O índice leva em consideração um
indicador que não está ligado ao aumento de receita dos estados e, por
isso, não é sustentável”, disse.
A mesma opinião é compartilhada pelo presidente da CNM: “os municípios
nunca foram contra a lei do piso. Aliás, creio que a maioria dos
prefeitos concorda que esse valor tem de ser até maior. O governo
federal, contudo, não contribui e não há fonte para esses benefícios”.
A Comissão de Educação deve se reunir nesta semana e na próxima com as entidades para conversar melhor sobre o assunto.
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